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NOITE CHUVOSA DE INVERNO
Era uma noite de tempestade. O vento forte, que balançava os postes e as árvores da Rua Roberto Konder, entrava parcialmente pela janela do quarto de Camila. A peça se localizava na lateral da casa da família Garcia, um imóvel humilde, de cor verde-floresta, que frequentemente recebia a visita de vizinhos tamanho era o carinho de seus anfitriões.
Camila conseguia sentir o frio do vento invernal. A garota de dezesseis anos, de cabelos castanhos e bem-cuidados, jeans rasgado e camisa xadrez, estava deitada em sua cama encarando o teto. A decisão que tomaria dali a dez minutos poderia mudar a sua vida. Ela achava que nem os seus pais, sentados no sofá da sala e conversando tranquilamente ao som do Fantástico, conseguiriam lhe ajudar.
- Se ao menos o Rodrigo estivesse aqui... Ele saberia o que dizer – suspirou Camila, desolada, lembrando-se do irmão mais velho que saíra para estudar fora no ano anterior.
Camila Garcia entrara em conflito pela seguinte razão: o seu caso amoroso esfriara nos últimos dias. A paixão inicial havia passado. O rapaz, que tanto alegara estar perdidamente apaixonado pela moça, mudara de uma maneira repentina, justificando que necessitava estudar para as provas finais. Camila sabia que estava mentindo.
Entretanto, não era isso que a estava tirando do sério. Era o maravilhoso sorriso de Larissa Santanna, uma garota de sua escola, de lindos cabelos loiros e olhos azuis, líder do grêmio estudantil, que estudava um ano acima do seu; era o carisma em pessoa. Saber que Larissa estaria na festa que estaria começando em dez minutos, no seu bairro, fazia sua cabeça girar e imaginar diversos universos possíveis se fizesse o que o seu coração estava mandando.
Camila, então, se decidiu. Tentaria a sorte nessa noite chuvosa de inverno. Vestiu sua melhor jaqueta, pegou seu guarda-chuva, despediu-se de seus pais e saiu pela porta rumo à felicidade.
Sempre pensamos em chegar a algum lugar e encontrar a felicidade, mas se observar as belezas encontradas pelo caminho verá que já tem sido muito feliz.
Outros mundos dentro de nós – ? Sim. As coisas que há fora de nós possuem um paralelo nas coisas que há dentro de nós – como nós também somos mundos e coisas...
Somos música – ou, de certa forma, os pais da música
que toca e amamos, que toca nossos corações e alma. Ela
– essa música – começa em nós, sim.
Somos geografia de nós mesmos – sim. Podeis apostar, Senhores. Podeis apostar e vereis o quanto há de verdadeiro nisso, Senhores. Apostai e constatai. Sim. [...]
A Grande Camilinha
Acredita-se que Camila surgiu de um apelido dado à camélia, uma florzinha, mas nós a chamamos de Camilinha.
Para alguns ela é só uma vizinha, para outros, é a filha de Susaninha.
Uma menininha que nasceu miudinha, o que para sua vozinha é a neta mais engraçadinha.
De pele macia e branquinha, quando envergonhada fica coradinha.
Gosta de brincar de amarelinha e sabe dar boas risadinhas.
Adora dormir até tardinha, mas não deixa de oferecer uma ajudinha.
Durante o dia uma agitada loirinha, e a noite quer mais é ficar agarradinha.
Sua paciência tem o tamanho de uma formiguinha, todavia, suas virtudes tem gosto de fruta docinha.
Enquanto for criança será sempre danadinha, e por toda vida será sempre amadinha.
Uma futura mulherzinha que sempre será lembrada como uma grande garotinha.
Uma linda mocinha com o coração de uma princesinha, para tanto, brilha feito estrelinha.
Essa, é para todos a grande Camilinha.
SOBRE CAMILA
Camila sempre foi incrédula quanto ao futuro que teria, na verdade ela nunca se imaginou além dos 26 anos, sempre teve em mente que dos 26 não passaria.
A verdade é que nunca ela teve um lar, sempre fugiu, tanto de locais quanto dela mesma. O refúgio era entre as palavras e a música.
