Tão longe
Todos falam de você
Pelo menos uma vez na vida
Alguém vai te conhecer
Alguns irão desejar não ter conhecido
É uma das coisas mais difíceis de traduzir
Às vezes sua distância faz bem
Às vezes ela quase nos mata
Às vezes dura uma vida toda
Algumas pessoas querem te matar
Outras, adoram te matar
De perto você não existe
Sei disso porque
Quando você está longe
É que me lembro que teu nome é saudade.
Quando comecei a trabalhar em Formiga lembro que toda manhã em Divinópolis eu entrava no carro às 7hs e vinha dirigindo para a Pet Cursos. E todos os dias eu reparava que minha mãe sempre saia até a porta comigo e ficava olhando eu indo embora. Como nossa rua é muito longa e tem algumas árvores, ela dava uns passos até o meio da rua para me ver melhor e ficava observando a traseira do carro indo e diminuindo, até eu virar lá na frente. Eu via aquela cena no retrovisor e não entendia o motivo, na realidade achava até engraçado. Hoje, quando meu afilhado passa o final de semana comigo, assim que ele despede de mim e desce do apartamento, eu vou até a janela e fico observando ele saindo do prédio e indo embora, até virar a esquina. Agora eu entendo o que minha mãe sentia.
E é tão bonito quando na vida, a gente sente vontade de voltar para a casa, vou mais longe, é tão bonito quando na vida a gente sente necessidade de voltar para o outro (para o parceiro/ para a parceira) e voltar por que muito bom estar ali com ele ou com ela.
Peremptório Adeus
Tu foste para mim como a fé fora para os desencorajados
Como chá de maracujá para nervos enfadados
Como a verdade em meio a situações pérfidas, enfim
Tu foste o tudo para mim e foste para longe de mim
Ir para longe possibilita um conceito ambíguo em momentos
Pode positivar-se por dois aspectos: físico ou espiritual
Tu em sua sublime ardileza optaste por todos
Deixando-me submergida em um oceano de dúvidas desigual
Meu desditoso coração ermo apenas anseia o repouso
Repouso de ser enganado pelo seu cerne obtuso
Tu criaste um zigurate de endrôminas traiçoeiras
E agora, afastar-me será o desenlace de todos os males
Dizem que no início o caminho é mais dificultoso
Mas com isso não me preocupo
Decidida estou a culminar a nirvana
Minha alma agora tornara-se mundana
Onde um dia o amor enalteceu com profundidade
Hoje atribui-se por um grande espaço inóspito
Onde proibido está quaisquer convescotes de paixões
Só permanecerá amor indelével, enquanto o volátil jamais será ínclito
Amor, não sinta-se obstinado por meu sentimento
A decisão tornara-se peremptória, pode sair
O criado subterfúgio convencional não possui mais relevância
De tanto que te amo, ou já amei, estou deixando-te livre para ir
Longe e perto não existe, são apenas convenções, referências. O que realmente existe são: coisas importantes, e não importantes. As importantes, eu carrego no coração. E as que não são? Ah, essas eu vou abandonando à margem do caminho, são pesadas demais pra carregar.
"(...)O vento vem vindo de longe,/a noite se curva de frio;/debaixo da água vai morrendo/meu sonho, dentro de um navio... (...)".
(do poema "canção", do livro 'Obra poética' - Pág 18, - J. Aguilar, 1958.)
Quando a corrupção começa, quando ela termina
Longe de mim defender um governo corrupto, onde as vantagens próprias e os programas compra votos são observados como heroísmo para alguns, mas a corrupção não começa no governo, governo é só um meio para o corrupto, como muitos outros que utilizamos no dia a dia, e se observarmos bem, quem sabe descobrimos que já fomos corruptos e por ser uma corrupção insignificante achamos que não vai refletir, mas reflete, e essa reflexão leva a corrupções cada vez maiores, mas só enxergamos aquilo que está a nossa frente, jamais aquilo que participamos com um envolvimento direto, somos corruptos quando compramos a atenção de alguém com promessas que não vamos cumprir, nem temos interesse, somos corruptos quando percebemos o troco errado a nosso favor e não avisamos para que a outra pessoa não se prejudique, somos corruptos quando passamos uma conversa no guarda de transito para aliviar aquela multinha que foi uma bobeira, mas uma bobeira que poderia custar a vida de alguém, e se custasse ainda assim eu seria corrupto a ponto de dizer que não tive culpa pra escapar da justiça, somos corruptos quando andamos de bicicleta na calçada quando existe uma ciclovia, quando a pé eu não ando pelas calçadas mas pela ciclovia ou pela estrada, somos corruptos quando posso invadir com meu veículo a calçada, a ciclovia ou o acostamento, quando avanço o sinal com a desculpa de não ser assaltado, somos corruptos quando colocamos o celular na soneca de manhã cedo para dormir um pouco mais e depois ameaçar os outros no transito porque estou atrasado, somos corruptos quando furamos as filas da vida por se achara no direito, levar uma criança propositalmente na fila da lotérica para só ser atendido rapidamente sem ter necessidade disso, somos corruptos quando podemos pagar uma creche particular para nossos filhos para não tirar a vaga de quem precisa, quando digo que é só um minutinho na vaga do idoso ou do deficiente, somos corruptos quando ensinamos aos nossos filhos a fazer as coisas por meio de vantagens, quando extorquimos nossos pais por mero prazer, somos corruptos quando perguntamos a uma autoridade ou a quem quer que seja se sabe com quem está falando, e assim poderíamos, passar uma vida falando do quanto somos corruptos, e ai nossa corrupção vai ficando escondida, camuflada por de trás de um governo que aprendeu direitinho a lição no pais dos jeitinhos, longe de mim defender um governo corrupto, mas ainda mais longe de mim defender quem defende os jeitinhos que nos corrompem no dia a dia.
''E não importa o que digam sobre você e os limites que os outros impuseram ao seu respeito, você pode ir muito mais longe do que qualquer opinião daquela que nada conhecem sobre teu verdadeiro potencial.''
Em um café ela estava, sentada por horas mexendo a xícara de café sem açúcar, ela mexia por longos minutos, olhava para o longe, ela estava longe, ninguém seria capaz de adivinhar o quão...
Ela? Aparentava ter seus 26 anos, cabelos escuros e longos, olhos cor de terra recém molhada, tinha uma beleza comum, não era desenhada, não era a perfeição julgada pelas revistas de moda... Ela era bela, bela pelo charme, pelo olhar longe, era bela pela inquietude, bela por todo o cenário que a usava ou era usado por ela, sim, ela era parte daquele café, cadeira e mesas de madeira velha, rustico e delicado, o ambiente era úmido, o cheiro forte de café fresco se espalhava, a janela pela qual ela olhava era a desculpa perfeita para uma possível admiração do fora sem ninguém perceber o quanto ela olhava para dentro, ali,sem açúcar mexendo aquela xícara de café.
Deus olhou para mim, se aproximou, segurou em minhas mãos, sorriu em silêncio, me fez lembrar que o amor se cala quando o silêncio é necessário, não havendo nada em mim que o atraísse, mesmo assim, simplesmente me amou e com o olhar disse tudo que eu precisava ouvir. Tocou os meus pés e me fez ter certeza de que Ele nunca esteve longe.
Olhando para trás, vemos nossas perdas e assistimos a tão almejada alegria se debater enquanto presa numa gaiola. Um passado, longe do que pensamos ser "perfeito"...
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