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Quando a injustiça emana justamente da instituição que carrega o peso de garantir a justiça, o coração do advogado se parte. É um paradoxo doloroso: lutar em nome do Direito e, ao mesmo tempo, testemunhar sua negação. Em momentos assim, parece que a balança da justiça se inclina ao avesso, oferecendo amparo àqueles que ferem e desamparando os que juraram proteger.
Para o policial militar, que carrega nos ombros o fardo da ordem pública, a sensação de abandono pelo próprio sistema é uma ferida que o Direito deveria sanar, mas frequentemente ignora. Quando a lei, que deveria ser imparcial e firme, parece pender para o lado de quem desrespeita suas regras, o sentimento de impotência é inevitável.
E o advogado, que deveria ser a ponte entre o indivíduo e a justiça, encontra-se questionando seu propósito. Como acreditar no Direito quando ele falha justamente para aqueles que o defendem com a própria vida? No entanto, é nessas horas que a verdadeira essência do advogado é testada. Ele deve se lembrar de que, por mais que o sistema seja falho, sua luta não é vã.
O Direito não deve servir apenas ao papel. Deve existir, sobretudo, na prática, para todos — sem distinção. Ainda que a estrada seja árdua, é a persistência em buscar a justiça que mantém a esperança viva. Afinal, a injustiça que hoje sangra o policial militar deve ser combatida com a força de quem ainda acredita no ideal de um mundo mais justo.
O Soldado
Soldado em tempo de paz, inútil,
Ganha dinheiro por existir
E nada faz senão sorrir,
Pois da sua missão não sai produto.
Soldado em tempo de paz, sanguessuga,
Enquanto os outros estão a trabalhar
Ele passa o dia a brincar
Com arma na mão, a correr no campo.
Soldado em tempo de paz, invisível,
Não dormiu hoje, porque será?
Não aparece há um mês, onde estará?
Foi para o estrangeiro passear, só pode ser!
Soldado em tempo de paz, ignorante,
Passou o dia sem comer, só porque sim,
Desfaleceu quando corria ao calor, enfim,
Porque recebe tanto se tão pouco dá...
Explode bomba, o país treme,
O que será que aconteceu?
A cidade quebrou, a vida perdeu,
Fujo com medo, mas lá vem o soldado...
Soldado em tempo de guerra, lutou,
Tão bravo que é, no entanto morreu,
Enorme que foi, por ele aqui estou eu,
Tão pouco lhe deram, o pobre coitado.
Soldado em tempo de guerra, valente,
Aguentou sem comer, não viu a cama,
Corre ao sol, alguém o chama,
Salvou mais alguém, é um herói!
Ganhamos a guerra, voltou a paz,
Poucos soldados que eram, deveriam ser mais,
Tudo o que lhes ofereçam não é demais,
Enfrentaram a morte e a minha família viveu.
Soldado em tempo de paz, incómodo,
Atira-se para o chão quando estoura um balão,
Não se dá com ninguém, vive na solidão,
Mudo de lado na rua para não ter que o ver.
Soldado em tempo de paz, esquecido
Já tinha ele saudades de quando era inútil,
Passava o tempo a treinar, para um dia ser útil
E só sabia sorrir, junto aos camaradas agora caídos.
Soldado em tempo de paz, são tantos,
Acabem com eles, não servem para nada,
Passam os dias em pé na parada
E marcham para o treino, a brincar com a arma.
Soldado inútil, sanguessuga, ignorante...
Finge o soldado que nada está a ouvir
Para o seu país continuar a servir
E dar a vida pela sua pátria, como jurou fazer.
Quem não está disposto a aguentar a dor da disciplina por um tempo, terá que aguentar a dor da derrota para sempre.
Quando ocorre uma crise em Washington, não é por acaso que a primeira pergunta que surge aos lábios de todos é: "Onde está o porta-aviões mais próximo?".
" Nascemos em berço familiar, de um pai e uma mãe, portanto todos nascemos cristão e de direita. Com o passar do tempo alguns tem desvio de conduta e outros não. A direita sempre será direita, quem muda são as pessoas.
Tu tens direito de não acreditares em DEUS e nem gostares da PM, mas sempre que a desgraça bate à tua porta, os primeiros que tu clamas por ajuda é Deus e nossos heróis policiais militares, e tanto DEUS quanto os soldados estarão sempre dispostos a te ajudar mesmo assim.
Todos os nossos objetivos são cunhados em nossos sacrifícios e moldados em nossos espíritos. Para o ente militar não há como se galgar um lugar em outro andar, sem antes dilacerar o seu próprio calcanhar, para podermos assim trilhar e Deus nos abençoar na carreira militar. Uma profissão garbosa sem as lutas de outrora jamais poderíamos chegar sem esse chão todo amassar, de tanto aqui marchar. Hoje sinto nas lembranças que o sonho de criança já começou a aflorar. Aquela imagem mais bela são os riscos da aquarela que pintei pra minha vida e agora vou desfrutar. Ontem eu era um belo Cabo hoje me formei Sargento, o meu nome é Nascimento e só fico a imaginar. Amanhã chega o meu tempo vou guardar em pensamento as batalhas que travar.
O crime de insubmissão consiste em deixar de apresentar-se o convocado à incorporação, dentro do prazo que lhe foi marcado, ou, apresentando-se, ausentar-se antes do ato oficial de incorporação. A pena é de impedimento, de três meses a um ano. A pena de impedimento sujeita o condenado a permanecer no recinto da unidade, sem prejuízo da instrução militar.
Em relação ao lugar do crime, o art. 6º do CPM adotou a Teoria da Ubiquidade, para os crimes comissivos, elegendo como lugar do crime tanto aquele em que a conduta criminosa foi praticada, como aquele em que se produziu ou deveria produzir-se, o resultado; entrementes, para os omissivos, adota a Teoria da Atividade, sendo considerado lugar do crime aquele em que deveria ser realizada a ação omitida.
Lampejo de sabedoria jurídica. No Código Penal Castrense existe a figura da excludente de ilicitude do Comandante.
Assim, não há crime quando o comandante de navio, aeronave ou praça de guerra, na iminência de perigo ou grave calamidade, compele os subalternos, por meios violentos, a executar serviços e manobras urgentes, para salvar a unidade ou vidas, ou evitar o desânimo, o terror, a desordem, a rendição, a revolta ou o saque.
Na Justiça Militar, a execução da pena privativa da liberdade, não superior a 2 (dois) anos, pode ser suspensa, por 2 (dois) anos a 6 (seis) anos, desde que preenchidos os pressupostos objetivos e subjetivos do artigo 84 do Código Penal Militar.
A sociedade que separa os eruditos dos guerreiros será pensada por covardes e defendida por idiotas.
Aqueles que têm o dever de corrigir e se omitem, serão corrigidos pelos que não prevaricam no seu dever.
Hoje, o perfil do Caveira faz parte da cultura brasileira e é sinônimo de pessoas extraordinárias, fora do comum, acima da média. Quando alguém afirma: “esse cara é caveira”, referindo-se não ao policial militar cursado, mas a um vendedor, um prestador de serviço, um motorista ou qualquer outra profissão, significa que são excepcionais no que fazem. São pessoas arrojadas, corajosas.