Tenho Cara de Metida
Aqui escrevo pensamentos e reflexões que tenho nas mais diversas situações que vivo. Muito provavelmente, e certamente, outros já disseram as mesmas coisas, com as mesmas palavras ou palavras parecidas. Não tenho a intenção de plagiar ninguém, simplesmente escrevo o que me vem à mente. Mas talvez, inconscientemente, reproduza alguma coisa que já tenha lido ou escutado em algum lugar.
Essa é mais um reflexão de um início de despertar de consciência.
Acho que vem muito mais coisas daqui pra frente. A cabeça tá a mil por hora!
A maré ruim tá passando e tá se transformando em coisa boa. Um mundo novo tá se abrindo.
Você que não consegue ser o ser humano que almeja, tenho um recado pra te dar. A inveja te deixa cada dia mais longe desse objetivo.
Eu não tenho preço. Seu dinheiro e seu status não me impressionam. Não me interessa a sua posição social, me interessa o seu caráter.
Eu tenho te procurado em todos os lugares, e só te encontro na minha memória.
Sei que passaram 20 anos desde que terminamos, mas por que ainda sinto sua falta, por que ainda quero estar com você e com mais ninguém.
Marcelo
Fui feliz ao seu lado, e não dei o devido valor ao sentimento, e hoje, não o tenho mais, e sinto um imenso vazio em meu coração, eu te amo, não queria te amar, mesmo depois de 20 anos, não consigo te esquecer.
Eu sei que continuei com a minha vida, me casei, tenho uma filha linda, e que nessa altura do campeonato não deveria me sentir infeliz. Sei que deveria ter lutado na época, fui covarde, egoísta, orgulhosa, tive oportunidade de conversar com você, no dia do casamento do Luiz e não o fiz. Sei que o que tenho hoje, é fruto do que plantei, mas não me deixa mais conformada com meus sentimentos. Errei muito durante minha trajetória, e muitos desses erros não tem mais volta.
Acreditei que estava apaixonada pelo meu marido, e antes mesmo de ter nossa filha, tentei me separar, por mais de uma vez, e acabei vencida pelo cansaço e pela insistência dele na minha permanência. Esse vazio que sinto no peito, essa solidão, pois só me abria com você, são frutos dos meus atos. Talvez seja melhor assim, mas por que não consigo me conformar? Por que?????
Não sou mais quem eu fui....
Tenho consciência dos meus erros, e das consequências que eles me trouxeram....
Da pessoa alegre, descontraída, feliz, tenho uma vaga lembrança.... Sou hoje uma pessoa séria, triste, que reprime os sentimentos. Não tenho mais a confiança que um dia fez parte da minha vida. Algo se quebrou dentro de mim, depois que você partiu. Não foi culpa sua, eu me perdi depois que você se foi e não consigo me reencontrar. Não consigo encontrar aquela alegria, aquela vontade de viver, que um dia me completou. Sou insegura, ansiosa, cheia de medos. Onde foi parar aquela coragem, aquela bravura, aquela vontade de descobrir o mundo?
Não sou digna de amor, nem de pena, não sou nada, nem ninguém.
Eu quero continuar tendo o coração que eu tenho. Eu quero continuar oferecendo as coisas bonitas que eu sei que minha essência pode oferecer. Eu quero continuar sendo gentil, eu quero continuar fazendo o bem. Eu quero continuar amadurecendo, porque eu sei que é amadurecendo que a minha bondade vai ser protegida, e eu não vou permitir que as pessoas se aproveitem ou brinquem com meu coração. Eu tive muitos motivos para mudar, eu tive muitas razões para me tornar alguém pior, mas todos os dias, ao fazer minhas orações, sinto uma paz imensa e uma certeza sempre vem: Eu estou no caminho certo. Ser bom sempre compensa. Ser uma pessoa boa sempre vai ser a melhor opção.
A Importância da Liberação do Perdão
Autoria: Diane Leite
Tenho vivenciado um processo profundo de transformação, a ponto de sentir que uma versão antiga de mim morreu para dar espaço a uma nova existência. Essa mudança começou no âmago do meu ser, mesmo que, inicialmente, eu não tivesse plena consciência disso. Foi apenas quando essas transformações começaram a refletir no meu mundo exterior que percebi os primeiros sinais. Afinal, somos espelhos do nosso interior — de nossas dores, abandonos e da forma como nutrimos nossa autoestima. Nossa alma habita este templo chamado corpo e, por muito tempo, negligenciei essa morada divina. Em vez de agradecer por esse presente sagrado, mergulhei em um ciclo de autossabotagem que, pouco a pouco, o desgastava.
