Texto com a Palavra Ouse Ousar Ousadia Alma
Alma
No dia que te peguei nos braços
pela primeira vez,
eu senti que eras um anjo
senti meu corpo extremecer
de tanta felicidade...........
...e o anjo me ensinou que um filho
é o maior amor do mundo.........
e onde eu estiver sempre estarás ao meu lado..........
eu sei que te perdi ........
você retornou ao céu
mas tua alma se mesclou com a minha
e jamais nos perderemos.............
tambem voarei um dia
e você,
você estará
me esperando........
tua mae para a eternidade........
Está tudo sendo arrastado, o balanço do vento agita minh’alma. É quando o vento gela o meu braço e atormenta meu estado. Fecho os olhos mudo de rota, corro pra fora, pulo mais alto.
São outros caminhos, outras sensações. A noite briga com o dia: “Me dê licença, eu quero ascender.” Que os faróis que tentam me segar possam, na frente, iluminar os meus caminhos. Que cada vibração, cada balanço, cada energia sejam prova de que o amor é incrível, que ele é indescritível e muito mais que sonhamos sentir. O reflexo da tela se pôs ao meu lado. Por que chegou? Por onde passou? Ponto preto, ponto rosa. O barulho dos caminhões e cilindros pneumáticos acompanham a descida. Apito. Ta na hora de descer, ta na hora de voltar. Volto pra terra com um único objetivo: ser feliz e com nada me importar. O que eu mais quero passou longe do que agora estou sentindo. Agito, buzinas, aceleração, freios, sinais. Pra onde estamos indo agora? Estamols subindo? Não! Estamos descendendo? Não! Pra onde iremos? Aonde estaremos? As luzes se acenderam, os freios foram ativados, um balanço tomou conta, e então, a calma, logo ali o agito. Emoção, sensação, vibração. Olho as luzes lá de fora e adentro em meu mundo. Lá é tudo muito aceso e o amor é grande e profundo. Outra paz, logo ali o agito. Motores começam a funcionar. De novo estamos a passear. Um quebra-cabeça impossível de viver com suas peças desajeitadas. Olha aquilo! O que será? Deve ser um anjo, que veio nos impressionar. Será que é miragem? Será pura fantasia? O que é eu não sei, mas é algo misturado com magia.
ALMA GÊMEA
Dois seres diferentes
De almas carentes
Vivem a se procurar
Dois corações apaixonados
Eternos enamorados
Destinos a se cruzar
Duas almas sonhadoras
Nascidas uma para a outra
Destinadas a se encontrarem
Almas gêmeas separadas
Nada se compara
A dor de juntas
não estarem
Já vem de outras vidas
Almas gêmeas feridas
Que um dia hão de
novamente se encontrarem.
De vez em quando nos perguntámos:
Existe Alma-Gêmea?
Aquela sensação de afinidade...
Aquela sentido de pertinência...
Como se já conhecesse intimamente...
Aquela pessoa que acabamos de conhecer..
São almas-Companheiras...
Que voltám a trilhar nosso caminho..
Por algum tempo, trocamos experiências...
Compartilhamos lições e aprendizados..
Depois, ela se vai ... Ou não...
Enquanto seguimos juntos...
Resgatando pendências ...
Vamos vivendo e evoluindo...
Até que o designio se cumpra...
Silenciosamente eu rezo, que ele seja forte, não aparentemente, mas na sua alma, no seu conteúdo. Porque assim será esperto suficiente pra conviver com meu gênio, e não vair querer medir nada comigo.
Lá longe eu peço, que não seja feito de fantasias, que também diga não, e que exista mesmo que não seja pra sempre, pra eu poder morrer de emoção.
Texto Gosto Incrivel de balinha de maçã verde
Ventre da Escuridão
Numa imensa tempestade minha alma sofria
E a minha mente num porão vazio vivia.
Não ouvi o barulho dos ventos nem vi o mar com a sua fúria.
Jogado nessa tempestade eu fui; a fúria dela me dominou
Logo uma terrível escuridão me tragou.
Abandonado, aflito, sozinho eu fiquei
E no ventre da escuridão logo me encontrei.
As algas enrolaram o meu pescoço, querendo me sufocar,
No ventre da escuridão estava; ninguém podia me ajudar.
Vivendo um pesadelo sozinho eu me encontrava.
