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Marcas do tempo
Marcas do tempo nos reformam a cada ano
Desenham-nos a cada transformação
E num zigue-zague de ponto cruz
Bordam os contornos das nossas ilusões
Marcas do tempo que nos sintonizam
Pincelam linhas em surrados semblantes
Deteriorizam-nos em plenitude e beleza
E semeiam-nos o aprendizado das certezas
Marcas do tempo enfraquece-nos em euforias
Arrastam chinelos, diminuem nossos compassos.
Deita-te erguido e acorda-te aluído ao cansaço
Marcas do tempo contemporizam sem modéstia, faz moradia.
Despejam todos os seus direitos reservados em tempo estipulado
Assombram-nos com suas reais cobranças postuladas
O vento levou o cabelo e o relógio me trouxe algumas marcas, mas o meu eu cresceu. Alguns podem não confirmar a veracidade, isso deve-se, talvez, pela dureza da honestidade em minhas ações e comigo mesmo. O que importa é que um dia será uma mera passagem, estando certo ou errado.
Penso que nem todos momentos ruins deixam apenas o aprendizado. Alguns, junto com o "aprendizado", deixam feridas e marcas irreparáveis
Marcas da vida
Piso firme no solo do tempo
Não vejo percalço para limitar-me
O meu pensamento orienta o meu corpo
A elaborar estratégias para contornar os obstáculos
Sigo como a água corrente
Que perpassa os empecilhos contornando-os
Quando necessário infiltro-me no solo
Transformando-me em lençol freático
E lá guardo a pureza do que sou
Para que eu possa submergir límpido...
Tranquilo e consciente de meus novos atos
E, nessa nova ordem prendo.
À minha alma a liberdade e, por isso, encontro-me...
Extasiado no que sou.
18/06/2016
"Seja qual for seu destino ,as marcas impostas a ele seram tenuas e muitas vezes incompreendidamente confusas"
Os anos que se passaram deveriam ter apagado a sua lembrança. Mas lá está você, e seu sorriso ainda me ganha tão facilmente. Talvez eu deva entender que você deixou marcas em mim, marcas que não saem com o tempo.
-Acontecem coisas que nos deixam marcas...
-Acontecem coisas que nos deixam cicatrizes...
-Acontecem coisas que nos deixam sequelas...
Mas, você sabe qual a diferença entre as três afirmações?
Nem eu!
São marcas carnais,
Que não existem na pele,
São apenas feridas da alma.
Coisas que não afligem, mas atingem,
Causando marcas.
Marcas que não podem ser escondidas,
Mesmo sendo invisíveis,
Já que a maioria são irreversíveis.
Marcas sentimentais são como feridas reais. Quando não deixam marcas, deixam lembranças. Isso quando não deixam as duas.
Perfume, aquilo que não se vê, mas se sente, marcas de um tempo, de uma pessoa, marcas de mim. Sensação que vem, que vai, lembranças que passam com um simples respirar, chama saudosidade, brinca com nossos corações e briga com nossos olhos. Perfume, a essência de mim que mora em você, escondido no olfato, virando fato que lembrou ato.
Represa De Mágoas
No interior de um sorriso feliz represando um triste nos frisos da pele enrugada e esticada se perfaz um ingrato consigo mesmo, iludido pela transparência ofuscada da mentira e da desonestidade em seus sentimentos açoitados.
A base dessa ilusão são os singelos exemplos de força e sobrevivência buscados em momentos, em sons ensurdecedores onde o não tão inocente se arma para ser o próximo.
Em nossos reflexos desviamos o olhar para onde nossos olhos não enxergam, mas veem.
Analisamos erros e oportunidades achando que perdemos de ganhar e ganhamos de perder, de vencer ou concorrer.
Olhamos para frente e não nos vemos lá, ou quem sabe sim, mas como, com quem e de que forma?
O melhor a fazer é curtir o momento, viver o tempo como se fosse o último, assim nos embriagamos sem álcool, onde o tempo nos passa e ultrapassa como em movimentos motores vistos pela sua janela.
Arbustos, árvores, pedras e sinais ficam para trás, deixando não rastros, mas evidências de que por ali passei.
