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Por fim.
Tentando que as palavras saiam, mais algo impede, algo trava, algo entope.
Não que falte oque dizer, pois até poucos minutos atrás minha mente gritava... gritava inicios, gritava meios e gritava fins. Os fins, os afins os em fins e os por fins... Gritava por fins de tarde onde o sol continuasse se pondo sobre o morro mais alto e continuássemos sendo sua principal platéia, como os casais que vão ao cinema e esperam sentados até que a última letra termine de subir, para não correr o risco de perder aqueles pequenos trechos que anuncia a continuação da sequência.
Por fins de semana onde a sua maior satisfação não tenha sido conseguir dar conta de lavar todos os cestos de roupas suja.
Por fins de noite onde nossa maior discussão seja onde será nossa próxima baladinha ao invés de ficarmos no carro descontindo se entramos ou se vamos embora.
Por fins de vida, onde velhinhos possamos estar juntos e onde eu possa te dizer: É minha velhinha, por diversas vezes quase nos perdemos, mais por fim vencemos...
Choro do morro
"Em seu mais íntimo âmago
O pesar se faz notar:
Curva-se o morro; chora a flora
E sem demora fez derramar!
Ebulindo em lamento intenso
Trouxe um veio em sua face
Fez morada n´outras vidas
Solidárias, sem guarida
Num estrondo rouco e denso
No silêncio sucedâneo
como em líquido amniótico
Surgem fênix, filhos de antônio
pós evento tão caótico!"
A vista do céu é refugio
O sol que nasce entre árvores e predios, ilumina o morro
O sol é a inspiração do céu e da minha janela eu contemplo
O sorriso dela é a inspiração do meu céu e eu perdi a hora
No silêncio dos cômodos degusto minha solidão
Nos berros do peito, aprecio o silêncio
E ai, por onde anda nós?
Deixo os gritos na mente até perderem a voz
Mas menina, por onde anda nós?
Eu responderia, mas acho que perdi a voz.
Me perdi entre letras do meu caderno de rascunho
Caneta é tipo arma em punho
Na busca pelo meu eu, sigo rasbiscando textos tortos
Na busca pelo nós, sigo recomeçando em outros corpos.
Sem sequelas
Busco a aflição das noites
para alimentar minha insônia
Pois deveras assim vivo açoites
E não morro, não debruçada,
Estagnada a espera do fim.
Olho para mim,
Deixando de fora
Tudo que ressalta aos olhos
Tento atingir apenas meu eu
Aquele que mora adormecido
Na ignorância da minha visão.
Busco o fracassado destemido
Dos inúteis dias, que não foram ressaltados
no calendário desta existência altiva.
Regalo-me na exuberância prazerosa
De me deixar amanhecer
Sem nenhuma sequela.
Enide Santos 04-01-17
Do alto do morro, meus olhos viajam pelo desconhecido horizonte.
E é nesse instante que me permito sonhar."
Vivo,
Nos teus olhos,
E lábios a admirar.
Existo,
Para te ver sorrir,
Ver-te feliz,
Vê-la sempre a gargalhar.
Penso,
Que nada é melhor,
Nada seria melhor,
Nada será melhor,
Que contigo namorar.
Poderia até noivar,
E, com certeza,
Um dia casar.
Definho,
Por ter que me distanciar,
Por não poder te tocar.
Morro,
Aos poucos,
Só de lembrar,
Que durmo e sonho contigo,
Mas que quando acordo,
Ao meu lado você não esta.
Imagem perfeita
De um sorriso lindo, de olhar bem serena.
O sol sombreando sua pele morena.
A crina bem negra reluz no momento
O cenário convém e o morro do vento.
Um ser bem pequeno em estatura.
Grande em beleza peculiar criatura.
Diante a paisagem imensa e sem par.
A reduz a ordinária ninguém vai notar.
Baixinha injuada marrenta o seu jeito.
Grandeza na alma de um Deus perfeito.
Beleza de minas de uma nascente.
Diante cachoeiras és mais reluzente.
Postura perfeita a rosa que grita.
Nem o céu resiste a beleza infinita.
Uma foto ímpar de piso amarelo.
A meu ver pisaria pisos de castelo.
Montanhas gigantes ficam singelas.
Atraz da beleza da bela das belas.
Em retrato se juntam sem fazer desfeita.
Cachoeiras, céus mata e montanhas, a jazer na imagem perfeita.
A tarde estava no fim, levemente os raios do sol apareciam. Subi no morro para ver o mundo. Quem coloriu as árvores de azul? De mansinho elas balançavam e mudavam de cor. Eram as borboletas colorindo o mundão que eu enxergava.
Diz o ditado: "Morro e não vejo tudo".
Eu digo que só vou morrer depois de ter visto tudo, ou pelo menos, quase tudo.
Te observo do alto do morro.
Será que me arrisco em pular?!
Paro. Penso.
Me auto-preservo.
Sou covarde,
Vai que eu morro.
Se aproveito bem o meu tempo, dou mais vida a minha vida. Mas, se deixo a vida passar, eis que morro duas vezes.
Morro do Alecrim
Caxias Maranhão a Princesinha do sertão.
Terra de grandes personagens Matemáticos, Poetas da História enfim então.
O morro do Alecrim é o ponto mais alto da região, lá em cima do morro das Tabocas ficou as tropas do Fidié olhando a região. Um ponto estratégico militar, onde culminou a Balaiada uma Revolta sangrenta no Sertão.
Não podemos esquecer os seus líderes que foram Manuel Francisco dos Anjos Ferreira, Raimundo Gomes Vieira e Cosme Bento das Chagas então. Mas quem deu nome a essa Revolta foi o Manuel Ferreira, pois ele fazia cestos que tinham uma bela função e assim aconteceu essa luta então.
Se a tua segurança for como um morro de barro fácil desmoronamento, então Sai desse relacionamento antes que a idade de machuque.
Eu precisava sentir meu coração bater de novo
de repente ele acelera,perco o ar e quase morro
Acho que estou em apuros
Más não vou gritar socorro
Vejo o perigo na minha frente
E um sorriso em meu rosto.
Eu ouvi dizer ...
Eu ouvi dizer que as flores morrem,
Mas as flores que eu te dei, não
Não que elas sejam imortais, pois não são flores reais
São artificiais, igual o amor que tu me deu.
Eu ouvi dizer que na primavera florece, mas não no meu quintal
Flores de plástico não brotam do pé, igual o amor que tu me deu
E o quintal florido, colorido, bonito nunca foi meu, nem seu
Porque tu sempre foi inverno,
E eu sempre fui um mix de estações
Eu fui raíz, fui chão, não passei
Tu foi enfeite de estante, que não morre mas cansa, iguais as flores que eu te dei.
POESIA
Título: Transformação
Desde cedo na luta
Trabalhado para comer
Mato um leão por dia.
Passo fome mas viverei
Nessa vida de favela,
Tudo se torna complicado
Luto para ser bodinho
Mas só ganho couro de rato.
Me vejo no barril,
Mas sou grato por tudo.
Agradeço ao meu Deus
Por vim a esse mundo.
Um certo dia,
Fui promovido no emprego
Ganhei bolsa de estudo
Tudo ocorreu ligeiro
Hoje estou instável,
Com muita fartura na mesa
Vivendo um barril dobrado
Como se diz lá na favela.
Me olho
me toco
mas não me sinto
me alimento
bebo
mas não me sacio
durmo
acordo
mas não descanso
vivo
e morro
ao mesmo tempo...