Podia sentir a morte se aproximando a cada segundo,
O medo me fazia pensar que não havia mais solução.
Toda esperança era só mais uma ilusão.
Me lembrei que posso pedir e acreditar,
Existe um Deus poderoso pra me salvar.
Implorei sua ajuda...
Acordei no mesmo lugar.
Ouvindo uma voz vinda do inferno, me dizendo:
“Não há mais saída, vai e acaba com tudo agora mesmo.”
No fundo não queria ouvir, mas não via opção.
Pra viver não tinha mais nenhuma razão.
Encolhido num canto escuro eu fiquei observando-a.
Apontei pra minha cabeça aquela arma,
Apertei o gatilho...
A trava eu esqueci; até a morte não me queria.
Suspirei uma última vez, abri meus olhos enrubescidos e a vi.
Vi uma luz dissipando aquela escuridão, então eu percebi
Que Deus tinha me atendido e pude ver
Que tenho mil razões pra viver.
Sentido de amar
Cai a chuva no rosto da dama,
Cai a chuva por que a ama.
O amor que vem da alma,
Não se acaba e nem se acalma.
É sofredor aquele que ama
Que fica na lama
Que chora sem parar,
Sem medo de amar.
Mais mesmo assim
Se o amor é sem fim,
Erguemos a cabeça
E rezazmos para o que aconteça.
Amar as vezes significa ser machucado
Por aqueles que estamos apaixonados,
Mais o amor é bom,
é como ouvir um bom som.
Por isso eu sempre digo
Acompanhem comigo,
Amar é arte
E viver faz parte.
Ao alcance da sua mão
A cada dia que passa estou mais e mais envolvida.
Você contagia a alma da pessoa com sua voz de veludo...
quero te amar...
estou me segurando para não sair gritando para todo o mundo que te amo.
Estou resolvida a te amar para sempre, te quero com seus defeitos, e suas qualidades.
Quero te mimar, colocar no colo, acariciar seu rosto, te fazer cafuné, quero te amar.
Quero lhe dar a minha vida de presente, para você fazer parte dela, para você não sentir mais solidão.
Solidão para que? Se eu estou ao alcance da sua mão.
É só você pedir, que em pouco tempo estarei ao seu lado, para seguir o caminho ao encontro da felicidade.
Sem tentar, não saberemos se vai dar certo nosso amor.
É só você querer.... estou ao alcance da sua mão.
Eu gostaria de escrever, para esvaziar minha alma.
Sinto na pele a dor de cada facada emocional que tu aplicaste em mim.
Desapontada, volto para casa, aos prantos.. Mais uma vez.
Eu nunca aprendo com seus erros, sempre insisto em viver com você.
Mas na verdade, eu acho que o meu erro é pior do que todos os seus juntos..
O erro de tentar ser feliz ao lado de alguém tão miserável como você.
Não se preocupa com minhas dores e não move nem um dedo para me proporcionar um sorriso.
Um dia aprenderei e não espero que sofra como estou sofrendo, hoje, por ti.
Mas quero que sinta na pele toda dor necessária para que haja uma completa mudança no seu coração..
Ou melhor.. Que você um dia, possa notar que tem um coração..
Que sem ele você não viveria um segundo sequer..
E que você precisa dar mais valor e atenção às emoções que este órgão lhe apresenta.
Muitas vezes as musicas são mais que musicas, é o que nos toca no fundo da alma e nos faz dançar mesmo estando parado.
Expressam o sentimento, acompanham nossas agustias nossos momentos felizes.
Cada um com seu tipo, cada musica com sua historia, cada historia existe por trás almas, tanto as que criaram como as que ouvem.
Pare por um segundo e nesta musica que gosta tanto, sinta o som te embalar pelos caminhos do coração, sinta até o ar mudou, os pensamentos.
Musica trás a nós a diversidade, mais também um pouco de individualidade.
Então você que tanto ama a musica, você que talvez prefere musicas românticas ou agitadas, musicas trágicas, musicas calmas.
Saiba sua vida é uma musica que toca continuamente, uma musica que não se acaba, uma musica de altos e baixos, uma musica da banda na qual você toca, a banda da vida!
Os eflúvios da alma são pertinentes para quem pensa.
Pensar é causar!
