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' CHEIRO DE MATO VERDE '
E quando o sol se põe,
Ouço as vozes na floresta,
Deixando meu coração alegre,
Fazendo uma grande festa.
Então danço com o porco espinho,
Dou ele o meu carinho;
Abraço minha amiga coruja,
Antes que o corpo enferruja;
Falamos de muitas coisas,
Da velhice e mocidade,
Cumprimento a amada árvore,
Que exala, o aroma da verdade.
E com o coração em festa
Caminho pela floresta
Embaixo da lua cheia
O coração aí enceideia
Pela madrugada Afora
Até que que amanheça o dia
Com cheiro de mato verde
De verdade e poesia !
Vamos respeitar a terra
Os seres vivos que nela estão;
Agradecer a Deus pela água, pelo pão;
Água que brota da terra,
Para matar a sede do homem cão.
Maria Francisca Leite
Direitos autorais reservados sob a Lei -9.610/98
fagulha de espera
é preciso compreender bem o fruto desejado
para acertar o tamanho da espera.
entre o verde, o maduro e o podre
está o tempo.
Que cada obra, cada verso e cada melodia de Novo Ano nos lembre do poder transformador da arte e da cultura em nossas vidas.
PRIMAVERA
O SOL, A CHUVA, O VERDE!
É chegado o momento
Do sol, dar lugar à chuva,
A abençoada chuva,
A água benta da vida!...
A natureza lúdica, plácida e translúcida,
Faz reforçar a fé. É o criador que fomenta e cuida!
O verde retorna à mata mansa,
Como o porvir, que traz luz, esplendor e esperança...
É a pluma leve e calma que molha a terra virgem ansiosa para receber a semente;
É a obra divina que ameniza o calor, traz o frescor e cuida da mente da gente.
É o fluido que alimenta e fomenta a sede do rio,
É o líquido sagrado que preenche o vazio, sacia a sede e faz navegar o navio...
A água benta da chuva traz o cheiro gostoso da relva molhada,
Faz o barulhinho poético nas goteiras sobre a calçada,
Faz brilhar a orquestra sinfônica das aves na alvorada,
faz mais belo o crepúsculo da manhã abrindo a nova jornada...
A chuva faz renascer o verde,
O verde da árvore da vida,
O verde da esperança, da alegria e do sorriso,
O verde da fé, da natureza e do paraíso...
O verde brota em sonhos e encantos,
Renova a melodia no cantar dos pássaros felizes e românticos,
Torna mais doce e apaixonado o beijo amante,
Exala o amor do perfume que se faz brilhante...
O verde rejubila nas folhas livres, irradiante!
Um momento esplêndido, vivo, marcante!
É o céu que desceu abraçando e abençoando a terra,
É criador e criatura, unidos e uníssonos, escrevendo esta obra divina, sagrada e poética...
Élcio José Martins
Natureza viva entre concretos: se esse canto é pra mim eu não sei, mas que é bonito é, e, embora eu não te vejas: "BEM-TE-VI!", "BEM-TE-VI!", "BEM-TE-VI!" para você também!
Tenho notado que, ultimamente, visto muito verde.
Logo o verde, cor da esperança.
Aquela que dizem ser a última a morrer.
A minha, no entanto, não morre.
Ela vive em mim com teimosia, irrompe do meu peito como primavera em terreno seco, explode em gestos, invade meus dias.
Mas não se engane: minha esperança não é delicada.
Não tem ternura.
Não se curva em piedade.
Ela é bruta.
É sobrevivente.
É o que resta quando tudo falha, e ainda assim, insiste em ficar, contra minha vontade.
Pelas veredas outonais, olhos âmbares
seguem a ternura dos lilases d'alma
em sincronia com os passos dados
sem rebeldia, pintando a calma
Há amores que se escondem
debaixo de uma camuflagem
com receio de se declararem
e perdem o tempo, que bobagem!
Querem que o outro advinhe
quais são seus sentimentos
correm risco de que tudo definhe
porque são teimosos jumentos !
Se Charles Darwin fosse tudo isso mesmo que dizem por aí nos nossos livrinhos didáticos e se suas teorias de fato fossem tão lógicas e desprovidas de complexidade quanto prega a indústria da Religião Verde, o cérebro humano teria evoluído com um “botão reset” na nuca.
O medo não e de tudo um destrutivo. Em certas circunstâncias das nossas vidas, Ele agi como um freio de mão, desacelerando os nossos impulsos, quando perdemos a direção das nossas razões.
Não tomes para si, a singeleza dos meus versos de amor, visto que eles jamais caberiam na nudez dos seus pérfidos lábios.
A lei do retorno é algo que Sara ou Fere. Que saibamos fazer um bom plantio, para que nossa a ceifa seja abundante.
Do verde-terra
desponta a vontade
telhados justapostos
na direção do azul-céu
um menino
com um girino na caneca
Eu vejo como o verde.
De vida,
de ver
de viver
Eu vejo sem crer,
sem porque
sem mesmo entender,
apenas pra ver
E assim eu vou vendo
esse mundo viver.
E sem entender,
eu vivo pra ser.
