Tag drummond
OSTENTAÇÃO É UMA MERDA
Isso de mostrar teu ouro
Esfregar na minha cara teu luxo
O vazio do seu caviar
Ao seu Porsche
É imenso e gritante.
É coisa ridícula.
Pendura no teu pescoço
Um livro de Drummond,
Um livro de Dostoiévski.
Recita pra tua morena
A poesia mais luminosa.
Ela vai amar o que você
Carrega por dentro.
Não essas coisas
Externas e breves.
Todas as faces de uma poesia anacrônica
De qual poesia estamos falando?
Da sua, da minha ou da de Drummond?
A qual classe social pertence os teus versos?
Pois se falas de um sobrado com vistas para o mar,
a poesia é uma.
Se falas de um puxadinho a beira córrego,
a poesia é outra.
Se escutas o estampido seco dos disparos ao longe,
mas não vês a cor do sangue que pinta a calçada de vermelho
e o choro triste da mãe que escorre em silêncio de seus olhos avermelhados
e envolve o corpo morto de seu filho, ainda (adolescente), caído na sarjeta
a poesia pode até te dizer algo, talvez, não te diga tudo.
E o mais provável é que não te diga mesmo tudo!
Mas dirá algo com toda certeza.
Mesmo que pense, (in)conscientemente, não ter mais nada a ser visto.
Se não vês o sangue urdir a tua consciência
e tomar-te de indignação por completo
de certo, talvez até critiques o que lê.
Pois não sabes de que poesia se está falando.
Não sabes de qual estética poética falo
e eu de certo, na mesma medida que ti,
não faço ideia de que versos você se veste
quando investe sua ira contra mim.
De quem é a poesia?
De quem a escreve,
de quem a lê,
de quem?
Dizem que a poesia não tem classe social, gênero, cor, raça, etnia, religião...
Tudo mentira!
A poesia é pretensiosa, escolhe e se faz escolher, manipula.
A poesia se disfarça e se versa em faces diversas,
só para manter o disfarce, da grande farsa que somos todos iguais.
Inclusive quando escrevemos versos.
Eu minto, tu mentes, ele mente...
Drummond, não.
“Amor hoje beija e amanha não beija”?
Receio que Drummond esteja errado
Pobre Carlos, que viveu sossegado
Não viveu o amor que traz o sossego.
O Amor que é Amor faz bem
é aquele que não vive só em crista e depressão
ao contrario, vive turbulências, mas mantem a direção
Amor anda em linha reta.
"E há momentos em que os encontros se fazem em torno de seu sorriso, de seu jeito fácil, doce, pueril e cheio de belezas. Seus lindos cabelos negros, seu vestido de princesa, seus olhinhos amendoados e curiosos. Tudo me faz crer que há muitos novos coloridos para se descobrir, motivos para agradecer e amizades de sorriso que dançam para celebrar. Feliz Aniversário, Alice!" (O país de Alice - Victor Bhering Drummond)
"Hoje ajoelhei e agradeci. Imensamente pelo novo ciclo presenteado por Deus e embalado pelo Universo que chega para minha vida. Mas também pedi; que o sol venha outonal, invadindo com sua luz purificadora cada recôncavo dos meus pensamentos e emoções. Que o azul intenso do céu colora a minha Áurea e de todo que me cercam com a mesma tonalidade da luz celestial. Que o verde das montanhas seja tão intenso, nos comunicando a esperança do renascer e florescer. E que ele seja preservado e respeitado para nos lembrar que a Natureza é o maior presente e dela somos fruto. Que meus dias continuem sendo presenteados com estes seres iluminados que são colocados em meu caminho e a quem dedico tanto amor e poesia. Que eu tenha sabedoria e doçura para preserva-los sempre por perto no coração, mesmo quando a distância existir. Que os anjos cantem alegremente uma canção que possa adormecer as guerras e restaurar o amor. E que o Cristo que nos olha, abra seu braços de Proteção e faça seu infinito Amor pousar nas varandas do meu coração. Amo-te, vida! Agradeço-te Deus!!!" (Auto-desejo de Aniversário - Victor Bhering Drummond)
Meus caminhos
(Victor Bhering Drummond)
É por essa estrada desconhecida que vou
É neste caminho perdido que estou
Tentando me encontrar
É nessa trilha solitária que vou
Encontrando partes de mim
Que deixei soltas por aí.
