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"Quando algo novo se apresenta, dispara um gatilho de curiosidade e muita das vezes não se mede as consequências. É necessário refletir nos resultados futuros, quais serão os impactos e se estamos prontos para assumir as responsabilidades."
Diante da certeza do inevitável,
talvez, seja melhor a falta de curiosidade
do ignorante, do que a busca incessante
do curioso que não se conforma
com o conformismo do natural.
Esperto, é aquele que usa seu conhecimento próprio para se adaptar ao ambiente.
Inteligente, é aquele que estuda e repassa o conhecimento da mesma maneira que aprende.
Sábio, é aquele que usa o conhecimento adquirido pelo mundo, tanto de estudo quanto de suas experiências, e assim repassa de maneira simples, porém sempre gerando a curiosidade para que o ensinamento repassado, possa evoluir de maneira diferente.
As pessoas curiosas podem nos fazer perguntas indiscretas, daí ficamos em silêncio, contamos uma história ou uma estória. Porque não somos obrigados a compartilhar a nossa história com qualquer pessoa.
No sorriso de uma criança, mora a alegria,
Um sol que nunca se apaga, ilumina o dia.
São mestres de um amor puro, sem condição,
Oferecem ao mundo sua mais pura canção.
No seu olhar, a curiosidade infinita,
Cada coisa é nova, cada passo, uma conquista.
Vivem o presente, sem pressa, sem dor,
Ensinar-nos a ver o mundo com mais cor.
Ah, se em nós renascesse essa inocência,
Se a vida fosse, novamente, pura essência!
Despertar cada manhã com olhos de criança,
Abraçar o dia com renovada esperança.
São pequenos mestres de uma grande verdade,
Que no coração simples mora a felicidade.
Nos ensinam a rir, a amar sem temer,
A encontrar magia no simples viver.
E nesse dia especial, que a infância celebra,
Que cada adulto se lembre e reverbera,
A alegria inata, a curiosidade e o amor,
E redescubra no próprio peito esse fervor.
Seja cada dia um novo despertar,
Como crianças, aprender a sonhar.
Que possamos, enfim, de coração aberto,
Ver o mundo, de novo, num brilho incerto.
Pois dentro de nós, há uma criança escondida,
Que anseia por viver, por amar, por ser vida.
No dia da criança, que esse ser floresça,
E que a mágica do mundo, em nós, permaneça.
A cultura é essencial para expandir os horizontes da nossa alma, e não se trata de uma questão de elitismo ou presunção. É, antes, uma maneira de crescer, de rasgar as paredes do nosso pequeno mundo e de nos entregarmos ao universo. Fechar os olhos ao que nos rodeia é limitar-nos a uma vida estreita e sem cor. Procurar cultura não nos torna arrogantes; é uma forma de iluminar o espírito e enriquecer a existência.
Viajar, mesmo que seja até ao fim da rua ou até ao fim do mundo, é essencial para que o mundo nos mostre mais do que a nossa redoma. Encontrar novas paisagens, cruzar olhares desconhecidos, tudo isso alarga o horizonte do coração e da mente. Permanecer em casa, a ver televisão ou a navegar no tablet, pode restringir-nos do mundo e empobrecer a nossa experiência. Sair, explorar, deixar que o vento e as palavras nos toquem, isso sim, é viver. É na cultura e na experiência do mundo que encontramos a verdadeira essência de ser, a plenitude de uma existência rica e verdadeira.
O poeta brasileiro Mário Quintana disse que "o verdadeiro analfabeto é aquele que sabe ler, mas não lê." E aqui se passa o mesmo: o verdadeiro cego é o que tem visão e se recusa a ver. Pássaros com as mesmas penas voam juntos, mas é preciso querer voar. Não presumo estar certo, nem ditar aos outros como viver. Esta é apenas a minha maneira de entender a vida e de como procuro melhorar como pessoa. Cada um tem o seu caminho, e o meu é este, guiado pela curiosidade, pela sede de conhecimento e pela vontade de ser mais, de ser melhor.
A cultura da liberdade aumenta a curiosidade, a criatividade e o sentimento de independência da criança.
