Tag solo
O fim de uma era...?
O fim de uma jornada...?
O fim....?
Não....?
Não é bem por aí.....
O fogo é o início....
Assim como as pastagens...
Após a queimada....
Vem a chuva...
Solo regado....
Novos brotos surgem no campo...
Tempestade de bençãos ainda irão chegar...
A chuva fina cai...
Lágrimas secam....
Aos mesmo tempo...
Mata minha sede....
Num lavar magistral....
A alma rejuvenesce....
Sinto a brisa tocar em meus olhos....
As pancadas...
São bem fortes que dilacera meu peito...
Nessa era....
Palavras de fogo se espraia....
Causando-me sorrisos...
Aqui...
Apenas somos o agora....
Tudo que sentimos ontem...
Hoje se diluiram pelo Ar...
O coração as vezes...
Quer dar um tempo....
Mas ele sabe...
Que na sua função....
Ele precisa apenas bombear....
As veías sentem....
A mente lateja....
Fervilha como água no fogo....
Emoções e inspirações vagam pelo infinito....
Na meta do medir....
Ou retrair....
As forças aumentam....
Que na ralidade...
Ela quer se mostrar na demonstrar fraqueza....
De repente....
Algo me aflora....
Decido fazer um provocação inusitada....
A dor desaparece....
Neste mundo é eu que falo e decido....
O que ha em mim....
É mais que um dilúvio....
Longe das trevas....
O frio aparece....
Cama quentinha...
O amor enobrece....
Sssegado e realizado....
Dias após dias...
Assim a alma adormida fica....
Com a mente cravada na fé...
Afasto o que é doloroso....
Enquanto isso...
A pele se cura....
E o fim desaparece....
Na espera do Amanhã....
E ele ainda não está aqui.....
Então....
Não é o fim...
Autor:José Ricardo
Tinha entre minha entranhas o amor mais puro, enquanto quem colocou ele lá, esfaqueava minha alma em silêncio.
Por que fizeste isso comigo?
Por que colocaste teu amor em mim, ao mesmo tempo que aassassinva a minha alma, que gerava o nosso amor?
A carne vive, a alma morre, os olhos pingam, a boca cala, o útero gera, a mãe nasce, a mulher morre, o homem foge e o amor renasce.
O destino de um homem deve desabrochar como uma flor, apenas com o solo, a água e o sol para florescer sem que ninguém se entrometa nisso.
Última. a curandeira
A engenharia nasceu com o construtor do mundo, ele fez o engenheiro para abrir os olhos pela manhã para tudo que ele ver, de baixo dos seus pés e acima de sua cabeça, foi obra da engenharia, sem o engenheiro o mundo não teria progresso.
Assim como um solo precisa ser fertilizado, com nutrientes que lhe faltam, para produzir árvores saudáveis, que possam combater por si mesmas as doenças e o dano dos insetos nocivos, assim também nós precisamos que Deus nos dê seu espirito santo para nos suprir da ajuda necessária para corrigir nossas falhas, suprir nossas deficiências e nos dar o que nos falta para perseverar com alegria.
ADÁGIO
Um carro verde avança o sinal vermelho
Um viaduto espera o suicida chegar
Trazendo no seu bolso um ás de espadas afiadas
O naipe é de metais e sustenta as notas no ar
É um adágio tenso e desgovernado
Seu riso de partida dilacera a cidade
Como um palhaço louco que há pouco incendiara seu circo
E agora a recompensa vale mais que o vilão
Agora um erro fez prevalecer a razão
Agora a sombra se faz aurora e senhora da luz
E aqui um desconhecido foi assassinado
por outro desconhecido.
