Texto Amigos de Luis Fernando Verissimo
Hoje vou me despedir...
Hoje vou me despedir da maldade, vou me despedir da tristeza, vou me despedir do sofrimento, vou me despedir da falsidade, vou me despedir daquilo que me faz, vou me despedir do mal que eu causo, vou me despedir da preguiça e do aborrecimento, da falta de bom senso, vou me despedir de quem me causa mal, vou dar adeus a aqueles que não sabem o quanto são especiais para mim e me levam embaixo do braço como um pasquim.
Vou dar desejar boas vindas a tudo que é proposto de bom gosto, vou dar um oi pra tudo que é feito de bom grado, vou me alegrar com as vitórias e os desafios, vou dar um olá aos bom amigos e amigas, vou abraçar meus pais e agradecer a todo o instante, vou beijar minha vida como se fosse a primeira vez, vou olhar o para o mundo de uma forma nova.
Irei fazer isso sem nada ter acontecido, vou fazer isso somente por que acordei de outro jeito, vou fazer tudo de novo mais do meu jeito, vou tentar fazer tudo uma ultima vez como se fosse a primeira. Quero ler o livro da minha vida e não me arrepender por algo feito e sim por algo que deixei de fazer, quero celebrar momentos plenos e de alegria, mas como eu já disse, não por algo ter acontecido, somente porque acho que a vida deve ser vivida e eu acordei de outro jeito.
I
Eu nunca guardei rebanhos,
Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor,
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estacões
A seguir e a olhar.
Toda a paz da Natureza sem gente
Vem sentar-se a meu lado.
Mas eu fico triste como um pôr do Sol
Para a nossa imaginação,
Quando esfria no fundo da planície
E se sente a noite entrada
Como uma borboleta pela janela.
Mas a minha tristeza é sossego
Porque é natural e justa
E é o que deve estar na alma
Quando já pensa que existe
E as mãos colhem flores sem ela dar por isso.
Com um ruído de chocalhos
Para além da curva da estrada,
Os meus pensamentos são contentes.
Só tenho pena de saber que eles são contentes,
Porque, se o não soubesse,
Em vez de serem contentes e tristes,
Seriam alegres e contentes.
Pensar incomoda como andar à chuva
Quando o vento cresce e parece que chove mais.
Não tenho ambições nem desejos.
Ser poeta não é uma ambição minha.
É a minha maneira de estar sozinho.
E se desejo às vezes,
Por imaginar, ser cordeirinho
(Ou ser o rebanho todo
Para andar espalhado por toda a encosta
A ser muita coisa feliz ao mesmo tempo),
É só porque sinto o que escrevo ao pôr do Sol
Ou quando uma nuvem passa a mão por cima da luz
E corre um silêncio pela erva fora.
Quando me sento a escrever versos
Ou, passeando pelos caminhos ou pelos atalhos,
Escrevo versos num papel que está no meu pensamento,
Sinto um cajado nas mãos
E vejo um recorte de mim
No cimo dum outeiro,
Olhando para o meu rebanho e vendo as minhas ideias,
Ou olhando para as minhas ideias e vendo o meu rebanho,
E sorrindo vagamente como quem não compreende o que se diz
E quer fingir que compreende.
Saúdo todos os que me lerem,
Tirando-lhes o chapéu largo
Quando me vêem à minha porta
Mal a diligência levanta no cimo do outeiro.
Saúdo-os e desejo-lhes sol
E chuva, quando a chuva é precisa,
E que as suas casas tenham
Ao pé duma janela aberta
Uma cadeira predilecta
Onde se sentem, lendo os meus versos.
E ao lerem os meus versos pensem
Que sou qualquer coisa natural —
Por exemplo, a árvore antiga
À sombra da qual quando crianças
Se sentavam com um baque, cansados de brincar,
E limpavam o suor da testa quente
Com a manga do bibe riscado.
Sim, sou eu, eu mesmo, tal qual resultei de tudo,
Espécie de acessório ou sobresselente próprio,
Arredores irregulares da minha emoção sincera,
Sou eu aqui em mim, sou eu.
Quanto fui, quanto não fui, tudo isso sou.
Quanto quis, quanto não quis, tudo isso me forma.
