Tag morta
tentei fugir tantas vezes mas
assim que eu dava as costas
meu peito sucumbia ao peso
eu voltava ofegante
talvez por isso te deixasse
arrancar minha pele
qualquer coisa
era melhor que nada
deixar que me tocasse
mesmo que sem gentileza
era melhor do que não ter suas mãos
eu aguentava o abuso
eu não aguentava a ausência
eu sabia que queria vida de uma coisa morta
mas não importava
que estivesse morta
porque pelo menos
era minha
A terapia faz com que o indivíduo deixe de repetir de forma morta e chegue a um novo conflito criativo que convida ao crescimento, à mudança, ao excitamento, à aventura de viver.
Fé uma das virtudes mais importantes do ser humano que faz acreditar em um bem maior em um dia em que tudo pode ser melhor, Onde a luz do oriente ilumine os seus caminhosQuando corrompida significa a morte da alma e apenas a existência de um ser sem identidade sem caminho a procura do nada enganado pelo seu ego transtornado e manipulado.
Bom dia, dia.
Ao abrir a porta,
O vento entrou sem rodeios,
Varrendo o que ainda restava da vida morta.
Aaaaahhh minha alma grita mais eu fico calado , não tenho medo de morrer , tenho medo de viver... Triste é saber que eu não consigo me matar
Eu só queria está morto mais não posso me matar. Pois desgosto para minha mãe não quero dar , sonho com a morte todos os dias todos os minutos do meu dia espero a morte me visitar
Sei bem o que acontece com pessoas ingênuas como você. Vocês vivem lutando e acabam pobres ou mortas. E ninguém nunca saberá da sua luta. Não, melhor ainda, ninguém fica sabendo da sua morte.
a poesia está morta
mas juro que não fui eu
eu até que tentei fazer o melhor que podia para salvá-la
imitei diligentemente augusto dos anjos paulo torres carlos drummond de andrade manuel bandeira murilo mendes vladmir maiakóvski joão cabral de melo neto paul éluard oswald de andrade guillaume appolinaire sosígenes costa bertolt brecht augusto de campos
não adiantou nada
em desespero de causa cheguei a imitar um certo (ou incerto)
josé paulo paes poeta de ribeirãozinho estrada de ferro
araraquarense
porém ribeirãozinho mudou de nome a estrada de ferro
araraquarense foi extinta e josé paulo paes parece nunca ter
existido
nem eu
(Poema "Acima de qualquer suspeita")
A hora morta
Por mais estranho que pareça, a hora morta não é aquela em que passamos nosso tempo sem fazer nada. Isso se chama ociosidade. A hora morta é aquela em que fazemos algo a que fomos obrigados por nosso instinto de agradar ao outro.
Parada... feito morta.
Cansada... das vias tortas.
Triste... com a solidão.
Parada...sem coração.
Parei de querer amar,
parei de querer ajudar,
parei de querer meu ombro dar,
parei de caminhar.
Parada... feito morta.
Morta feito morta...
... e alguém se importa!?
É estranho, mas às vezes só estamos regando uma planta morta. É difícil perceber que certas atitudes não mereciam existir simplesmente porque dar murro em ponta de faca tem sido a nossa melhor opção. 🍂
Quando o tempo é nada
Há instantes sem exatidão.
Há momentos em que o tempo é nada.
Há momentos em que o presente é uma profunda ausência.
Há instantes sem nenhuma essência.
No invisível da luz...
Uma luz morta ilumina o presente.
Tudo é tão completa e fielmente ausente.
Segura minha mão...
Aponta-me uma direção...
Não importa o sentido...
Nem o não sentido.
No complexo das entrelinhas
Sigo... ao seu lado...
Tão sozinha.
Tem muita gente e muita igreja com fama de viva, mas já morreu há muito tempo. Tem muita gente e muita igreja com fama de morta, mas continuam ressuscitando vidas. Apocalipse 3.1; 2º Reis 13.21.
A democracia tem um relacionamento homo-afetivo com a igualdade. Quando a igualdade não está presente a democracia sente-se morta.
Ele fica sentado na sua cadeira em frente ao piano pensando que a sua namorada está morta, mas ela está sempre bem as 9:45 quando ele vai dormir!
Incógnita
Onde ela mora?
No absurdo
No medo
No escuro
De onde vem sua força?
Do luto
Do túmulo
Do tudo
Quando vai, e quando volta?
Não sei...
Já estou morta!
Enide Santos 26/04/14
LETRA MORTA
Que tristeza a letra morta.
Como é duro vê-las pisoteadas como formiguinhas em um papel branco. Ali, alinhadas apenas para fazer sentido, não sentindo, só sentido, em uma frase igualmente morta. Letras exangues, pálidas, estéreis... letras figurativas nos cemitérios dos documentos. Ali elas não falam, só calam, e caladas, estáticas, cedem, inertes, suas exuberâncias. Cedem o que poderiam ter sido, cedem seus corpos, feitos para viverem das encarnações de mistérios desconhecidos, cedem sua majestade apenas para fazer sentido. A letra fria, tão amada pela burocracia. A letra que não diz nada, que só aponta, com seu cadáver, aonde vai a fria estrada. Letras que não desabrocham nem voam, sem beleza nem desespero, letras sem gosto, sem tempero! Múmias cravadas no deserto, sem nenhuma ideia por perto. Agrupadas em palavras com esmero arranjadas, palavras que não se defendem e que já não podem nada. Letra, palavra, frase, parágrafo, item, inciso, o raio que o parta! No jazigo do documento a letra sinaliza, mas não fala!
Sua sonoridade não canta!
Sua sinuosidade não encanta!
Dissecadas até o talo, parecem dizer: a partir daqui eu me calo...
Ah, mas não há de ser nada, essa morbidez passa...
Que a metafísica do sentido é eterna.
E a letra que no documento jaz morta a dar coesão aos esquemas, há de renascer vitoriosa, flor de Sol, no jardim dos poemas...
Eu estava morta... Morta por aceitar viver numa prisão, à qual achei que nela, eu encontraria a minha glória, mas enganada eu estava, pois um morto, nunca deixará de ser um morto e muito menos, encontrará a sua glória.
Remédios curam. Mas , engana-se aqueles que os usam como curativo para uma alma morta . A essência morre , e só restam terra , cinzas..
