Talvez

A esperança pode ser uma força poderosa. Talvez não haja magia real nela, mas quando você sabe o que mais deseja e mantém isso aceso como uma chama dentro de si, pode fazer as coisas acontecerem, quase como mágica.

Tô começando a rever minhas amizades, talvez eu não tivesse nenhuma.

Permita que o primeiro “A” que saia de sua boca hoje seja de atitude, de ação, que talvez esteja anos para tomar.

Talvez seja a rutura radical do eu, assoberbado pela rapidez das mudanças e pelo rompimento dos espaços tradicionais.
Talvez seja a transformação da própria história pessoal e inequivocamente social.
Talvez seja a alteração das crenças habituais pela assimilação auto aceite de uma nova forma de pensar e de agir.
Talvez seja a consciencialização de que em qualquer vivência existirão sempre dificuldades ao longo de novos percursos.
Talvez seja a determinação e a firmeza em gostar da alternativa oposta.
Talvez seja a conciliação da cabeça com o coração.
Talvez…
Desenganei-me.
E a viagem interestelar continua, num convite a mim própria para a prosseguir e nela reafirmar a fé, sem erradicar as dúvidas, as alegrias e as tristezas humanas.
Erradamente achei-me generosa, quando, no fundo, era egoisticamente generosa.
Depois das frustrações, dos enganos e dos desenganos, das tolerâncias e da culpa indevida, esclareci devidamente, e perante mim mesma, que não sou vítima de ninguém e que o deixei de ser de mim, pois, se me atribuo direitos, deverei atribuí-los aos outros também, da mesma forma que os outros o deverão fazer relativamente a mim.
Depois do vácuo autista, a aventura peculiar de uma nova rota marítima.
Continuemos, então.

Talvez eu passe o dia inteiro escrevendo os meus versos, ou quem sabe então, o restante de meus anos compondo canções de um quebra-cabeças, e que quando o mesmo fosse montado, ele mostraria a face daquela por quem sou um admirador anônimo.

A madrugada vem, e das lembranças me torno refém. Refém dessa escuridão então, que talvez seja da noite ou do meu próprio coração. Mas que coração irmão? Essa pedra de gelo? A quanto tempo não choraste, a quanto tempo esse coração estás sem pulsões?... Me digas que culpa tem o amor, se as pessoas não sabem amar, mas antes me diga que culpa eu tenho, se eu nem sei o que é o amor?

"Não sei sobre a minha existência pode ser confusa,talvez com desejo de solidão posso ate preencher essa solidão com musica mais a musica também me faz triste,talvez quem sabe um sonho,mais se isso for um sonho eu com certeza vou querer acordar,ou quem sabe minha vida se descreve com palavras, mas se for com palavra poderão apagar com uma borracha".

Talvez o verdadeiro universo esteja em nós mesmos...

UM ADEUS PARA O LÁPIS
Marcial Salaverry

Dizem que o lápis talvez
tenha perdido sua vez,
pois não é usado por ninguém,
como a caneta, desprezada também...
Só se usa o teclado agora,
pois com o teclado se escreve, e se namora,
por isso o lápis foi embora...
ele só no papel pode escrever,
e no "zapzap" não se pode ler...

Marcial Salaverry

Barriga cheia e alma vazia, talvez não vazia, mas cheia de ilusões, desejos reprimidos, infelicidade. Um sorriso no rosto, mas no canto da boca esconde a escuridão que faz refém minha alma, mentindo para todos quando na verdade, é a tristeza que impera nos lábios molhados de lágrimas daquele que o qual o diz. Depende de mim para ser feliz? Então porque eu tenho que aguardar de terceiros a resposta que eu tanto almejo? Ilusão, tudo não passa de marketing. Abrem seu sorriso para que abram as suas carteiras. Tudo ilusão.

Uma brisa mais leve
Um breve pensamento
E talvez eu me lembre
Onde foi que perdeu-se o brinquedo
Da criança que um dia eu fui
Mas o tempo prossegue fluindo
Nesta vida da gente
Pouca coisa existe realmente
Portanto não vale a pena
Carregar lembranças tristes
Quando a fruta apodrece
A semente germina
E assim que termina
Algo mais acontece
Pois nem sempre uma queda
Fatalmente
Vai representar ruína
A gente pode sempre
Não lançar a pedra
Nem dizer palavra
Porém se não o fizer
Morrerá sem descobrir
Por que as coisas estão
Aqui e ali
E mesmo assim
Todos prosseguimos caminhando
A caminho de um fim
Porém
Ninguém afirmou, sem dúvida nenhuma
Que o nada
Realmente represente um nada
Creio
Que talvez seja difícil agora
Compreender a tudo isso
Mas prossiga tentando
Intuitivamente a gente sabe
Que não nos cabem certas perguntas
Pois, nem todas elas
Juntas e mescladas
Poderão um dia
Responder a qualquer coisa
Que seja pouco mais que nada
A paz tão procurada
E aquele brinquedo perdido
Que a lembrança carregou na leve brisa
Continuam sempre lá
Tudo, com toda certeza permanece
Escondido nas dobras do tempo
E o tempo jamais se esquece
Portanto
Se de fato nada existe
Pense que isto traz a conclusão
da impossibilidade
de realmente inexistirem
Afinal, você pensa
E é nisto que tudo consiste
E, se tristeza não há, então
Nada pode ser assim... tão triste

Edson Ricardo Paiva

Talvez eu tenha mesmo
uma predisposição para
ser apenas a amiga.
E nunca o amor de alguém.