LABIRINTO EM LINHA RETA
Estou perdido nesse imenso e insano poema sem fim
Nesse mar furioso, esse grande deserto, essa constelação
Sou um beduíno, um velho marujo, surfista dos céus
Navegando a esmo, buscando faróis, naufragando no cais
São teses, hipóteses, temas, teoremas
Conceitos, preconceitos, catedrais e cinemas
Homem x Vírus, Q.I. x poema, escalas de valores
Labirinto em linha reta
Eu viajo atento nessa rodovia de areia movediça
Sigo a canção do vento, caio junto com a chuva numa vila esquecida
Sou meu próprio risco, sou meu próprio templo , miragem de Deus
Com o coração em prantos, despedaçando meu colar de contas
São teses, hipóteses, temas, teoremas
Conceitos, preconceitos, catedrais e cinemas
Homem x vírus, Q.I. x poema, estou perdendo sangue
Labirinto em linha reta
Drive In
A noite brilha quando ela deixa seu habitat
Nada natural para quem vive em qualquer lugar
Está sozinha esta noite à meia noite num drive-in
Numa trip enluarada um beijo nunca tem fim
E a noite despe e deflora
Eu finjo estar indo embora
Espero em qualquer esquina
A tempestade
São princípios, precipícios, príncipes da sedução
São navalhas e estiletes a cortar um coração
São imagens que se movem, são memórias num museu
E mentiras absurdas num romance que ela leu.
E a noite despe e deflora
Eu finjo estar indo embora
Espero em qualquer esquina
A tempestade
Drive-in.
Kaspar Hauser
Quem é você e quem somos nós
Entre as dálias e os girassóis
Espera a praça com as nossas dores
Os chafarizes, as luzes e as flores
Um viajante nunca espera a noite chegar
Mas descansa o nobre descanso dos nômades
Ciganos
Vim te buscar, com sede e suor
Não chora Kaspar
Esse brilho frio de guilhotina suspensa em segredo no ar
Qual segredo estaria entre nós, cigano
E o que você esperava encontrar, campos verdes ao sol
Verdes mares ao sul,
Mas a paisagem mudou a paisagem, a paisagem mudou..
a paisagem
Aprendemos tecer nossas teias sem fim,
nossas celas escuras e os olhos assim, tão brilhantes
tão frios, vazios e ausentes
E o que eu vou enxergar e o que você vai ver
O que vou enxergar e o que você vai ver, lá fora
Arco-íris distante na tarde cinzenta e a sombra de um muro
Caindo bem devagar, cigano
Vim te buscar, com sede e suor
Não chora Kaspar
I´m lonesome boy
I´m lonesome boy in your city
ASFALTO
Hoje eu acordei com os pensamentos fora de ordem
Cruzei a rua com os braços cruzados e os olhos cansados
Entre vitrines confusas & coloridas
”Borboletas num caleidoscópio”
Um bêbado tropeça num tijolo invisível
Cheio de riso de dança e de dor
Gotas de luz caindo no meu rosto
Diluindo sombras
Inaugurando a manhã
Motores bocejam rosnando como cães
Desafiando a nudez dos semáforos
E eu voo Pégaso
Alado, em círculos,
Meus sapatos de ferro pisando o asfalto em flor.
Desconhecida é a tarde no parque
Estilhaçando poesia no ar
Embriagando o bronze das esculturas
Antecipando o que está por chegar
Hoje eu não quero envelhecer
Já calculei a idade do tempo
Hoje eu me recuso a envelhecer
Hoje eu tenho a idade do tempo
Eu vou regar os rios
Acender velas ao Sol
Soprar a rosa dos ventos que me diz: pétalas
Pra esquecer
Às vezes eu me lembro sinto falta
E até chamo teu nome
Acordo e tudo gira tão distante
Tão distante de tudo
Preciso esquecer que é madrugada
Estou em outra cidade
Às 03:15 e as horas ao meu lado passando alucinadas
São fotos, filmes, livros discos, cartas
Que não dizem mais nada
Vestígios espalhados como minas
Num campo de batalha
Há luz em toda parte
Janelas e cortinas fechadas
Valsas, violinos e casais
Dançando embriagados
Pra esquecer...
