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Era uma tarde de abril
E nada tinha de especial
Até abrir sua carta e nela uma única palavra
ADEUS
Nem eu sabia que doía tanto
E doeu
Mas você nunca saberá

Inserida por sol_franca

EPITÁFIO
Dez abril já se passou
Desde o seu último adeus
Teu cinismo sepultou
Todos os sonhos meus
E no aniversário da morte
do falso amor que foi o teu
Velas venho ascender
Relendo seu epitáfio
"Desculpa. Foi erro meu"

Inserida por sol_franca

Ainda tem tempo,
De se firmar,
Tirar dos sonhos e pensamentos,
Concretizar.

Encontrar a si mesmo,
Se buscar,
Mesmo no precipício,
Se soltar.

Dar o primeiro passo,
Não esperar,
Sentir o universo vasto,
Se jogar.

É entender o que te move,
Saber usar,
É um dom,não se apavore,
É confiar.

Inserida por MaraSilvaSantos

A Sophia de Mello Breyner

Aquela madrugada que irrompeu em nós
*“dia inicial e primeiro”,
esses ventos anunciando germinação
aquela madrugada em que das cinzas renascemos
Sophia,
repousa-me na garganta em estilhaços.

Aquele hino que ao colo do meu Pai
há décadas ansiado
sorrindo cantarolei.
Aqueles belos cravos vermelhos
a transbordar sangue fervilhante
de mim
hoje são farpas rasgando-me as entranhas
toda a quimera que inventei.

Aquela madrugada algures já perdida
é como um denso nevoeiro
onde ouço o grito da fome
do meu Irmão
a sussurrar clemência pelo chão.

Passa por ele tanto capitalista
mas nenhum lhe estende a mão.

Cegueira instalada e brutal
desdém!

Pobreza mais miserável que a própria fome
é a condenação à mesma!
Tal qual uma manta de retalhos
velha e dolorida.
Fomos vendidos
hipotecaram nossas vestes
cobrindo-nos de maldição e vergonha.

Vertem lágrimas
os craveiros vermelhos que gritaram
no peito daquela madrugada
repousa tu aí sabedoria eleita,
teu leito de Liberdade.
Eu permaneço pela enseada
nas asas de uma gaivota
cantarolando como se ainda estivesse
ao colo do meu Pai.

(*Sophia de Mello Breyner)

© Célia Moura (2015)

Inserida por sofia66

Eu vi um ângulo obtuso
Ficar inteligente
E a boca da noite
Palitar os dentes.

Vi um braço de mar
Coçando o sovaco
E também dois tatus
Jogando buraco.

Eu vi um nó cego
Andando de bengala
E vi uma andorinha
Arrumando a mala.

Vi um pé de vento
Calçar as botinas
E o seu cavalo-motor
Sacudir as crinas.

Vi uma mosca entrando
Em boca fechada
E um beco sem saída
Que não tinha entrada.

É a pura verdade,
A mais nem um til,
E tudo aconteceu
Num primeiro de abril.

Inserida por pensador

EM CÉU DE FLORES
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Perpassando pelo universo das letras
Doces palavras entrelacei,
Por certo exprimi
Desejos que nem sei;
Se persuadi foi sem querer.
Não surpreendi...
Nem foi esse meu desejo:
Somente quis viver
Sob lampejos,
Em céu
De flores.

Inserida por NemilsonVdeMoraes

CAMPOS BELOS

Quem bebeu de sua fonte,
e conheceu a hospitalidade,
a singeleza de sua gente,
a beleza e o vigor da sua mocidade;
Quem conheceu a simplicidade de suas ruas,
das casas, das coisas,
das pessoas;
a imponência de seus montes...
O deseja o tempo todo
quando se encontra distante.
Suas montanhas são como gigantes
interrompendo bravios fluxos de ventos
de superfícies predominantes,
no frenesi das tempestades...
Para que nada seja atingido com gravidade
nos domínios de seus Termos,
por esse fenômeno natural.
Esses relevos são guardiões fiéis
erguidos rumo ao céu;
muralhas intransponíveis
à proteger a cidade.
Lá, todos os dias o sol ressurge
por detrás da linda cerra,
e a incidência de luz
anima a vida na terra;
Quando as atividades diárias cessam...
Chega o merecido descanso,
E logo reaparece o clarão da esperança,
querendo pressa,
à todos despertam.
Iluminando sua gente de fé e crença!
Na estrutura analítica do meu projeto
o meu retorno a Campos Belos é mencionado
como a etapa mais importante.
Não a nego, como o meu eterno desejo
e referencial.
Por onde passei tenho dito,
querendo que o mundo ouça, que,
tenho lutado, mas, tenho sofrido:
hora melancólico hora deprimido...
E, sempre pelos mesmos motivos;
o de viver assim tão ausente:
dos amigos,
dos parentes,
e dessa terra querida,
que me viu crescer.