Cada experiência Vivida, testemunho falado, desperta a curiosidade daqueles que ainda não experimentaram os bens inefáveis que você já experimentou.
Uns ouviram outros ainda ouvirão e nem todos acreditarão, mas com certeza, todos eles buscarão experiências pessoais com o propósito de dizer eu sei, eu vi, eu vivi.
A Poesia cria atalhos para se chegar a um destino desconhecido e que temos a curiosidade de desvendá-lo.
“A curiosidade é o princípio da sabedoria”
Hipótese
Se a curiosidade é constantemente estimulada, então ela pode servir como base para o desenvolvimento da sabedoria.
Fundamentação da ideia
1. Filosoficamente
Desde a Grécia Antiga, a curiosidade foi vista como o ponto de partida do saber. Platão, por exemplo, afirmava que "a filosofia começa com o espanto", ou seja, com a curiosidade diante do mundo. Aristóteles, por sua vez, escreveu que “todos os homens, por natureza, desejam saber”, o que reforça a ideia de que a busca pelo saber começa com o impulso da curiosidade.
2. Psicologicamente
A psicologia cognitiva mostra que a curiosidade ativa o cérebro de forma semelhante à recompensa. Segundo estudos em neurociência (Gruber et al., 2014), quando uma pessoa está curiosa, o cérebro libera dopamina e fica mais preparado para reter informações, o que favorece o aprendizado profundo. A sabedoria, por sua vez, é a capacidade de aplicar esse conhecimento de maneira prudente e ética.
3. Na educação
Na pedagogia moderna, especialmente em métodos como o de Paulo Freire e Maria Montessori, a curiosidade é vista como a porta de entrada para a construção do conhecimento. Um aluno curioso questiona, investiga e aprende com autonomia, o que o torna mais capaz de desenvolver pensamento crítico e decisões sábias.
4. Na vida prática
Pessoas curiosas costumam explorar diversos pontos de vista, pesquisar antes de julgar e aprender com as experiências. Esse comportamento evita conclusões precipitadas e promove uma sabedoria baseada na observação, reflexão e diálogo. A curiosidade leva à pergunta certa, e a pergunta certa é muitas vezes mais valiosa que a resposta.
Ontem à noite, sob o céu estrelado,
Conheci um homem, num encontro encantado.
Pelo Tinder nos falamos e, enfim, nos vimos,
Foi um sonho realizado, um momento divino.
Seus cabelos castanhos com toques dourados,
Pele branca, sorriso suave, tão adorados.
Seu abraço foi caloroso, seu beijo, um desejo,
Olhar nos seus olhos, um sonho que revejo.
Ele é diferente, único e especial,
Nossas almas em sintonia, de forma natural.
Intenso e gentil, engraçado e inteligente,
Quero mais momentos, nosso amor está presente.
A noite passou, mas o desejo ficou,
Sonho com o próximo encontro, onde o amor continuou.
🚌
Se tem uma coisa que eu odeio é estar numa condução pública escutando a conversa alheia e, de repente, ter que descer sem saber o final da história. Passo uns dois dias, ou mais, tentando descobrir o que foi que aconteceu depois. Grrr.
As vezes não é preocupação,
só medo de quebra o coração,
as vezes não é medo de amar,
só medo de se enganar.
Não passe o mouse em qualquer assunto ou imagem, abrindo a sua curiosidade, pois isto pode se tornar um vício ao longo dos anos e, para tirar, o sacrifício é maior ainda.
PARA QUE SERVE A FILOSOFIA?
Um ancião de barbas e cabelos longos chegou a um vilarejo um pouco distante dos grandes centros urbanos, um lugar desses onde o tempo tem outro tempo, um tempo natural de ser.
Naquele lugar havia poucas pessoas, mas, dentre elas, havia uma miniatura do mundo real: pessoas que tinham mais ou menos habilidades para desenvolver aquela realidade. O fato é que se tratava de um lugar com costumes tradicionais, por assim dizer. Isso não quer dizer que não havia sabedoria no coração daquele espaço e daquelas "gentes".
O velho andarilho tinha uma vivência profunda, por tantas realidades que ele já havia presenciado. Então, como um bom pensador, ele achou por bem conversar com aquelas pessoas. Conversar sobre tudo: sobre o tempo, sobre Deus, sobre conhecimento, progresso, sustentabilidade, etc.
