Tag miragem
Minha Culpa
Sei lá! Sei lá! Eu sei lá bem
Quem sou? um fogo-fátuo, uma miragem...
Sou um reflexo...um canto de paisagem
Ou apenas cenário! Um vaivém
Como a sorte: hoje aqui, depois além!
Sei lá quem sou?Sei lá! Sou a roupagem
De um doido que partiu numa romagem
E nunca mais voltou! Eu sei lá quem!...
Sou um verme que um dia quis ser astro...
Uma estátua truncada de alabastro...
Uma chaga sangrenta do Senhor...
Sei lá quem sou?! Sei lá! Cumprindo os fados,
Num mundo de maldades e pecados,
Sou mais um mau, sou mais um pecador...
Você
Por quê ainda me iludo,
Se você é apenas uma miragem
Por quê me importo
Se você não e de verdade
Será que algum dia vou parar de imaginar
Que você poderá me amar ?
Sei que tenho que me lembrar
Que você e incrível de mais
Para no meu mundo estar
Você e apenas uma miragem
E para sempre assim vai ficar.
Apenas nos meus sonhos
No meu mundo
Um mundo que criei
Só para imaginar
Você algum dia me amar
Por quê você não pode ser de verdade?
Por quê você não pode romper as barreiras
E vir para a realidade?
Eu te amo minha miragem,
Minha imaginação,
Meu projeto de ficção
Parecia, a cada um, que a vida que ele mesmo levava era a vida autêntica e a vida do amigo não passava de uma miragem.
És vento.
E mal tiveste tempo de brilhar.
Tua cor bronze derreteu-se no calor dos dias
E não adiantou fazeres suspiro de nuvens.
Eles se derreteram e marcaram tuas pegadas pelo caminho.
Vês?
São tuas estas marcas!
Por todos os lados, mas onde estiverdes de fato?
No fundo do mar, onde habitam as canções de ninar?
Não... Não! Teu casco nem o sal tem.
Está insosso!
Houvera estado no mar, haveria maresia, nem isso tens!
Nas montanhas, onde habitam as palavras?
Não... Não! Teu rastro nem eco faz .
Está mudo!
Houvera estado nas montanhas, haveria lama sob teus pés, nem isso tens!
Na lua, onde habiam os sonhos?
Não... Não! Tua silhueta mal se vê.
Está opaca!
Houvera estado na lua, haveria purpurina em tua face, não a tens!
No vácuo, onde o tudo é nada?
Sim... Talvez, ali, estiveste!
És só miragem! Um monte de tudo, feito de nadas. Tens vestígios das areias do Saara.
Repleta e desfeita pelo vento.
És só miragem!
O amor é proposto de mentiras
De quem é falso, pois não valoriza a verdade
Está disposto a criar miragem
Pois a qualidade é induzir ficção.
Kaike Machado
Miragem ou...
Iluminado pelo poder do planeta júpiter cavalguei em cima do cavalo branco pelas dunas do deserto,
ao longe embaixo de sol forte vi Ísis caminhando na minha direção juntamente com Afrodite e os sorrisos delas se espalhavam com os ventos soprados pelo mar mediterrâneo,
até hoje não sei se foi uma miragem ou um sopro da minha imaginação.
Pare!
Sorria, a alegria é um virtude.
E da sua alegria, eu tenho minha plenitude.
O sofrer não vale a pena, e o chorar não acalenta a alma.
Tudo isso é apenas uma miragem, é uma utopia, algo inimaginável.
Num Movimento Estático
Você não sabe como é, né?
Ter a distância como um sapato no pé.
Ver a distância e imaginar o seu perfume, qual é?
Ler suas palavras sem ouvir seu olhar,
Buscar o seu olhar e ele não mudar...
Estático. Sempre o mesmo...
Lindo, sereno, capturado pelo tempo.
Atento, pra tudo o que já sei.
Invento, histórias já criei.
Detento, de uma escolha me tornei.
Sedento, só uma miragem contemplei.
Alento, memórias de um futuro planejei.
Tento, mas na rocha me firmarei.
Vento, me derrubar não deixarei.
Lento, mas por ti esperarei...
