MEUS POEMAS Meu primeiro poema foi tão... Nemilson Vieira de Moraes

MEUS POEMAS

Meu primeiro poema foi tão fraquinho:
sem harmonia, sem coerência...
Apesar de feito, com muito carinho,
era infantil, e sem consistência...
E, como João – graveto fazia meu ninho.

Meu primeiro poema não levava jeito.
Ainda hoje tropeço no tecer...
Mesmo vindo do peito,
e da alma; as duras lavras.
A nenhum leitor agradava:
por não ligar nada com nada.

Meu primeiro poema,
não teve graça alguma.
E fora, para alguns,
um grande insucesso.
Para outros, apenas, mais um;
para maioria, um retrocesso.

Meu primeiro poema
falava de amor;
um tema tão explorado,
em que, os namorados,
não mais se amam, só ficam...
Não sabem, definir esse sentimento.

Meu segundo poema,
já foi mais convincente;
assim como a graça do pirilampo,
no frescor da noite e dos ventos;
foi como a imponência e a beleza da ema,
solta no campo.

Meu último poema foi o mais lindo!
E o mais brilhante poema, que já fiz.
Desafio alguém, a fazer outro igual!
Ao tecê-lo, desprendi tanta ternura e esmero,
que não vi outro, tal qual.

Foi uma obra prima, a mais valiosa das artes!
Caprichei demais, até, principalmente nos arremates,
E com a candura de um bom filho, o dediquei à pessoa mais importante
Do mundo pra mim: obrigado mamãe por ser e ter inspirado a minha mais bela poesia!
E por ser, mais preciosa do que o diamante.

- 14.04.16