Taça
Champagne para brindar, mas não há o que comemorar.
Quebre a taça derrube o champagne e comemore o dia de hoje mas sem bebida somente vivendo a VIDA
Uma taça de cristal, delicada e frágil,
Reflete a amizade que se impõe sobre a intimidade,
Um amigo que queria ser mais, um amor não correspondido,
Sente-se útil, mas nunca desejado.
Os lábios tocam a taça, na intenção de sorver o vinho,
Percebe-se nesse toque o quanto ela favorece as necessidades,
Há um desprezo sutil, não pra ferir, mas pra manter o servir,
Pois é cômodo ter a taça, sem a essência do desejar.
A dor da rejeição, um silêncio que dói,
Um coração que bate com amor não correspondido.
A transparência da taça revela a verdade,
De uma amizade que não é suficiente,
O desejo de ser mais que um amigo,
Um amor que nunca é correspondido.
A taça pode se quebrar, se não for manuseada com cuidado,
Assim como o coração que se sente rejeitado,
A dor da amizade imposta sobre a intimidade,
Um sentimento que nunca é superado.
Numa taça cristalina, a amizade se desvela,
Amor que não floresce, um querer que a alma cela.
Os lábios buscam nela um vinho a saciar,
Mas o desprezo sutil, sem querer magoar,
Revela a conveniência de tê-la sempre a servir,
Sem a essência do desejo que jamais vai surgir.
Um brinde com o néctar da doçura
Ao intrépido regozijo do momento,
Só assim quebro a taça da amargura
Ateando os seus pedaços ao vento!
PedrO M.
MINHA LUCIDEZ
Volta pra mim ....
O teu amor em taça vinho com. Gosto do néctar de flor eu quero beber
beber o amor pela taça dos teus lábios com sabor de mel !
A minha boca te quer
Te procura ,te busca e por ti clama
Te grita e te chama
Na vontade confessada
De querer ser beijada
Pela tua boca e de mais ninguém,
e na minha lucidez, pensando sempre em ti ,
Eu toco com meus dedos a tu'alma"
e respiro teus sonhos
Como se fossem os meus também !
Maria Francisca Leite
Direitos autorais reservados sob a lei - 9.610/98
(Colo quê) suas projeções em uma taça com Líquido Divino e divirta-se na Luz, entregando-as por mim, pois que toda comunicação é cheia de alegria e mansidão, sem ensaios nas dramáticas considerações, já sem e com personalidade caminhamos e edificamos nossas máscaras.
Pombo que descansa,
Depois de uma taça,
De vinho fácil,
Espírito Santo,
Com gemidos fortes,
Voa pelo céu perfumado,
De baga da videira,
Tomando a taça de herança,
Cristal, a mulher amada
faz tempo bom. Faz bonança
o vinho na madrugada.
Silenciosa viagem.
Ah! A luz fugaz...
Minha primeira refeição do dia:
Uma taça de vinho da garrafa vazia.
Água da vida para um vagabundo?
Sopa de pedras para o jantar!
Maldita libido!
Antes um cigarro, agora um lago.
Grito mudo na porta de luar!
Amor? Mais amor!
A viajante solitária no encontro de si mesma.
Página a página.
Ei-los: A rosa - O vento (No jardim íntimo, onde cada solilóquio é confessado).
Harmonia e confusão.
Balão suspenso.
Bocas seladas, casas desabitadas.
Piada ou conto de fadas?
Aquele mofo por trás das cortinas.
O pó mágico que entorpece a língua.
Anestesia para as narinas cansadas.
Sem cheiro, sem pelo, nenhuma cor.
Amor e ódio na tela da TV.
Amor e ódio no jornal, na varanda e no quintal.
Na cama sempre é doce!
Meias verdades calçando sapatos de lã.
Ou será essa também uma laranja inteira?
A mulher piano certa nas mãos do pianista errado.
Mais uma folha de papel timbrado, amassado e rasgado.
Um mar de silêncio do quarto, grito mudo outra vez.
Loucura, remédio sem cura, lixo, fumaça, embriaguez!
Juízes equilibristas.
Deputados malabaristas.
Sorrisos de elástico vomitando dúvidas.
Alimentam bocas pela certeza.
E as calçadas estão repletas deles.
O vento que afaga meus cabelos, ele também me beija.
E a morte me belisca a cada nova piscada.
Ah! A luz fugaz...
Amor, mais amor.
Grito mudo na porta de luar!
Quantos corações partidos nesse mundo.. Deveríamos nos reunir e tomar uma taça de sangue de nossos corações machucados enquanto dançamos nos túmulos daquilo que matamos para continuar respirando…
Enche o teu copo...
Bebe o teu vinho...
Enquanto a taça não cai de tuas mãos...
Olhe, por um longo tempo, o céu pontilhado de estrelas...
Enquanto não turvam os olhos teus...
Abre a tua janela de par em par...
Lá fora, observe, a vida canta enquanto a brisa sussurra...
E te chama a compartilhar...
Transforme numa eternidade o teu rápido instante de alegria...
Ame...
Chore...
Sorria...
Grite...
Gire...
Crie seus caminhos com as plantas de teus pés...
Sonhe...
Você pode...
Enquanto tremula ainda...
A luz de algum clarão...
Paschoal Nogueira
facebook.com/conservatoria.poemas
Um porre de realidades indecentes, ela tomou naquele dia. E na última taça, naquele insano último gole, ela afogou todas as angústias, que a consumiam.
"Em meio aos desafios do cotidiano, parar um pouquinho por um chocolate ou uma taça de vinho pode até parecer algo simples ou desnecessário, mas são essas pequenas delícias que fazem todo o restante valer a pena."