Sobre as capitais
Um louco vem, com seus olhos de cristal
Com seu pijama e suas meias de algodão
Trás sua lira e seu sorriso de mulher
E uma tragédia num recorte de jornal e diz:
“O céu já não é mais, dos anjos e dos pardais,
azul incinerado, e um trovoar pesado sobre as capitais”
Na praia no ar mora um velho pescador
Que tem escamas de mil peixes em suas mãos
Diz que conhece os mistérios das águas
Das mais profundas, às mais sagradas, olha o céu e me diz:
“São sereias e cartas navais, incensos, naves, carnavais,
e o sol se põe mais cedo filho e a noite já não é segredo sobre as capitais”
Vem o eclipse, um negro cego e trovador
Me diz que sabe tudo sobre essa noite, a morte e o amor
Diz que sonhou ser Sal Mineo em Hollywood
Que roubou beijos de Natalie Wood, o amigo de James Dean me diz:
“São filmes que não assisti, sorrisos que nunca sorri
Já me perdi de vista, seguindo a longa pista que me trouxe aqui”
Aves nas Antenas
Há um certo desespero
E você tenta disfarçar
E através da persiana
Do 20º andar
Eu sigo seus passos
Eu sigo seus passos
É uma fuga felina
Um desprezo que me fascina
Deslizando pelas calçadas
Sob a mira da retina
Dos meus olhos vermelhos
“O lago é negro, e a pele é branca
Como é estranho o lago negro
Como é frio o lago negro
Como é encantador o lago negro
Porque será que é tão sereno o lago negro
Será a libélula que pousa
A guardiã da serenidade do lago negro
Ou será que aquela rocha
É a rocha onde um dia meditou
Durante um século, um monge
E desfaleceu em êxtase
Te vejo em um campo de flores
Mas porque me esconde a mais perfeita
E imaculada flor?”
O melhor lugar para se esconder algo é abaixo do solo . Pois é de lá onde os melhores mistérios são revelados.
O excesso de burocracia é um solo fértil para a corrupção. Complicar o caminho gera a criação de atalhos e, esses atalhos, raramente são legítimos.
Tudo o que acontecer à terra acontecerá também aos filhos da terra. Se os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos.
Olhei a foto,
E percebi um brilho inefável
nos olhos...
Eu estava em casa,
No solo sagrado de minha alma.
Cercada de Deusas...
Surpreendentemente me senti pertencente,
A mim,
ao todo.
Sim, "soul" parte ativa da rede da vida.
E comandante do meu viver hoje (até porque não existe outro tempo).
É tempo de amar mais!
Sentir, colorir, entregar,confiar, e fluir.
Descansar a alma!
Pri Augustta
LATIFÚNDIO
.
O primeiro dono da Terra
Abriu mão de fazer escritura
Apenas a distribuiu em glebas
Para a subsistência das criaturas
Que plantavam para comer
E comiam para viver
Cuidando dos pedaços de chão
Chão que alimentava os animais
E que com ricos mananciais
Fazia germinar os grãos.
.
Como vassalos do suserano Deus
Tinham que cuidar da terra recebida
Permitindo a todos os irmãos seus
O livre acesso às bênçãos Divinas
Como trabalhar para alimentar o corpo
E exercitar a fé no verdadeiro dono
Das terras cheias de minérios nobres
Deus dava tudo e não exigia nada
Mas das Suas criaturas Ele esperava
Que na terra não houvesse pobres.
.
Os que receberam as terras como dádiva
Nelas fizeram semeaduras de prantos
Pois com a cobiça produziram lágrimas
Que caindo regaram os campos
E como água salgada não nutre o solo
Nas plantações de dor só vingou o ódio
Que até hoje alimenta as guerras
Pela posse da terra pessoas se consomem
Mas a terra não pertence ao homem
É o homem que pertence à terra.
O solo fornece alimento, a água a nossa hidratação, o ar mantém o ser respirando, sem esses elementos não existem vidas em nosso planeta. No entanto, vivemos egoisticamente sem agradecer por isso.
O solo, por muito tempo adormecido, vai despertar, e a pequena grama vai se reerguer em meio às folhas secas, queimadas pelo frio.
O movimento de uma cura começa no mergulho para dentro de si e o resultado se apresenta sutilmente, de dentro para fora. Não há como o broto emergir sem antes desenvolver suas raízes na profundidade do solo que a recobre.
Seu futuro será o resultado das sementes que você planta hoje; portanto, escolha-as com cuidado, assim como o solo onde serão semeadas.