Quanto amei ou deixei de amar é a mesma saudade em mim.
E ao mesmo tempo, a impressão, um pouco inconsequente,
Como de um sonho formado sobre realidades mistas,
De me ter deixado, a mim, num banco de carro eléctrico,
Para ser encontrado pelo acaso de quem se lhe ir sentar em cima.
E, ao mesmo tempo, a impressão, um pouco longínqua,
Como de um sonho que se quer lembrar na penumbra a que se acorda,
De haver melhor em mim do que eu.
Sim, ao mesmo tempo, a impressão, um pouco dolorosa,
Como de um acordar sem sonhos para um dia de muitos credores,
De haver falhado tudo como tropeçar no capacho,
De haver embrulhado tudo como a mala sem as escovas,
De haver substituído qualquer coisa a mim algures na vida.
Baste! É a impressão um tanto ou quanto metafísica,
Como o sol pela última vez sobre a janela da casa a abandonar,
De que mais vale ser criança que querer compreender o mundo —
A impressão de pão com manteiga e brinquedos,
De um grande sossego sem Jardins de Prosérpina,
De uma boa vontade para com a vida encostada de testa à janela,
Num ver chover com som lá fora
E não as lágrimas mortas de custar a engolir.
Baste, sim baste! Sou eu mesmo, o trocado,
O emissário sem carta nem credenciais,
O palhaço sem riso, o bobo com o grande fato de outro,
A quem tinem as campainhas da cabeça
Como chocalhos pequenos de uma servidão em cima.
Sou eu mesmo, a charada sincopada
Que ninguém da roda decifra nos serões de província.
Sou eu mesmo, que remédio!...
Nota: Versão adaptada de poema de Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa
O Mal em MimNão sou capaz de explicar a sensação do mal em mim; representava, nesse período da minha vida de que falo, a fonte de uma angústia inexprimível. Os homens constroem teorias estranhas sobre o bem e o mal, sobre os castigos e as recompensas; procuram assim a verdade que nunca em vida poderão saber.
Foi muito bom para mim e para a minha família o facto de eu ter sempre ficado em casa e conservado sem esforço o meu antigo modo de ser calmo até aos quinze anos. Nessa altura, porém, mandaram-me para uma escola longe da minha casa, onde o ser latente em mim que tanto temia despertou e começou a agir e a insinuar-se na vida humana.
Quando digo que sentia haver muito mal dentro de mim, não quero dizer que estivesse desde sempre condenado a uma vida de infâmia ou de vício. Quero dizer, porém, isto — que havia em mim uma forte atracção por todas as coisas censuráveis que assediam o homem: podia controlar ou podia satisfazer esta atracção, mas uma vez satisfeita, mesmo só um pouco, era provável que eu nunca mais me pudesse controlar. Resolvi satisfazer essa atracção, e a partir desse momento, dava-me um prazer enorme explorar sempre novas espécies de mal.
Fernando Pessoa- manuscrito, original em Inglês (1904-1908)
Procurar o Sonho é Procurar a VerdadeA única realidade para mim são as minhas sensações. Eu sou uma sensação minha. Portanto nem da minha própria existência estou certo. Posso está-lo apenas daquelas sensações a que eu chamo minhas.
A verdade? É uma coisa exterior? Não posso ter a certeza dela, porque não é uma sensação minha, e eu só destas tenho a certeza. Uma sensação minha? De quê?
Procurar o sonho é pois procurar a verdade, visto que a única verdade para mim, sou eu próprio. Isolar-se tanto quanto possível dos outros é respeitar a verdade.
Fernando Pessoa, 'Textos Filosóficos'
Nada sou, nada posso, nada sigo.
Trago, por ilusão, meu ser comigo.
Não compreendo compreender, nem sei
Se hei de ser, sendo nada, o que serei.
Fora disto, que é nada, sob o azul
Do lato céu um vento vão do sul
Acorda-me e estremece no verdor.
Ter razão, ter vitória, ter amor.
Murcharam na haste morta da ilusão.
Sonhar é nada e não saber é vão.
