Temerei pela minha Espécie
Quanto mais dedicar-se ao aprendizado e entendimento da vida, menos entenderás a espécie humana e todo mal que causam a seu próprio planeta e a vida animal.
Não existe amizade na espécie humana sem interesse de ter algo em troca, isso é utopia. Lá, no fundo, todos sabemos disso, embora negar é mais elegante e aceitável
A espécie humana é a que tem menos visão ao sofrimento alheio quando a sua própria necessidade ou egoismo fala mais alto, salvo os animais selvagens que comem uns aos outros para sobreviver!
Quando olhares com mais atenção a espécie animal que vive neste planeta e todos os males que nós humanos causamos as eles, perceberás que sua vida em comparação a deles é um paraíso!
Só é concedido aos sábios, o amor e o respeito a espécie animal, já para os imbecis, só lhe restam o ódio e a incompreensão.
A mente se adapta a qualquer situação, a qualquer lugar. Se adapta a qualquer espécie de pessoa, e o mais importante, a qualquer sentimento.
Ser indiferente ao final triste alcançado por alguém pode não estar associado a nenhuma espécie de maldade ou sentimento de vingança, mas tão somente o de preservar a fé, acreditando que a vida é justa o bastante para não deixar que quem viveu para tornar pior a de todos não saia dela sem ter descoberto que tal escolha não vale à pena.
Qualquer tipo de dominação é desprezível.
Toda espécie de submissão é degradante.
A menor complacência com ambas é repulsiva!
A partir de determinada idade o mundo nos dá uma espécie de “carta de alforria“ com grau progressivo de liberdade em relação ao que sempre quisemos, mas não tínhamos permissão para colocar em prática, e a sensação é a de se estar sendo abonado por tantos anos cumpridos de “detenção social”.
Quando penso em desistir lembro que não posso pensar como indivíduo, mas como espécie... E como espécie o que menos importa é o que faço, mas seu significado.
Pare e observe as crianças e você vai perceber que a inocência delas é uma espécie de conselho para os adúltos.
Existem intervalos de vida em que um passado feliz transformado em cacos nos coloca numa espécie de limbo entre a doce ilusão vivida e a negritude absoluta de um futuro assentado em alicerces profundamente abalados, forçando a uma reaprendizagem de posicionamento perante o mundo de forma a aceitá-lo com sua realidade, em lugar do romantismo pueril de antes, para que possamos ressurgir de nossas cinzas internas.
Amanhece
E esse amanhecer parece
Uma espécie de esperança
Em coisa que não acontece
Pimenta sem gosto
Arde, como se sabor houvesse
Entardece
E junto à tarde
As nuvens vem formando
Um cinzento Céu de tempestade
Trovoada que não se ouve e nem vê
Mas conforme a tarde passa
Do jeito corre a vida
A gente vê, sim; seus efeitos
E mesmo que a chuva não caia
É igual se tivesse caido
Portanto
Era de se esperar que anoitecesse
Mas igual a qualquer esperança
Jamais acontece
Céu escuro e sem estrelas
A Lua pálida e tímida
Parece até que anoiteceu
Mas não anoitece.
Edson Ricardo Paiva.
Se fosse apenas
O lançar um olhar ao mundo
Mas tem sempre alguma coisa a mais
Uma espécie de indiferença velada
A pergunta que germina da resposta
Quantificada na imensa quantidade
das eternas reticências
Que cada um de nós a guarda
Em silêncio profundo
Que diz que não vai dizer mais nada
Pois o mal não vem daquilo que faz mal
Ele só reage de maneira diferente
de gente pra gente, quaisquer sejam elas
Eternizando a alguma coisa
Que não encaixava e não cabia
e sabia que estava lá
Igualando desiguais, tem sempre algo mais
No invisível voo da Quimera
Flutuando em seu mais baixo nível
Te aguardando, sem demonstrar jamais
Que mais e mais ela te espera
O que conta é o que tivemos desde sempre
Escondido e sem fazer ruído
Em algum lugar dentro de nós mesmos
E que a gente morre
Sem nunca saber o que era.
Edson Ricardo Paiva.
O debate na mata
Uma espécie
de embate civilizado
Parece conversa
Que versa
Sobre a maneira ingrata
Insensata
E menos estranha
Com que tanto bate
Quem apanha
Termina sempre em empate
O Sapo coacha e me diz
Que burrice não mata
O porco guincha o que acha
Ruge o leão, estridente
O cavalo pensante relincha
A coruja ulula mais que o vento
O Veado enfurecido,
Vocifera, exigindo
O direito de ser comido
O macaco eloquente
Abarrotado de exigência
Pula mais alto que a árvore
Quer falar mais bonito que Deus
Fez-se gente
Inteligente e tão triste
Veio até me dizer
Que Deus não existe
A mim
Resta saber
Dentro e fora da roda
Quem pensar diferente
Não presta
Mas eu posso aplaudir
Enquanto a Floresta incendeia
Sem consenso ou pensamento
Inteligível
Nem tampouco inteligente
Todo mundo vence
Ou se convence que sim
A mim
Me cabe olhar de longe
A formiga que trabalha indiferente
E o Tigre calado
Fingindo de amigo
Pois seu simples olhar,
Me diz tudo
Com o tempo aprendi
Que quando um olhar não diz nada
Toda conversa é perdida
Melhor é fazer-me de mudo.
Edson Ricardo Paiva.
É uma espécie, um investigador crítico, usa como referências a filosofia e a psicologia sobre tudo ele cria opiniões a cerca da religiosidade, da crença, dos costumes, do comportamento, do estado de saúde. “Crença é Crença, Saúde é Saúde”. Esta é uma causa dele, que apenas mostra o seu ponto de vista, sua incoerência, sua razão, seu estado de espírito, sua diferença, sua ignorância. Para todos os meios ele cria um estado de sobrevivência quase infalível, sem formalidade alguma, de credulidade básica, comedido e verdadeiro na maioria das vezes, porque noutras vezes as pessoas precisam de mentiras para superficialmente estar felizes. (A. Valim).
As relações entre as crenças sempre foram estabelecida por uma espécie de guerra fria de um lado Deus e de outro lado o Diabo