(04/2014)

Inserida por NemilsonVdeMoraes

Sobre 01 de abril
As pessoas mentem tanto, o ano todo...
...só mais um dia comum!

Inserida por zukawaguchi

Sorte de ontem, de hoje e amanhã: Todos os processos de nossas vidas são importantes , não podemos simplesmente querer passar de nível, o mérito vem depois de muito esforço!!! Que abril seja melhor que Março, ô mês puxado!! ‪

Inserida por Lara-Barbosa

Todos nós seres humanos temos uma política interna;que transparece quando tomamos uma decisão na vida.

(01.04.16)

Inserida por NemilsonVdeMoraes

A literatura nunca deixará de ser um aporte estruturante para as demais aprendizagens da vida.

- (01.04.16)

Inserida por NemilsonVdeMoraes

Adão e Eva foram expulsos do paraíso. E seus descendentes serão expulsos do planeta se as estratégias para salvá-lo forem inferior às ações para destruí-lo.

Inserida por NemilsonVdeMoraes

Bom dia Abril, seja bem-vindo!
Sorria, Deus te deu um novo dia,
um novo mês, uma nova chance!

Inserida por RosangelaZorio

NÃO ME CANSO DE TE OLHAR

NÃO ME CANSO DE TE OLHAR...
DE TANTO COMPARTILHAR A TUA IMAGEM COMIGO MESMO NÃO CONSIGO MAIS DESFAZÊ-LA DO MEU CONSCIENTE; ELA INTERNALIZOU EM MIM PARA SEMPRE.

AGORA NÃO TEREI MAIS CARÊNCIA DE SENÁRIOS QUE TRADUZEM O AMOR.

O TEU SEMBLANTE TRANSMITE ALGO BOM, SUBLIME E DIVINO QUE NÃO ENCONTREI UMA PALAVRA SUFICIENTE PARA EXPRIMIR, A MAGNITUDE DO ESTADO DE ESPIRITO, QUE ELE TRANSMITE.

ESSE TEU JEITO DE SER SOMADO À MAGIA DO TEU OLHAR ME CONTAGIA. E ELEVA A MINHA ALMA A PATAMARES SUBLIMES DE DESEJO E DE PRAZER DE ESTAR BEM JUNTO A TI.

NÃO ME CANSO DE TE OLHAR...

- (04/2014

Inserida por NemilsonVdeMoraes

Outono

Um outono, assim, todinho pra mim
Mais outono início, mais outono fim
E a felicidade pra seguir...

Quero um outono com sabores zil
Que venha quente, mas que venha frio
Uma estação pra encontrar o abril

Inserida por RaymeSoares

O AMOR PASSOU POR MIM

O amor nasceu e não cresceu
No solo árido que não cuidei;
Não rompeu, não frutificou...
E ao murchar deixou-me
O remorso de não o ter vivido.

04.04.16

Inserida por NemilsonVdeMoraes

RESPEITO

O respeito é um princípio fundamental que dá sentido, consistência,folga e sabor às relações humanas.
Quando praticado não somente ao nosso semelhante,mas de maneira sistêmica,todos ganham: o homem e o meio ambiente.
O direito e a justiça que 'brotar' ou 'correr',ao nosso favor-ou não, será uma consequência desse proceder.

- 07.04.16

Inserida por NemilsonVdeMoraes

SEM MUITAS PRETENSÕES

Ao galgar o ideário poético, tudo sobre tudo, já havia sido dito; sabiamente, por mentes brilhantes, anteriormente.
Restou-me uma poesia de conteúdo ‘óbvio ululante’; onde o rebuscamento inexiste.
Pois em textos singelos, ausentes de palavras enigmáticas, mas evolvente; seguramente, há conteúdos, relevantes.
Suficientemente necessários para que eu reflita sobre minhas limitações. E entenda, que deverei conter, minhas muitas, pretensões.

