Suor Sangue A Lagrimas
Para honrar o meu
sangue gaúcho
que tenho
do lado paterno
para o meu amor
espero preparar
um Arroz Carreteiro
para fazer ele
saborear por inteiro.
Na hora travou!
Sangue ferveu!
Coração disparou!
A ferida que achou que fechou, só inflamou
O orgulho até tentou segurar
Mas a lágrima caiu sem avisar
O sangue de Cristo tem valor suficiente para redimir o mundo inteiro, mas seu poder é aplicado apenas aos que creem.
A Bíblia, a Ortodoxia e o Arminianismo ensinam que Jesus morreu por todos, sendo seu sangue suficiente para salvar a todos; mas sendo aplicado apenas nos que creem (eleitos). Assim, Seu sangue foi derramado por todos, sendo suficiente para todos, e trazendo benefícios para todos (2º Co 5.18-19), mas eficaz apenas nos creem (eleitos).
PERDIÇÃO
Meu pai de sangue:
Como se chapa a massa na parede
A de cimento, barro e areias
Como tu fazes com tanta arte?
E meu pai de sangue, respondia sempre:
Oh, tira isso das tuas ideias...
Já me está na massa do sangue e do ser
À parte,
À custa de tantas tareias para aprender.
E eu insistia com meu pai de sangue:
Qual o teu segredo
Daqueles tetos de gesso
Tão belos e singelos
Feitos por tuas mãos ressequidas?
E meu pai de sangue, já irado, respondia sempre:
Oh, isso foi sinal de aprender noutras vidas,
Umas a medo e outras por ser travesso
Revesso
Como tu, retrato do meu segredo...
Nunca mais entrei em bravatas
Chatas
De perguntar a meu pai
Que já lá vai
O porquê de ser artista daquele dom então,
Porque sei que me diria:
Nasceste para ser trolha, um dia
Como eu, sem mais tretas.
Porém, escolheste as letras
Malditas dos poetas
Que te levam à perdição!
(Carlos De Castro, in Minas da Minhoteira, 01-07-2022)
DIZ-ME NUM VÓMITO
Diz-me, porque estás triste ?
Amor rebelde, sem meu coração
Do sangue que pedias
Com a tua espada em riste,
Nessa mão,
Tremulando
Velhinha de emoção
Como a minha ficando
Apalpando o que não existe.
Diz-me, porque estás triste ?
Assombramento meu,
Sempre ao cimo da minha cama
De penas,
Tão apenas
Nas noites claras de breu,
Quando eu tinha medo de mim
Ao subir as escadas da cama musical
De bacanais infernal,
Que dizem ser ruim,
Até a do Orfeu.
Maldito seja eu
E quem me desafia
Em euforia,
Nesta noite tão só, tão fria,
Em que vou, sem vir
Mais que tempo de ir
Sem pena
Nem pensar
De voltar.
Diz-me, porque estás triste?...
(Carlos De Castro, " in Portugal Sem Censura, No Brasil, Sim", Em 06-09-2022)
IRMÃO
Será que sê-lo já basta
Sem sermos de sangue igual,
Meter na mesma canastra
A força que nos anima a tal?
Irmão, é sempre aquele jeito
Entre o belo e o imperfeito,
Que nos foge nos entretantos
Das vidas às cambalhotas
Entre demónios e santos
Em sociedades de apostas...
E quando a força desanima
Vem a angústia e a revolta,
A gente quer passar por cima,
Mas a irmandade não volta.
Surge então que a própria vida,
Aos que fez de sangue irmãos,
Arranja em contrapartida
Outros de sentir, mais sãos.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 12-10-2023)
SANGUES
Sangue, o puro, nem sempre é verdade
E até pode ser nada no conceito da idade.
Por vezes, pancadas tantas,
Nas espancas,
Que a gente leva,
No rosto,
De um mosto
Que quer renascer no vinho
Aguado,
Porque não foi pisado.
