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Tanto idoso quanto velho têm aspectos relacionados ao biológico.
No entanto, velho tem uma conotação pejorativa associada à perda de vitalidade, enquanto idoso está relacionado à idade cronológica.
A velhice em si não me assusta, o que me assusta é envelhecer só o corpo e ter uma alma jovem aprisionada em um corpo ancião.
Uma velhice não digna não é aquela marcada pela decadência do corpo, mas a marcada pela decadência da alma.
Ninguém fica velho porque viveu X anos ou y anos. As pessoas ficam velhas porque perdem o encanto pela vida. As pessoas ficam velhas porque olham para a vida com o olhar viciado de quem vê sempre as mesmas coisas. É no olhar que mora a idade de uma pessoa e não na quantidade de anos que ela viveu. Enquanto houver brilho no olhar, a velhice não ousa se aproximar.
Cavo,
Lavo,
Peneiro,
Nenhum erro cometi...
Corre o mundo em degredo...
Abrem-se as portas das prisões...
Bruxo velho tem segredos...
Sonhos e visões...
Teimoso aventureiro da ilusão...
Criatura do Criador...
Sem achar o que procura...
Encontra até o que não procurou...
Mundo torpe...
Em transição...
Um cego amor encontrou...
A pé andou...
O que construiu...
Foi o que plantou...
Toda gente sabe disso...
E falam o que não sabem...
De onde vem...
Para onde irá...
Ninguém nunca pensou no que há para além...
Para onde vai...
Ou o que fará...
Julgado em pouco preço...
Onde não há o entendimento...
Corrilho de megeras...
Turba insincera...
Visto que tudo passa...
Não ergais alto a taça...
Tempo passa...
Sempre passará...
Toda a gloria é pó...
Toda a fortuna é vã...
O que é hoje...
É de hoje...
Já não será de amanhã...
Quando a fortuna...
De inconstante aviso vai embora...
Vem assentar morada...
Desventura sorte...
Seja no claro céu ou turvo inferno...
Os desiludidos seguem iludidos...
Por esse mundão de Deus a fora...
Este mal que não tem cura...
Este bem que me arrebata...
Da fortuna aos favores...
Tenho amor, sem ter amores...
Enche-me os olhos d’água...
E nela lavo minha alma..
Sempre adiante...
Em mais alta busca...
Pela minha estrada...
Por este mundão de Deus afora...
Sandro Paschoal Nogueira
RONDÔNIA: TERRA DE TODOS OS BRASILEIROS
Mente quem diz que o povo rondoniense não tem cultura.
Estufo o peito e aumento a voz para dizer justamente o contrário:
Rondônia é um caldeirão de cultura!
Mas, não é uma cultura regionalista, centrada no próprio umbigo,
com dialeto próprio e singular.
Rondônia é multicultural!
Cosmopolita, universal!
Aqui é possível ouvir a moça dizendo
que ‘viver em Rondônia é bão demais, uai’,
e o amigo dela a confirmar ‘arre, égua, e como é arretado de bom!’,
e então um terceiro amigo convida todos pra tomar um chimarrão
ou um tereré nas margens do rio,
que é tri bonito ver os botos nadando.
É o mineiro, o nordestino, o gaúcho, o paranaense,
o goiano, o mato-grossense,
os descendentes de mais de 50 nações que por aqui passaram
construindo o desenvolvimento desta terra,
que deixaram sua marca nos costumes
e no caráter deste povo tão rico, trabalhador e hospitaleiro.
O rondoniense não sabe só brincar de boi.
O rondoniense coloca a bota, o chapéu
e bate o pé no chão nos bailões das exposições agropecuárias,
e depois vai comer o típico acarajé nordestino
nas diversas festas juninas tradicionais no Estado.
O rondoniense toca tambor, mas toca também saxofone,
flauta, a guitarra e o violino.
Toca o carimbó, o rock, o pagode, o clássico e o sertanejo;
dança o jazz e dança o axé,
porque todas estas coisas o rondoniense tem, vive, respira,
e encontra aqui, no quintal de casa.
Não bastasse ser tão rico culturalmente,
e ser agraciado por uma natureza exuberante
que uma gente ignorante diz que é só mato,
mas que possui fauna e flora riquíssimas,
vales de cachoeiras, balneários e outros tantos encantos
de cinco biomas diferentes que possui em nosso Estado,
o rondoniense não se contenta e TRABALHA.
O rondoniense trabalha muito!