Com um pouco mais do passar do tempo percebo que nunca perdi nada, nem mesmo deixei de aproveitar algo, pois as pessoas apesar de deformações e formações são as mesmas.
O que pensava ser bom se torna simples, o doce se torna inverso, e tempo perdido sinônimos daquilo que nunca fiz nem nunca tive.
Agarrar momentos é como apertar o líquido, o vento, areia e o pó, podemos tentar, mas se vai assim como veio e seu ciclo percorre linhas circulares.
Quero chorar quando sentir dor, berrar quanto meu fôlego suportar e minha garganta raspar.
Quero me afinar em gargalhadas, deitar e suspirar passando minhas mãos sobre meu lençol.
Quero olhar para as paredes e sentir a liberdade e a inocência mental da honestidade em meus momentos seja ele qual for ou onde quer que seja.
Não anseio por choros de lamentações nem sorrateiramente declino meu pensar em cargas passadas, mas endureço as vigas que sustentam minha vida, e essa mesma razão desenharei em cima daquilo que um dia me derrubou.
Não quero momentos, nem distância daquilo que me fez mal, muito menos quero ser aquilo que serei sem as cores que me borraram.
Posso não mudar o que passou, mas posso unir experiências boas e ruins, fortes ou fracas para reescrever minha história, pois o passado é imutável, mas o meu futuro é inquieto.
Autor - Massáo A. Matayoshi
Somos livres para escolher nossas ações, mas seremos prisioneiros de nossas consequências.
Podemos assistir a injustiça bater à nossa porta e perceber, infelizmente, que em algumas ocasiões não há absolutamente nada a fazer. Todos sabemos que ao cometer 1 único erro o julgamento, a decepção e as consequências são muito maiores do que a felicidade, realização e recompensa de 100 acertos.
Em momentos ruins, sem pensar, até podemos deixar passar pela cabeça a estúpida e ridícula ideia de fazer uma grande besteira, um erro com quem amamos ou consigo mesmo. Que essas ações mal pensadas passem – e nunca mais voltem a se repetir. Por que a vida, por mais complicada que seja, se resume em aprendizado e superação!
Nós não nascemos andando, não nascemos falando, nem compreendendo o mundo ao nosso redor. O que devemos fazer é nos dedicarmos para conquistar a cada dia que passa, a própria SABEDORIA, sabendo como levá-la conosco após cada situação, complicada ou não, que é colocada em nosso destino justamente para deixar essas marcas... Nada é por acaso!
O que não podemos, em hipótese alguma, é perder o ânimo, o bem do espírito, a nossa capacidade de amar, de se superar, viver e principalmente APRENDER!
“A árvore disse a Francisco: É mau de amor que você tem.
Francisco disse: O que você sabe do amor além das marcas que os vândalos e os bêbados gravaram no seu corpo?
A árvore respondeu: Sei que é como eu, um pé de manga espada e também é igual a qualquer árvore que conheço. O amor nasce de sementes distraídas que brotam ao acaso e então, se a morte precoce não as alcança, crescem e ganham força. Em baixo, expandem-se fugindo do sol enraizando-se num profundo e escuro mundo subterrâneo. Lá onde está o que não se deve mostrar, nossas fraquezas e medos disformes, nossos defeitos e manias, nossas vergonhas. Lá em baixo está a fonte das horas difíceis e medrosas do amor. Aquelas que ninguém quer ter ou lembrar. Os momentos de deleite do amor são os galhos que buscam a luz do sol, acima de tudo, do perigo e da desventura, para o alto crescem diariamente buscando o calor das boas horas do dia. Lá em cima, onde se revela o melhor de nós, folhas verdes em forma de sorrisos e afagos. A copa da frondosa árvore é a boa ventura do amor”.
Como arte e o vinho se valorizam com o tempo, assim é a vida de quem já viveu sem o medo de sorrir. Sei que adquirimos experiência a cada lágrima derramada, a cada cicatriz cauterizada e a cada palavra que não precisava proferir.
Marcas mentais se tornam o algoz de quem não se permite evoluir.
MARCAS DA FELICIDADE.
A felicidade é como a brisa suave das manhãs de primavera, que exala na alma os perfumes das flores, expressando sorrisos alegres nas faces felizes de amores.