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Poema Transitório

(...) é preciso partir
é preciso chegar
é preciso partir é preciso chegar... Ah, como esta vida é urgente!

... no entanto
eu gostava mesmo era de partir...
e - até hoje - quando acaso embarco
para alguma parte
acomodo-me no meu lugar
fecho os olhos e sonho:
viajar, viajar
mas para parte nenhuma...
viajar indefinidamente...
como uma nave espacial perdida entre as estrelas.

Com o tempo, aprendemos que o tempo é efêmero, volátil e estéril. Algumas vezes precoce, transitório, ou tardio. Não importa quanto tempo você leve para descobrir seu tempo, ele sempre vem: pacífico, silencioso e pontual.

Paisagens em movimento

Quando vocês estiverem lendo isto aqui, estarei viajando. E estarei bem porque estarei viajando. Vem de longe essa sensação. Não apenas desde a infância, viagens de carro para a fronteira com a Argentina, muitas vezes atolando noite adentro, puxados por carro de boi, ou em trem Maria Fumaça, longuíssima viagem até Porto Alegre, com baldeação em Santa Maria da Boca do Monte. Outro dia, seguindo informações vagas de parentes, remexendo em livros de História, descobri que um de meus antepassados foi Cristóvão Pereira de Abreu, tropeiro solitário que abriu caminho pela primeira vez entre o Rio Grande do Sul e Sorocaba, imagino que talvez lá pelo século XVII ou XVIII. Deve estar no sangue, portanto, no DNA. Como afirmam que “quem herda aos seus não rouba”, está tudo certo e é assim que é e assim que sou.
Pois adoro viajar. Quem sabe porque o transitório que é a vida, em viagem deixa de ser metáfora e passa a ser real? Para mim, nada mais vivo do que ver o povo e paisagem passar e passar além de uma janela em movimento. Talvez trouxe esta mania dos trens (janela de trem é a melhor que existe), carros e ônibus da infância, porque mesmo em avião hoje em dia, só viajo na janela. Quem já viu de cima Paris, o Rio de Janeiro ou a antiga Berlim do muro sabe que vale a pena.
Topo qualquer negócio por uma viagem. Quando mais jovem, cheguei a fazer mais de uma vez São Paulo-Salvador de ônibus (na altura de Jequié você entende o sentido da palavra exaustão), há três anos naveguei São Luís do Maranhão-Alcântara num barquinho saltitante (na maré baixa, você caminha quilômetros pelo manguezal), e exatamente um ano atrás, já bastante bombardeado, encarei Paris-Lisboa de ônibus, e logo depois Paris-Oslo de ônibus também. Não por economia, a diferença de avião é mínima — mas por pura paixão pela janela. Sábia paixão. Não fosse isso, jamais teria comprado aquela f i ta de Nina Hagen numa lanchonete de beira de estrada nos Países Bascos (tristes e feios) à margem dos Pireneus, ou visto a cidadezinha onde nasceu Ingrid Bergman, num vale belíssimo na fronteira da Suécia com a Noruega.

Para suportar tais fadigas, é preciso não só gostar de viajar, mas principalmente de ver. Para um verdadeiro apaixonado pelo ver, não há necessidade sequer de fotografar, vídeo então seria ridículo. Quando não se tem a voracidade de registrar o que se vê, vê-se mais e melhor, sem ânsia de guardar, mostrar ou contar o visto. Vê-se solitária e talvez inutilmente, para dentro, secretamente, pois ninguém poderá provar jamais que viu mesmo. Além do mais a memória filtra e enfeita as coisas. Até hoje não sei se aquela Ciudad Rodrigo que vi pela janela do ônibus, envolta em névoas no alto de uma colina no norte da Espanha, seria mesmo real ou metade efeito de um Lexotan dado por meu amigo Gianni Crotti em Lisboa. Cá entre nós, nem preciso saber.

Mando esta da estrada, ando com o pé que é um leque outra vez. Lembro um velho poema de Manuel Bandeira — “café com pão/ café com pão” — recriando a sonoridade dos trens de antigamente. Pois aqui nesta janela, além dela, passa boi, passa boiada, passa cascata, matagal, vilarejo e tudo mais que compõe a paisagem das coisas viventes, embora passe também cemitério e fome. Coisas belas, coisas feias: o bom é que passam, passam, passam. Deixa passar.
Caio Fernando Abreu, in Pequenas epifanias

⁠Que o tempo se incumba
de nos mostrar 
o que é essencial
e o que é transitório.

