Texto em versos

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O vento balançou
de leve o velho
e tranquilo salgueiro,
e o luar de prata
devagar iluminou
a floresta verdejante
na bela montanha.

Em busca de alguém
há quem ainda cante
a esperança de início,
e também de reinício.

É fato que vivemos
num mundo dançando
em pleno precipício,
O importante é
nunca parar de sonhar.

Em busca do mundo
ideal há quem ainda
persista na esperança
de que ninguém desista.

O luar de prata balançou
de leve o vento
iluminou o salgueiro,
e a floresta de esmeralda
ficou mais radiante
na imponente montanha.

Em busca do giro
perfeito que dance
o Universo inteiro
e que ele de mim
não te faça esquecer,
porque para nós há tempo
e o destino me traga até você.

Na noite que antecede
esta Superlua de Neve,
a minh'alma se atreve
a dizer que já és meu.

É por causa desta alvura
tão linda que inspira
a nunca desistir:
já saberemos onde ir.

Só basta você querer,
que não farei resistência,
em busca assim estou
é de malemolência.

É com esse entusiasmo
que me preparo
para receber este amor
em total desembaraço.

Querendo viver

uma vida normal

ouvindo o som

de Miss Anthropocene

na minha sala

ao redor deste

isolamento social,



Parece piada

por aqui eu li

que 'o dilema

é bíblico',

há quem defenda

trabalhar,

há quem defenda

ficar em casa,

e até agora nada

está resolvido;



Apenas o quê

me resta é

ficar reclusa,

dançar a música

na mais plena

figuração

da linguagem,

escrever poemas

sobre a Lua

para não morrer

de doença

ou ir para a cadeia,



Esperando sigo

perguntando

qual será a próxima cena,

porque quem lambe

a borda da taça,

a alma não cala

e não busca

por 'indulgência' barata.

⁠Bem que os beijos meus
poderiam ter
asas para buscar os teus,

(Ou poderiam mesmo
até o oceano cruzar),

Do báratro escuro
que ardente oculto
para nele você se perder,

(Sem chance de fugir
ou querer regressar),

Mais forte que o passamento
para você de mim
nunca mais esquecer,

(Ou de dentro de ti vir
a tentar me apagar),

Tão méleo quanto
o mais puro dos sentimentos
para você se viciar,

(Sem querer cheguei
para em ti morar),

À espreitar a cada
um dos meus passos
como um lobo da estepe
do Oeste da Anatolia,

(Doses de café,
desejo e melancolia);

Indomável como o mar
em intermitente luar
feito a sagração poética
da primazia da primavera.

Acho que você não se atentou,

Que a nossa alquimia é intensa,

Só vou dormir quando você,

Me libera um beijo para que ele

Chegue do jeito que eu permitir...



Querendo saber de você, curiosa

Pergunto como você passou o dia,

E escrevendo tudo sobre nós dois,

Faço versos que a poesia espera,

Somos de nós dois e temos um ótimo

Motivo para sorrir...



Tenho um plano além da amizade,

Há uma certeza e uma vontade

De juntos não darmos mais espaço

Para a saudade - esse é o meu

Jeito de te esperar de verdade.



Às vezes tenho medo

Que você me esqueça,

Por isso escrevo versos intimistas

Para que eu não saia da tua cabeça;

Que chegue logo o real dia,

Que você virá

Para que a gente se aqueça

Até a hora que a noite adormeça.

Intensos filhos de Gaia,



e atrevidos no Olimpo,


Furtivamente colho o teu beijo,



doce não resisto;


Acaloradamente e terna provoco


o teu instinto...




Protegidos por Deméter,



travessamente no Olimpo,


A minha nuca coberta pelo teu beijo,



doce te excito;


Apaixonadamente estou em tuas mãos,



te mordisco.




Acompanhados por Perséfone,



vagarosos no Olimpo,


Os meus seios nas tuas mãos


são um punhado de trigo;


Sinfonicamente doce atingiremos o paraíso,



predestino.




As três deusas são por nós dois,



já somos de nós dois,



Somos mistérios revelados,



e ainda não consumados;


Eles hão de nunca serem suficientemente


descobertos.




Sob a proteção do Olimpo,

juntos somos apenas dois meninos,

Divertidamente nos seduzindo

como os astros seduzem a orbe,

No nosso Universo tudo é repleto

- nele tudo pode -

e nos sacode;

Somos duas oferendas no Olimpo,

e perfeitos Mistérios Eleusinos.