TALVEZ

Inspiração talvez seja
Essa luz que se instala
No dulçor do teu olhar;
A magia que viceja
No esboço do sorriso
De onde brota o meu cantar!

E este sonho que me ilude,
E põe álcool na fogueira,
E incendeia e lampeja,
E me rouba a quietude,
E lateja em meu juízo -
Desatino talvez seja!..

Ninguém mais faz isso: escrever cartas. Ou ao menos ninguém ao olhar grosso, porque talvez, a maioria não escreva cartas mas os que escrevem são de levar no fundo do peito.
Uma mensagem é uma coisa boa de se receber.
Mas uma carta? Essa é uma benção.
Esses dias vieram me dizer: que antiquados esses livros de folhas amarelas e esses cadernos lotados de papéis soltos, com caligrafia as vezes apressada demais para alcançar a perfeição. Digo que não. Antiquado coisa nenhuma, apenas atemporal.
Surpreendi essa mesma pessoa com uma carta.
E ela veio me dizer que havia amado.
Perguntei se ainda achava meus gostos antiquados.
Disse que na verdade, aprendera a gostar de minhas estranhices.
Pediu-me mais cartas e assim encontrei, um porque para escrever, todas semanas a alguém da minha cidade.
Claro que permanecem outros meios, mas sabem as cartas?
Elas dominam meu coração.
Guardo todas e amo escreve-las.

Quem são nossos verdadeiros Amigos?
Não sei. Nunca saberei! Talvez por não querer saber..porque sei que vai doer! Ao longo dos anos percebemos que corremos atrás de alguém que nem olha pra gente! .que fazemos questão de mandar mensagem prá quem nunca lê...Que queremos tirar foto com quem foge de nós...Que não retribui o nosso sorriso..que não nos olha nos olhos quando com ele conversamos. Que sempre está ocupado, sem tempo prá gente. Que nunca curte nada seu, mas fala de mal de tudo a seu respeito..Que é o primeiro a te acusar e te julgar..Que é tão bom em argumentos que você se sente culpado sem saber do que..que te discrimina, te despreza, e finge que você não existe. Mas quando precisa de algo..se aproxima, se encosta em você E ai..você tem a certeza que na verdade não eram amigos.. apenas lobos vorazes vestidos de ovelhas...joio, ervas daninhas..Verdadeiros inimigos nada mais! Triste isso!"

Talvez seja assim. Antes de se matar o sobressalto. Sonhar por mais um minuto.

Talvez eu seja mesmo o poeta intitulado
"de mim mesmo", sem retrato, dores e canções. escrevendo páginas em branco de sonhos, seguido pela estrela de maior inspiração... você, o amor...

Se sua felicidade se perdeu no caminho da compreensão, talvez você encontre a na estrada da solidão.

Se você já exigiu demonstração, abra o olho que talvez falte o essencial, sentimento.

2a. DIMENÇÃ0

Concentro em detalhes, mantendo a ilusão inexistente,
Rosa sem cor talvez 'transparente', uma tonalidade, um só destaque, um brilho envolvente - Diferente.
Pois foi olho por olho e dente por dente, um conceito tanto limitado e também dependente, um conceito irônico um tanto carente... - Diferente.

"Diferente", eu te digo meu amigo passarinho, não será para seu bico, sei que tu cantas bonito, mas terás que fazer muito mais que isso.
E seja como for meu caro beija-flor, tem a beleza que atrai da bela flor ao seu pudor,
Mais que isso, você conseguiria…
- Teria sido uma boa ocasião para mentir e sair sem explicação.
Beija-flor seu traidor, esqueceu-se de quem cairia ao seu pudor? A bela Rosa; a Dona Flor; que espera pelo seu grande amor.

De pé no chão feito urso, as mãos para os céus porque Deus é tudo.
Olhar ausente cheios de planos futuros.
Rumo ao nada e do nada vi indo, sempre de frente as vezes caindo.
Posso repetir clichês e jamais desistindo de conquistar aquela que me lê...
- pra que tudo isso?

Perdendo os avisos, cuidado com os ouvidos e não aborrece se não você perde... Mentira da gente, somos contentes e um pouco mais alegres até que isso acontece... "agente" é diferente... A Gente?
Gente que pode ser apenas mais alguns, pode dizer o que pensa mas não pense como qualquer um.

Diga-vos de passagem: "oi", "bom dia", "boa tarde", "tudo bem?",
Então mostre-me uma piada diga algumas palavras, mas "Eu Te Amo" não guarde pra ninguém.
- É de graça.

Do erro parecido com embriagues, fala, fala, fala, fala logo e de uma vez,
Antes o Sanfoneiro do que vem o Japonês.
E agora tudo vai e volta, eu suporto, comecei de novo e sem revolta.

Observo, encurto e curto a viajem de quem me diz:
"Estou sentado, dormindo e sorrindo sem precisar ser feliz".

A conclusão desse feito, foi interferido meu caro "profeta",
Fiquei sabendo do que já sabia, mas você não tem coração divino mesmo sendo um poeta.
Mas sentimento é endeusado, e um poeta poderoso é Filósofo embriagado.