Te Amo Menino
Menino que queria crescer
Em uma guerra de pensamentos
Que me faz lembrar só de momentos ruins
Éssa dor que há todo momento
Tira um pouco de força
E olhando pra mim
Eu posso perceber
Que o tempo passou
Mas a dor não passou
Menino que queria crescer
Quer voltar a ser criança e apagar a dor
E eu penso há todo momento
Por que não temos paz nem direitos iguais
Se o amor chegasse no momento
Que a criança ferida chama pelo pai
Ele iria crescer
Entendendo que a vida também tem amor
Deixaria de sofrer
E de outras crianças tiraria a dor
Essa paz está tão longe
Muito longe daqui que nem posso enxergar
Será que ela se esconde
Quando eu chego perto
Depois de lutar
E nem da pra perceber
Que ela esteve aqui
Pois eu só vejo dor
Menino que queria crescer
Quer voltar ser criança e apagar a dor
O Silêncio De Um Menino
Lá vai o menino correndo
Contente apressado pra missa
Com o seu cabelo cortado
Molhado e suado camisa
A missa já vai começar
E hoje por ser domingo
Tão pouco ele tem pra falar
Já cansado de tanto aclamar
Hoje é o teu silêncio
Que vão escutar
E de cabeça baixa
Todos vão ficar
Quando o silêncio te possuir
E toda verdade
Ele insistir em falar
Até a hipocrisia
Deixará de existir
E toda anistia
mudará de lugar
Pois o silêncio de um menino
Conta uma verdade inteira
Mesmo que ele seja traquino
E pule da ribanceira
Porque quando
Um menino se calar
Maiores verdades
Ele traz no olhar
E até o teto da igreja
Há de desabar
Quando testemunhos ali
Se pronunciarem
O jarro, o Santo e o sino
Até o escarro, e o canto
Se espantarar com o menino
A vela, a flor e as donzelas
Vão sumir com a dor e as mazelas Porque já sabem rezar
E dizerem amém ao destino.
"Oxente seu menino! Sabe esses escândalos dentro das Igrejas? Eles não me preocupam não, pois sei que é a Bíblia se cumprindo. Agora! Aí, de onde vem o escândalo".
Labor
Lá vem o barco
E o braço fraco
Do menino a remar
Ele vem pra cumprir o destino
E mostrar que sabe lutar
E quando nada sai
Do jeito que ele espera
Também não se desespera
Porque sabe que a vida é um arco
E dona de grandes percalços
Mas tem sempre alguém na curva
Sempre prontos á nos esperar
Porque conhece o segredo da vida
E sabe que um dia ela vai melhorar
Por isso os sonhos
Ele desenha na areia
Porque sabe que um dia
Ele vem pra pintar.
Menino índio
Menino tupi
Menino de roça
Menino guarani
Menino do arado
Menino do mato
Menino do samba
Menino que canta
Menino criança
Menino que ama
Menino sereno
Menino que chama a mo-re-na
Assim... "Mi-nha"
Cair nos sonhos:
sonhei
brinquei nas águas,
fui no tempo.
Vi um homem
menino,
pedia doce,
mel.
Vi um garoto
vinha,
pedia colo, atenção.
Virei de lado
ouvi vozes
violão,
Fui nos versos
roubei poemas, canção...
escrevi poesias
nos braços da ilusão !
Onde será que se perdeu o menino que fazia poema com a lua, bicicleta e tamanco. Que fazia rir o coração e a alma?! Foi buscar sabedoria, estudou tanto que perdeu a alegria, a sensibilidade do poema sem rima e as preciosidades e a simplicidade que teve na vida.
O MENINO QUE O VALE LEVA
"Você nunca volta pelos mesmos caminhos. Você, o pequeno menino do vale, também é o grande adulto que leva. E se hoje vai embora - cheio de lentidão na marcha - é porque nunca perdeu o medo de voltar. Sempre soube que, o soluço, é o veredito pujante do perdão digerido. E eu, teimoso como sou, dou conversa ao desespero. Tenho calos por ainda ter cordas, na cabeça, para me pendurar em suas fugas. Corra ligeiro, na cidade que há em mim, com todas as suas coisas que vão perdendo o cheiro, exalando o melhor perfume da sua falta. Vale-me muito esse menino. Valei-me...volte! Pois as placas não têm nomes e, as ruas, não têm saídas. Nos fios da barba, há cama para a sua insônia. Riso também é choro. Cacto também se rega. Amor, não se nega".