Eu - Te vi - Tão bela

Em um grito cantante
Alvejado de pura alegria
Te vi
Como necessitava te ver
Em total alegria...
Espelho ou cristal
Não importa
Te vi
Sem as luzes das maquiagens
Em pura verdade
De teu resplendor
Teu belo sorriso
Escolhido por mim...
Jamais impeças
O teu perfume de flor
Tu és linda
Agora me permita o olhar
O que fora meu
Em nossas primaveras
Assim suaves eternamente...
Amo
Teus gestos maduros
Onde o amor se compôs
Desejo te a paz
Ainda que a caminha seja extensa
Diante dos espelhos...
Em corpo maduro
Escrito no ar
Não te escondas mais
Em Ti tudo primoroso...
Apenas esconda-te
De meus abraços
Pois meus braços são solidão...
Lá fora a noite se faz
O sereno da paz
Derrama-se
Sobre nossos carinhos
A lua sempre risonha
Irradiando luz
E eu aqui enamorado
Sem ter
Para onde ir.

Jmal

2013-01-24

Meu pé de laranja lima

Confesso que chorei...
Olhando em seus olhos pude rever me pueril...
A infância se refez nos versos de seu texto...
E assim ao avesso virado me vi...
Menino traquino, sapeca de outrora...
Agora me via ali outra vez....
O saudosismo imperante envolvia-me todo...
Então minha vida eu vivi e revivi...
Meus heróis de infância, meus medos e angustias...
Meus amores, pudores e anseios mils...
Me vi tão menino ingênuo e tão frágil...
Que idoso me sinto vivendo o agora...
Lembrei Garcia Maquez com sua agudez...
Trazendo as fraquezas da idade humana...
Minhas putas velhas memórias perdidas...
Meu pé de laranja lima, jorrando emoções...
Minha vida tão jovem tão velha tão breve...
O lento respirar e a letargia cardíaca...
Vencendo o tempo e a débil razão...
Só pude fazer me silêncio e soluço...
De um pranto vívido vivido assim...
Eu hoje um homem, me vendo menino...
Um velho menino tentando ser eu

SONETO EM A

Ah! Paixão volátil que se dissimúla
Ao sabor dos ecos do vento da emoção
Agindo nas veias o sangue coagúla
A furtar-me o tênue fio da razão.

Atônito ante seus olhos reluzentes
Almejo ver seus sonhos seus segredos
Acordo encarcerado em correntes
Atado e impedido então me vejo.

Ao menos no olhar minha te tenho
Assim grilhões não me podem conter
Amando-te no silêncio, me contenho

Aline, que a um olhar aprisiona
Aos mortais que em tua órbita passeiam e
A cada instante por ti se apaixonam.

INTROSPECÇÃO

Quero poder falar a você,
Meu amigo, minha amiga,
Que a vida vou levando,
Vou vivendo, vou cantando
E de quando em quando,
Ou por tristeza ou alegria,
Sem projetar ou desejar,
Derramo lágrimas sem parar
É a vida do poeta...
Parece sábio, pensador, cordato
Não transparece rebeldia
Somos como as ondas do mar, sempre girando
Muitas vezes, somente calmaria
Mas na grande maioria das vezes
Cheios, impregnados de melancolia
E aí o mar revolto nos projeta ao ostracismo
E ao desconectar, perdemos a sintonia
Estranhos de nós mesmos
É navegar no ceticismo
Nos fechamos para o mundo,
Momentos necessários, fundamentais,
Introspecção pensada,
Para que os futuros poemas, sejam reais

O último passo do destino

A terra que cobrirá meu corpo
Esta me chamando.
Espreitando-me sem cessar
Os vermes já me rondam
Como que se, minha sorte pudessem tirar

Diante disso, vou traficando dias
Vomitando de mim agonias
Cessarei assim desinibida de mim
Derramando palavras em sulcos
Adiando com versos o meu fim


A fase final das horas sorri olhando-me
Aproximam-se o cessar
Distanciam-se os sons dos meus suspiros
Não há gestação de dias
A fome do fogo da vida, saciada, chora

Murcha como flor, sem culpa
Completo minha caminhada
Deixando-me ainda aqui.