UM DESERTO
Entra dentro de mim que te mostro meu deserto.
Tenhas cuidado, seja cauteloso, e não vá longe demais, posso ser apenas miragem.
Apenas um deserto posso lhes dar, mas o mundo...
Há... O mundo...
Ele pode lhes dar oásis repletos de felicidades e conquistas, mas nunca um deserto.
Um deserto sou, para quem ousa prosseguir viagem sobre a areia movediça.
Mas não posso lhes dar outra coisa senão, areia e miragem, pois sou apenas um deserto.
Que a liberdade dos nossos olhos
Não condenam nossa alma
Porque nem tudo que vemos
Pode ser verdade
Mas sim uma mera miragem!
Agora que o disfarçado trem
atravessou a neblina da noite
com seus silenciosos versos
estou pronta para a incompreensão
dos desencontros no tempo e espaço,
para o mistério que paira sobre nós.
Tenho olhos enevoados em excesso
no entanto , sei que sinto e assim
escrevo o que extravasa e não cabe
mais dentro do peito. E isso é o que sei:
A vida toda é uma miragem e é o acaso
quem joga os dados no tabuleiro do tempo.
Vivendo num deserto de amizades!
Uma coisa é certo dizer: “amizade verdadeira e longânima hoje em dia por certo seria o mesmo que água no deserto, de longe parece água, mas quando nos aproximamos era apenas uma miragem do deserto!”
Um corpo adormecido de princesa repousa sobre um leito perfumado...
Um poeta e seus delírios de amor.
Uma miragem de um desejo de um homem louco...
Eu sou o poeta que mendiga seu amor.
Hoje, só hoje, comecei a perceber o quão incrível o deserto é. Estive andando nele... comecei a dar alguns passos, andei milhas de distância; as miragens começaram a aparecer. Estava sedento! sedento de você. Neste deserto, comecei a imaginar como seria se tivesse um jardim. Os pensamentos foram a mil... imaginei você. Você era a flor mais bela. Comecei a cultivá-la. Cheguei e você já estava. Linda. Formosa. Exuberante. Exalante. Um brilho incrível. Indizível. Pensei que fosse uma rosa, uma orquídea, ou outra flor invejável. Andei nesse deserto, fiz morada. Queria ser eterno. Esse deserto me reservava grandes surpresas, assim como o universo vai se revelando aos poucos, vai mostrando as suas nuances, os buracos negros, as suas constelações, as suas dimensões – você se revelou a mim. Viajei no deserto, no tempo, nesta imensidão árida, arenosa. Nele, estava você. Você sempre esteve lá. Agora, te vejo diferente, começo a te regar, cultivar, cativar, ceifar, te pegar. Pego no inimaginável. Na penumbra. Naquilo que um dia ousei pegar, cheirar, sentir, florir. No final da caminhada, percebo que você não era uma rosa, tampouco uma orquídea. Surgiram-me indícios que eu estava cultivando no jardim errado. Eu estava a capinar em um terreno que não era para mim. Reguei, cultivei, cativei, dei amor, podei, flori, ajudei a criar os pendões, as pétalas, as sépalas, o botão... ledo engano. Descobri que a minha tão sonhada rosa, na verdade, era um girassol. Gira, GIRASSOL. Enquanto eu a cultivava, lhe nutria, lhe beijava – mesmo na miragem – ela estava a olhar para outro jardim, para outro beija-flor, estava inclinada para outra direção. Senti-me indiferente. Percebi que ela o acompanhava, ela se inclinava em sua direção, a sua luz invisível o chamara a atenção. Creio que não me restava nada mais a fazer a não ser guardar os meus instrumentos de jardineiro e contemplar a miragem que criei deste deserto árido com status de jardim fértil em um solo arenoso num momento de sequidão. A minha rosa era um girassol, ela estava a olhar para outem, para outro sol, outro beija-flor. Enquanto eu a regava, ela acordava todos os dias pela manhã e procurava esse sol e ia a sua direção, ao seu encontro, se voltava para ele, ficava mais amarela e irradiante ao receber as luzes desse sol que a deixava em um amarelo ouro impecável. Do deserto, fica em mim a lembrança da rosa que um dia reguei, cativei, cultivei; a mesma rosa que virou um girassol em um belo raiar do dia. Recolhi-me ao meu jardim. Antes, florido, agora, em botão. Daqui, contemplo o girassol que um dia foi rosa em meu jardim. Neste momento, este girassol está tremendamente feliz sendo cultivado por outrem, por outro jardineiro, sendo beijado por outro beija-flor. O beija-flor a alimenta do néctar da vida, o almejado, o tão sonhado momento florescedor. Por um momento, quisera eu te ter como minha rosa, porém o sol me fez uma surpresa e te apanhou quando eu menos esperei, nesta miragem sentimental deste deserto árido que neste momento nomeio de você, o girassol que um dia foi a minha rosa, a minha rosa cheia de espinho o qual me deleitava em seu néctar, nas suas pétalas, na usa beleza impecável.