Uma de suas perguntas foi saber o que aquela gente pensava. Então ele perguntou: "Para que serve a Filosofia?"
Começou a andar por diferentes lugares com a mesma pergunta: "Para que serve a Filosofia?"
Primeiramente, ele perguntou a um pastor, que, desconfiado, respondeu: "A filosofia não é de Deus, está na Bíblia".
O ancião seguiu sua andança e foi até a única praça da cidade, onde ele poderia encontrar mais pessoas. Fez a mesma pergunta a um ateu que estava discutindo sobre a inexistência de Deus com os homens responsáveis pela limpeza da praça. O ateu respondeu da seguinte forma: "A filosofia serve para fazer as pessoas deixarem de ser ignorantes, idiotas, alienadas, gado".
O senhor perguntou também a um daqueles homens responsáveis pela limpeza, e ele respondeu: "Eu não gosto de filosofia, isso é coisa de gente que não tem o que fazer, que só tem minhoca na cabeça".
Da mesma forma, o velho curioso agradeceu pela resposta e saiu daquela roda de conversa.
Então o velho encontrou uma professora, com o jaleco da escola onde trabalhava, e lhe fez a mesma pergunta. A professora respondeu uma enorme lista de utilidades que a filosofia, segundo ela, teria: "A Filosofia serve para fazer as pessoas pensarem a respeito do mundo, da vida, dos mistérios do universo, da origem da humanidade, das linguagens, das demais Ciências. A filosofia é a mãe de todas as ciências. Sem ela não seríamos capazes de saber nem quem somos nós realmente".
O velho agradeceu educadamente e seguiu sua jornada de questionamentos. Abordou um homem que estava sentado em um banco da praça, cabisbaixo.
"Para que serve a Filosofia, meu caro?"
O homem então respondeu-lhe dizendo: "Eu não sei, não sei o que é isso, mas deve ser para enganar as pessoas." Agradecido pela resposta, o velho saiu da praça e desceu em direção a um rio que contornava a parte Sul da cidade.
Ao chegar embaixo da ponte que ligava aquele vilarejo a outras regiões mais ao Sul, o ancião percebeu que havia um senhor, também com aparências semelhantes, com mais idade talvez. Decidiu se aproximar para desenvolver uma conversa. Aquele outro senhor estava ali pescando e fumando um charuto. Isso era interessante para o que se aproximava. Talvez pudessem fumar cachimbos e trocar um "dedo de conversa". Ao cumprimentá-lo de perto, o senhor andante perguntou o seguinte: "O senhor tem fumo?" "É óbvio que tenho", respondeu o velho pescador. "Então empresta-me, eu avio também."
Enquanto isso, ele desenrolava seus panos de bagagem e pegou um velho cachimbo que pertencera ao seu avô, algo feito à mão. O silêncio pairou sobre os dois.
Fumaça vai, fumaça vem, o andarilho perguntou ao pescador: "O senhor pode me responder para que serve a Filosofia?"
O velho pescador virou as costas em silêncio, sem dizer uma palavra. Então o que se ouvia naquele lugar era apenas o murmúrio das águas do rio e algum barulho de pássaros e carros que passavam sobre a ponte de quando em quando.
Depois de um longo período de silêncio, e de muitas "chumbadas", o ancião que chegou agradeceu o fumo, despedindo-se do pescador para seguir sua caminhada.
Então o velho pescador virou-se na direção de seu visitante, respondendo da seguinte forma: "A Filosofia não serve para nada! Ela recusa-se a servir quem quer que seja".
O senhor recém-chegado permaneceu calado, como quem espera mais. O pescador continuou a dizer: "A Filosofia recusa-se a cair nessa vala de servidão que surgiu nos padrões mentais medievais e que tem tragado tantas gerações que acreditam que servir é o mais importante. É por isso que nós, os velhos, não somos vistos como seres úteis. A maioria dos indivíduos das nossas gerações se tornaram inúteis, de tanto ouvirem que estavam velhos, e envelheceram realmente. O brilho vital deles ficou opaco de tantas palavras e olhares que demonstravam tristeza, talvez, pelo peso da idade, que não deveria ser um peso, mas uma bagagem muito importante de experiências deles".
