Tag embriaguez
a paixão é um estágio comparado a embriaguez, mas funciona assim: os outros bebem, e você é que se embebeda
Preciso beber. Preciso de algo quente e forte… Cerveja? Não. O organismo precisa equilibrar as coisas internas… Tudo aqui dentro ferve muito...Chega a queimar. Além disso, tenho precisado espairecer um pouco!
Não vem sendo fácil todo esse atropelo que a vida faz… Tudo acelerado demais…
Preciso de algo que me transporte, metaforicamente.
O álcool tem esse poder!
Ele é permissível. Alterador de sentidos.
A rotina atropelada do jeito que é, permite algumas desestabilidade... nem tudo permanece organizado...
As lágrimas desenfreadas fragilizam. Que horror! E para esquecer tudo isso, ou REorganizar... o que nos resta é um gole. Uma dose. Ou, varias dela.
"Há momentos que precisamos de duas coisas: um bom livro ou um bom vinho. O vinho lhe deixará num estado de embriaguez relativamente momentânea e o livro lhe trará uma embriaguez eterna"
“ A embriaguez de viver tomou conta de mim, ao caminhar um pouco de teus passos, respirar o ar que tu respiras, ao beber do mesmo cálice e saber que me proporciona o êxtase, pequemos momentos de alegria, meu grande amor que me inebria”.
Embriaguez
Embriaguez é o estado causado pela ingestão de bebidas alcoólicas ou é a exaltação causada por grande alegria ou admiração. Creio que se me ater ao fato de tomar um pileque e causar até sérios problemas não seria bem o meu foco. Mas já sabemos que nada de beber e dirigir, ok. Mas ao pensar em algo que entontece, que nos leva ao êxtase é muito mais intenso. É como paixão, pura fascinação, emoção, aí sim tem o seu valor. Sentir-se embriagado pela vida é como olhar o céu e ver as mais belas constelações e saber que sou uma das estrelas, perder os olhos no campo extenso florido e multicores e saber que sou uma destas flores que também exalam seu perfume, entre rochas e montanhas desta Terra sou mais um pedregulho, no mar, neste vasto oceano, cheio de vida sou mais um pequeno ser que compõe esta imensidão. Não importa o tamanho que existo e faço presente, só o fato de pertencer a esta sublimidade já é inebriante. Sede e alegria de viver, que não se contenta a qualquer instante, que deseja mais e mais, que nunca se satisfaz, é pura embriaguez. E estamos novamente nos permitindo nos embriagar com mais um amanhecer.
“O homem que joga e fuma, no vício da embriaguez, cachorro que pega bode e mulher que dá uma vez, não há remédio no mundo que cura nenhum dos três”.
Gosto do efeito da bebida na madrugada, que me faz andar zig zag pela calçada. As ruas do Rio ficam mais interessantes e naturalmente desvio dos buracos da calçada...mas às vezes atrapalha...
Um sorriso embriagado passa rápido, mas um sorriso sereno, esse vale muito e pode se tornar inesquecível.
O empoeirar dos anos
Corro eu
A integridade de minha juventude
Caduca,
Num domingo
Às póstumas vésperas do tempo
Brigavam
Por motivações
Embriagados
Corriam contra si
Armados
Da ideologia conectada
Massacrando antigas paixões
Gozavam alto escalão,
Míseros,
Fadados a si mesmos
A déspota da alcoolatria, atrai o trágico ser. Tal indivíduo vitimado da embriaguez social! Seria como dizer; os estressados embebedaram-se no desfalecimento da ética pedida com a sobriedade do consolo vivido.
Saímos silenciosamente,
mas nunca partimos.
O amor de ANTES
é a necessidade do AGORA
e a certeza do DEPOIS.
Fiquemos então
nessa aventura alucinante,
de dimensões infinitas,
de embriaguez da alma,
o AMOR.
IRONIAS DA EMBRIAGUEZ:
Ouço um silêncio que provoca ruido
Que encomoda os meus ouvidos.
A escuridão cambaleia e se claria diante dos meus olhos.
Avanço sentado e o cérebro perde- se no horizonte.
Sinto adrenalina que sufoca e deixa- me abeira da morte.
Procuro no ar estabilidade e equilíbrio.