O sangue falso,
É como uma bola
Que não rola,
Uma gaveta fechada,
Ou um rico a pedir esmola
Às putas tristes da estrada .
Ou uma prisão sem grade,
Um amigo, só de metade,
Um rei, a limpar retretes
E ovos sem omeletes.
Triste mundo de falsidade,
Onde só impera a vaidade
Nos ditos tão instruídos,
Que esquecem os amigos
De verdade,
Por troca de outros fluídos.
Estão na moda os deletes
Que trincam erva e chicletes
E já não há mãos de fada,
Só línguas de alfinetada,
Enfim: Não há amizade,
De verdade,
Nem nada!...
(Carlos De Castro, in Há Um Triste Livro Por Escrever, em 25-03-2024)
"Se o sangue de Jesus Cristo tem poder! Biologicamente este poder veio de Maria a sua mãe! Negar o sangue de Maria é negar o próprio Deus que se fez homem!"
Segredo para tudo dar certo!
Não se aperreia
Vai ficar tudo bem
Pelo sangue que corre em sua veia
Pela fé e esperança que se tem
Faça tudo com atenção e não se estresse
Deixa tudo ir em seu tempo,
Não se avexe
E não vá pela cabeça de ninguém.
O filho de José e de Maria nasceu como todos os filhos dos homens, sujo do sangue de sua mãe, viscoso das suas mucosidades e sofrendo em silêncio. Chorou porque o fizeram chorar, e chorará por esse mesmo e único motivo.
Podemos passar a vida inteira fazendo o bem aqueles próximos a nós, mas nunca espere de seu sangue uma gratidão... Raras pessoas conseguem ser sensitivas e empáticas, assim evitando a perda precoce de pessoas boas em suas vidas!
Em Vão
Em vão são os impérios dos tempos.
Em vão o sangue, dos imperadores,
Que morreram, pelos seus pecados.
Foram eles os Césares, pecadores,
Que fizeram muitos terrores...
Na história da humanidade.
Vaidades foram estes senhores,
Que aos povos, tiraram, a liberdade.
Mas eu ungi o meu rei...
Sobre o monte de Sião.
Ele está vivo, mais que a lei.
Venceu a morte no tempo.
Que não foi em vão. ..
E reinará para sempre...!
Jesus Cristo antes de morrer na cruz por nossos pecados, transpirou gotas de sangue. Por aí vemos a agonia do Senhor. O Deus todo poderoso ia morrer pelo pecado humano. Não era uma simples obra. Era algo terrível para Jesus Cristo fazer. Mas por amor ele aceitou fazer isso. Tal foi o estado emocional de Jesus Cristo, que veio a transpirar sangue. Bendito seja o nome do Senhor.
Existe uma grande diferença entre coeficiente emocional e sangue de barata. O sangue de barata quase sempre é fingido e mesquinho.
A fórmula mais letal que intoxica o corpo, o sangue e a alma do ser humano, reside na busca incessante pela similitude e no ato compulsivo da comparação.
281222
sangue e lápis;
aqui é onde me liberto
me encontro em mim
correntes e simbolismo
escrevem em mim
me perco e me refaço,
encontro-me nos versos
refúgio abstrato,
alma enfim segura
depois que te conheci,
ó poesia,
dei forma ao caos
que antes era torto
antes de te conhecer,
não me conhecia,
me observava
e não me entendia
quando te conheci,
meu eu-lírico,
me apaixonei por ti
e te incorporei em mim:
é meu sangue
meu respirar
minha voz silenciosa
dou forma à dor,
amplifico-a,
só para que ela
se enfrente ao lápis
transformar meu medo
em palavras,
angústia em ritmo,
e o silêncio, em mim,
vira canção
e me dissolver
na escrita,
morrer no papel
para renascer
em cada linha
no dia em que parar de escrever,
será o dia que morreremos juntos
meu verso e meu peito