Em um passado não tão distante
Onde brilha o horizonte
Eu vivia lá, ainda quando menino.
Franzino e traquino volto a recordar!
Embreava-me nos verdes campos do lugar
Onde eu vivia feliz a cantar
Hoje estou grande perdido na cidade grande
Sem vontade de ficar, fujo de tudo volto ao meu mundo.
E volto a recordar que Deus me ajude
Que um dia eu volte para o meu lugar
Esquecêreis-me de tudo
Renascerei como uma nova criança
E reviverei tudo o eu que deixei por lá
Menino que fuça o lixo, quem sabe o que
procura lá,talvez algo com que se pareça.
que pena que não ira axar,
por viver numa sociedade ipocrita que vive a esbanjar jogaram ele fora no lixo ,
mas no lixo não esta
Aniversário quase sem rima
Nasceu a estrela guia
Depois do menino Jesus.
No último dia do ano,
Anunciando flores,
Tantos outros nascimentos,
Parte de um grande começo.
Nasceu a menina faceira,
Jogando tudo pro ar,
Fazendo pirraça e cara feia
Para a mãezinha que só sabe amar.
Pequeno botão
Aprendendo a viver,
A ser.
Reluz sorrisos ao brincar,
O fraterno amor
Já sabe entregar.
O coração foi o primeiro
A se formar,
Latente e ativo para a vida futura
Comemorar.
Dia 31 de dezembro ficou para trás,
E o ano acordou.
Até mais tarde!
Logo mais um fim de dezembro
Despontará
E a garotinha aniversariará
No dia em que o mundo
Solta fogos para o novo ano
Começar.
O encontro do menino apaixonado com dona morte
Caros colegas de classe
Não sou do sertão nascida
Por isso peço licença aos mestres
Para falar da cultura escolhida
Vou lhes contar sobre uma arte
Que também imita a vida
Essa arte com o tempo
Vem sofrendo mudanças
O cordel da nossa lembrança
Já está nos livros e no computador
E até nas universidades,
Na mesa do professor doutor!
Mas muita gente ainda canta
Muita gente ainda gosta de pendurar
Suas histórias em um varal
Pra o povo poder comprar
E quem duvida pode ir buscar
Na terra de painho que vai encontrar
Em toda minha pesquisa
Pra fazer essa lição, surgiu uma questão
Se o sapo pula não é por boniteza
E sim por precisão
E se o povo ainda canta
É porque não se cala o coração
Se num mundo com tanta tristeza
O sapo continua a pular, tenho algo a declarar
Como diria um grande mestre
Que também é grande artista
Se não acreditássemos num futuro melhor
Ninguém iria ao dentista.
E foi pensando nisso que eu decidi contar
A história de um menino
Que botou dona morte pra correr
Lhe contanto das maravilhas
Que a vida pode ter
Magro, franzinho, briguento e calado
De cara fechada, sozinho e invocado
Vivia no sertão e morava na estrada
Brincava de bola com os meninos da vila
E quando se machucava fingia que não doía.
O menino era forte, corria em disparada
Se a bola ia descendo os barrancos da chapada
Era um menino sozinho, o menino do agreste
Que conhecia todos os passarinhos
Que cantavam nesse nordeste
Ele se exibia dizendo:
Quiriri, Sabiá azulão e maguari
Jaçanã, Tuim, Beija flor e Saí
Bico-chato-de-orelha-preta
Biguá e bem-te-vi
Talhamar , Xexéu, Sacua, Siriri
Pica-pau , Mão da lua, Savacu e Sanhaçu
.
Tinha boa memoria, gostava de lembrar
O nome das belezas da natureza do seu lugar
Ele mesmo não tinha nome
E por ser magro e nanico,
Chamaram o menino
De zézinho tico-tico
Não tinha outro nome
Então ficou assim mesmo
Brincando na estrada,
Andando a esmo
Sonhar enquanto trabalhava a enxada
Era seu jeito de espantar o medo
Não tinha chinelo de dedo
Mas ia pra escola sem ninguém mandar
Achava ruim bronca de professora
Sem saber o que o futuro iria guardar,
Até que o menino sem pai nem mãe
Foi de vez pra roça trabalhar
Acabou-se a brincadeira nessa vida sofrida
Ele trabalhava pra ganhar
Um prato de comida
E um teto pra dormir
Com um buraco pra ver as estrelas
Depois que a noite cair.
Um dia sozinho, andando no mato
Muito cansado pelo dia de trabalho
O menino viu uma dona de preto
E como menino, se viu sozinho e com medo
A dona morte se aproximou
E de espreita ao menino perguntou:
“Ainda não está cansado da vida?
