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A omissão é sempre assim
Queima e é agoniante pra mim
Mas não é sempre que um ou outro sente
Pois depende muito de quem sente
E na bagagem da vida ela soma ficando mais pesada
Uma hora ou outra a alça acaba arrebentada
Você vai se sentir numa vala
E cabe a você saber escolher quais as roupas que vai carregar na mala
Quando é maior o medo de enfrentar a realidade dos fatos, a escolha é manter-se na ignorância confortante. Houve apenas um adiamento.
Quais promessas fizemos no último dia do ano passado? Recordar, elaborar e tomar decisões, formam uma tríade que evoca a lei da causalidade: toda ação corresponde à uma reação. E, pasmem, até mesmo a omissão reclama um consequência que pode ou não estar sob nosso controle.
Solidariedade é uma necessidade evolutiva! É ação samaritana que transforma! Paradoxalmente imaterial mas viva! Em omissão não se conforma! Faz o progresso involuntário e desinteressado de quem se estende as mãos, permitindo-se, simultaneamente: alavancar e ser alavancado! É ser partícipe dessa sagrada simbiose: como sujeito ativo e passivo da evolução.
Em alguns casos a omissão pode ser usada como proteção, mas não é um colete a prova de balas que se pode usar todo dia.
“A tolerância, indiscutivelmente, é uma grande virtude que traduz a nossa capacidade de ouvir e respeitar o modo de ver e pensar discordantes do nosso. O exercício da tolerância, entretanto, tem os seus próprios parâmetros que, levados ao limite, torna-se omissão, ato que está muito longe de ser uma dádiva, beira mais a imprudência de deixarmos de agir quando deveríamos tê-lo feito. E a omissão, por si só, uma grave negligência, levada além da sua delimitação, subverte-se em conivência, quando já não podemos mais balizar os nossos próprios princípios para tornarmo-nos simplesmente cúmplices.”
omissão
omitir o dizer
incapaz serás de ouvir
um solido ser
que busca em são consciência
osquestrar sua melodia.
"Eu não abri o meu coração e te falei tudo o que estava aqui dentro para ter a sua aprovação…
A vida na antivida também é perigosa, mas
... você sempre volta ao interior da gaiola.
No seu jeito omisso de ser
No seu jeito omisso de ser
Você não faz nada esperando que nada te aconteça, mas o tempo não espera… O tempo é o escultor…
Tudo volta, meu amigo…
Você vive dias repetidos, todos os dias são iguais…
O espelho é parceiro do tempo
No seu jeito omisso de ser
(o tempo é o escultor)
No seu jeito omisso de ser
(O espelho é parceiro do tempo)
Eu te provoco para você levantar e agir… Discorde… Brigue
Brigue comigo
Brigue com o Mundo ou apenas…
… voe além da porta da gaiola.
No seu jeito omisso de ser
(o tempo é o escultor)
No seu jeito omisso de ser
(O espelho é parceiro do tempo)
O tempo passa
No seu jeito omisso de ser
A vida passa
No seu jeito omisso de ser"
Assim como o poder e a oportunidade, a escolha na Omissão desnuda a verdadeira natureza humana. Ela não distingue raça, nacionalidade, religião, cultura, educação, ideologia, partido político ou qualquer outro status quo, é universal e silenciosa. Em algum ponto de nossas breves existências, todos já fomos cúmplices por Omissão. E quase sempre, essa escolha de nada fazer serve apenas para corroer, em silêncio, o que ainda resta de nossa Humanidade.
Chega um momento em que o silêncio se torna mentira.
O esquecimento coletivo, embalado pela Síndrome do Céu Azul, transforma Desastres anunciados em tragédias recorrentes, enquanto a memória que deveria Prevenir e Preparar é soterrada pela negligência e omissão.
Livros que transformam, livros que se abrem,
Livros que anseiam, livros que se fecham.
Outrora, a vida que se fazia simples e costumeira,
Sem margem à dúvida, moldava-se heróis;
Vilões eram apenas vilões. Mas o arco da história tornou-se trivial,
E novos papéis surgiram da velha história contada,
Passamos a entender que o simples, às vezes, era equivocado,
E que o vilão, na verdade, era vítima de um sistema opressor,
Trancafiado na cela do tempo, uma parte omitida,
Sequer mencionada, pois exibi-la traria ao conto um tom cruel.
O bom, ao tornar-se errado, perde o traço do amável.
Como antes se dizia: livros se fecham para que novos e complexos livros se abram,
Mas continuam a história, rasgando em tiras a omissão dos detalhes belos e dourados.
E para isso, é preciso começar pelo rosto amável que a história massacrou,
Forjando, assim, o vilão intrínseco e indescritível,
Que, desde o início, ninguém resguardou,
Outrossim, apenas condenou.
"A Vida nos confiou o poder criador. Mas o homem perdeu a medida certa daquilo que cria quando passou a se omitir das responsabilidades pelos seus próprios atos."
Toda arte deve pelo menos uma explicação — omitida de forma espontânea pelo artista — para que seja totalmente compreendida.
Se não for pelas nossas mentes, com braços e pernas atuantes e voz alta, continuaremos sobre o assoalho, inertes, como a sujeira que se deposita todos os dias sendo pisada.
Um detalhe faz muita diferença na comunicação entre as pessoas e a omissão desse detalhe é tipo mais comum de mentira"