Reconstruo cada uma delas
E sigo maduro, forte
Sendo eu mesmo,
Mas diferente
Porque a cada passou que dou
Revelo um novo eu de mim... (Estrada de Joinville a Rio Negrinho, Serra Dona Francisca-SC, Brasil)
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Ponte dos desejos
(Victor Bhering Drummond)
Seu rio caudaloso escorre sobre o meu
E juntos formam uma cascata de vida
Instrumentos de uma orquestra afinam-se
Para um grande recital.
É Terra, É Órion;
somos garoa de constelações.
Seu sol lapida minhas pedras
E meu céu devora as cores
De seu arco-íris
É fim de tarde
As cores invadem meu olhar
De um sentimento bom
É por-de-sol lá fora
E chuva de amores e desejos
Aqui dentro e nessa ponte
Onde deixei gravadas
As poesias desse entardecer
Amanhecendo dentro de mim.
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Pássaros ao entardecer
(Victor Bhering Drummond)
Sim, os pássaros voaram ao entardecer.
E sabiam que eu estaria exatamente ali
Com a câmera a postos à espera de seu revoar.
Buscava só uma casinha amarela, quase bucólica
Uma paisagem pra lá de conto de fadas
Um entardecer que revigorasse meus sonhos quando estou acordado.
Mas eles sabiam que eu precisava além de uma paisagem.
Que seria mais poético e encantador se junto com meus sonhos
Esse bando passasse e levasse junto meus desejos,
Para que além do cenário e do arco-íris, eles se tornassem realidade. (📷 @fabiolieblartndesign | Este cenário existe. É uma estradinha linda em Santa Catarina, ao pé da Serra Dona Francisca, chamada Estrada do Quiriri)
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Rastros de sangue
(Victor Bhering Drummond)
Deixei meu rastro carmesim pelas ruas
Sem feridas, sem desespero, sem drama.
Deixei meu rastro vermelho pelos caminhos.
Calma, não se preocupe,
Não estou de cama.
É apenas meu coração transbordando amor e paixão.
Facilitei as pistas para você me encontrar
Caso se perca por aí, na multidão.
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Poesia de Mulher
Ela é como poesia
Cada verso seu
É como um enigma
Não é qualquer um que entenderia
Precisaria de muita sabedoria
Sua complexidade
É como literatura barroca
Às vezes meio louca
Suas curvas exalam perfeição
Parece até obra parnasiana
Me deixa completamente insana
Mulher, você não me engana
Pois há mais de uma semana
Ando vasculhando seu sorriso
Tentando desvendar
Seus segredos e medos
Mas, como Drummond já havia dito,
Havia muitas pedras no caminho
Mesmo assim me aventurei
E no fim desse poema
Por você me apaixonei.
Atrás desse mar há o sol
Por trás do sol há tantos fótons
Por trás dos fótons há energia
E por trás da energia há desejos
Tão magnéticos capazes
De unir todo esse meu universo
Às investidas do seu gracejo
(Victor Bhering Drummond)
Você se foi; despediu-se rápido, fora do tempo. Guardei lenhas, fiz o fogo, mantive a lareira aquecida para te deixar lá fora e fazer da minha morada interna um lugar mais aconchegante. Que venha a primavera, o recomeço. Mas fique tranquilo; guardei combustível, lembranças e livros suficientes para sua próxima visita.
(Victor Bhering Drummond, para o senhor Inverno).
O homem e a ovelha - Victor Bhering Drummond
Parei pra alimentar a ovelha,
Cheias de silêncios, curiosidades e lãs
No frio que nos cercava
Na imensidão que nos admirava
Sabíamos que nada além do cheiro
Do Mato, da água correndo lá longe
Poderiam ser expectadores mais
Verdadeiros para aquele cumplicidade
Estabelecida entre o homem e o pobre animal indefeso.
A única coisa que nos separava era a capacidade dos meus versos de tocar seus pelegos. Entendi-me gente e ela na sua doce inconsciência de não se entender ovelha, permanecia ali tocada apenas pelo prazer de um objeto falante ser um instrumento para suas necessidades. E nesta conexão, percebi que só precisava deles: da simplicidade, daquele momento e da literatura escrita naquelas folhas ao chão.
(Colônia Olsen, maio de 2017)
Desabafo de um amante
Há de acontecer um dia
Em que meu coração não velará mais pelo teu;
Que repotuo-o ufano
Me queres de rojo
Pois me deseja rendido aos teus pés
E neles deseja o meu selo
Haverá um dia, em que ir-me-ei, nem que tardança, arrebatar-me por outra
E se valer a pena, a chamarei de amante, só pra te ver arrufada
Cabine Telefônica
(Victor Bhering Drummond)
Procurei a cabine mais próxima.
