Tecido
Nosso amor é feito de histórias e emoções, entrelaçadas em um tecido que o tempo e as experiências juntos ajudaram a costurar. Cada momento vivido se torna uma página escrita com detalhes únicos, que só nós dois conseguimos compreender por completo. Não somos apenas protagonistas dessa narrativa; somos também os autores, constantemente moldando o enredo com escolhas, palavras e gestos que refletem o que sentimos um pelo outro.
A conexão veio primeiro, como uma centelha que despertou algo novo e indescritível. Foi aquele instante mágico em que percebemos que, apesar das diferenças, havia algo profundo que nos unia. Uma troca de olhares, uma conversa que fluiu sem esforço, ou simplesmente o silêncio confortável de quem já não precisa dizer nada para ser entendido. Essa conexão não nasceu do acaso, mas da abertura de ambos para realmente enxergar o outro, sem máscaras ou defesas. Foi ali que nossos mundos começaram a se entrelaçar.
Depois veio a reciprocidade, essa dança delicada de dar e receber, de cuidar e ser cuidado. Não é uma troca calculada, mas um movimento natural que surge quando ambos se dedicam com sinceridade e intensidade. O nosso amor não é feito de cobranças, mas de doações mútuas. Você me inspira a ser melhor, e eu busco fazer o mesmo por você, não porque seja uma obrigação, mas porque é um desejo que nasce do coração. A reciprocidade nos lembra que somos iguais em nossas vulnerabilidades e forças, e que caminhamos juntos, lado a lado.
E então, como o toque final de uma obra de arte, vem a química. É aquele algo a mais, inexplicável e irresistível, que faz com que nossos corpos e almas se entendam em perfeita harmonia. Não é apenas o desejo físico, embora ele esteja presente e seja intenso; é também a energia que sentimos quando estamos perto, o calor que percorre a pele com um simples toque, o arrepio que surge com um sussurro no ouvido. A química é a magia que mantém tudo vivo e vibrante, transformando cada momento juntos em algo inesquecível.
Esses elementos — conexão, reciprocidade e química — se complementam e se reforçam, criando um amor que é único em sua essência. Não é um amor perfeito, porque somos humanos, com nossas falhas e desafios. Mas é um amor real, que cresce e amadurece com o tempo, que enfrenta tempestades e celebra o brilho do sol.
Nosso amor é também uma jornada. Há dias em que ele é leve como uma brisa, fluindo naturalmente, e outros em que precisa ser trabalhado, cultivado com paciência e cuidado. Mas em todos os momentos, ele é verdadeiro, sustentado pela base sólida que construímos juntos.
E assim seguimos, escrevendo nossa história com emoção e dedicação. Cada capítulo traz novas lições, cada página é marcada por risos, lágrimas, conquistas e aprendizados. Nosso amor é um livro que não queremos terminar, uma obra que continua a surpreender e encantar a cada palavra escrita.
O Umbral Invertido
Há um véu que se ergue no fim da ladeira,
tecido de névoa, bordado em madeira.
Ali onde os olhos já não têm abrigo,
a morte se curva — e retorna contigo.
Não vem como faca, nem sombra de açoite,
mas como um regresso ao ventre da noite.
Um porto sem nome, um espelho sem rosto,
um vinho ancestral sorvido com gosto.
O corpo se cala, mas algo persiste:
um traço, um sopro, um rumor que resiste.
E tudo que foste — promessa e engano —
recolhe-se ao pó do primeiro arcano.
A morte é um caminho que volta ao princípio,
um sino que ecoa num templo fictício.
Não leva, devolve; não cessa, transborda,
abrindo no nada uma porta sem corda.
E os que partem, dizem, não vão tão distantes —
permanecem na alma em forma de instantes.
São brisa que sonda o mundo adormecido,
são nome esquecido num canto contido.
Morrer é despir-se da forma do vento,
e ser o que sempre se foi por dentro.
É ter, no silêncio, um berço escondido —
é mais que um fim: é um umbral invertido.
O amor é tecido
de silêncios confiados...
O amor é confiado
na palma da mão aberta...
O amor é mão aberta
em ti pleno de graça...
O amor é graça
nos pés do mensageiro...
O amor é mensagem
do encontro comungado.
''No tecido do amor, entrelaçamos sonhos e desejos, formando uma tapeçaria de esperança e fortaleza. Nos momentos de desafio, a união se torna uma âncora, ancorando-nos na fé e no amor mútuo. Como um casal unido, encontraremos forças para perseverar e coragem para enfrentar o desconhecido, tendo a esperança de um futuro brilhante, construído com mãos dadas, e em Deus, a base sólida que sustenta os nossos passos rumo à vitória.''
Raphael Denizart
Pedaços de panos coloridos voando ao vento.
Cada cor, um sorriso.
Cada textura de tecido,
uma emoção sentida,
sofrida,
vivida,
flutuando no tempo.
Vestidos de chita
calças de brim desbotadas
camisas sem botão
sem chão
sem cor…
No varal da existência
a liberdade dos retalhos
sobrevoa
a noite
o dia
a chuva
ou a seca
passeando insistentemente na soma das horas.
Não é razoável buscar sentido ou inteligência em qualquer tipo de câncer, seja no tecido físico ou no social. Ele sempre vai buscar saltar do núcleo da célula doente para as saudáveis por conta de sua própria natureza, dependendo da condição que encontra à sua volta para definir a direção que toma, a partir das células mais fracas. A fórmula de combate, portanto, será sempre o fortalecimento do organismo como um todo pela educação de suas células, ensinando-as a identificar a ameaça e desenvolver anticorpos que atuem como um exército incansável e vigilante.
