Tarde
"E todo fim de tarde é igual, essa vontade de te chamar
De perguntar como foi o teu dia
De contar os minutos pra sair correndo pros teus braços como já fiz um dia
Mas teus braços já não se encaixam nos meus
Todo fim de tarde é essa saudade do cheiro, da voz, do tom, do som
Todo fim de tarde me vejo menos sua
Todo fim de tarde vejo mais fim
E quando a noite cai não me vejo mais em mim
Quando a noite cai te vejo em cada canto
Quando a noite cai, teu vazio me preenche em pranto"
Iasmin Borges
Choro de madrugada.
Já é tarde, e os meus olhos continuam abertos.
O vento esgueira-se pela janela a dentro, e o meu corpo já há muito que ficou frio.
No céu, um manto de escuridão cobre o meu olhar, e pergunto-me se o vez também tu do mesmo geito.
No silêncio, o barulho da minha mente calou-se, e o único som que restou, foi a tua voz perdida numa recordação.
Levemente, fecho os olhos e vejo-te. Pergunto-me se continuas do mesmo geito.
Baixinho, escuto uma melodia.
Pergunto-me...
Serás tu a cantar para mim mais uma vez?
Receio que não... A tua voz já há muito se perdeu nas minhas recordações.
Abraço levemente o meu próprio corpo, mas ele continua frio.
E então, na mais intima das recordações, os meus olhos choram.
Pergunto-me...
Terás também tu chorado durante a madrugada?
Já é tarde, mas eu continuo a chorar e a saudade não me permite dormir.
Pergunto-me...
Estarás também tu acordado envolvido nas tuas recordações?
Tal como tu, também o sono me abandonou, e eu choro na solidão.
Tal como tu, também a natureza se calou, e eu choro sozinha.
Tal como tu, também a noite ficou negra e fria, e eu choro com medo.
E tal como tu, ninguém se importa, e eu não paro de chorar.
No silêncio, o meu peito bate, e pergunto-me porquê, se eu não mais tenho coração.
Contra o frio, a minha respiração ouve-se num suspiro, e pergunto-me como, se eu não mais vivo.
Tal como uma folha rasgada de um livro, eu perdi-me no mundo.
E pergunto-me...
Onde pertencerei eu?
Eu não sei.
E no meio de tanta recordação, recordo o que não queria mais recordar. As tuas palavras, que mentirosas são, na qual eu ingénuamente acreditei.
E então penso...
Sozinha me encontraste.
Sozinha me deixas-te.
E sozinha morrerei.
***
Os primeiros raios de sol iluminam-me o rosto, e lentamente abro os olhos.
Devo ter adormecido enquanto chorava.
De repente assusto-me.
Algo frio e molhado descia-me no rosto, e os lábios sabiam-me a sal.
Foi então que me apercebi.
Eu ainda estava a chorar.
Mais cedo ou mais tarde, muitos irão descubri que não valeu a pena ter se preocupado tanto com coisas insignificantes e ter esquecido de ser feliz.
Tarde boa de domingo ... com aconchego de quem nos ama e com as bênçãos de nosso bondoso Deus ...
Feliz tarde de domingo!!!
Quando é tarde da noite
No auge da solidão e da melancolia
Onde as ruas mais parecem um cemitério
E os ventos chicotes de açoite a soar na vaga escuridão é que me vejo em espelho
E visito o mais profundo do meu ser
É onde vivo,choro,morro e amanheço.
"Nunca é tarde pra resilientes obter dignidade, humildemente agradeço por ter recebido do destino mais uma chance de tentar ser feliz."
Se alguém desistiu de você deixe ir, talvez mais tarde em algum momento da vida a pessoa nota que perdeu uma pessoal incrível. Sabe, ande mais um pouco um dia a vida te dará mais motivos de viver que você possa imaginar, mas nunca desista de ser feliz!
Shirlei Miriam de Souza
Devaneios da tarde
O teto é meu limite
Meu limite é onde eu quiser
E se não quiser
Não o farei de mim
A vida é meu fardo
A morte minha lembrança
Hoje será passado
E o amanhã dúvida
Luz e trevas são minha sina
O Vazio minha esperança
Tudo e nada passam
Procurando saber o que
As flores já não nascem
Mortos continuam vivos
E eu escrevo sem palavras
Sem saber o que escrever
A CIDADE NAQUELA TARDE
Foi assim que vi a cidade naquela tarde!....
Como gosto do imprevisível, naquela tarde entrei no seio da cidade, como que puxado por uma força de simples curiosidade e, caminhando..., embevecido pelo próprio ar que respirava, sem saber como, encontrei-me no meio daquela multidão que normalmente vagueia naquela encantadora cidade.
