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O VINHO DA JUVENTUDE ESCARLATE



O vinho que eu bebi em sua boca me enlouqueceu.
Era de uvas frescas colhidas em tempos da juventude escarlate.
Em tempos que o trem apitava ao longe anunciando sua chegada.

Eu na estação à procura...
Não era mais o menino de alma singela e pura,
mas o homem esbelto com seu paletó aos ombros,
em busca da menina de tranças.
E eu não mais a criança!
Não mais o vestido floral.

Era um tempo de estio, não mais um jardim estival.
Jardim que juntos plantamos para selar nosso amor
de criança...

Hoje quando o trem apita, ouço da vida um prenúncio:
Não mais o trem que chega, e sim, avisa sua partida.

E bebo o vinho embriagante da sua boca, na lembrança.

Inserida por joanaoviedo

QUERO


Quero ser o sonho que te faz bem...
Que te faz dormir e sonhar.
Eu quero ser sua poetisa a cantar
as melodias mais profundas
das sereias no fundo do mar.
Deixa-me cantar!

Sou também jardineira das flores
E posso uma semente lançar...
As sementes dos amores.
E pintar um jardim tão perfeito
Que não haverá outro jeito
a não ser amar, amar, amar...
Nas profundezas do mar,
ou no mais simples leito.

Inserida por joanaoviedo

POR TUA ALMA É QUE ANELO


As violetas passaram sobre o meu olhar,
deixando sombras arroxeadas.
E os nardos cobriram a visão da tua passagem...
Indas que ouvia a carruagem de um príncipe,
não pude sentir o gosto por te ver passar...
Mas os olhos da minha alma ferida sentiu tua sombra...
- Podes passar-te, oh majestade!
E sobre mim, essa sombra palpitará,
como se meu corpo estivesse tocado!

Será imenso esse amor que me abrigas.
E nunca mais, nunca mais, haverá um estribilho,
em meus versos onde te pousarás teu brilho!
No encanto da alma, e por quem anelo.

Então apenas os nardos e as violetas se passaram
arroxeando meus olhos e cobrindo-me a visão
da tua breve passagem.

E meu corpo palpitará
como se lhe houvesse tocado.

Inserida por joanaoviedo

CACTOS FERIDOS


Arrancaram-se os cactos
onde era o nosso ninho.
E cortaram-se os espinhos!
Perdi meu diamante nas brumas
de uma noite triste!

Desfolharam a flor estranha,
a mais bela do jardim!

Talvez o tempo! O tempo!

E, nossa casa tão sonhada,
ao som de tristes ventos,
em horas caladas se desmoronou...

Não seremos o que sonhamos:
“Pobrezinhos, de mãos dadas
a andar pelos caminhos...”
Bastavam-nos nossos cactos
onde fizemos um ninho!

Talvez o tempo... O tempo!
Roubaram nossa morada
e a arremessaram aos ventos!
Talvez o tempo... O tempo!

Inserida por joanaoviedo

ENVELHECER


Envelheci o quanto pude
e o quanto não queria também.
Mas percebi que a cada cantar das brisas,
uma nota fazia seu caminho musical.
E todos os dias e madrugadas vividas,
Desenhou-se em cicatrizes remontadas
no meu rosto jovial...
Tornando-se apenas sulcos sagrados.
Por isso orgulho-me das rugas,
e de quanto meus olhos se pintaram
de roxas orquídeas a cada por de sol.

Percebi que isso se chama eternidade
e o meu próprio Eu recoberto
desse tempo de sonhar!
E é a vida esse sonhar, sem amarguras...
Apenas com esboço de canto
no canto da boca.

Inserida por joanaoviedo

VEM!


Toca minha alma com os teus lábios ...
e com os dedos perfura-me a epiderme,
e ultrapassa, fantasmagoricamente, a derme!
Se não podes tocá-la nem com os olhos...
Posso sentir os espinheiros, esses abrolhos.
Sou a felina dos outeiros, que dança na selva
e nos picadeiros, onde tudo se faz verdade.
Até a ilusão da eterna felicidade.