Ao nos aprofundarmos em nós mesmos, invariavelmente nos deparamos com questões pendentes a serem resolvidas. Eu mesma enfrentei desafios muito particulares — um dia, talvez, compartilhe essa história completa, mas, por ora, basta dizer que suportei provações que moldaram quem sou hoje. Para lidar com esses obstáculos sem me deixar sucumbir, frequentemente recorri a estratégias inconscientes, como "comer" minhas emoções. Em certo sentido, destruí o templo da minha alma, acumulando cicatrizes emocionais.
O problema de ser uma pessoa considerada forte é que, muitas vezes, a solidão se torna uma companheira silenciosa. Não por falta de pessoas ao nosso redor, mas porque nossa força nos faz assumir um papel de responsabilidade, nos impedindo de abraçar a vulnerabilidade. Talvez seja por isso que superei tantas batalhas internas, mas, ao mesmo tempo, acumulei emoções que agora necessitam de libertação.
Uma etapa essencial desse processo foi buscar todas as pessoas que magoei e pedir perdão genuinamente. Para aquelas com quem não desejo mais contato, escrevi cartas e, em um ato simbólico, as queimei. Essa prática tem um poder transformador: permite que você extraia do subconsciente a dor reprimida, expresse-a com clareza, sinta-a e, enfim, a transforme em cinzas. Para pessoas importantes, escolhi enviar as cartas ou me desculpar pessoalmente. Elas mereciam ouvir de mim que reconheço meus erros e lamento profundamente tê-las ferido.
Contudo, o perdão não é apenas para os outros; ele é, sobretudo, um presente que oferecemos a nós mesmos. Muitas vezes, precisamos nos perdoar por permitir que alguém nos machucasse, por aceitar menos do que merecíamos ou por ignorar os limites que deveríamos ter imposto. Escrever e queimar cartas pode parecer um gesto simples, mas é um ato de coragem e autocompaixão.
Recentemente, percebi que esse trabalho interno intenso me levou a um estado de paz que nunca imaginei alcançar. É como se, ao liberar o rancor, eu tivesse aberto espaço para um amor-próprio mais puro e autêntico.
Convido você a refletir: e se as correntes que a prendem estivessem trancadas por um cadeado cuja chave já está em suas mãos? Essa chave é o perdão. Ao abrir o cadeado e retirar as correntes, você se liberta — não apenas do peso das mágoas alheias, mas também das que carrega dentro de si.
Esse processo não é linear nem imediato. Ele exige paciência, autoconhecimento e disposição para olhar para si mesma com honestidade. Comece pequeno: escolha uma pessoa ou situação por vez. Escreva sobre suas emoções, leia em voz alta, chore se necessário. Depois, liberte-se.
Olhe para cada pessoa e experiência com gratidão, reconhecendo que todas tiveram um propósito na sua jornada. Não se trata de esquecer ou justificar o que aconteceu, mas de permitir que sua alma siga em frente, livre e inteira.
Acredite, a sensação de libertação é indescritível. Ela não apenas ressignifica sua história, mas inaugura a melhor fase da sua vida.
TODO BEM DESTE MUNDO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
O que tenho que ter pra ser pleno e feliz
é um canto em que possa libertar meus textos,
um quintal todo verde bem maior que a casa
que não fiz pra servir de outdoor do que sou...
Tenho tudo que tenho que ter pra sorrir ;
duas filhas, irmãos, muita troca de amor,
a mulher que nasceu porque nasci pra ela,
feito flor que não vive num chão diferente...
Se não tenho valores pra comprar mais coisas,
tudo quanto mais quero já tenho de graça
numa praça de afetos que me fazem pleno...
Todo bem deste mundo enriquece meus bens
ao alcance dos olhos, dos passos, das mãos,
contra os nãos duma vida que nem ouço mais...
EM NOME DA SAUDADE
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Tenho fé na saudade que sentirás de mim, pois insisto em saber o que fomos e creio que ainda somos para nós. Bem lá no fim desse túnel que atravessa o sonho certamente só meu, parece que uma voz me promete que reviveremos nosso passado.
O fato é que a minha saudade nunca foi bastante para resolver essa questão afetiva. Nunca foi te buscar com o devido sucesso e amargou cada instante frustrado. Cada flanco e deserto em que forcei as reprises que trago no peito. Reprises minhas, mas com a velha impressão de partilhar contigo, sendo que não sabes.
Hoje treino esperanças. Alimento essa fé. Ponho todas as cartas de que disponho na mesa dessas tuas lembranças enrustidas. Na chama que o tempo, segundo meus cálculos emocionais, ainda reacenderá em ti.