Dorme na sombra, incerto coração.
eu espero com toda
certeza poder lhe encontrar
novamente na corrida
deste tempo em que
estamos vivendo
tudo passa tao rapido
nao é ? até parece que
foi ontem que eramos
muito proximos e bem
intimos, mas hoje em dia
nos vemos na rua e parece
até que nunca fomos apresentados,.
por que fazemos isso com nós
mesmos ? espero um dia
desconbrir.
Esteja sempre em paz com Deus.
Evite os barulhentos e os agressivos. Eles constrangem o espírito.
Exercite a fortaleza de ânimo para se garantir nos desastres súbitos.
Não despreze sua carreira, por mais humilde que seja.
Proceda com cautela nos negócios, pois o mundo está cheio de raposas.
Procure ser feliz, porque, afinal, não é tão difícil assim!
Sem sacrificar seus princípios, seja cordial com todos.
Transite com calma entre a bulha e a pressa e não se recuse à paz do silêncio.
Sejam quais forem suas lutas e seus ideais, viva em paz com sua alma, mesmo no fragor das batalhas. Malgrado as imposturas, as durezas e as decepções, o mundo ainda é belo.
Tenho a náusea física da humanidade vulgar, que é, aliás, a única que há. E capricho, ás vezes, em aprofundar essa náusea, como se pode provocar um vomito para aliviar a vontade de vomitar.
Um dos meus passeios predilectos, nas manhãs em que temo a banalidade do dia que vai seguir como quem teme a cadeia, é o de seguir lentamente pelas ruas fora, antes da abertura das lojas e dos armazéns, e ouvir os farrapos de frases que os grupos de raparigas, de rapazes, e de uns com outras, deixam cair, como esmolas da ironia, na escola invisível da minha meditação aberta.
E é sempre a mesma sucessão das mesmas frases... «E então ela disse...» e o tom diz da intriga dela. «Se não foi ele, foste tu...» e a voz que responde ergue-se no protesto que já não oiço. «Disseste, sim senhor, disseste...» e a voz da costureira afirma estridentemente «minha mãe diz que não quer...» «Eu?» e o pasmo do rapaz que traz o lanche embrulhado em papel-manteiga não me convence, nem deve convencer a loura suja. «Se calhar era...» e o riso de três das quatro raparigas cerca do meu ouvido a obscenidade que (...) «E então pus-me mesmo dia nte do gajo, e ali mesmo na cara dele — na cara dele, hem, ó Zé...» e o pobre diabo mente, pois o chefe do escritório — sei pela voz que o outro contendor era chefe do escritório que desconheço — não lhe recebeu na arena entre as secretárias o gesto de gladiador de palhinhas [?] «... E então eu fui fumar para a retrete...» ri o pequeno de fundilhos escuros.
Outros, que passam sós ou juntos, não falam, ou falam e eu não oiço, mas as vozes todas são-me claras por uma transparência intuitiva e rota. Não ouso dizer — não ouso dizê-lo a mim mesmo em escrita, ainda que logo o cortasse — o que tenho visto nos olhares casuais, na sua direcção involuntária e baixa, nos seus atravessamentos sujos. Não ouso porque, quando se provoca o vómito, é preciso provocar um.
«O gajo estava tão grosso que nem via a escada.» Ergo a cabeça. Este rapazote, ao menos descreve. E esta gente quando descreve é melhor do que quando sente, porque por descrever esquece-se de si. Passa-me a náusea. Vejo o gajo. Vejo-o fotograficamente. Até o calão inocente me anima. Bendito ar que me dá na fronte — o gajo tão grosso que nem via que era de degraus a escada — talvez a escada onde a humanidade sobe aos tombos, apalpando-se e atropelando-se na falsidade regrada do declive aquém do saguão.
A intriga a maledicência, a prosápia falada do que se não ousou fazer, o contentamento de cada pobre bicho vestido com a consciência inconsciente da própria alma, a sexualidade sem lavagem, as piadas como cócegas de macaco, a horrorosa ignorância da inimportância do que são... Tudo isto me produz a impressão de um animal monstruoso e reles, feito no involuntário dos sonhos, das côdeas húmidas dos desenhos, dos restos trincados das sensações.
Sr. Destino, sabemos que não dá para lhe culpar,
até porque não conseguimos entender,
o que pode nos acontecer.