Não era para tentar contato
Te ligar, te encontrar.
Era para deixar ali rabiscados meus versos
Soltos ao relento, versando ao léu
Quem sabe nessa mistura rítmica
De pessoas indo e vindo
Entrando e saindo
Eles pudessem tocar mais corações
E assim mais vidas pudessem
Ser tocadas pelo ritmo das canções
Que faz adormecer as guerras
E despertar as paixões
A casa das memórias
(Victor Bhering Drummond)
A velha casa ainda estava lá.
Preservando memórias, mistérios
E provocando medos.
Eram só retratos na parede
Pinturas e rabiscos na alma
Incapazes de fazer mal a nenhuma
Criatura sequer.
Abri a porta, senti o cheiro das coisas guardadas.
Sentei no sofá; voltei nos anos
E encontrei a festa do dia do batizado
Sendo celebrada novamente
Nas sala do meu coração.
(Outono no Sul - Registros de uma Casa Velha, 2017)
Sobre cafés da manhã
(Victor Bhering Drummond)
Meu corpo pediu café da manhã
Minha alma pediu encontros
Minha existência pediu amores
Os amores pediram harmonia
Sentamo-nos todos à mesa
E celebramos essa tertúlia maravilhosa
De pedidos realizados e delícias
Tendo as araucárias como testemunhas curiosas.
(Pousada das Araucárias)
O menino do balanço
(Victor Bhering Drummond)
No seu vai e vem sem limites
Alcançando a altura das nuvens
Tocando no brilho dos sonhos
Voltando com seus pezinhos para a dura realidade
Insiste em balançar; porque no doce
Balanço, se embala no balanço do mar; e deixa que a loucura adulta
Fique lá fora tentando encontrar
Uma maneira de se comportar como ele; porque é apenas uma criança feliz se telestransportando na gangorra para a dimensão do não-presente (porque este é chato) e não-futuro (por ser incerto demais).
(Dia das crianças de um Brasil de adultos corruptos de 2017)
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Roda d'Água
(Victor Bhering Drummond)
Ela girava na direção das águas
Movia-se como um um mundo controlado por aquele universo de prazeres que corriam por suas entranhas
Trazia vida e movimento
Porque vida é energia cinética
Capaz de enfeitiçar e tirar do eixo
Até mesmo o mais pacato dos corações.
Dia no campo
(Victor Bhering Drummond)
Caminhei por aquele céu azul que inspira
Respirei o verde purificador das matas
Batizei meu corpo e minha Alma
Nas águas daquele recanto
Ouvi o barulho do silêncio
Toquei nas nuvens
Senti a brisa leve soprando meu rosto
Naquela manhã fria do começo de inverno
Pedi licença ao cansaço
Agradeci a Deus pelo firmamento
E enquanto meus passos pisavam leves naquele santuário
Deixei aquela moldura virar retrato
Pendurado no meu altar do armário
Onde não deixarei essas reflexões
Ficarem no anonimato.
(Tarde fria e feliz a caminho da colônia Olsen, 2017)
Para quê?
(Victor Bhering Drummond)
Para que servem os entardeceres?
Para que agradeça pelo longo dia que viveu.
Para que servem os finais de tarde?
Para entender que há sempre um recomeço.
Para que servem os pores do sol?
Para agradecer pela poesia da noite.
E para que servem os lagos?
Para contempla-los e mergulhar neles todos seus sonhos para que ressurjam como realidade.
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Amanhã é dia de dádiva. Data de gratidão. Meu aniversário, 24 de março. Porque aniversários são dádivas. Logo, de gratitude.
É momento em que um novo ciclo nos é dado de presente, somando-se a todos os outros. Em que abrimos nossos cadernos em branco e os preenchemos com o poderoso livre-arbítrio.
É quando abrimos as asas e respiramos sentindo o poder do Sol, e da Força Divina nos tocando e dando aquele empurrãozinho camarada para continuarmos voando, mesmo quando chegamos à beira dos abismos. E assim como na mitologia da Fênix, ressurgimos plenos de vida e com pulmões repletos do ar azul mais puro, da mesma cor do céu que a gente constrói para nós mesmos.
É assim que quero receber meu dia, minha dádiva. E que seja assim também para quem ainda vai aniversariar.
