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Falta que me faz
Dentro do carnaval, me peguei ficando com várias bocas, vários corpos, mas nenhum era o seu. Por vários corpos, procurei e achei mulheres lindas e cheirosas, porém nenhuma tinha seu cheiro, seu toque. Sinto saudades das nossas conversas, dos nossos carinhos, da compreensão dentro do olhar, do amor que exalava ao ar.
Coisas do passado, hoje distantes: era o encontro dos blocos de rua das Petequinhas e dos Piu-Piu, das meninas com os meninos. Um momento de alegria geral, lúdico, com todos a caráter e, no final, o bônus do amor espontâneo, com cheiro de cerveja e licor de anis.
Nada simboliza de forma tão evidente a mentalidade coletiva e chula que não conduz a lugar algum quanto o carnaval.
Bom seria se a mesma multidão que toma as ruas no Carnaval se juntasse com a mesma força para lutar por um país melhor, pois a verdadeira festa acontece quando a justiça e a dignidade desfilam lado a lado com o povo.
Não espere pelo carnaval para soltar sua alegria...
Busque-a todos os dias e se previna do adoecimento emocional.
Que Deus nos abençoe e conceda aos foliões a alegria verdadeira. Feliz Carnaval!
Os Vassalos Ganham muito dinheiro enquanto os Pelegos são destraídos com circo e um pouco de pão. Dessa forma o povo vai vivendo anestesiado dos reais problemas e se alimentando de ilusão!
Olinda é rima no meu verso em prosa
Carnaval das cores, brilho e magia. É pura a alegria da liberdade que fantasia os dias de folia. É lindo o festival do povo no passo do frevo, um convite para o mundo inteiro dançar e tirar os pés do chão. O ritmo que leva a multidão a cantar em cada ladeira de Olinda num cortejo repleto de glitter e emoção.
É bloco de rua, é agremiação, é troça que une cada personagem na mesma canção. É o desfile popular da felicidade que invade como um arrastão o íntimo de todo folião. Olinda é tradição. Do alto da Sé a Pitombeira, do Bonfim a Guadalupe, dos Quatro Cantos ao Mercado da Ribeira, é para quem sabe brincar de dia e a noite inteira. Além das prévias, seis dias de alegoria.
Abertura na sexta, sábado de Zé Pereira, domingo de momo, segunda e terça gorda até quarta-feira de cinzas. O patrimônio vivo do misto lírico carnavalesco rural e urbano. É o canto da felicidade a entoar a beleza da vida como se não houvesse amanhã. É para quem tem a manha e o molho, subir e descer, pular e se arrepiar com os shows, apresentações até os blocos de samba.
É a mulher do dia, o menino da tarde, o homem da meia-noite. A troça mais antiga do mascate Cariri, o ato político do dragão vermelho e amarelo do Eu Acho é Pouco (é bom demais), o folguedo do mítico e brincante Boi da Macuca, o samba verde e rosa da Mangueira Entra, o Elefante exaltando sua tradição, o encontro dos bois, maracatus, do coco, dos caboclinhos e dos passinhos.
É o maior evento multicultural, irreverente, político e social. É a raiz de todos os estandartes e baluartes da manifestação cultural popular pernambucana. Oxe, é massa demais essa festança.
Lá vão os mascarados, podem vê-los
de tantas formas, no seu mundo subumano;
levam caraças por debaixo dos cabelos,
mais os embuços que carregam todo o ano.
Vão prá folia, vão alegres, vão perfeitos,
como histriões dos artifícios mais bonitos;
folgam-se normas, repetidos preconceitos,
em prol dos cultos aos assuntos interditos.
São tão felizes, disfarçados e contentes,
pulam e troçam, nesses grupos a granel;
é Carnaval, deixai-os ir que vão contentes
como as estrelas que são feitas de papel.
Tanta alegria, tanta farra neste Entrudo,
tanta folgança, tanta cor, tanto brilhante;
riem-se as almas, as tenções e quase tudo,
das zombarias deste enlevo extravagante.