Aos 29, beirando os 30 percebeu que sua trajetória era dolorosa, mas que poderia viver tudo novamente, da mesma forma.
Está em um posto que não se sente feliz.
Mergulhando nas palavras para tentar se reencontrar, Camila.
Até aqui, você enfrentou as raladas no joelho, as quedas dos primeiros dentes, a bicicleta sem rodinhas, o primeiro zero na escola, a primeira menstruação, o primeiro namorado, a primeira decepção. Sobreviveu ao primeiro ano no ensino médio, a primeira noite sem a mãe, ao dormir na casa de uma amiga e a primeira discussão com os pais. Conseguiu concluir a faculdade, os cursos, as fases chatas da vida, e as etapas desafiadoras.
Você teve milhares de chances de desistir, novamente, é um direito que te assiste. Você resiste. Enfrenta. Luta. Desbrava. Vence.
Nesse ano, suas lutas foram diferentes, você precisou enfrentar a si mesma.
Venceu quando persistiu. Venceu quando resistiu. Venceu quando se estressou, se permitindo sentir. Venceu quando gritou de raiva. Venceu quando chorou de medo. Venceu quando se indignou com as injustiças. Venceu quando se alegrou com pequenas coisas. Venceu ao sobreviver.
Eu, por outro lado, venci apenas por te conhecer.
Bailarina no tecido acrobático
Suspensa no ar me faz pensar
Seria possível um ser humano voar
A pirâmide se forma na execução
Tecido acrobático em sua perfeição
Bailarina desperta olhares de cobiça
Muitos pretendentes buscando conquista
Observo apenas a sua dedicação
Sei bem que pra ela é pura diversão
Bailarina que dança na pandemia
Expressa sua beleza e transborda alegria
Seus olhos verdes são de matar
Seus olhos de naja vem hipnotizar
Sua pele é branca como a neve
Seu olhar sedutor quem se atreve?
Encarar sua beleza dominadora
Impossível resistir ela é tentadora
Bailarina da internet minha tentação
Revelo nos meus versos minha platônica paixão
Bailarina da manhã
Acordo de manhã e vejo a bailarina
Seu olho verde que tanto fascina
Sorriso discreto querendo esconder
Talvez não demonstrar o que podem ver
Misteriosa com sua movimentação
Demonstra confiança em sua atuação
A bela bailarina admirada pela fera
No oculto escreve pois deseja a donzela
A besta a rodeia apenas com olhar
Esperando um deslize para atacar
A beleza embriagou a fome insaciável
A fera se dobrou em estado deplorável
Bailarina bailarina pq é tão linda?
Bailarina bonita dos olhos de mel
Perturba a paz me torna infiel
Me faz desejá-la a todo tempo
Impregna minha mente todo momento
Bailarina bonita do olho verde
Do seu carinho eu sinto sede
Mesmo nunca ter te conhecido
Sinto como se fôssemos íntimos
Bailarina bonita dos olhos de gato
Sua dança me seduziu sinto me grato
Pois vejo as cores através da sua dança
Bailarina bonita que nunca me cansa
Bailarina do oriente
Bailarina que foi pro oriente
Foi para Índia evolui a sua mente
Aprendendo da fonte para evoluir
Buscando a perfeição para transmitir
Chamou atenção do perigoso predador
Despertou a atenção do antigo cobrador
A linhagem samurai quer disseminar
Sua descendência quer te entregar
Linda bailarina que cobiço sua alma
Possuir seu corpo e usufruir com calma
A fera está faminta e procura se fartar
Bailarina bailarina vc não vai escapar
Rosa Apaixonada
Eu sou feita da terra. Apaixonada!
Fui rosa pura, alegre e florescida
Que adormeceu nos solos da seara.
Meus espinhos de rosa são as feridas
Que cravei nos corações dos amigos
E minha alegria eu enterrei
Nas covas do meu sorriso.
Da rosa ainda me resta
Que assombro: a pureza!
E alguns traços de jovial beleza.
Cada ciclo que me embala recorda
Deste fértil terreno que é efêmero,
Que um dia irá me deixar
Secar em desespero!