Quando nada mais resta, recorro a tudo que resta desse nada e me sustento assim. Caio em mim para voar mais alto na ilusão de sentir – além da saudade que sinto – que tens saudade. Que ainda sentirás bem profundo, a saudade que tens.
CORAÇÃO MALASARTES
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Tenho minhas raivas. Mas como tenho raiva de raiva, só de raiva me acalmo. E tenho medos. No entanto, é tão grande o medo que tenho do medo, que o próprio medo me dá coragem de não tê-lo. Coragem medrosa, pelo medo imenso de voltar a ter medo.
Cheguei ao ponto em que o que dói já não dói. Aprendi a ter coração contestador. Contesto dor. É bem certo que ainda choro, e choro rio de lágrimas... mas logo rio do rio, por ver que tudo passa... que também passo, e nesse passo a vida é curta. Muito curta para que a gente não curta, mesmo em conserva.
Ninguém dirá que não sofre neste mundo. Muito menos eu. Mas me tornei tão Malasartes, que dei um jeito nessa questão. Sei sofrer sem sofrimento. O sofrimento não mais consegue me fazer sofrer. Tornei-me à prova de provas e aprovo tudo que vem, como forma de subornar os sentidos.
Foi assim que alcancei a graça de ver graça em tudo. Brincar de leve com o tempo e fingir que a morte não existe... ou existe, até, mas é minha colega; minha camarada. Chegará sem drama e cara de morte... como quem não quer nada... sutilmente cheia de vida.
RAZÃO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Não tenho condições financeiras de ter razão... nem de ser declarado inocente.
READOLESCÊNCIA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Entenda minha carência;
tenho cinquenta e poucos anos;
estou na segunda adolescência...
ANTI-COBAIA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Minhas modas se aplicam às minhas vontades,
tenho cá meus critérios que ninguém amolda,
porque olho nos olhos das plenas verdades
que ao acaso quebradas o tempo não solda...
Minha moda maior é não estar na moda,
só entendo ser livre como não ter grades,
crio asa no vento e no chão ganho roda,
pra fugir das estampas e publicidades...
Nunca tive carimbo nem preço de capa,
dou a cara pro mundo ensaiar o seu tapa
e jamais conseguir consumar esse ato...
Sou de corpo gasoso para quem me caça,
pois me quer no seu banco de réu ou de praça,
seja lá como for, para servir de rato...
POEMA & POESIA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Tenho tanto a gritar, fazer protesto,
que me deixo esquecer do que faz bem,
do que vem escondido sob as farpas
ou no trem das verdades doloridas...
Trago tantos espinhos entalados,
tanta pedra nos rins das esperanças,
a tal ponto que as flores não importam;
meus estados não sentem seus perfumes...
E assim muitas vezes não decanto
todo encanto que a vida proporciona
e não cobra direitos autorais...
Elimino as crianças e os jardins
dos meus sins ao poema com poesia,
para ser um poeta de combate...
VERSOS COR DE ROSA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Tenho dedo certeiro pra feridas,
mesmo quando não sei seus endereços,
quando as vidas escondem os indícios
entre panos de calmas ilusórias...
Trago a sina de acertos no que dói,
sem saber como sei, só sei que sei,
de qual lei me revisto e sou tão duro
sob a capa sensível de poeta...
Meus poemas desossam existências,
têm machados precisos e solenes,
consistência e projetos de tortura...
Sou a força macabra em tom de anjo,
pois esbanjo verdades carniceiras
embrulhadas em versos cor de rosa...
SEMPRE NU
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Tenho tanto a calar; por isso escuto;
é meu culto às verdades que não sei;
porta exposta pro mundo sempre novo,
lei dos olhos que buscam horizontes...
Há um tempo a ganhar, portanto invisto
nesta pausa, o suposto perder tempo,
me revisto e me flagro sempre nu
de certezas; conclusões; embalagens...
Trago muitas perguntas sobre tudo,
no silêncio de minha ignorância;
na ciência do vasto não saber...
É a velha incerteza que me leva;
tenho treva, por isso teço a luz,
para tê-la no fim de cada túnel...
SÚPLICA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Não se deixe levar para longe de nós;
tenho medo de mim sem a sua presença,
sua voz, o sorriso, a sentença de amor
para qual me recuso a pedir habeas corpus...
Nem se deixe pousar no crescente cansaço,
na tristonha iminência do meu comodismo,
no recinto assombroso que se deixa estar
por estar convencido das malhas do fim...
Ponho minha esperança na possível grama
do seu campo de sonhos para seguir junto;
ser assunto plausível de suas questões...
Tenha planos comigo, mesmo que restantes,
nas estantes de arquivos que o tempo conserva
e jamais admite que pra nunca mais...
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