Suor
OUVIR TIROS!!!
"Extermínio do meu povo preto, rega com sangue, lagrima e suor, terra que você pisa! O que cresce livre! Brota para sustentar justiça! A justiça! Há de haver, neste caminho... Tudo que se foi, nasceu em mim, nasci em outros, natureza somos nós, resistindo aos ideais, com força dos ancestrais..."
Eu sou a garra e o rugido do leão
Sou o terror do bicho papão
Sou a luta e o suor da cabanagem
Sou poesia, sou arte, sou aparelhagem
Em câmera lenta
Acompanho o teu suor
De encontro ao meu
A gota da seiva do céu
Ninguém faz melhor
Que você e eu
Melhor lugar é aquele que te acolhe!
Terra boa é aquela que com o suor do seu trabalho você sobrevive e realiza seus sonhos!
Trago um leve suor nas mãos, Enfim o leão se apaixonou, pelo cordeiro, E não há nada que você tenha, Que eu não queira, nada; Pelo difícil viver longe de você, Me valha agora... Texto: Marcelo H. Zacarelli e Vânia Lopez - Do poema: O Difícil Viver sem Você
Saúdo as minhas irmãs
de suor papel e tinta
fiandeiras
guardiãs,
ao tecer o embalo
da rede rubra ou lilás
no mar da palavra
escrita voraz.
Saúdo as minhas irmãs
de suor papel e tinta
fiandeiras
tecelãs
retratos do que sonhamos
retratos do que plantamos
no tempo em que nossa
voz era só silêncio.
Suor no toque dos lábios
Nervosismo canta a despedida
Quando excluiu meu contato
Perdemos contato de vista
Meu amor dinamite no pé da barreira
Seu ego é muro de Berlim
"Mais suor agora, menos sangue a frente. Quanto mais esforço pra luta, pro combate, menos a gente tem que se preocupar."
Não
Ora, mas eu não fiz isto!
Pensei eu. Arrependo-me.
Suor escorrido nas mãos
Queria ao menos ter visto!
Verso-te ou adverso-te
Simplesmente direi-te:
Não fiz isto!
Por isso, não impeço-te.
Mas eu também não fiz isto!
Desestruturado, silencioso
Deixei nas palavras, ocioso
Profundidade, riscos.
E o não pegar mãos,
Não provar nas ações,
Não dar-te razões...
À continuidade: “nãos”.
Trabalha a vida inteira e, no silêncio de seu suor, o hoje vê as traves de tanto saber, como e limpar.
"Ei José
Tem branco ganhando dinheiro com nosso suor
Ei José
O tanto que gente ganha não é nem o trocado que ele da pro seu filho chupar picolé
Ta na hora de acordar
O relógio já despertou
Venha comigo José
Hoje eu quero comprar o meu computador
Ei José
Eu não quero mais carregar tijolo pra ganhar trocado
Eu vou descer o morro
Esse patrãozinho, do cabelo penteadinho
Não vai mais ver a gente por aqui
Venha comigo José."
Mais vale dez mil gostas de suor pela coragem de ter arriscado, do que uma gota de lagrima e o arrependimento de ficar parado.
Olga Benário
Os campos de extermínios
São frios e lavados com o suor dos corpos
Que exalam ânsia por mais vidas nas suas vidas.
Então Olga,
Não vás atiçar o ódio dos nazistas,
Pois eles punirão aos que forem contrários às suas regras,
Covardemente.
Impiedosamente.
Deixa as tuas idéias
De um mundo comum a todos
Guardadas na gaveta mais recôndita
Da tua alma,
Do contrário não ninarás Anita
E nem colocarás a fita
Nos cabelos sedosos de criança dócil.
Não troques uma vida inteira
De ternura entre os beijos
E afagos da filha amada por um sonho vão.
Lamento,
Sem tento
Desatinado e improvável.
A velha União será sorvida
Ao sopro do furacão do ocidente.
O capitalismo canibal que se apossou global
Estende seus tentáculos para o Leste
Que inerte
Cambaleia e agonizante desfalece,
Enfraquece
E tomba.
Igualitários países sem almas e sem sonhos.
De que adianta comer
E não poder tecer
A renda que enfeita a nossa vida tão curta e frágil?
Não Olga.
Melhor que a comida é ter a liberdade de alçar voos.
É caminhar por entre a multidão
Descobrindo rações que fortalecem a alma,
E com a calma de um passante contemplativo,
Deixar-se descansar até tomar novo fôlego
Para a jornada no meio às descobertas
E poder subir galgando degraus
E pode-se até cair,
Mas com o tino de que o prumo é a meta,
Certa para os filhos do Universo.
Por falar em Uno,
Temos a beleza estendida
E naturalmente construída
No ventre da mãe natureza.
Pare e pense um pouco nas coisas
Que teus olhos perderão para sempre.
Vê, ainda é mais caro Olga,
Ficar entre os muros sombrios
Dos campos de concentração.
Então, não vá lá não.
Esquece a aflição dos miseráveis.
E volta para o seu mundo abastado.
Ah! Querida, entendo.
Sabendo.
A agonia dos excluídos
Buscavas igualar os direitos deles.
Como matar a guerreira que grita dentro de ti?
Só mesmo aquele gás mortífero.
Só assim a Olga não lutará mais pelos
Irmãos caídos
Estendidos pelo caminho
De uma vida estreita e sem horizontes.
Assim pensavas e foi tão válida
A tua luta.
Que o mundo inteiro hoje te coloca
No pedestal de heroína.
E só isso importa!
Quero que sintas, o frio o calor do amor;
Quero que sintas desejada;
Quero que sintas o suor do prazer envolto a névoa do tesão;
Quero que sintas que sou pra você;
Quero que me sintas, mesmo de longe;
E que esse sentimento posso levar você ao meu encontro;
Que esse encontro possa ser resumido aos mais rápidos 59 segundos;
Ou que esse encontro possa resumir a uma vida toda;
Quero que sintas, que eu sinto a necessidade de sentir você, sua presença, seu amor;
Quero que sintas que não há maior sentimento que o meu amor;
E que amo mais que qualquer sentimento, que possa sentir;
O que sinto é amor, por te amar;