Pensando em Ti
Pensando em ti...
Talvez eu adormeça no mar
Com o reflexo nas águas claras
Do teu mais aconchegante olhar.
Pensando em ti...
Talvez as minhas ideias
Reflitam na tua imagem
E como miragem
Tu chegas enfim pra mim.
Pensando em ti...
Não sobra um segundo
Pra pensar em algo
Ou em outro alguém.
Porque não tem maravilha
Que cobre os contornos
Que o teu corpo me faz tão bem.
Pensando em ti...
E não puder realizar
O que eu penso sobre ti,
Então que durma!
Que chegue ao além.
E eu em ti
Eternamente pensarei.
Sobreviver a esta miragem,
de todas as coisas no lugar.
Enquanto geral se afoga,
nessa sede de nos matar.
..."Carência é a forma inconsciente de se plantar as sementes das decepções nos férteis solos das desiludidas ilusões." ... Ricardo Fischer.
Uma ponte unindo duas partes,
nos levando a eternidade...
uma ponte servindo de passagem
do agora para a eternidade,
de tudo que é de passagem
o mundo é só miragem,
bonito,porém sem verdade
nem se quer há igualdade...
Do Criador fomos feitos
conforme sua imagem,
pelo seu amor nos resgatastes,
do reino de trevas nos tirastes,
com amor nos chamastes...
E com tua verdade nos libertastes,
nos fazendo perceber que
o mundo é só miragem.
mÀs vezes precisamos sair de cena para entender e poder ver as coisas se encaixarem. Para reorganizarmos o que há na gente. O deserto vem para nos ensinar, nos fazer refletir, pôr a casa em ordem. É durante o deserto que passamos por provações e, é nele que analisamos nossos atos. É nele que vemos as miragens da vida, os solstícios do meio-dia e suas consequências. É nele que também estão os mananciais invisíveis aos olhos, a fonte de água viva que faz brotar com mais força ainda aquilo que nos faz bem, aquilo que sentimos verdadeiramente.
Depois do deserto, um grande manancial inunda em nós fazendo com que brote coisas boas, novas ações, um novo jeito de ser, de pensar. Ele é o professor da vida, o inquestionável professor que não te dá brechas para dúvidas, e, sim, as únicas oportunidades para com que você aprenda do seu jeito e no seu tempo. Então, vá e faça!
A esperança de dias melhores é o que nos move.
Miragem
Pelas ruas sem destino
Vago, vago...
Vago e esbarro no vazio
Na busca incessante
Obra de arte esquecida
Na quinta avenida
De uma esquina qualquer
Cruzo a fronteira
Levando a certeza
Que apenas foi o reflexo
Dos meus devaneios
Em seus desertos
Miragem
Pode chover, eu não vou notar.
Cantando minhas dores a beira do mar.
Relembro teus olhos em frente aos meus, relembro o medo... Saudade que nunca morreu.
Finjo ser mais, menos quando estas por perto.
Sinto que sou pluma que o vento pode levar...
Como cinzas ao meu chorar.
Essa é a beleza interior, morta no exterior.
Sou mudo quando tento falar, mas de vez queria perder todos os sentidos.
Perder todo o ar...
Penso que nos braços da morte habita a calma que tanto minha alma anseia.
Queria ser cinza e voar com o vento..
Ser brasa, e queimar até extinguir a vida em mim.