Acendo uma lâmpada nas manhãs de cada manhã e,
muitas vezes,
sinto a escuridão na minha alma em face aos tantos enredos que surgem revelando outras adversidades, tantas injustiças sociais e pelos repetidos julgamentos sobre os sentimentos que pinto na tela do sempre!
A penumbra surge pela insaciável sede de me encontrar pleno e sem algemas para o voo.
Reflito!... repiso este pensar e refletindo melhor, sinto que a despeito das asas prontas para singrar no infinito... permaneço preso nesta grande gaiola da indiferença, da insatisfação, da busca desconhecida da definição do que fazer,
de como me transformar em um indivíduo mais leve!...
Surpreendentemente, encontro-me e sinto os tantos ais que ciscam meus olhos e sangram minha alma.
Janelas da Alma
Viver amando não é o bastante, tentar provar nem sempre dá certo, acreditar que acreditam em você é uma dura tarefa, por mais que nos esforcemos, amemos, corramos para o fim de uma boa carreira, a angústia de entender a mente humana me corroe a alma.
Viver dias felizes está em eternizar as felicidades vividas dentro dele e menosprezar os desamores ocorridos.
Saber que o outro se machuca com pequenos detalhes é o que eu preciso aprender, não somente isso, mas aprender que se eu deixar minha mente me levar, morrerei no rio da desconfiança, perderei a Fé, sim fé, mas não aquela fé no SER sobrenatural chamado Deus, mas sim a fé de que ainda existam pessoas perfeitas, mesmo com imperfeições.
A grande verdade é que o medo de ser ferido, causa as maiores feridas e se eu temer me entregar completamente, vou morrer no marasmo de nunca ter tentado, mesmo que experiências passadas tenham me ferido. Eu acredito no amor, eu acredito nas palavras mesmo que elas não sejam escritas e registradas em cartório, por que vivo a moda antiga, onde o que se falava era Lei.
A bíblia diz que tenho janelas na minha alma, e tudo que por elas entram tem poder de mudar o curso dela, aqui vão algumas delas:
Janela chamada boca: O que muito fala tem maior probabilidade de ferir-se;
Janela chamada olho: O que muito quer ver acaba se torturando por sentimentos que foram criados a partir da sua visão;
Janela chamada mente: Essa é a maior produtora de efeitos na nossa alma, pois, tudo que se cria nessa janela vira um desejo, e aqueles que não aprenderem controlar os seus desejos perderão sua alma;
A conclusão de tudo é o que diz o pregador: Tema a Deus e guarde seus madamentos, pois, o SENHOR trará a juizo tudo o que foi realizado, seja bom ou seja ruim.
http://marinieermogenes.blogspot.com.br/2012/03/pensador-eduardo-marini_16.html
Meu amor, enquanto a chuva cai la fora eu sinto um arrepio que me toca a alma, sinto sua ausência e isso me dói. Dói demais. A esperança me faz crer que algum dia nos encontraremos e ficaremos juntos, pra sempre.
Mas isso é apenas ilusão, como sempre, invadindo o meu tolo coração..não sei mais o que fazer, não sei mais se devo ou não te contar o que realmente está no meu pensamento, sempre acho que irei me arrepender. Será que vale a pena? Se entregar assim, deste jeito...não sei. Não sei se tenho coragem pra levar isso tudo adiante. Tenho medo do que pode acontecer. Tenho medo de me machucar. Tenho medo de mim e também tenho medo do amor.
Ó alma minha! Peregrina solitária
Entre as dores do mundo
Quanto de tuas lágrimas
Não poderiam ter sido abreviadas
Se desviasses os olhos
Dos males que te cercam
Ah, quanto sofrimento ainda terás que suportar?
Simplesmente para estender por mais algum tempo
Tua vida pálida sob a sombra da morte inevitável.
QUANDO FAÇO POESIA
Quando faço poesia, faço paixão.
E meu maior prazer é despir minh’alma,
Desnudando-a com calma,
E cedendo-a ao toque da inspiração.
Quando faço poesia, reinvento o tempo.
Reencontro antigas emoções,
Transformo os já cansados sentimentos...
Refaço minha história, revivo cada passo na memória.
Quando faço poesia, desfaço os conceitos pré-inventados,
Jogo todos os medos de lado,
Sou a pura verdade do meu ser,
Torna-se meu, tudo que fiz por merecer.