Sr. Destino, sabemos que muitas alegrias
você nos traz,
e que as tristezas fazem parte também,
mas algumas somos incapazes de compreender.
Sr. Destino, sabemos que a vontade não é sua,
que a vida não nos pertence.
mas é difícil perder algo,
que nos foi dado de presente.
Sr. Destino, por mais que acreditamos,
que a vida não termina assim,
a saudade que fica,
parece nunca ter fim.
Sr. Destino, sabemos que não tem jeito.
Mas nos faça acreditar,
Que o que imaginamos ser um fim,
na verdade é um recomeço.
Nunca supus que isto que chamam morte
Tivesse qualquer espécie de sentido...
Cada um de nós, aqui aparecido,
Onde manda a lei e a falsa sorte,
Tem só uma demora de passagem
Entre um comboio e outro, entroncamento
Chamado o mundo, ou a vida, ou o momento;
Mas, seja como for, segue a viagem.
Passei, embora num comboio expresso
Seguisses, e adiante do em que vou;
No términus de tudo, ao fim lá estou
Nessa ida que afinal é um regresso.
Porque na enorme gare onde Deus manda
Grandes acolhimentos se darão
Para cada prolixo coração
Que com seu próprio ser vive em demanda.
Hoje, falho de ti, sou dois a sós.
Há almas pares, as que conheceram
Onde os seres são almas.
Como éramos só um, falando! Nós
Éramos como um diálogo numa alma.
Não sei se dormes [...] calma,
Sei que, falho de ti, estou um a sós.
É como se esperasse eternamente
A tua vida certa e conhecida
Aí em baixo, no café Arcada —
Quase no extremo deste [...]
Aí onde escreveste aqueles versos
Do trapézio, doriu-nos [...]
Aquilo tudo que dizes no «Orpheu».
Ah, meu maior amigo, nunca mais
Na paisagem sepulta desta vida
Encontrarei uma alma tão querida
Às coisas que em meu ser são as reais.
[...]
Não mais, não mais, e desde que saíste
Desta prisão fechada que é o mundo,
Meu coração é inerte e infecundo
E o que sou é um sonho que está triste.
Porque há em nós, por mais que consigamos
Ser nós mesmos a sós sem nostalgia,
Um desejo de termos companhia —
O amigo como esse que a falar amamos.
Esse sou eu
Jamais quero estar na pele daqueles que me odeiam. Daqueles que me invejam. Coitados deles se soubessem o que eu penso, na verdade, nada. A opinião deles pouco me importa. Sou feito das minhas próprias decisões. Das minhas próprias escolhas. Gostando eles ou não. Sou eu mesmo o tempo todo. Um homem alegre, de bem consigo mesmo! Mas, não aturo desaforo. Se me ofender terá troco, mas não da minha parte, detesto violência, mas das voltas que o mundo dá. O que você faz aos outros, a você, tende a voltar.
Jamais quero estar por perto quando outro alguém retrucar bem de mim, pois soltarão fumaça pelas ventas dos que me odeiam. Enrijecerão sua sobrancelha. Irão franzir sua testa em uma chance remota de intimidar quem deles discordou. Eu sou eu e serei sempre este eu. Um homem carismático sempre preocupado com o bem estar de quem está passando pelos mesmos dilemas que eu passei.
Nunca irei pagar o mal com o mal. Não sou e nunca serei desse jeito. Não quero a ninguém o que não desejo a mim. Se eles quiserem briga, dou-lhe as costas. Se quiserem discussão, mostre-lhes minha falta de interesse. Não sou desrespeitoso, porém detesto confusão.
A quem quer me ver pelas costas que assim o faça. Falem o que quiser. Pensem o que quiser. A cada cabeça pesa uma sentença. Não serei eu a lhes julgar, mas sim, a vida em seu decorrer. Podem um dia de mim precisar estarei sempre disposto a ajudar independentemente do mal que me fizeram. Tenho o coração mole, pois assim Deus me fez.
Enigma: amor.
O que é, o que é?
Uma joia cravejada.
Uma relíquia, por todos almejada.
Um porto seguro, de um metro e cinquenta.
Que do seu lado, até a luz fica lenta.
Em sua companhia, impossível sentir dor.
Faz repensar o significado de amor.