E eu que sou rosa pura, apaixonada,
Dos meus encantos nada saberei,
Terei só lembranças de quem amei
E os olhos rasos d’água.
Sonho
Todos os sonhos que sonhei,
No louco abrigo do meu mundo,
Tantos amores que criei,
Imagens sem plano de fundo,
Nada mais vale ante o real,
Sonho mais belo ao horizonte...
Que nada traz do vão ideal,
Porém carrega luz de instantes,
Iluminando-me à sacada,
Como um sorriso que me acolhe,
Onde eu sonhava só e acordada;
Temo, e outra vez mais sempre vale,
Renunciar a era sonhada
Pelo momento que se escolhe.
Poema do livro ilustrado Rosa Apaixonada.
Bailarina que gira como peão
As vezes está suspensa ou no chão
Tecido acrobático faz a diferença
Maestria da técnica sua crença
Foi até ao oriente pra dominar
Aprender com os hindus a movimentar
Sua vida é seu herdeiro pequeno príncipe
Seu maior companheiro é sua equipe
Bailarina mãe que é dedicada
Inspira aos redores, ela é aplicada
Portadora de um olhar fatal
Olhos de mel esverdeado mortal
Da caixinha de música é a bailarina
Se formou no Bolshoi ela é artista
Currículo impecável é sensacional
Arte da dança é sua arma letal
Hipnotiza qualquer um com seus movimentos
Como cocaína vicia os pensamentos
Bailarina bonita que não sabe que existo
Me trouxe inspiração um sentimento misto
Paixão platônica que sinto por vc
Adeus bailarina que eu queria conhecer.
Bailarina bonita quero te conhecer
Conversar e sua história entender
Quero sanar essa minha curiosidade
Esse mistério que rodeia sua imagem
Vc lembra momentos da infância
A sua dança me deixa igual criança
Qdo ti vejo projeto uma princesa
Seus olhos verdes que vem da natureza
A sua pele branca como a neve
Seu movimento perfeito e leve
Seus fios dourados refletem a luz
Sua boca sexy que tanto me seduz
Fico no aguardo de te ver postar
Seu lindo rosto para eu apreciar
Apenas fico te stalkeando
No sonho beijando e transando
Tudo um sonho e apenas ilusão
Paixão platônica é minha decisão
"O coração de Camila:
Vontade de viver e fazer dar certo. Não lhe faltam forças para ser feliz. Ela corre atrás dos seus objetivos, tem muita fé em sua caminhada e se joga pra valer. Camila tem um dom de encantar. Ela é linda de viver! Gosta de agradar os seus e fazer cada momento ser especial. O coração dela carrega fortaleza! "
Abrace! Sempre que puder.
Faça esse encontro de corações, sempre que der.
Feche os olhos, Aprecie o momento.
Se deixe transbordar com o mais puro sentimento.
Camila Ladine
A jornada do empreendedorismo é longa e árdua, nem sempre com êxitos, mas, geralmente, com muitos aprendizados.
Tenha em mente que, por mais que você não tenha chegado aonde deseja chegar, com certeza, você está mais perto do que quando começou.
– Estamos dentro do Baú, Aninha. Como os Jovens de A Caverna do Dragão ao ingressar na Caixa de Zandora. Camila caminha conosco, de mãos dadas. Mas do lado de fora. Em pensamento. O Aqui e o Agora, Aninha, é absolutamente relativo. E O Silêncio-Que-Vem-Mais é a construção das paredes internas do Baú. Uma Viagem no Tempo sem tempo para perder. Vem, Aninha, vamos embora. Que esperar não é saber. Quem sabe sabe agora -- não espera para ver.
– Wellington! Wellington! É deveras um local estranhíssimo esse Baú. Teu amigo Didi deve estar doido para encontrá-lo e compreender o que esses vinte e seis anos ocultaram no Plano das Ideias. Foram expectativas sem fim.
– As quais compartilho até hoje, Aninha. Vem.
Na teoria do "Quem ouve aprende mais"
tomara que quando acatarem essa ideia, quem esteja falando seja sábio.