Em países desenvolvidos desfruta-se o conforto de uma vida e educação de qualidade plena, enquanto nos subdesenvolvidos pulamos carnaval e fazemos dancinhas em comemoração a escassez e fome!
E quando a festa ia se aproximando, como explicar a agitação íntima que me tomava? Como se enfim o mundo se abrisse de botão que era em grande rosa escarlate. (...) Naquele carnaval, pois, pela primeira vez na vida eu teria o que sempre quisera: ia ser outra que não eu mesma.
Sentada às margens da vida isonsa que levava, ela viu o bloco da alegria passando numa manhã ensolarada de Carnaval. Como se tivesse acordado de um pesadelo ela rapidamente vestiu seu melhor sorriso, misturou-se aos foliões e foi ser feliz.
É só acreditar...que um dia, as pessoas vão descobrir que você está sempre se disfarçando para o Carnaval.
E que sua máscara...é o seu sorriso.
Italo maltrata a mãe, humilha o pai e não respeita os mais velhos, mas não pula carnaval pq é pecado!
Dona Antonia sonega impostos, tem gato de luz e água, mas não pula carnaval pq é pecado!
Carlos é casado, trai a esposa com a sobrinha dela de 18 anos e arruma briga com todo mundo, mas não pula carnaval porque é pecado.
Tico rouba dinheiro dos familiares e amigos, mas não pula carnaval pq é pecado!
Maria sai com Adriano que é comprometido e é invejosa, mas não pula carnaval pq é pecado!
Emerson bebe, bate na esposa e gosta de levar vantagem em tudo, mas não pula carnaval pq é pecado!
Jonas cobiça a mulher do próximo e tem tendencia homicida mas não pula carnaval pq é pecado!
Fernanda levanta falso testemunho e sai com um irmão da igreja, mas não pula carnaval pq é pecado!
Se você não gosta de carnaval, NÃO PULE, mas o faça sem hipocrisia, afinal todos têm os seus PECADOS!!!
Brasileiro adora fazer piada da própria desgraça. Para que se preocupar, não é mesmo? Vamos rir, porque no final tudo acaba em pizza, churrasco, carnaval...
Mas quando a desgraça acomete sua vida e de sua família, o brasileiro - que gosta de rir à toa e também se gaba em levar vantagem - vai no mercado e faz estoque (de um ano) de comida, sem querer saber se vai faltar pra outra família brasileira. Vai no posto e quer dar de esperto furando fila, passando a frente de outros brasileiros que chegaram antes. O comerciante brasileiro se aproveita da situação e sobe o preço, porque tem consumidor brasileiro trouxa que paga.
Aqui, nesse país do pão e circo, não há necessidade de desastres ambientais e fenômenos naturais para a destruição da população, porque no Brasil é o próprio brasileiro quem faz isso uns com os outros.
Nunca seremos levados a sério, enquanto estivermos rindo das desgraças do país, brigando por time de futebol, sendo patriotas somente nos jogos da copa e votando por votar.
Somos um povo egoísta, individualista, alienado, ignorante e estúpido!
Esgoto do mundo...
Sentada na janela da sala, com um livro na mão e olhando o horizonte em uma segunda-feira de carnaval, percebi que estava infinitamente feliz por estar ali do que no meio de uma multidão. Um sentimento de paz tomou conta de mim.
Estado de paz e não de mal
Pra que briga se é carnaval?
E não me diga que isso faz mal
Mal está onde um "não" parece "sim"
Na "obrigação" de aderir
A um capricho machista sem fim
VOU MODELAR NA AVENIDA SIM
De tetas de fora, vou sambar
Foi pra isso que vim
E quero respeito, viu?
Não quero (pré)conceito
Quero meus direitos
Direito de mostrar meu corpo
E receber respeito
Tenho direito !