Ao seu lado, é bobo um diamante.
Dona de um olhar apaixonante,
Vibrante,
Incandescente.
Ficar ao seu lado, oh, desejo renitente.
No seu lado, até o sol perde o brilho.
Capaz de tirar qualquer vagão do seu trilho.
Ficar ao seu lado é o que todo mundo opta.
Capaz de fazer qualquer cometa perder a órbita.
Menina doce, jovialmente adulta.
Causar dor em corações, nisso ela é culta.
Poucos elogios seriam uma insulta.
Pureza, carinho e amor é isso que resulta.
Dedico esse post as pessoas que:
Por algum motivo não estão felizes ao lado de alguém...
Os motivos podem ser vários mas, no meu ver o desprezo é
o pior deles...Então deixem-as tracem seus caminhos e não insistam pois; eu garanto ser perda de tempo! O mundo esta repleto de pessoas boas e;
Você não as encontra elas encontram você.
Se for pra ser sincero,
Sinto falta.
Sinto falta de tudo e de todos.
Sejam os que passaram,
os que ficaram por um tempo e até daqueles que eu não queria por perto.
Ando solitário, por opção, admito.
Mas não é só por isso, acho.
Ando solitário por tudo...
Já não tenho paciência de querer futilidade, desinteresse ou coisas parecidas... Isso ficou na adolescência.
Já me basta uma boa companhia, mas a que me queira de verdade.
Não falo de amor, falo de querer estar, sabe? Que no momento esteja, não dívida, pois só me faz afastar.
Que complicado, acho que estou partindo novamente...
Desculpa não ficar, é que o café já esfriou, a chuva já passou e eu preciso de sorte.
Obrigado.
Sabes, prometi não decepcionar e cuidar de ti, ser teu amigo, mas o cuidar é algo muito especial, é zelar pela amizade sem sufoca-la, é proteger a amiga, é querer bem a amiga, é às vezes abrir mão de sí para dar-se a amiga, o pior que a amizade foi gerada por afinidade, mas afinidade é consonância, é concomitância, é uma verdadeira simetria, a discordância destrói, magoa e doí, mas não pelo egoísmo e sim pelo entender que cada ser é único, e ser único significa não haver outro igual. Confiastes tua amizade a min, mas descobri que és única e não há outra igual.
Sentimentos se confundem, pois o querer bem passa a ser também querer mais, mas, mais o que? Se já recebi sua confiança e amizade? Mas ai é grande o conflito de tão tênue a linha que separa os sentimentos. Mas no lidar com a vida entendemos que é melhor fazer feliz que ser feliz, se alegrar em dar alegria, abrir mão de seus sentimentos para que a amiga seja feliz sem nenhuma interferência, por que a amizade não pode ser egoística, o egoísmo destrói a amizade, e ai é decretar morte da felicidade, porque tudo que fora prometido foi a amizade.
Pergunto, por que dificultamos a vida? Se é tão fácil viver...e ai eu copio um poema de um autor que diz:
Não sei nem mais dizer
O que sinto por você...
Se é amor...
Se é amizade...
Se é paixão...
Mas suspeito fortemente
Que seja tudo isso junto!
E ai volto a entender que, se o autor está certo, “eu tenho sua amizade” e mesmo de longe, me basta esta realidade. Uma realidade que começou com uma amizade.
Não sei
Como eu pude mudar tanto
Não me sinto eu de verdade
Eu me sinto um ninguém as vezes
Esqueço de momentos felizes
Estou frio
Frio de mente
Frio de coração
E sem saber respostas
Sem saber o porque
Mais como eu costumo dizer
Isso vai passar
Tem que passar
Quero ser eu mesmo novamente
Quero ser o que eu sempre fui
E isso vai acontecer
Eu juro que nunca irei entender alguém que trai uma pessoa.
A pessoa teve o "trabalho" gratificante de conquistar a outra, as horas juntos, os carinhos feitos, os beijos dados, tudo isso não valeu de nada?
Você simplesmente esquece tudo isso por causa de um momento de desejo?
O único desejo que você deve ter é de fazer a pessoa que está ao seu lado a mais feliz possível.
A tentação passa, mas o arrependimento irá te castigar até o final da sua vida.