-11.04.16

Inserida por NemilsonVdeMoraes

RIVAL

O papai sempre gostava de dizer que “doido não tem juízo.” Eu, já digo que tem sim: apenas, em muitos momentos, “lhes faltam alguns parafusos.”

Há muitas histórias envolvendo esses personagens, com sofrimento mental; nas cidades grandes e pequenas, nesse mundão sem fim. Muitas delas, tristes; outras, engraçadas... Outras, nem tanto.

Em Campos Belos, conheci Rival; forte, de estatura mediana, usava cabelos longos, que nunca viam água. Ainda não totalmente brancos, afinal de contas ele só tinha cinqüenta anos; com uma pequena margem de erro, para mais ou para menos. E, uma imensa barba fechada.

Andava calmamente pelas ruas da cidade, sempre mastigando alguma coisa que a gente não sabia o que era. Andava e parava, ao longo de qualquer percurso que viesse a fazer.

Nessas paradas que fazia, geralmente eram para observar algo que lhes chamava à atenção; e sempre tinha uma coisa ou outra. Olhava os mínimos detalhes de tudo, com muito critério. - Como se tivesse mesmo fazendo uma vistoria minuciosa. E, em muitos casos, parecia discordar de algumas irregularidades que via: ao coçar, e balançar a cabeça negativamente, quando o objeto da observação não atendesse suas expectativas.

Morava num quartinho isolado na residência de um parente de primeiro grau, na Rua Sete de Setembro, próximo do açougue do Juá.

No final dos anos setenta e início dos anos oitenta, houve uma exploração de Aroeira muito intensa na região. Tempos depois, eu soube que a aroeira fora extinta no Nordeste goiano.

Paulo (in memoriam), o genro do Seu Farina (o italiano do Restaurante), trabalhava no transporte e comercialização dessa nobre madeira; e geralmente o fazia no Sul do Estado de Goiás; Minas Gerais e São Paulo. Em forma de mourões e laxas, muito usados em currais e cercas; pela sua potencial resistência em se decompor, na natureza.

Um belo dia...

Como de costume, Rival, subiu a Rua BH Foreman, atravessou a Av. Desembargador Rivadávia, e chegou ao calçadão em frente à Prefeitura Municipal.

Parou, e colocou a mão direita atrás da orelha, em forma de concha, para ouvir melhor o sino repicando a sua frente, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição.

Era o sacristão chamando os fiéis, para a “encomendação de um corpo.”

O curioso é que, naquele dia, ele não atendeu o apelo religioso, apesar de nunca ter perdido um enterro na cidade (tinha essa boa fama); mas, aproximou-se da Paróquia, e tomou a benção ao Seu Vigário, que estava posicionado à frente do Templo, recebendo o povo, para a cerimônia fúnebre.

Riscou o dedo polegar direito na testa, três vezes, e inclinou-se levemente para frente, em sinal de respeito ao Pároco, ao Santuário e ao falecido. Beijou um enorme crucifixo metálico, preso num cordão feito de argolas, de lacres de latinhas de alumínio; confeccionados artesanalmente, pelos presos da cadeia púbica local;

Olhava ao longe, o esquife num ataúde com a Bandeira do Brasil sobre ele, próximo ao altar; era um filho ilustre que havia “partido antes do combinado.”

Rogou a Deus por ele em silêncio, estendendo as mãos unidas,uma a outra, e levantadas verticalmente, rumo ao céus.

Deu as costas ao Reverendo, sem se despedir, e desceu a Rua do Comércio, enxugando com a manga da camisa, algumas lágrimas que insistiam em descer, lentamente dos seus olhos castanhos, se escondendo no emaranhado de sua barba; resultante do impacto da perda irreparável. – O Pároco lhe dissera o nome do falecido anteriormente.

Teve fome...

Já era meio dia e ele ainda não havia forrado o estomago.
Entrou na padaria de Zé Padeiro. Pediu um lanche, sem dinheiro. – “Não preciso de dinheiro: tudo o que vocês vêem, são meus...” deixava isso bem claro nas poucas conversas que tinha com as pessoas,digamos,normais.

A atendente lhe deu um pão dormido, sem manteiga mesmo - como sempre o fazia, e um café num copo descartável.