Vejo objectos dançando e sinto um calor frio,
Percorrendo o meu abençoado e baptizado corpo,
Por um líquido que só me faz ver, em cada objecto, um copo
Baloiçando ao som do vento e atirando espuma ao ar,
Que chama meu paladar a provar.
Puff!! Solto suspirros fortes
Que deixam leves minhas narinas e minha boca,
Perco a gravidade,
Flutuo e só paro onde a liberdade é minha forca.
Vejo tudo, em minha volta, se inclinando,
Caindo e sobre mim se desmoronando.
Minha cabeça gira em quadrado e tira- me a sensatez.
O álcool me doma e ficam só ironias da embriaguez.
Anteontem
me embriaguei de realidade
e - frágil -
acordei para mim
com uma forte ressaca
ontem
senti saudade de mim
daquela ternura do meu olhar e daquela doçura do meu sonhar
daquela minha coragem timida e daquela minha timidez corajosa
daquela minha bondade inata e daquele meu querer acreditar no mundo
daquela minha sensibilidade estupida e daquele meu chorar por tudo
hoje
depois da ressaca terrivel
acordei de novo em mim
naquele mim
que agora
acredita somente em mim.
Embriaguez
Nossas mães e esposas dizem para não bebermos. Infernizam-nos, caramba!
Nada vem de graça. Sei disso. Mas vivemos em um mundo caótico e imprevisível. Amanhã posso acordar morto.
Então, se puder comprar felicidade no presente, que é certo, com a possível dor de um futuro incerto, está não será uma ótima barganha?
Madrugada de Junho
Chamam-me Zé, da terra do rei. Apesar disso, um humilde plebeu.
Cidadão orgulhoso, hébrio eventual e desafortunado, estudante bem sucedido e intelectual fracassado.
Há dias não durmo. Não muito. Não.
Soluções das mais diversas foram-me apresentadas. Como meu caráter, contudo, são falhas.
Como ciência, deixam a desejar. Como técnica, ineficazes. Como crença, continuam no plano imaginativo. Um fracasso.
Ontem testei um remédio. Dormi junto ao despertar do sol.
Hoje foi diferente. Álcool. A alvorada se foi há horas e ainda escrevo estes versos.
A agonia já deixou de ser amante. Casei com ela e a traí. Raiva, minha nova paixão.
Desespero será o meu futuro. Desesperança, após ele.
Quero chorar. Também desejo vomitar. Tristemente, não tenho mais controle sobre o próprio corpo.
Minhas mãos tatilografam amontoados de rabiscos estranhos, os quais a autoria negarei pela manhã.
A falta de memória será a prova.
O sono não vêm. A angustia bate frenética a porta de meu coração. Descobriu a traição e agora cobra seu preço.
Suspiraria de alívio se ela apenas pegasse as malas, preferisse meia-duzia de ofensas, desse meia-volta e só voltasse meia quinzena depois, com um oficial de justiça e uma intimação. A dor de cabeça séria menor.
Decadência.
Ao menos não estou sozinho. A tristeza é companhia fiel. Durmo com ela às vezes, mas durmo.
Mal posso esperar pela próxima visita.
Niilista? Não, não tenho tanta sorte e nem tanta esperança assim.
Ó, Tristeza, quando voltarás? Desejo-te, fiel amiga. Se quiser-tes, caso-me contigo. Aceitarei teus egoísmos, desejos e tuas traições.
Sono, eis o que quero em troca. Apenas isto. Aceitas a proposta?
Fico feliz...
Há quem se droga da droga. Há quem se droga da medicação que é também droga. Há quem se droga da ira e dos maus sentimentos, que envenenam e que são sempre uma droga. Há quem se droga da melancolia que o leva à droga. E há aquele que, de súbito, se droga do irresistível amor platônico, que embriaga e que entorpece mais do que a droga do que poderia – efetivamente – ser a própria droga.
E você brinca com a sua lucidez
Para fugir da embriaguez do mundo
E você encontra equilibrio
É ai que começa a fazer sentido
Essa é sua força
Estar no controle
E se levar
Pelas ruas
E se perder nas suas curvas
Você é seu próprio endereço
Se o álcool nos desse juízo, viver bêbado seria uma virtude, e não essa indecorosa vergonha que afoga o desvairado em sua própria desonra.