Nascimento, principio... é o momento em que se entra em contato com o mundo, é o começo.
“é brutal o nascimento.”
Imagine após nove meses, protegido de tudo e de todos, de repente você é retirado desse “mundo perfeito”, expelido...agarrado , o primeiro contato com o mundo, o toque das mãos enormes de uma pessoa, luz, o som ,...o rompimento do cordão umbilical, o elo entre você e seu "mundo perfeito" de carinho, proteção, amor,... a tragédia, você é desligado do seu criador.
O vazio existencial do ser humano pode ser que tenha tido origem ali, naquele momento, e deixa cicatrizes que vão o acompanhar por toda sua vida.
O nascimento é o inicio da tragédia, porque a vida é trágica, e você faz parte disso agora, e nem se quer perguntaram se você queria ou não. Um ininterrupto e constante processo de acontecimentos, assimilação, adaptação, ação, acomodação... que transcorre por toda vida, o objetivo? Buscar prazer, equilíbrio, plena satisfação no mundo em que você foi inserido.
Fazer parte desta “Divina Comédia” não é opcional.
E tão angustiante é saber que mesmo ininterrupto, e constante, a busca pelo equilíbrio, o prazer, a plena satisfação, nunca será atingido.
“Saúde é o pleno bem estar físico e mental.”
Mas quem conseguiu atingir este plano antes que a morte o levasse, sendo assim, a tragédia é viver sabendo que o tempo, o devir....é mais rápido do que se pode imaginar, não haverá tempo para contemplar a plena satisfação.
Através do nascimento...”o nascimento da tragédia”, inserido na comédia ....” A divina comedia” que é vivida no palco do teatro da vida, onde todos são atores que interpretam e buscam o tempo todo por algo que preencha o vazio...”vazio existencial”, deixado talvez... pelo rompimento do cordão umbilical.
E tudo começa pelo desejo do “ego” de alguém que pensa no devir... o devir, continuidade da vida , do mundo.
Assimilar, adaptar, agir, acomodar....até incomodar, e recomeçar, tudo de novo....
Sem a opção de fazer parte ou não deste mundo, seja bem vindo a “Divina Comédia”, é aqui mesmo o inferno, purgatório e paraíso, o palco da vida.
Na platéia apenas duas celebridades.
Deus e o Diabo.
Carta da Liberdade
Um dia, eu conheci alguém especial.
E esse dia, se tornou um dia especial.
E por muito tempo, achei que esse dia, ninguém tiraria de mim.
Neste dia, esse alguém, se tornou parte de mim.
Erro, dádiva, ilusão, realidade... Não importa, esse alguém se tornou especial.
E esse alguém passou a ser eu, e eu passei a ser esse alguém (ou apenas vivi isso).
E esse alguém secou minhas lágrimas.
E esse alguém suavizou meu ser.
E esse alguém, se sintonizou a mim.
Mas de repente esse alguém se esvaiu, como a água que escapa pelos vãos dos dedos.
Não era abandono, não era traição... Era liberdade.
E do mesmo jeito que em um dia especial, conheci esse alguém especial, percebi, então logo de pouco raciocínio (mas talvez grande conflito), que esse alguém, que conheci naquele dia, o que tinha de mais especial era a sua liberdade.
E assim vi, que não estava permitindo deixar ser àquela pessoa especial o que é de fato: um ser livre.
Talvez o zelo, o carinho, o apego, ou até a posse (por que não pensar nisso?) não me permitiram fixar em uma cronologia óbvia e talvez lógica e antiga, de que somos seres livres e especiais.
E então me pergunto: Por que tenho dificuldades de entender a liberdade de um ser tão especial?
E diante das diretrizes da vida, cada ser (que também é especial), possui reflexos e reações à imposições que a vida (modificadora de milésimos), contrapõe às nossas realidades (ou castelos construídos na areia próxima a maré que logo sobe).
Na conclusão do meu íntimo, diante de minhas reações, finalizando, entendendo e até mesmo me perdoando (por que não?), que não devo praticar o abandono, nem a mágoa, nem o ciúme...
Devo praticar, como pratico, apenas o desapego, de deixar um ser especial (meu ser especial), ser o que é: um ser livre.
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