Tag nostalgia
-------------Saudade-----------
A saudade que sinto nunca foi de uma pessoa específica.
Mas sim de momentos bons que essa pessoa a minha vida traria.
Momentos bons, sentimentos bons, que ficam apenas na memória que eu iria relembrar algum dia.
É de madrugada, e eu me pego pensando em voltar no tempo.
17 anos chegaram e eu me encontro tão sem tempo?
Todo tempo é tempo, no tempo que tenho eu tento arranjar um pouco mais de tempo, já que gastei todo meu tempo passando tempo jogando meu tempo ao vento, e agora? Ando tão sem tempo.
Mas ainda tento.
Tento voltar lá naquele tempo em que eu era mais feliz.
Onde o mundo tinha mais cor e não se baseava nesse cinza infeliz.
Talvez eu volte lá naquele ano, em 2010, e acabe não fugindo de casa.
O que mudaria na minha jornada?
Não sei, de fato, meu passado, não quero mudar.
Ele me torna o ser que sou hoje, um disco de vinil, e sem as imperfeições e erros, eu não teria uma música pra tocar.
A vida é composta de ritmos, é uma música, às vezes um rock agitado, outras vezes um jazz bem lento.
E a minha música? Talvez eu tenha cantado ela fora do tempo.
"A meu Deus, essa história de tempo de novo?"
Fui apressado em entender que o tempo é meu maior inimigo.
Que ele levaria tudo que tenho desde a minha idade até meus amigos.
Nunca fui fã do tempo, queria ter envelhecido mais cedo.
Ironia se pensar que hoje, com um pouco mais de maturidade, envelhecer? Tenho medo.
Mas voltando ao assunto, eu queria voltar no tempo.
Não para mudar atitudes ou decisões, mas para voltar a sentir a dor daquele momento.
Nostalgia
Pra mim o rio já te cansou;
A maré te levou;
O passado te machucou
O hoje já morreu
O ontem sequer ressuscita
Os seus prantos se secaram
As cachoeiras se afugentaram
Por te verem as nuvens
Desmancharam-se
E a pergunta fica
O que tanto te fustiga?
Rendo-me ao anoitecer, ao desaparecimento de mais um dia, estou a sós com minhas divagações, o olhar perdido, penetrada p'la nostalgia, p'ra falar verdade perco-me um pouco, tudo o que parecia distante está agora tão próximo... pensarão, qual o espanto? Só Deus sabe!
Aquele que quando jovem não aprendeu a gostar da própria companhia, terá que aceitar mais tarde ser refém da nostalgia.
A melancolia que toma a minha alma, Me destrói como um desastre.
A nostalgia de algo não vivido junto com a saudade de momentos antigos, Se juntam, E formam a tristeza de um homem solitário.
Nostalgia 2011
Estava olhando o face, quando passei pelo seu perfil, e me lembrei do quanto te amei na primeira vez que te vi, sinceramente foi a primeira paixão da minha vida, mas eu não sabia(ainda não sei) o conceito da palavra conquista... Te olhava bem distante durante o ano, criava sonhos de nós dois mesmo estando acordado, e não te tendo como minha "amante", ainda guardo parte desses sonhos comigo, relembro de você e de o quanto te queria... e acabei percebendo que ainda te quero, mas surgiu uma fronteira, a distancia... eu aqui numa nova morada, e você ai na cidade da minha vida, minha belíssima Pedro Leopoldo.
Como eu queria direcionar essas palavras a você, mas vou deixar-te em oculto, pois sempre foi meu prazer te amar e ninguém saber... porem quem sabe no quarto dia, do ultimo mês desse ano eu venha lhe dizer algo... um certo texto que lhe mostre que mesmo apos 4 anos ainda estou apaixonado por você!
Quem sabe,ainda há uma esperança para nós...
RECOMEÇO
Uma visão, uma mão sobre o vidro da janela.
Um pensamento alheio, longe, vago, distante
Um destino a ser traçado, uma nova vida a ser definida
Olhos distantes buscam o vazio. Vidas não vividas.
É noite. A cidade acordara. O breu lá fora apavora
Às luzes ultrapassam as cortinas que através do vidro emolduram a sala
O medo ficou do lado de fora. É tempo de repensar, de ir além
O que estava guardado a sete chaves e o que estava oculto vieram à tona.
O Jazz toca na vitrola. A nostalgia se fez presente.
O passado trouxe lembranças de um tempo que desconhecemos
E que precisava ser vivido hoje. Resquícios de uma vaga lembrança. Um filme.
Nossa música, um vinho na taça, um brinde, uma dança.
Uma caneta esquecida no móvel da sala. Um pedaço de papel sobre a mesa
História para contar. Relatos que nem lembrávamos de que um dia fez parte
Da nossa história. Vem. Chegou a hora. Precisamos revirar as páginas
Recomeçar. Reescrever. Reinventar ou talvez deixar acontecer.
A madrugada se despede neste momento e eu preciso partir.
O que precisava terminar, o tempo se encarregou de levar
Um novo período irá começar. Uma nova porta irá se abrir.
Uma nova chave no chaveiro. Um novo tempo e uma nova escolha.
O que tenho sentido? Beleza. Nostalgia. Tristeza. Cansaço. Urgência. A curteza do tempo. Um enorme desejo de passar uns tempos num mosteiro, longe de cartas, telefones, micros, viagens, e-mails, curtindo a solidão e a ausência de obrigações.
"Existem momentos que são únicos, nos marcam de tal modo que jamais serão esquecidos ou apagados...
Um perfume... uma música... conseguem nos transportar no tempo, retornando àquele momento e sentindo aquela mesma sensação... Nostalgia? Eu diria apenas que esse é um presente reservado a quem realmente viveu e vive cada momento, em sua total plenitude."