Vem! Toma meu corpo junto ao seu...
Olha na janela já se faz breu!
Por entre os montes os pingos regam
a relva que nosso corpo um dia acolheu.
Vem! Que o tempo passa... E se passa,
não há como esticar o braço para, com sofreguidão,
segurar, em desespero, o meu abraço.

Vem alma minha, pois minha alma perde-se a calma,
enquanto aninha-se em outros ninhos...
Lembro-me o doce perfume, em agonia
das longas noites sem seus carinhos.
-Vem, toma meu corpo junto ao seu!

Inserida por joanaoviedo

TAÇAS QUEBRADAS


Na quimera daquelas taças levantadas aos ventos,
firmamos um eterno compromisso de trilhar
em linha reta a mesma estrada, até o infinito!

Amei-te tanto, e viajei às estrelas, até se dar conta
e sorver meu próprio pranto!
Compreendi que ao amor não se propõe um brinde
em taças que se despedaçam ao toque de qualquer vento...
E que ainda os ouço ao chegar da noite, os açoites
dos falsos juramentos.

Nada mais desejo além da brisa no meu rosto,
feito remédio a suplantar tanto desgosto!

Por que te quebrastes, oh, taças, levantadas ao vento?!
Por que morreste, oh, sonhos de meu tormento?

Inserida por joanaoviedo

CANÇÃO DO AMADO


Era madrugada e ela dormia languidamente
sobre o lençol de cetim.
Sonhou que havia alguém batendo à porta querendo entrar, havia barulhos de mãos na maçaneta.
(Oh, quem seria àquela hora?!)
Era o amado que a chamava para um passeio no jardim,
e lhe trouxera cestas de figos, flores e perfumes...
Mas ela estava cansada!
A luminosidade do lençol de cetim a convidava, dizendo:
- Não abra! É muito tarde!
Eis que o amado saiu com frio e o corpo molhado d’orvalho, às ruas cobertas de folhagens e pétalas que a chuva fizera cair...
Ao longe ainda ouviam-se os passos cansados do amado
e um perfume de flor ficara na maçaneta.
Sentiu saudades! Era dele o perfume.
Saiu correndo descalça e com roupas de dormir.
Havia homens maus nas ruas que a açoitara.
Ela dizia: - Estou atrás do meu amado...
Acaso não o vistes? Ainda há pouco quis estar comigo!
Deixem-me ir!
Mas os homens responderam com escárnio:
- Você não tem amado algum!
Se tivesse, o perfume dele estaria em seu corpo,
porém, agora estará em nossas mãos, será prisioneira
até que seu amado venha buscá-la! Pode dormir!
Agora não mais sobre o lençol de cetim,
mas na calçada suja, molhada.
Corpo ferido, sonhando com o amado e com as flores
que lhe deixara.

(Reeleitura do Cap. 03 de Cantares de Salomão em forma de poesia.)

Inserida por joanaoviedo

DUAS FACES DA POESIA


Ontem vi a poesia. E era vestida de chita fina,
enfeitada com colares. Ia por caminhos de flores,
onde se viam os amores encantados,
jovens enamorados, vestidos, alguns de linhos...

E tinha risos no rosto a poesia.
De mãos dadas por entre os pátios,
entre os parques da cidade, até nas pontes se viam!
E era a poesia tão jovem, pele de pêssego rosado,
cheirando a jasmineiro em flor...
Seu nome era amor.

Hoje pelo mesmo caminho, ia novamente a poesia,
tão linda, mas desencantada! Seu rosto triste
e com lágrimas, faltavam-lhe flores nas mãos
e também pelos caminhos.

Usava um vestido surrado, não era mais um brocado,
nem lhe compunham babados! Colares? Quebraram todos.
Até as pérolas morreram ao virem a poesia tão triste!
Faces já enrugadas... O corpo meio curvado!
E ia a poesia de hoje, que era a poesia de ontem.
Não mais na mesma euforia.

Ser jovem! Oh, quem lhe dera!
Naquele viver tão triste, acabara a primavera!

Inserida por joanaoviedo

OS OLHOS DE MINHA MÃE


Eram duas pérolas cravadas em um triste rosto.
Havia algo marcado, a beleza e o desgosto.

De dentro da água salgado, saltou-se a ostra
à maresia, e suas partes separadas, banhou-se
no sêmen d’areia molhada.