Quando faço poesia, faço vida...
Sinto-me parir uma chance a mais.
É como se não houvesse limites para o amor,
É como se toda guerra virasse busca pela paz.
Quando faço poesia, sou tantas em uma só.
Minhas personalidades me possuem com licença.
Quando faço poesia, sou mais do que mostro ser,
Sou tudo ao que estou propensa.
Quando faço poesia, transformo em realidade minhas quimeras.
Sou o calor do inverno, o frio em pleno vulcão, a doçura de uma fera.
Quando faço poesia, sou poeta, e enalteço o esplendor de cada rima.
Sou um viajante do mundo, que em seus versos cumpre sua sina.
FELIZ DIA DA POESIA.
O mais lindo sorriso é aquele que representa sua alma, pois aquele que teme em não sair jamais sentirá a força que ele tem na vida de muitas pessoas quando verdadeiro ele for...o seu é lindo de qualquer jeito!!!
BOM DIA PESSOAS!!!
... Um beijo especial a esta pessoa que amo de paixão.....Jack Coppa
ALMA DA ÁFRICA,ALMA DO BRASIL
A narrativa de Antonio Olinto em seus romances africanos começa, em A casa da água, como uma enxurrada. Não há introdução, preparativos, prolegômenos. O leitor literalmente mergulha, já na primeira frase, em uma enchente. É a metáfora que conduz o discurso, uma recuperação moderna da narrativa sinfônica. Olinto escreve como quem conta uma história ao pé da fogueira na noite da África ancestral. Enumera os usos e costumes, o sincretismo religioso, os procedimentos curativos, o folclore, o cotidiano das casas e das ruas, mas principalmente localiza o leitor, pondo e transpondo pessoas, com enorme habilidade, em lugares de aqui e de acolá, do Piau a Juiz de Fora, do Rio à Bahia, do Brasil à África. Mas, se o espaço tem destaque na linguagem, o tempo é etéreo. Tempus fugit. A primeira referência temporal só se dá por volta da página 200, quando se menciona a guerra. "Mariana achava ingleses, franceses e alemães tão parecidos, por que haveriam de brigar, mas deviam ter lá suas razões." Somente ao final do livro uma tabela de datas vai esclarecer de que tempo histórico se está falando. E aí está: o tempo cronológico não tem importância.
Os achados de linguagem são tocantes. Logo à página 20, damos com esta preciosidade: "As mulheres ficaram com receio de olhar para fora e puseram os olhos no chão, Mariana, não, Mariana comeu o prazer de cada imagem." À página 58, outra: "Maria Gorda pegou-a no colo, começou a falar, tinha uma voz boa e gorda também." E à página 64: "A alegria dominou durante outra semana ainda o navio, mas foi-se diluindo em pedaços cada vez maiores de silêncio." É a voz soberana do narrador, simples, despida e precisa, fazendo um registro. Sem avaliações morais ou moralistas. O padre José que bebe cachaça, a matança cerimonial, a fornicação sem vergonhas. O livro é a pauta da vida. Desenvolve-se. Evolui, como um navio que avança pelas ondas franjadas. O livro é a vida, em seu processo, sujeitando as pessoas pela tradição, cultura, pela dinâmica própria. Um relicário da prodigiosa observação desse autor que funde ficção e memória em uma liga só, emocionante
A Casa da água foi lançado em 1969 e serviu de esteio para os outros dois livros da trilogia (O Rei de Keto e o Trono de Vidro). A análise da alma africana, e por extensão da alma humana, é preciosa, no texto de Antonio Olinto. Mas não está em fatos pitorescos ou nas anedotas. Está nos refrões, pregões, imprecações. Vejam esta frase: "Ele tinha boa cara, os lábios, grossos e fortes, formavam um sorriso lento, que demorava a se formar e demorava a se desfazer." Outra: "O pai revelou-se um homem baixo e muito gordo, a boca se esparramava como a de um sapo, ria uma risada enorme e demorada."