Trabalha, trabalha e quase não tem comida!
O que o mundo tem pra te dar
Se é sozinho sem família e sem lar?
Achei boa hora vir te buscar
Anda, conhecer o lado de lá”
O menino pensou bastante
Não sabia por que vivia,
Porque ir adiante? Se nada de bom acontecia?
Mas então lembrou do céu de estrelas
No buraco em cima da cama
Tinha coisa mais bonita
Do que o céu que a gente ama?
“Dona morte eu não quero
Tem alguém a me esperar
As estrelas em cima da minha cama
Que eu tenho que espiar
E de dia tem os passarinhos e as belezura do sertão
A gente pensa que tá ruim
E depois que olha fica bão
A vida eu vô levando
Acho que tá meio cedo pra eu morre
Quero ver mais um pouquinho
As estrelas e o sol nascer
Tudo tem sido ruim
Mas eu sei que vai miora
Até já me disse um conselheiro
Que o sertão vai virar mar
Parece que hoje em dia
Tá mais pro mar virá sertão
E eu nem sei como ajudar
No meio dessa confusão
Só lhe peço dona morte
Não me leve agora não
Eu ainda tenho que namorar
As estrelas do sertão
Te peço de coração
pois minha vida tem valor
Que ver eu lhe provar?
Posso lhe dizer com amor
As beleza desse lugar”
E o menino pois se a falar
Do pé de laranjeira boa de chupar
Falou do buriti do caju e do sapoti
Do pequi do bacuri do umbu e do oiti
Falou da fruta pão, da manga, do cajá
E também do caju, fruta boa pra amarra
Falou da cana caiana
e da mandioca que dá farinhada
do milho do arroz e da fava
Dos coqueiros e das palmeiras
Onde a sabiá cantava
Contou do babacá e da carnaúba
Do tucum preto e da macaúba
Do voo do bem-te-vi
Que descansa e cantarola
Na palha do miriti
Ao som de sanfona e viola
O menino explicou pra morte
Que tinha muito pra aproveitar
E que nessa terra tinha sim
Uma família para cuidar
E que estava ameaçada
Precisando dele com certeza
Pois sua mãe de verdade era mãe natureza
Que muito tinha o ajudado
Até a mostrar pra Dona Morte
As belezas desse seu lado
“Te peço não me leve embora Dona Morte
Pois amanhã cedo tenho que estar acordado!”
Dona morte foi-se embora
Pois descobriu o menino apaixonado
Pelas riquezas da natureza
E pelas belezas do seu estado
E hoje ele agradece por ser nordestino
E viver seu destino, nesse chão abençoado
Essa foi minha narrativa
De vocês eu me despeço
Como a mensagem positiva
De um menino muito esperto
Espero que a gente
Sempre possa valorizar
O privilégio que é a vida
Amando e cuidando do nosso lugar
os menino gostam das meninas pela situação corporal delas mas elas não percebem que o amor esta perto ,não esta no menino que gosta de funk nem no menino rico mas talvez no nerd ou em quem te faz sorrir e diz que seu sorriso e lindo não liga para a se você e bonita ou feia mas te ama e faz qualquer coisa para ver teu sorriso todo dia
O que o ferro nos trouxe
menino que vem de longe
o que veio me ensinar
menino que vem de longe
o que veio me ensinar
menino diga pra mim
o que tem pra me ensinar
mano meu que mora aqui
ouça bem o meu cantar
trouxe força e energia
meu axe e mandiga
trouxe força e energia
meu axe e mandiga
menino que mora aqui
preste muita atenção
trouxe mandinga escrava
em ânsia de libertação
trouxe capoeira angola
pra vadiar com meus irmão
Camarada...
“ Eu era o menino GAY da sala de aula, e o amigo GAY que para as meninas era um ''desperdício''. Para os meninos uma vergonha contagiosa que poderia virar suspeita contra eles se por acaso me tratassem como gente. O fracasso do meu pai, a culpa da minha mãe a vergonha da minha família o problema delicado dos meus professores. Para a igreja alguém amaldiçoado pelo desejo mesmo sendo virgem. Para minha psicóloga mais uma criança superprotegida sentindo falta de uma figura paternal, e para mim ? Bom nunca me perguntaram nada. As pessoas não querem saber o que você sente ou tem pra falar elas querem apenas te julgar.
Entendam Eu não escolhi ser GAY ” ...
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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