Tentando
No mar de sentimentos me encontro a deriva em pleno meio tentando fisgar o mais belo e puro dentre eles, mas sem perceber eu mesmo me tornei isca do teu tão frágil coração.
Já estou a me deitar com uma angústia monstruosa que se esconde de baixo da cama, tentando puxar os meus pés. Deito-me agora para amanhã estar de volta a velha realidade mundana. Posso até pegar um papel e tentar escrever algo tão falho quanto a tinta da caneta com que tento escrevê-la.
Tentando entender-me
serei eu covarde quando penso na vontade de prazer te proporcionar?
serei eu egoista quando penso no sentido de tua alma dominar?
serei eu grosseira quando penso em sair nas ruas e intensamente lhe gritar?
serei eu egocentrica de querer só pra mim os olhares e os carinhos teus e
sensaçoes mágicas te provocar?
serei eu louca por agora estar a escrever descontroladamente e erroniamente sobre coisas que nem sei como falar?
serei eu injusta por querer quem já não me pertencecia e querer também sua mente e ser a dona do teu olhar?
serei eu arrogante por imaginar uma certeza quando vejo ao meu o seu olhar se direcionar?
serei eu insolente por dizer: calem as suas malditas bocas, quando me dizem para esquecer?
serei eu descrente quando passo por alguns segundos na afirmação feita acima, acreditar?
serei eu poetisa?
amargurada?
solitária?
ou serei eu ,apenas alguém que como muitos seres nesse mundo sofrem por amar silenciosamente?
Tudo é valido, quando se esta tentando ser feliz...
no máximo seremos realizados, no mínimo , aprenderemos algo.
Amor, maldito amor
Desde o dia em que ouvi falar de amor, venho tentando criar teorias sobre ele, entende-lo, ignora-lo, ou fazer acontecer. Mas descobri que por mais que você o conheça, por mais que você o queira você não pode. O amor é algo muito maior que isso, é sublime, auto-suficiente e imprevisível. Ele encontra você, não ao contrário, e quando você se dá conta, já está envolvido em uma espécie de teia de aranha, onde ele te devora e te consome. Você passa a viver em função de outra pessoa.
Acho quem inventou a história sobre cupidos, tinha chego a alguma teoria próxima a essa. Venhamos e convenhamos, aquele anjinho que atira flechas por ai, bem parece com essa história não? Ele nem sempre escolhe pessoas que se corresponderam, nem sempre escolhe pessoas de mesmos lugares, mesmas raças, mesmas classes. A graça pra ele é misturar, é ignorar o fato de que nem sempre queremos isso. Que estamos machucados demais no momento, ocupados demais ou preocupados. Ele simplesmente chega, e ai me desculpe, já era.
O amor nos torna ingênuos, nos torna idiotas, vulneráveis e imprevisíveis. O amor é patético, mas quem nunca quis ser patético um dia, que atire a primeira pedra.
“ Sentada no meu quarto olhando
Para as paredes, tentando encontrar maneiras
Para te trazer de volta pra mim
Juro, não consigo me mexer
Já não quero mais viver assim
Nosso amor não morreu, eu
Posso sentir você aqui (...)
Longos anos de amor que
Hoje se transformam em
Meses de desespero, meses de dor
Sem você eu já não sei mais ...
Pra você eu não sei, acho que tanto faz ...
O que mais me dói é não
Saber quem é você, por que você
Fez isso? Quem mandou você se perder ....
Mas ainda tenho muito pra te dizer
A primeira delas é
Minha vida é você” (...)
Não me darei mais ao luxo de um amor platônico. Direi na verdade o que eu sinto. Estou tentando não me preocupar em ter um relacionamento improdutivo. Eu não me darei mais ao luxo de um suspiro guardado, coração desparado. Eu quero gritar pra quem quiser ouvir, arrancar meu coração, minhas tripas, quero meu lugar ao sol, eu quero sua calça apertada.
Não me darei ao luxo de ser quem eles querem que eu seja.
Eu jogava fora as coisas certas e guardava as erradas. Tentando guiar teu caminho, desgovernei o meu.
Acredite, Eu estou tentando.Seguir em frente né? Aham, estou seguindo. Sim, eu tento aceitar, compreender como todos falam que eu devo ser, a cada respiração eu tento me manter de pé.E acho eu estou conseguindo, mas é que as vezes dói.
“Ria sozinha quase sempre, uma moça magra tentando controlar a própria loucura, discretamente infeliz…”
O amor não é aquilo que você passa a vida inteira tentando definir. O nome disso é abdômen. O amor é outra coisa.
Eu vou tentando até conseguir, se eu não conseguir não foi por falta de tentativas, mas sim porque o destino me quis assim...
Esta sendo assim: estou ignorando tanta coisa, fingindo não ver, fingindo não sentir, tentando fugir um pouco dessa realidade que me destrói.