Insta: @li.fer.nanda
Élcio José Martins
ACABOU O CARNAVAL
Acabou o carnaval,
No interior e na Capital.
Alegria geral,
Para o folião e o normal.
Acabou o carnaval,
De fantasias e fio dental.
Vai pra caixa o pedestal,
Fecha a cortina no seu final.
Acabou o carnaval,
Fica a ressaca colossal.
Da bebida, passar mal,
E de uma lembrança sentimental
Acabou o carnaval,
Deixa o cheiro de curral,
Do recado social,
Para o Governo maioral.
Acabou o carnaval,
Segue o rio o seu canal,
Tudo volta ao normal,
Na indústria e no canavial.
Acabou o carnaval,
Tudo tem o seu final.
Pra quem soube aproveitar, tudo ficou legal,
Pra quem não soube, fica uma lição especial.
Acabou o carnaval.
Do sorriso e alto astral.
É cultura nacional,
Tradição e coisa e tal.
Acabou o carnaval,
De Crenças, Deuses e festival.
Acabou o carnaval,
Onde o povo é maioral.
Acabou o carnaval,
O sonrisal e o anticoncepcional.
Nove meses e a espera final,
Antecipado, vem o presente de Natal.
Acabou o carnaval!!!....
Élcio José Martins
Carnaval é só uma forma de atrair gringos atrás de afofar alguma brasileira sem valor ou com a prostituição barata; trazer dinheiro para esse governo corrupto. Enquanto a festa é feita para entreter esse povo bundamolice com sangue de barata; sem virilidade.
“Entenda que o carnaval é fantasia.
E, como é bom a fantasia!
Todas as margens são rompidas no carnaval, ninguém se guarda no carnaval, ele desafia a passos de dança, a solidão e o bom senso.
Tudo isso é muito saudável, desde que não se busque estabilidade nessa sazonalidade.”
MÁSCARA DE CARNAVAL
Máscara de Carnaval...
És da folia aguerrida,
não és fingida...
Pulsa, faz-se gente,
brilha, não mente,
da alvorada ao poente...
Na quimera presente.
Afinal,
é CARNAVAL...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2018 fevereiro
Cerrado goiano
Sabadão. Domingão. Ainda bem que os que não gostam de carnaval e fazem questão de dizer isso a plenos pulmões em redes que, para eles, as tornam antissociais, não vão aproveitar o feriado esticado e estarão trabalhando na segunda, terça e quarta-feira de manhã...é isso! Pelo menos estarão fazendo alguma coisa e não aproveitando feriados emendados. Ah, não? Não vai trabalhar, pois a empresa não vai abrir? Vai ler um livro então, assistir alguns filmes, vai para um retiro, um curso espiritualizante, sei lá? Estará se aproveitando do mesmo carnaval que é contra, pois não? Por que não vai num asilo conversar com idosos ou visitar e animar crianças doentes? Não? Você só é um pseudointelectual de opinião única? Legal, tem aos montes. Aliás, você tem alguma contra se as pessoas querem se divertir com alguma coisa nesse país sofrido? E na realidade, o que você tem a ver com isso? Hipocrisia pouca é mesmo bobagem.
Recife mandou lhe chamar...
Vem para o carnaval de rua,
Onde o povo brinca com fervor
E alegria, com ou sem fantasias.
Seguindo os blocos a cantar
Antigas e lindas valsinhas.
Vem ver o Galo da Madrugada,
Onde começa o carnaval do Recife,
O melhor e maior bloco da terra.
Vem brincar em Pernambuco,
Nas ladeiras de Olinda, patrimônio
Mundial, subir e descer com crianças,
Palhaços, pierrôs e colombinas,
Jogando confetes, atirando serpentinas.
Vem ver a miscigenação mais linda de todo o
Planeta, onde todos de abraçam no calor
Do frevo, dos blocos, da cultura milenar
Do meu PERNAMBUCO.
Luly Diniz.
09/02/18.