TRANSITÓRIO (do livro: Licença Poética, Editora 24horas

Na vida tudo é transitório
Como num trivial velório
Calcado nas regras, preceitos, falatórios
Tornaram-se registros, num simples relatório...

Inserida por bmdfbas

Eu admito que já fui arrogante o suficiente para me considerar inesquecível. Mas, com o passar do tempo, aprendemos que tudo é transitório: alguns sentimentos não duram mais do que dez segundos.

Inserida por helenagsr

O transitório é parte do eterno

Inserida por cassis

ALÉM-DE-MIM... (BARTOLOMEU ASSIS SOUZA)

Inabalável!
Deve ser minha fé, um rochedo
Jamais uma fé manca
Traçada pelo destino

Buscar sempre o além-de mim...
Por mais que um "deus" vazio se apresente
Pois a vida segue o transitório
Sem mapas, trilhas, pegadas

Na vida tudo é transitório
Como num trivial velório
Cheio de preceitos e falatórios
Será que o morto ouvirá as lamúrias?

ISBN: 978-85-4160-632-5

Inserida por bmdfbas

(Es)Vai-se apenas o que está, sem ser... Isto não é perda; é transformação.

Inserida por luiselzadesouzapinto

⁠O Tempo...
O tempo vem, o tempo volta, o tempo prende, o tempo solta... Nele tudo é efêmero... transitório na medida de seu tempo e no seu Tempo certo... Soberbo em sua grandeza, porém desconfortante quando de sua falta... O tempo é sábio, pois com ele aprendemos o valor de tudo que não tem preço... e a resposta a tudo que não se perguntou. 

Inserida por patricia_maria_camara

⁠Concentração
Determinação
Foco no aqui e agora para sempre
Tudo passagem
Tudo passageiro
Tudo caminha

Inserida por vivilinares

⁠"O cargo transitório, carrega em si uma carga de responsabilidade extrema."

Inserida por flaviopimentel2020

Tudo no universo é transitório, tudo muda, a impermanência é uma condição essencial para que tudo seja ou exista de diversas formas.⁠

Inserida por PauloRobertoPinchas

A raiva é só um estado transitório da consciência.

Treta (Beef)
1ª temporada, episódio 2.
Inserida por pensador

⁠O efêmero reverbera o transitório

Inserida por EmerMildenberg

TRANSITÓRIO...
(Bartolomeu Assis Souza)

Transitório...
Velório...
Falatórios...
Relatórios...
Assim é a vida...
Trivial, calcado em regras...

E a felicidade?...

Inserida por bmdfbas

MÓVEL

dança
cambaleia
oscila
gangorra

ferryboat
barco
gira
gira

tudo ao móvel
como deve ser

(2x)

sistema vestibular
propriocepção
memória (um carrossel)
Lavoisier / Lei Divina
linha do tempo
tempo-pai
mãe menininha
transitório-hoje

tudo ao móvel
como deve ser

Inserida por FabricioHundou

Vamos a escola aprender tudo sobre o plano físico e nada sobre o extrafísico. No entanto, somos cientes que o físico é transitório e o extrafísico é permanente.

Inserida por DamiaoMaximino

⁠Quando tiver que fazer opção entre o cargo e respeito ao erário público, faça opção por este; aquele é transitório; este é perene.

Inserida por JBP2023

A vida do homem é curta e transitória, porque estes dedicam-se a maior parte de suas vidas a aquilo que também é breve e passageiro.

Inserida por FelipeAzevedo942

"Construí minha casa na areia, desde então deixei de existir. Fui ludibriado pela beleza do mar. Quis tornar o transitório permanente, ter o imponderável todo dia a minha frente. Não cogitei que o mar não aceitasse concorrentes.

Notei que o mar na areia apagou meu passo. E qualquer rabisco ou rastro que faço, num toque das águas desfaço.

O desenho só durou até ser tocado. O castelo se desfez quando foi alcançado. Meu pedido de socorro foi encoberto ao ser encharcado. E nada que não existiu pode ser contado.
No mar é onde hoje jaz o meu legado.
O mar não perdoa ninguém."

Inserida por Epifaniasurbanas

⁠⁠É preciso diferenciar o político daquele que faz políticas.
Aquele sempre será a pessoa do governo; este, do Estado.
Aquele é transitório; este, perene.
Aquele está sempre interessado no AQUI e AGORA; este, no ONDE e QUANDO.

10DEZ2023

Inserida por uspiao

O homem é tão desprezível que até hoje não aprendeu que, sem a direção de Deus em sua vida, ele é rebelde, transitório e, acima de tudo, infeliz.

Inserida por HelgirGirodo