Enide Santos 18/12/15

TESOURO DE POETA


Num mundo guardado, aqui dentro
Toda palavra tem peso de ouro
Mas pra pesar é um tormento
Tem daqueles que o juntam como tesouro


Sou dos que espalha por todo canto
Esqueço de tudo, a te de mim
Sabendo bem disso:_ nada de espanto
Quando encontrar um poema, com meu sorriso no fim

O SILÊNCIO DE MADRE TEREZA DE CALCUTÁ


O silêncio se fez presente,
Dizendo tudo sem nada falar
Toca hinos com som ausente
De poesia, que não ouso declamar


Ouvindo-o, não se esculta
Foi feito pra escultar
O que em seu coração pergunta
E esse segredo vai lhe contar


Proseava com ele, e alguém a perguntar:
_Sabe o que vai pedir?
_Nada, só vim pra escultar
_Ele responde?
_Nada, só está pra me ouvir

Saber de cor é sabe de coração!
Assim como o Girassol se ergue quando a luz se espraia no horizonte
Que apesar dos conflitos, o corpo traduz o que a alma deseja!
Que o livre arbítrio trás o temor da escolha.
Que recordar é trazer de volta ao coração
A lembrança mais sagaz que liberta da ilusão.

Na vida tem mulher que se porta como flor!
Há quem acompanhe a trajetória do sol
Tem as que desenham as estações que estão por vir.
Há quem lance seu pólen pelo ar, e as que dançam nos campos do devir
Hora mulher, tu és flor! Só por isso me dá motivos pra sorrir...

No meu caminho de volta,
eu clamo pelo teu nome,
pareço doente aos olhos de quem vê,
de longe, é perceptível que não tenho mais você.
Eu emagreci,
na alma, quase desnutrição.
Eu adoeci
na mente, quase escuridão.
Eu cansei
por dentro, quase exaustão.
Eu virei pedaço de metal,
que desprende do satélite
e vaga, todo dia, em silêncio,
esperando pelo impacto.

Roney Rodrigues em "Satélite"

cuidado com espinhos pequenos
cuidado com palavras pequenas
cuidado com abraços curtos
cuidado com beijos abreviados.
cuidado com pequenas armadilhas
cuidado com pequenas medidas

Cuidado pois ninguém tropeça em montanhas,
são as pedras pequenas
que mais quebram a gente.

Roney Rodrigues em "Sobre coisas pequenas"

Transbordo

Transbordo em sonhos
em loucos sentimentos
não sei fingir...
não consigo não sentir
se eles existem, eu sinto
intensamente...!

Tão real e legítimo
como devem ser...!
não, não gosto de sofrer
apenas não sei fingir...
Por isso transbordo
transbordo em letras,
rimas e versos...!

Sentimentos e sonhos
rimas e versos...
assim eu transbordo.

PONTO DE PARTIDA

Primeiro a gente casa com a alma!
Morada abstrata, onde nascem duas histórias.
Se tu queres começar, ora! Se tu queres morar, namora!
Edifica teu endereço, constrói tua memória.

Embasa na terra, alicerça o coração
Nada funcionará se não der asas à imaginação.
Percebes o que há na dança, na leveza, no falar...
Nas artimanhas do sorrir, nas entrelinhas do olhar.

Amor que ora, amor que mora, amor que aflora, namora.
Não te afliges pobre coração, logo serão dois em um. Às vezes demora!
Tu que vives na penúria, acalenta-te agora
Não chora!

Deves saber a cada dia o que há em comum
Que de longe são dois, e de perto são um
Que tu encontres na casa a alegria de viver
Se não casas com a alma, haverás de sofrer.

Está escrito nas lápides do purgatório,
Os Deuses decretaram que eu busque sua alma,
Você vai estar bem aqui do meu lado caminhando entre os mortos.
Bem perto de mim, me auxiliando na extinção e na criação,
Você pode fugir, mas não pode se esconder,
Você pode negar, mas não pode se controlar,
Você anseia pela morte pois não há amor que possa te controlar.

Paixão é um compromisso obrigado pelos cupidos,
Nossa paixão não passa de uma escravidão,
Meu coração é ácido, seu corpo é o apocalipse.
Sua alma está quebrada e atormentada,
Gravo teu nome no meu braço com espinhos das rosas negras.
Ao invés de estressado, fico aqui agonizando,
Porque não há mais nada para fazer,
Não há mais nada para dizer.

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