Aquela conversa era profunda demais para não acender mais um cachimbo. Então o visitante fez menção de que iria fumar novamente, e o pescador logo lhe alcançou fumo e avio.
O silêncio se fez por um curto tempo. Não havia interesse em fazer qualquer pergunta por parte do ancião recém-chegado. Era uma questão de tempo para que novas explicações viessem por parte do pescador.
Fumaça vem, fumaça vai, e o velho do rio continuou: "Esse mundo utilitário, onde tudo cai em uso e desuso, inclusive as pessoas, tudo é coisa útil. É um tempo onde as coisas são mais importantes do que os seres. E os seres se transformam em coisas que servem ou não servem. As pessoas se coisificaram tentando se manterem úteis, serviçais, servas. Até mesmo as demais ciências se tornaram úteis, quando deveriam ser apenas caminhos. Os caminhos não são utilitários. As religiões, os Estados, as instituições, os deuses, os sagrados, as escolas, os homens, as mulheres, os jovens e as crianças, tudo isso se tornou números. Os números são utilitários, assim como as letras e os símbolos, mas a matemática, as demais ciências, as linguagens, nada disso deveria ser utilitário. As artes caíram em uma situação de serviço, se tornaram servas.
O homem curandeiro se tornou servo, o professor, o orador, os políticos, todos servos. E querem arrastar tudo mais consigo também. Por que diabos a filosofia deveria servir também? Ela não serve, porque ela não cabe nesse mundo de coisificação, de utilitários, de descartes. Veja bem, no que as religiões se transformaram? Não passam de alojamentos de imbecis que não sabem se conduzir e buscam alguém que lhes proíba de caírem em situações difíceis. Mas isso não lhes ensina absolutamente nada. Veja o que ocorreu com Deus, que na mentalidade medieval se tornou um espantalho para assombrar os medrosos através da fé. Até ele se tornou coisa, utilitário, servo.
As pessoas fazem os diabos e depois exigem que ele resolva suas desgraças, ou seja, ele é obrigado a fazer milagres, além de ser a capa de poder dos charlatões da fé."
Nisso, o senhor recém-chegado perguntou ao pescador: "O senhor é ateu?"
Ele então disse muito rapidamente: "Eu não tenho a necessidade de ser ateu, nem de ser religioso, nem de ser um pescador, nem seu amigo, nem de saber absolutamente qualquer coisa. Eu estou tentando aprender alguma coisa, e todos os dias aqui na beira deste rio, eu chego à conclusão de que o que eu sei se derrete diante da imensidão do abismo que eu não vejo, mas que provavelmente me vê. Eu preciso responder mais?"
"Não!", disse o ancião que escutava atentamente.
O pescador continuou: "Por que tornar a filosofia uma serva? Tudo que serve para alguma coisa, tornou-se servo, vassalagem. É impossível torná-la uma serva, defini-la como uma servente seria "apartá-la" da sua originalidade, da sua essência."
O velho pescador pediu licença ao seu companheiro de cachimbo, dizendo que costumava frequentar aquele lugar procurando entender todas essas coisas que ele havia abordado, mas que não havia conseguido entender, e que para isso costumava pescar e fumar seu cachimbo como forma de estar ali, sem ser visto pelas demais pessoas como alguém inútil.
Os dois se despediram e marcaram de talvez estarem ali no dia seguinte. O ancião que partiu não é mais o mesmo ancião que chegou naquele vilarejo.
Pedro Alexandre.
O senso de curiosidade tem duas boas atrações: reconhecer a própria ignorância ao perceber a inutilidade dos fatos ou a valorização de experiências de quem segue seus conselhos promissores para a vida.
Preciosa ingenuidade,
esta tua curiosidade
torna a minha vida
mais interessante
por fazer um simples momento
ser tão emocionante.
Ideias na cabeça, uma mente aberta para aprender, curiosidade infinita e por vezes, não raro, a necessidade de ficar quietinha, apenas ouvindo meu próprio coração bater ...