E, então, tudo quanto vi, me impressionou bastante. Acrescento: “magoou-me”! Aquele miúdo que pedia esmola. Coitado! Se eu pudesse ler-lhe na alma a mágoa que ele sentiria por certo...; aquelas dezenas largas de sem-abrigos, deambulando por toda aquela zona histórica; traficantes e consumidores dos mais variados estupefacientes; e aquela moça que se exibia em plena Avenida, seduzindo tudo e todos?, isto para não dizer provocando a maioria dos que passavam.
Seguindo, vi:- senhoras sem maridos, “mas acompanhadas”; homens esbanjando tempo e dinheiro, infantilmente, quando em casa, alguém espera marido ou seu papá; senhoras que pareciam “meninas” e senhoras que não pareciam ninguém; vendedores de todas as espécies de mercadorias, em todos os cantos do centro da cidade, gritando e pregoando numa inclassificável conversação.
Acreditem, amigos, se fosse alguém a contar-me, dificilmente eu acreditaria! Mas, ao deparar-me com tudo aquilo que acabava de ver, senti vontade de vendar os olhos e alhear-me de tudo quanto via. Não consegui mostrar-me indiferente àquilo que vi naquela tarde!...
Todo o encanto tinha desaparecido da tão bonita baixa da cidade. Acreditem que vim triste para casa e, perdoem-me se exagero, senti até vontade de não voltar mais àquele local!
Foi assim que vi a cidade naquela tarde!...
Ás vezes, no silêncio da tarde,
Imagino um campo com flores,
Seu aroma? Cheiro de amores,
A vista? Era o teu olhar,
Ficava tola só de imaginar,
Mas que lugar era esse?
Seria um conto de fadas?
Ou só você olhando para um espelho d’água?
Robôs
Espero que não seja tarde
O dia em que a humanidade descobrir
Que máquinas não fazem flor
E robôs jamais escreverão poemas
Vivi tarde
influenciado pela maldade
em meu momento covarde
que era eu
a muleta da tua vida.
Te influenciei a dizer
que em mim parecia perecer
a distância que expulsa.
Descobri tarde
sem influencia alguma
que era eu teu porto
seguro e sem vida oportuna.
Amado pelo tempo
único pelo momento
preenchido pelas tuas lacunas.
Vivo eu cansado
amparado pelo acaso
com saudade do corpo
preenchedor da minha fortuna.
Obrigado Deus por este fim de tarde de muita paz e tranquilidade.Deixarei a noite em tuas santas mãos,e também o amanhecer.
Quando não se sabe viver,ou cedo ou tarde a vida ensina.Ou com ensinamentos leves,ou mais pesados.Dependendo do seu comportamento.
O amor chegou em uma tarde de inverso — ou era primavera! Não me lembro bem. Aqui no espaço a gente não tem muita noção de calendário. Ele chegou e foi se assentando perto da lareira. Perguntou-me se já o conhecia pessoalmente ou só tinha ouvido falar. Respondi que algum tempo atrás eu o tinha visto de longe.
— Foi rápido — disse. Você sorriu para mim e passou como um vendaval.
Falei ainda que aquele sorriso havia me provocado um turbilhão de pensamentos e que imediatamente cai doente de paixão por uma pessoa que sorria igual. E que até guerra eu havia declarado por aquela paixão.
O amor me olhou com cara de quem não gostou do que tinha ouvido. Seria ciúmes da paixão ou realmente o amor era da paz? Aí eu disse para ele ficar tranquilo porque isso já fazia tempo e eu tinha me curado da cegueira da paixão.
— Ainda bem — disse ele se ajeitando próximo ao fogo. E de olhos cansados, ainda sorriu lindamente: — É porque sou muito ciumento, se é isso que você quer ouvir. E adoro guerras também...
Percebi que o Amor também tinha senso de humor. Não era aquele sentimento chato que eu achava que conhecia. Era tímido. Educado. Distraído, mas de uma inteligência de outro mundo. Falava doce e de vez em quando, gargalhava-se, trazendo todas as estrelas para dentro de seu olhar. Ficou a tarde toda comigo conversando, sorrindo e dizendo poesia. Isso mesmo, o amor só fala em poesia.
Leandro Flores
Julho de 2013
Ainda é primavera, a tarde está linda, o sol brilha em toda a sua intensidade, o céu com seu azul reflete todo o esplendor da engenhosidade da vida, estou a escutar uma canção, e isto me faz refletir que a grandeza da vida não está nas conquistas daquilo que é material, mas, sim no imaterial; um abraço talvez, uma amizade encontrada nas estações da vida quem sabes; Com tudo isto, venho desejar que toda esta beleza que consigo ver nessa tarde incrível, invada a tua existência e te mostre que ‘nunca é tarde para recomeçar’ e viver eternos momentos felizes.
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