Sabe minha pequena, a vida precisa seguir mesmo que alguns ciclos não sejam fechados. Não quer dizer que teve pouca importância e muito menos que não se teve sentimento. É necessário seguir, pois muitos desses ciclos são completos somente com acontecimentos posteriores a eles. Talvez os anos a mais que você me amadureceram e fizeram com que eu saiba esperar e, com toda certeza, esta é uma das piores coisas. Esperar sem ter certeza alguma do que vai ou pode acontecer, sem imaginar as reviravoltas, as novas páginas que nossa história escreve dia a dia.
Há anos também vivo presa, de alguma forma, à você. Sentimento não se explica, apenas se deixa sentir mesmo. Não queria ser esse tal motivo da sua aflição, essa pessoa que tão distante, ainda assim consegue mexer contigo. Mas sei que é involuntário, porque você me causa o mesmo, existe reciprocidade em cada pontada no estômago, em cada saudade.
Alma em fuga...
Acordei um pouco vazia, sensação de vazio... e uma nostalgia (mas passa) são coisas da vida, talvez a idade avançando, a incerteza e até certezas do que a vida nos apresenta num mix de alegria e também de frustração, alguns planos feitos outros desfeitos, é interessante como em certo momento de nossa vida nos deparamos com essa sensação, aí o peito estufa e o suspiro solta profundo...profundo...ai lembro minha mãe e volto imergir no útero materno e me coloco na posição fetal e sinto o acolhimento da alma e volto a suspirar novamente... E a vida segue seu curso comigo dentro daquele barquinho de papel que fiz na infância navegando no líquido amniótico de agora....nessa saudade imensa de outrora...
Quando a brisa da nostalgia sopra, agita a cortina rendada do tempo que sutilmente separa o presente do passado e, espalha na atmosfera o inebriante perfume da saudade.
Peguei a nostalgia e fiz dela desapego, peguei as lembranças e fiz delas combustível para entender o presente: realmente, tudo passa e tudo muda, só nós ficamos. Nós e uma camisa velha que não jogamos fora de jeito nenhum.
Tudo é encanto.
É beleza.
É leveza.
Tudo é formosura.
É fantasia.
É nostalgia.
Tudo é amor.
É emoção.
Tudo é pura sedução.
A nossa criança interior, verdadeiro eu, se manisfesta como sentimento nostálgico que, sentimos e não sabemos o que é.
Bateu saudade... Saudade de alguns amigos que eram presentes e agora nem tanto. Aposto que você pensou em “alguéns” quando leu isso...Talvez até tenha pensado em mim. O tempo passa e a rotina às vezes nos deixa sem tempo... Bateu saudade, mas foi uma saudade gostosa, do tempo juntos, das risadas, das longas conversas, das burrices compartilhadas, das cartas adivinhadas, dos pedidos de socorro para não “pegar fogo”... Bateu saudade de brincar de pique-esconde, de fazer poção, de cortar o cabelo da boneca e deixa-la careca, mas junto com a saudade veio a alegria... Alegria de ter momentos como esse para recordar. O tempo não volta, mas haverá sempre um momento, mesmo que breve para um “Como vão as coisas?”, “Lembrei disso...”... Ainda que não conversemos como antes, que não troquemos confidencia como antes, ainda que não seja exatamente como antes, amigos continuam sendo amigos... Atarefados, na correria, enfrentando seus leões, mas amigos. Eles ainda estarão lá quando a barra apertar e precisarmos de colo e nós também estaremos aqui. Ainda que não seja exatamente como antes, no fundo é exatamente como antes.
Hoje vejo a chuva em nostalgia
leve, devagar, lavando a terra
e trazendo nas gotas a poesia
que sempre ela nos oferece
Hoje, mas somente hoje,
parece que algo nela não é
e que sua melodia ate carece
daquela força e de fé...
O que acontece, não sei,
algo com ela se deu
parodiando o poeta, pensei,
ela mudou ou mudei eu?
Há momentos em que sinto tanta felicidade que não cabe em mim.
Em outros instantes, uma tristeza de meio mundo.
Emoções que não pertencem a mim.
Escrever!!
— É ter a façanha de tirar das entranhas, palavras genuínas de emoção, que encantam o coração!
— É rascunhar o que vivência, muitas vezes até com nostalgia, e desse modo apaziguar o pavor da melancolia!
Rosely Meirelles
O meu tempo é o hoje.
O que foi já é passado:
É somente um retrato
Num baú empoeirado.
Só viver de nostalgia
É como paralisia,
É tempo desperdiçado.
A moda pode ser nostálgica, desde que, as informações possam
virar grandes inspirações para novas criações.
Verso teimoso
Eu não preciso escrever.
Quem se importaria com meus escritos?
Penso então, que talvez seria até bom não escrever.
Mas o verso é teimoso.
O verso é insistente.
Invade feito tisunami as páginas em branco
Trazendo consigo avassaladoras palavras salgadas.
Penso então, que talvez até seria bom não escrever.
Quem sabe não haveria aflição e devaneios ?
Eu não seria incauta ao fantasiar
Meus versos viajando no tempo e no espaço
Cruzando fronteiras
Quem sabe se não escrevesse, a inquietude não existiria ?
Eu olharia da varanda o entardecer de domingo,
Veria tão-somente o entardecer de domingo...
E não um pedaço de tempo passando
Um pedaço a menos de vida.
De nostalgia e solidão não vestiria o momento bucólico da varanda
Esperando, com nostalgia e solidão, a visita da noite
Viver com pesar a morte de mais um dia
Teimosa, mais que o verso,
Então eu escrevo.
Tita Lyra