É um dos povos mais trabalhadores e empreendedores do Brasil,
e este trabalho é transformado em qualidade de vida
e progresso pra nossa gente,
transformando Rondônia numa estrela que brilha cada vez mais alto,
sendo apontada como exemplo de trabalho, produtividade
e boa governança em nível nacional.
E, se em algum momento, o digno povo rondoniense
andou de cabeça baixa,
hoje pode dizer com orgulho que está longe de ser um povo sem cultura, porque o rondoniense tem é cultura demais,
trabalha demais,
e apesar de ter cada vez mais motivos para andar de nariz empinado, continua sendo este povo alegre, humilde, amável e acolhedor
que recebe de braços abertos aqueles que vêm para o bem
e ajudam a fazer de Rondônia
a terra de todos os brasileiros!
Você precisa aceitar as coisas, ficar Velho é um presente de Deus e ficar Velho com uma cabeça moderna é uma questão de escolha.
As vezes a sabedoria do homem velho, vale mais a vista, do que a do homem novo, porque parece, que é sabedoria experimentada.
Às vezes parece que isso não acontecerá nesta vida. Há uma grande vontade, mas pouca conexão. As lembranças dos tempos líquidos, como explicou Bauman, desanimam.
Até que alguém aparece e a sensação é de que vocês já se conheciam há algum tempo. O toque arrepia, coisas que nunca foram planejadas se tornam planos, você reconhece seu próprio jeito de amar no outro. Não foi buscado, ele simplesmente surgiu, como se fosse destino. Paixão? Conexão? Nomes não são encontrados. No final das contas, você ama e é amado, em um século onde isso parece incomum. Que sorte!
Homem é igual uísque, quanto mais velho melhor, mulher velha é igual dinheiro velho, você pega e logo quer passar.
Se eu for velho e me apaixonar, me deixa que é melhor do que a morte... se eu for novo me mata, porque melhor é a morte do que a paixão sem experiência alguma.
Não há nada de novo no confronto entre o velho e o novo; exceto o bastão renovado que seguirá com a nova geração.
Nasci ainda mais velho do que pensava, mas à medida que o tempo foi passando fui-me tornando mais jovem.
Era rap sem rima
Até cegos que viam
Homens sem palavras
Paredes que ouviam
Choros de alegria
O palhaço não ria
E a plateia triste e cordial aplaudia
Um poeta que nunca escrevia
Um coração partido
Que do amor tinha fobia
Um romance entre a morte e a vida
Mas quando brigavam
Outros amantes escolhiam
( As Rimas Do Velho Marinheiro )
Acontece em muitos lares, ambientes familiares e em famílias sociais: muitos esperam do ano novo um novo relacionamento, uma grande virada ou transformação na vida, quando em suas discussões falam, sem discernimento, os desejos do seu coração, praticando as mesmas mazelas do ano velho.
Vila de Juruti Velho
Nasci numa vila simples
Rica de belezas naturais
Um lugar encantador,
Que se difere dos demais.
Seu nome de um pássaro fora herdado,
Cujo canto, mata adentro ecoa...
Com o tempo, o velho lhe fora acrescentado,
Sabedoria de gente de proa.
Por mais que mude o teu nome,
Jamais mudarão a tua história
Tuas lutas nunca serão em vão
Posso ver a tua vitória.
Hoje, muitos te chamam Muirapinima
Mas eu prefiro a dos mais velhos...
Pois para mim, vila bela,
O meu coração só se anima,
Quando chega em Juruti Velho!
Ser idoso não é e nunca vai ser sinônimo de preciosidade. Alguns idosos são apenas rabugentos. Preciocidade é usar o tempo a seu favor, crescer como ser humano, desenvolver-se espiritualmente, lapidar-se e extrair de si mesmo o melhor que um ser humano pode ter. Preciosidade é refinar o gosto com o transcorrer dos anos. É treinar o olhar para buscar nas coisas simples a beleza oculta da vida. Preciosidade é saber afastar as nuvens negras que se formam em nosso interior antes que se transformem em tempestade, é aprender a ordenar o caos e transformá-lo em calmaria.
Preciosidade é usar os obstáculos que o tempo impõe como instrumento de superação.
Preciosidade é desenvolver dia após dia a gratidão, o bom senso, a autocrítica e o amor-próprio.
Preciosidade é entender que o perdão liberta dos pesos e traz leveza à alma.
Preciosidade é cultivar afetos ao longo da vida com a mesma habilidade que se cultiva flores.
Preciosidade é desenvolver o bom humor e ser presença agradável entre os familiares e amigos.
Preciosidade é entender que os anos não precisam ser um fardo pesado que se carrega rumo à morte.