Cada sacramento é uma fenda no tecido do tempo, pela qual a eternidade irrompe. É o véu que se rasga ao contemplar a água e o sangue que saem do Cristo crucificado. É o Verbo que proclama eficazmente a salvação por meio de sua Palavra. O mesmo Deus que disse o haja luz, agora eficazmente diz: 'Está consumado'."
Sinto este apocalíptico amor
cerzido em carne viva
no tecido transparente do osso
submetido a formas anatómicas
irremediavelmente inviolável.
Nossa existência é uma complexa máquina de costura, habilmente tecendo o tecido de nossas experiências e emoções. Assim como um talentoso alfaiate que faz ajustes precisos nas costuras de um traje, a vida tece e entrelaça vidas, conectando pessoas de formas imprevisíveis.
A máquina da vida nos envolve em seus pontos, criando um rico padrão de encontros e desafios. Ao longo do caminho, somos adornados com sorrisos, gentis lembranças bordadas que nos envolvem com alegria e esperança.
A vida também funciona como uma costureira dedicada, capaz de reformar histórias antigas e desatualizadas. À medida que os anos passam, somos convidados a examinar as antigas páginas de nossas vidas e fazer ajustes necessários. A máquina da vida é habilidosa nesses ajustes, costurando novas perspectivas e ressignificando nossas narrativas.
Mas talvez o papel mais bonito que a vida desempenhe seja o de costureira de amores. Ela nos proporciona encontros inesperados, nos aproximando de pessoas que se tornam fundamentais em nossas histórias. Cada momento compartilhado é um fio de ouro que se entrelaça entre duas almas apaixonadas. A máquina de costura da vida customiza esse amor, criando um vínculo único e especial entre duas pessoas, um sentimento que transcende o tempo.
E, como um vestido perfeitamente ajustado, a vida nos veste em sonhos. Ela nos presenteia com vislumbres do que poderia ser, nos permitindo tecer nossa própria versão do futuro. Os fios de nossas ambições são habilmente entrelaçados pela máquina da vida, criando uma tapeçaria de possibilidades e oportunidades.
Nossas vidas são entrelaçadas com outros seres humanos, e juntos podemos criar obras de arte únicas e impressionantes. A vida é uma dança intricada de agulhas e fios, onde cada indivíduo tem um papel fundamental na criação do todo.
Então, vamos ser gratos pela máquina de costura que é a vida. Vamos abraçar seu fluxo constante de eventos e momentos, sabendo que ela está sempre trabalhando em nossa favor, bordando a beleza em cada esquina. Vamos deixar que ela nos vista em sonhos, sabendo que é nas entrelinhas de nossas histórias que encontramos a verdadeira essência da vida.
- Edna Andrade
A vida é um fio tecido com os materiais mais nobres. Não é mágica, é composição. Não são mãos, é o poder da ordem cósmica que une os materiais e os faz fio delicado. A vida é essa permanente tecelagem. Nos entrelaçamos uns com os outros em relações de vários tipos. O destino faz misturar as cores, as texturas.
E assim, em cada encontro, em cada separação, vamos alterando os padrões do vasto manto da existência. Cada sorriso, cada lágrima, contribui para a riqueza desse tecido. Nas tramas da vida, o inesperado e o planejado se encontram, criando desenhos únicos. Nossa jornada é o entrelaçar desses fios, em que o amor e a dor se misturam. sejamos tecelões de nossa história compondo essa trama universal inexplicavelmente linda.
Oração aos antepassados
Gratidão, queridos pais, avós e demais ancestrais por terem tecido o meu caminho, imensa gratidão pela imensidão dos seus sonhos que, de alguma forma, são hoje a minha realidade.
A partir deste ponto e com muito amor, dou luz à tristeza que houve nas gerações passadas, dou luz à raiva, às partidas prematuras, aos nomes não ditos, aos destinos trágicos.
Dou luz à flecha que cortou caminhos e tornou a calçada mais fácil para nós.
Dou luz à alegria, às histórias repetidas várias vezes.
Dou luz ao não dito e aos segredos de família.
Dou luz às histórias de violência e ruptura entre casais, pais e filhos e entre irmãos e que seja o tempo e o amor que volte a unir.
Dou luz a todas as memórias de limitação e pobreza, a todas as crenças desestruturantes e negativas que permeiem o meu sistema familiar.
Aqui e agora semeio uma nova esperança, alegria, união, prosperidade, entrega, equilíbrio, ousadia, fé, força, superação, amor, amor e amor.
Que todas as gerações passadas e futuras sejam agora, neste instante cobertas com um arco-íris de luzes que curem e restaurem o corpo, a alma e todos os relacionamentos.
Que a força e a bênção de cada geração alcancem sempre e inunde a geração seguinte.
Assim seja.
Assim é!
Sobre o tecido rendado das horas anjos bordam com fios dourados um cintilante dia novo. Com ponto cheio de luz vão entrelaçando uma cor na outra até dar forma ao amanhecer, que magestoso surge no horizonte reluzindo no sorriso do sol.
O tecido da liberdade, entrelaçado com os fios do tempo, mostra que as rupturas do passado jamais se apagam; e, enquanto buscamos escapar de seu entrechoque, o tear ancestral do esquecimento se vira contra nós, tecendo um manto de sombras que nos aprisiona.
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