A trilogia do acadêmico Antonio Olinto é um compêndio sobre costumes de um povo que passou muitos anos lutando para manter a sua identidade. Assim, a pretexto de falar da alma da África, o autor fala da alma do Brasil. O fio condutor é Mariana, errante e errática, miscigenada e híbrida, suspensa entre dois mundos, como a água do mar, a água da enchente, nessa torrente de vida. Mas uma mulher firme, empreendedora, justa. Uma brasileira. A frase de Mariana, ao batizar a sua loja, comprada com o trabalho de uma vida, de Casa da água, foi esta: "É que eu comecei a ser eu depois que fiz um poço." Anos mais tarde, ela diria (página 59 de O Rei de Keto): "A coisa mais importante que fiz foi abrir um poço em Lagos quando era moça." Quanta densidade em duas frases!
Aqui e ali, a voz do autor se deixa evidenciar, numa cuidada intervenção da primeira pessoa. São apenas dois ou três verbos em cada volume, com desinência voltada para o eu. Artifícios de um habilidoso processo de construção da narrativa.
A um homem que viveu a África, como adido cultural na Nigéria, escolho a boa tradição iorubá, e termino este artigo com um oriki, como faz o autor no seu romance: ó Antonio Olinto, tu que ensinas a ver e a julgar, que estás no teu merecido lugar no cenáculo da Academia Brasileira de Letras, que escrevas muito e que teus escritos sejam recebidos com alegria pelos nossos corações, para sempre. Porque tua obra, nobre escritor, é como tu: tem a energia do trovão, a sabedoria dos nossos ancestrais e a serenidade do mar calmo.
Jornal da Letras, edição de setembro de 2007
"aos poucos, entre a calma da alma
e a chuva de um dia tempestivo
uma gota aqui e ali, percebemos que;
o que parecia ser muito importante ...
no final do dia não é mais tão importante assim
e as vezes tomam o tempo do que realmente é.
Pessoas e coisas, coisas e pessoas não são o mesmo"
Há em mim
uma vontade sempre iminente de renovacão.
Varrer os cantos da alma,
tirar o pó dos sentimentos,
reorganizar as alegrias,
... resumir as tristezas,
multiplicar os talentos,
dar cara nova ao velho...
confortável tornar...o novo...
habitar todos os espacos do coracão..
E essa vontade é sempre...e tão imperiosa...
que todo meu ser clama
Soam lá fora, todos os ritmos de alma e são proclamados todos os poemas mais amados. Moça bonita, singela, tuas mãos vão encontrar as dele, sem mais pensamentos de mar, fundos, gélidos. O cheiro que se tem é de carmim, a vida é bela... É bela quando seus corpos se encontram. Olharam a janela esperando a chuva, esperando o sol, esperando qualquer tempo mesmo que miúdo para que passasse, para que trouxesse o destino de uni-los, de prega-los um no outro. Não disse mais nada, aquele dia pouca coisa foi precisa, pouca coisa foi dita. Os olhos também tinham fala, a respiração e nenhuma calma. A paz que se instalou nos olhares que se cruzaram, feito nó. O coração que palpitou e gritou, deu pontadas, mergulhou-se num ritmo de bateria de escola de samba, a fala que sem pedir licença, saiu... sem mais delongas. Tinham saudade, os dois, saudade do que nunca até então, tinham vivido. Todo o resto era bobagem.
A primavera chegou, ele aumentou os passos, acordou cedo do único cochilo que havia conseguido dar, iria vê-la. Partiu, com rumo, dessa vez, ao amor. Ao amor. Esperou mais sete horas até subir a rua de sua casa, até bater em sua porta. Se encararam. Ouve os braços e abraços, tantos laços. E os corações se debatiam, sem mais ideias do que era felicidade.
Entrou, enfim. Suspirou o coitado.
Lá estava a moça de pele clara e rosto fino, cabelos caídos em torno dos ombros frágeis, a unica poesia viva na vida do pobre rapaz. Lá estava ele, enfim, havia chegado, de maneira apressada a moça precisava sorrir. Precisava. Sorria, porque a alegria não cabia calada.
Respirou fundo e disse: "Enfim em teus braços me achego."
Olhava-o, encantada, a moça.
- "Lugar onde quero viver e morrer. Onde sei que serei eterno." - Prosseguiu o rapaz enquanto agarrava sua menina pela cintura e desabotoava o vestido rendado. Ela prosseguiu, meio roca e trêmula:
- "Para que dentro de mim e dentro de ti, seja a casa de toda a poesia sem fim."
Rasgou-se todo o véu, e foi assim que ele a beijou nos lábios pela primeira vez, estava enfim, liberto.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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