- “Capricha senhora!... É para dois tomar.” A moça colocou mais um pouquinho.
E ficou sem entender: pois não o viu acompanhado de mais ninguém!...

Ao retornar a sua casa, pelas mesmas pisadas, parou diante do caminhão em que Paulo trabalhava; que estava encostado junto ao meio fio, logo à frente; e conversava seriamente com ele. Sim! Com o caminhão.
Que estava cheio de laxas de Aroeira. Com uma ponta de eixo quebrado. Na porta do Armazém de Seu Natã.

O proprietário do caminhão, já havia pedido ao papai que desse uma olhada no mesmo; pois, teria que se deslocar até a Capital Federal, para comprar a referida peça. Pois não a encontrava na região, para repô-la.

Ainda que as faculdades mentais de Rival não funcionasse cem por cento; ele tinha um coração piedoso. Com certeza, aquilo era um Reflexo da criação que recebera de seus pais. Que por sua vez, eram pessoas muito religiosas e bondosas.

O sol estava a pino e não havia uma nuvem sequer, nos céus, para atenuar a sua intensidade.

Rival, por sua vez, continuava parado em frente ao caminhão, dando andamento na prosa...

Depois de ter observado por muito tempo aquela situação; de todos os ângulos possíveis. Continuava olhando, olhando,olhando... E, balançava a cabeça de um lado para o outro. Como quem não concordando com aquela situação.

E conversava baixinho, de maneira que só o caminhão ouvia:
- “Isso que estão fazendo com você é um absurdo, é uma desumanidade muito grande! Como é que pode tanto descaso, com um ser tão indefeso!”...

Falava com sigo mesmo:
- “Coitadinho!... quanta judiação!... Quanto tempo sem comer e sem beber; já cheirando mal, e cheio de poeira, com esse calor tremendo que está fazendo, não pôde até agora, tomar um banho para refrescar; como tem sofrido!”...

“Não tenho mais tempo a perder: tenho mesmo de fazer alguma coisa.” Pensava ele.

E, lhe sobreveio uma iluminura, procedente do seu coração grandioso: então, deu o seu lanche para o caminhão comer.
Antes de despedir-se, balbuciou quase imperceptivelmente, algumas palavras:
- “Tenha um bom apetite! Voltarei amanhã para ti ver.” E, foi-se embora balançando a cabeça, desaprovando aquele estado de coisas.

Repetiu o gesto de alimentá-lo, durante mais de quinze dias.

Todos os dias, sempre nos mesmos horários, ele deixava próximo à placa, um pão e um cafezinho, para o aquele pobre e faminto caminhão, alimentar-se; porque a “fome é negra”.

- 13.04.16

Inserida por NemilsonVdeMoraes

QUEM NÃO AMA O MEIO AMBIENTE E NÃO INTERFERE POSITIVAMENTE EM SEU FAVOR: NÃO TEM RAZÃO, AUTORIDADE, NEM MORAL SUFICIENTE PARA DEFENDER O PREGAR,QUALQUER OUTRO TIPO DE AMOR.

- (04.2014).

Inserida por NemilsonVdeMoraes

MEUS POEMAS

Meu primeiro poema foi tão fraquinho:
sem harmonia, sem coerência...
Apesar de feito, com muito carinho,
era infantil, e sem consistência...
E, como João – graveto fazia meu ninho.

Meu primeiro poema não levava jeito.
Ainda hoje tropeço no tecer...
Mesmo vindo do peito,
e da alma; as duras lavras.
A nenhum leitor agradava:
por não ligar nada com nada.

Meu primeiro poema,
não teve graça alguma.
E fora, para alguns,
um grande insucesso.
Para outros, apenas, mais um;
para maioria, um retrocesso.

Meu primeiro poema
falava de amor;
um tema tão explorado,
em que, os namorados,
não mais se amam, só ficam...
Não sabem, definir esse sentimento.

Meu segundo poema,
já foi mais convincente;
assim como a graça do pirilampo,
no frescor da noite e dos ventos;
foi como a imponência e a beleza da ema,
solta no campo.

Meu último poema foi o mais lindo!
E o mais brilhante poema, que já fiz.
Desafio alguém, a fazer outro igual!
Ao tecê-lo, desprendi tanta ternura e esmero,
que não vi outro, tal qual.