E seu ventre carregou-se de encanto ou desencanto,
a cada vez que amanhecia, por tantos e tantos dias,
ouvindo a noite gemer para cobrir seu sofrer.

Aflito o grito da alma, de uma alma sem calma...
E aqueles olhos? Nunca lhes vira tão de perto!
Nem sabia dos desertos que seu mundo oferecia,
mas em seu rosto, desenhadas, duas pérolas, sim, havia!

Inserida por joanaoviedo

SE É QUE ME ENTENDE


Minha cara dei a tapas, desde que nasci...
Não porque sou melhor, Mas é porque sou mulher.
Pensando bem, não foi minha cara que coloquei a tapas,
e sim “meu sexo”.
Queira você, sim ou não, quando eu passar,
vai ter que “abrir alas”. Eu não preciso de horas ou tempo
para (re)construir minha história, as minhas horas
são as que eu passo lutando na “selva desumana”.
Também não preciso escrever um poema, cantar uma música, me fazer de “pequena” para ser acolhida, a própria vida
me acolheu, a própria lida diz quem sou eu.
Não preciso ser só “Cinderela”.
Tenho fogo nos olhos, e na alma um vulcão...
que ora adormece, mas não é sempre não.
Também não preciso contar historinhas
das “Mil e uma noites” para não morrer.
A minha história se consagrou no jardim do Éden,
quando disseram que eu sou Eva e transgredi,
mas também progredi, e não adianta se lamentar.
Não estou aqui para questionar, mas Adão foi
um “maria-vai-com as outras”. Se é que você me entende!
Minha cara a tapas eu dei desde que eu nasci.
Não porque sou melhor e sim, porque sou mulher.
Mas é preciso explicar: Não foi minha cara que coloquei
a tapas, e sim “meu sexo”.
Não porque sou melhor, mas porque sou mulher!
Se é que você me entende...
Mas talvez ninguém nunca entenda!

Inserida por joanaoviedo

POEIRA E PÓ


A vida é só pó
Poeira!
Po... eira!
Sem eira
Pó...
Só!
Só pó!

Inserida por joanaoviedo

A GRANDE PÉROLA



Todo coração guarda um segredo
qual pérola dentro da concha...
Um amor proibido e um amor
fracassado: Concha vazia!

O mar é a vida que vai.
Vai levando conchas vazias...
Ondas vêm trazendo, talvez, à praia,
a grande pérola.

Mas, o que seria viver sem essa eterna busca,
e por entre tantas conchas fazer o sonho
valer a pena?

Inserida por joanaoviedo

Enquanto os sinos ecoam
As borboletas voam
Em busca do mesmo acaso
Do badalar dos sinos,
Só que silenciosamente,
Um arrulho para si mesmas.

Joana de Oviedo

Inserida por joanaoviedo

Aquela criança que espelha nos olhos o sorriso da infância ainda sou eu.

Inserida por joanaoviedo

BUSCANDO COM O CÉREBRO

Não desejo mais passar maquiagem de celular para mostrar um rosto bonito nas rede sociais. A mim não me basta apenas e não mais um rosto bonito para chamar atenção, esse tempo já passou. Prefiro as rugas que enfeitam meu rosto de uma forma real e que aqueles que vierem até mim, não veja apenas a maquiagem que o celular pode fazer. O retrato do celular é um engano e gera um incômodo também, porque realmente você não se parece com uma boneca e seu rosto já mostra a flacidez do tempo. Sim o tempo é flácido, mas já foi duro também. Quando era duro, nos levava por caminhos difíceis e agora que o tempo também se tornou flácido, a vida ficou mais fluida e não tenho mais vergonha de levantar a mão em saudação de miss. Sou o que sou. E assim como escreveu Saint Exupérry – Os olhos são cegos é preciso buscar com o coração... prefiro buscar com o cérebro, porque o coração é apenas um músculo, o cérebro é responsável por muito mais, inclusive acionar esse fazer de bombeamento de sangue pelo coração, portanto, desejo ser buscada por um cérebro saudável. Não me convém querer ser jovem, a mim basta-me meus colares de pedras de água doce para contrastar com as rugas que já se formam em meu rosto.