É momento de tantas mudanças, tantas novas decisões, tantos novos caminhos a desbravar. Que em todos eles haja flores; muitas delas: coloridas e as que eu mesmo irei pintar: lírios, jasmins, rosas, begônias, orquídeas. Pássaros e libélulas voando sobre todas, porque compõem cenas de onirismo e poesia. E claro, que haja sempre essa poesia, necessária para que doemos o melhor de nós para os outros e que colhamos apenas o melhor do outro para dentro de nós. E se essas flores ao longo do caminho tiverem espinhos, não faz mal. É parte da natureza delas. Não as culpo. À minha, cabe colhê-las, jogar os espinhos fora, cuidar do meu cerne espiritual caso me fira e me refazer feliz, forte, pleno de amor, vida, respeito e liberdade. Porque é assim que o Deus em que acredito me ensina dia após dia. E como espero devolver no dia da Graça e em todos os dias que for escrevendo e guardando-os carinhosamente na Biblioteca de minha vida. (Início de outono solar, chuvoso e com brisas fortes como meus sonhos, em Buenos Aires de 2018)
Estradas
(Victor Bhering Drummond)
A dica é Simples assim: seja dono dos seus caminhos, estradas, veredas, alamedas, avenidas.
Não espere que o outro abra as portas, porteiras ou limpe a estrada pra você passar. Toque você mesmo a companhia, se apresente, pule os obstáculos ou continue mesmo assim, ainda que haja pedras, parafraseando o outro Drummond.
Eventualmente você irá desbravar tudo. Em outros momentos, a estrada estará pronta pra você. Que caminhará muitas vezes sozinho. Em outras, encontrará quem te estenda a mão ou lhe fará uma deliciosa companhia.
Mas mesmo quando sentir que está peregrinando em uma jornada solo, lembre-se: em algum lugar do Universo, tem Alguém Poderoso cuidando para que ao final da trilha haja um rio caudaloso de vida esperando-te pra você se refrescar!
(Av. Corrientes, Buenos Aires - lá no fundo, o Obelisco. Atrás dele, toda a região dos importantes teatros da cidade. Do lado em que estou, belos prédios Art-Noveau e todo o charme do microcentro)
Invada minhas ruas
(Victor Bhering Drummond)
Cruze todas as minha ruas
Tropece em meus cruzamentos
Feche minhas avenidas, artérias
Vielas e becos pra você passar
Interrompa o guarda da esquina
Avance os sinais
Devore minha faixas de pedestre
Piche as paredes das minhas fantasias
Mas simplesmente não deixe o fluxo parar
Ele corre solto de dentro de mim pra você
E volta como uma enxurrada caudalosa
Pra mim, de dias ardentes e tempestuosos
De verão e paixão.
Crítica teatral para peça “Las Heridas del viento”
(Víctor Bhering Drummond -Buenos Aires, 08.04.2018)
Fui convidado (ou presenteado) pelo grande e sensível ator Miguel Jórdan para a estreia de sua peça “Las heridas del viento” no @teatrobuenosaires
Dirigida por Gastón Marioni e protagonizada por Miguel e seu ótimo parceiro de cena, Mariano Fernández, a obra do autor espanhol Juan Carlos Rubio é um grande questionamento sobre as crenças que temos sobre o amor.
E leva este poderoso sentimento à um lugar vazio do espaço. À uma página em branco. Onde fisica e emocionalmente os personagens de Miguel e Mariano se lançam ao completo desconhecido. E nestas páginas em branco, as sensações e projeções do amor podem ser escritas e interpretadas de acordo com o desejo do coração de cada um.
“Las heridas del viento” é uma comédia dramática em que se questiona o que é o amor e como ele ecoa para cada ser. Os caminhos de personagens que nunca se encontraram se cruzam quando o pai de David (Mariano) morre e este, incumbido de repartir os bens, encontra tórridas cartas de amor que seu pai recebia de outro homem (papel de Miguel).
Nessa longa e dolorosa estrada, os personagens apresentam de maneira brilhante e orgânica (a leveza, segurança e poesia de Miguel são emocionantes - tanto é que levou o prêmio Estrella del Mar por sua interpretação na estreia em Mar del Plata. - e a convicção de Mariano em defender o filho cheio de dúvidas e amargores existenciais flui com muita naturalidade) a necessidade de entender quem é o falecido pai-amante, a reavaliação do que é o amor, o perdão e a revisão dos conceitos sobre solidão, paixão, entrega, paciência e como curar com valentia, coragem e claro, sofrimento, as feridas deixadas por ecos de amores silenciados.
(Domingos a las 19 horas | $ 300.- Promoción: 2 localidades x $ 400.-
Rodríguez Peña 411 - CABA / 5218-5238)
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