Foi uma obra prima, a mais valiosa das artes!
Caprichei demais, até, principalmente nos arremates,
E com a candura de um bom filho, o dediquei à pessoa mais importante
Do mundo pra mim: obrigado mamãe por ser e ter inspirado a minha mais bela poesia!
E por ser, mais preciosa do que o diamante.

- 14.04.16

Inserida por NemilsonVdeMoraes

"Confie mais na sua intuição"...Muitos já disseram...
Ela é a nossa amiga interior
que nos avisa através de um desconforto inexplicável,
uma sensação de que não devíamos estar falando
determinada coisa, em quem confiar detalhes de nossa
vida...Enfim, ela nos avisa e nós tantas vezes deixamos
de ouvi-la...sob pena de nem podermos reclamar de que
fomos surpreendidos...
Fomos avisados por nossa melhor amiga...
A INTUIÇÃO...

Inserida por CikaParolin

UM POUCO DO QUE SOU

Sou a água do coco, o doce da cocada.
Do corpo, a água de cheiro.
Morro na praia, todos os dias, depois de molhar teu corpo inteiro.
Sou a poça nas estradas, e da criançada, o poço;
sou o suor do teu rosto, a chuva, a enxurrada.
Sou o sereno da madrugada, o orvalho,
e as lágrimas dos teus olhos.

Sou a esperança dos idosos,
e a doce alegria das crianças,
sou o fiel da balança,
o ouro da torneira.

Sou o “direito”, o amor perfeito
que brota do chão,
que desce do céu;
sou bombeada,também, pelo coração.

Sou um devoto em súplicas,
estou no pássaro que voa,
sou a vida na Terra, acontecendo.

Sou uma célula pulsando em cada canto.

Estou na presa fugindo; e na ave de rapina.
Sou a fonte brotando,
água cristalina,
Juntinho dos buritis;
pra não me estender muito, sou de todos os lugares: do Planalto Central,
da Serra da Mesa, da Moeda, da Canastra...
Da Serra Geral.
Sou das veredas do Guimarães Rosa, da Serra do Curral,
do Pantanal...

sou de Minas Gerais,sou Universal:
sou vista até em Marte.

Por fim, sou a justiça qual rio a correr,
que não pode secar;
sou a vida escoando
procurando o mar.

-24.04.16

Inserida por NemilsonVdeMoraes

AMIGOS DE SEMPRE

“Quem tem muitos amigos pode congratular-se, há amigos mais chegados do que um irmão”.

Os amigos de infância, sem dúvida, marcam nossa vida, para sempre. Porque temos por eles um “quê” a mais.

Perdoem-me os demais amigos que vieram depois! Mas, não fiquem tristes, nem por isso, sois menos importantes.

Vivendo há muitos anos na terra das Alterosas, isolei-me de muito, dos ternos amigos de Campos Belos.

Quando retorno à minha região de origem, ainda encontro-me, com alguns “amigos de sempre”; mas outros, infelizmente não.

E, aqueles que não os veremos jamais:

por já terem ido para o outro lado da vida. Olha que já perdi muita gente boa, da cidade que me viu crescer. Mas, paciência, isso faz parte do ciclo natural das coisas.

Dizem que eu também estou na fila... Eu nem sabia disso. Se for verdade, espero ser o último.

Sou muito gregário. Adoro manter e fazer novas amizades a cada dia. Para ir repondo na medida do possível, as perdas irreparáveis, desses seres iluminados que, nos vão deixando, ao longo do tempo.

Cada amigo de minha terra, que parte para a eternidade, é um baque inquietante que sinto, dentro do meu já, tão sôfrego coração. E, somente com o tempo me sinto mais aliviado um pouco.

Outro dia, ao acessar o blog do jornalista Dinomar Miranda – faço isso todos os dias. Essa plataforma é um espaço de grande utilidade, não somente para o povo da região do Nordeste de Goiás. Sua importância transpõe fronteiras. - E, ao deparar-me, no topo da página, com a foto e a noticia da morte trágica do Jacinto da Costa Madureira, filho de Estevam e Iram, não pude me conter: chorei muito!... De maneira tal, que os transeuntes que passavam na rua, ouviam o meu lamento.