Inserida por joanaoviedo

⁠Desavergonhado


"Faço minhas as suas palavras."
Disse o plagiador
na cara do plagiado.

Inserida por Marilea1947

⁠As meras "coincidências", em sua grande parte, revelam-se como manifestações do reconhecimento ao seu trabalho

Inserida por WesllenAlbuquerque

⁠PLÁGIO
.
O artista que cria
Música, arte, poesia
Ilumina a escuridão
Mas aquele que copia
Segue a lanterna que alumia
Mas que está em outra mão.
.
Quem copia não inova
Apenas aguarda coisas novas
Vindas dos artistas criativos
Para furtá-las sem escrúpulos
E assim mantém minúsculos
Os seus neurônios inativos.
.
O plágio é recurso do incapaz
Que se esmera sempre mais
Em tomar o que não lhe pertence
Mas para quem é plagiado
Não vale a pena ficar indignado
Porque só se copia quem está à frente.
.
Deixe que os que plagiam
E que assim se saciam
Sigam copiando tudo
Porque chegará o momento
Em que olharão para dentro
E não encontrarão conteúdo.
.

Inserida por EDUARDOPBARRETO

⁠Plágio

Para salvar a minha alma, plagiei a tua alma,
Quis mudar em mim, da maldade á perfeição..
Por ver-me cheio de cicatrizes e crueldades, fiz isso, sem a tua permissão.
Para te amar como tu me amas, como eu era, não tinha condições.
O âmago do meu coração estava cheio de rancores e tamanha devastação.
Não sei como adquiri tudo isso, não mesmo.
Um coração cheio de raiva, cheio de feridas e fragmentos.
Ao observar-te por inteira, pensei...
Vou plagia-la,
Só o teu amor para transformar tanta maldição.
Foi aí que minha alma fotografou sua, e a copiei dentro de minhas ilusões.
A tua voz iluminou a minha, por ser serena e recheada de perdões.
Antes, eu era apenas trevas..
E me perturbava com qualquer versinho ou refrão...
Te senti e, a tua mão tocou a minha, me tirando da escuridão.
Perdoe-me!
Perdoe-me por te plagiar.
Teu olhar é a fonte de águas vivas, parece até ser cachoeira cristalina que escorrem no ribeirão.
Confesso!
Me rendi as tuas palavras, palavras de amor, palavras de mulher que sabe conquistar e mudar, um poeta, sem coração...

Autor: Ricardo Melo
O Poeta que Voa

Inserida por JoseRicardo7

⁠Quanto mais eu leio, mas percebo que não escrevi nada original.
Então não posso dizer que sou autor de uma ideia ou de um pensamento.
Sou autor apenas da forma como aquilo foi escrito,
e, modéstia à parte, mais melódico e mais bonito. ;)

Inserida por AugustoBranco

⁠Acredite! Você inspira pessoas... 
03/06/2023

Pessoas que: 

Não te seguem,
Mas olham tudo que você posta, 
E sabem tudo que você faz. 

Não curtem suas postagens,
Mas te imitam,
E desejam ser como você. 

Não te aplaudem em suas conquistas,
Mas tem sempre uma palavra de crítica,
Carregadas de inveja velada. 

Adoram seus textos,
E embora não admitam, printam,
E adotam como se fossem os autores. 

Mas para quem sabe sua identidade,
Nada disso importa,
Pois conhecermos nossa capacidade.

Inserida por anabeatriz_depaula

Ninguém que escreve é bobo 
a tal ponto que vá acreditar
que certos textos e trabalhos
foram feitos com originalidade
temos agora a Inteligência Artificial
que tantos aproveitam para o bem,
mas muitos a estão usando para fraude
só que máquina não tem sentimento
nem perfeita ainda ela é ou será
por isso atente-se a este fato,
cumpra corretamente seu dever
pois a máquina em breve irá entregar
quem a usa para plágio ao escrever...

Inserida por neusamarilda

⁠Crítica

Existem muitos poemas
Tecidos sob as nuvens
Cujos repetidos temas
Nada mais intuem

São reles afirmações
Sequências de quase nada
Daqueles que sem inspirações
Querem dos outros a estrada

Inserida por neusamarilda

Eu já tive muitos sonhos, hoje não tenho pressa.

Inserida por joanaoviedo