No último retorno ao meu reduto familiar, agarrei-me a oportunidade de rever um grande amigo de infância, que há mais de 37 anos não a via. – O Claudionor, filho de Chico Pedro, um dos primeiros pedreiros profissionais da cidade; que construíra uma das lojas de papai na Rua do Comércio, e um dos primeiros atletas do famoso e memorável time de futebol amador da cidade, o Campos Belos Futebol Clube (CBFC).

Num domingo à noite, um dia antes do meu regresso a Minas Gerais, Adão, seu irmão, me ligou para avisar-me, que o dito amigo das antigas,estava na cidade.

Nem jantei direito, e corri para vê-lo. Afinal de contas era uma oportunidade única de matar uma grande saudade.

Alegramo-nos bastante nesse encontro!...

Mas, não foi possível por toda a conversa em dia, em tão pouco tempo; nem bem começamos a parlamentarmos, fomos interrompidos por um telefonema inesperado: era o vice- prefeito municipal, diretor e radialista de uma Rádio Comunitária local, Zé Cândido Cardoso, outro amigo nosso, de infância.

Não parava de conversar e nem o crédito do seu celular, acabava; e quando soube que eu estava agarrado de prosa com Claudionor, aí pronto:

fomos intimados por ele, na mesma hora, a comparecer à sua residência, sob o risco de não alcançar, em seu tribunal, o perdão devido, caso não o atendêssemos.

E, como não se convence uma autoridade constituída, muito facilmente...

Restou-nos, naquela mesma noite, acatar as ordens dadas. Apesar das horas avançadas – já eram quase vinte e três horas.

Para a minha surpresa, fomos recebidos com as honrarias de Chefe de Estado. Como fazem verdadeiros líderes, com seus ilustres convidados.

Ainda se recuperava de um delicado problema de saúde, e se mostrava muito otimista com a vida e seus meandros.

Falou-nos de sua atuação na política local, e sobre seus projetos para o bem comum de todos, da comunidade em que vive e atua.

Demonstrou muita sensibilidade com a cultura literária local: ao relatar-me que lera no ar, em seu programa “Manhã Sertaneja”, na Rádio, um dos meus artigos jornalísticos “O pôr do Sol em Campos Belos”, publicado no Jornal O Vetor de Roberto Naborfasan, veiculado em 03.06.2015.

E, ao colocar alguns livros de escritores da cidade e região, sobre uma mesa imensa na varanda de sua casa; discorreu sobre o conteúdo de cada um, que incluem relatos inéditos, sobre a rica história de Campos Belos - GO.

E, concluiu o fechamento da prosa, desta vez, nos convidando a estarmos no seu programa na Rádio Atividade FM, 87,9 às sete horas da manhã do dia seguinte.

Mais uma vez, não pudemos deixar de comparecer... Apesar de tentar me esquivar: com a alegação de não ter preparado, previamente, algo especial para ser discorrido no evento.

Na Rádio, falamos um pouco sobre a nossa infância, na terrinha; e falei também sobre a minha trajetória de vida; incluindo, Formação Acadêmica, e Produções Literárias.

Para não fugir a regra das boas relações: o presenteei com duas Antologias em que sou um dos autores: “ANELCA em Prosa e Verso”, 8° Edição 2014, da Academia Nevense de Letras Ciências e Artes; e “ALB Em Prosa e Verso” 1° Edição 2014, da Academia de Letras do Brasil (ALB-MG/RMBH).

E, como os diletos ouvintes, desta tão conceituada Rádio, não poderiam ficar de fora, disponibilizei também, dois exemplares das obras acima, mencionadas; para serem sorteados a eles.

Viajei feliz da vida, de volta, ao reduto dos mineiros; com as energias renovadas, pelo reencontro com os velhos amigos.

Continuo cada vez mais convicto, de que, o lugar dos “os amigos de sempre” é mesmo “do lado esquerdo do peito” como diz um dos cantores, que iniciou sua trajetória musical no Clube da Esquina.

Ainda é tempo de plantar a alegria, a amizade, a fraternidade; pois, o maior patrimônio de uma cidade é mesmo o ser humano. E os amigos que nela conquistarmos.

-16.04.16

Inserida por NemilsonVdeMoraes

Porque Comemorar hoje o Dia Da Mentira
Se tem Pessoas que Menti
365 Vezes No Ano.

Inserida por GandullyOficial