Sou como um Velho Escaravelho
Minha vontade agora é largar esses cadernos, nem que seja só por um minuto, pegar meu velho violão e fazer com que a vida tenha mais musicalidade na respiração, em nossos corações... e quando tenho o instrumento marcado em minhas mãos, me sinto mais leve... surgem então os pensamentos, ideias, letras, poemas, amores... e, de repente, me vejo acordando após incontáveis horas apenas pensando... tentando aprender algo de bom com a vida...
Viva sua vida como se fosse um carro velho. quando quiser voltar, a marcha ré não engata, se quiser parar, o freio não funciona, pq o caminho é sempre pra frente
O VELHO ARVOREDO
Cadê aquela sombra bela
Do velho arvoredo
Onde a gente se amava
Cadê aquele cheiro bom
de pasto mastigado
Onde ruminavam os bois
Cadê o riso de Luzia
Que me disse um dia
A lua é de nós dois
E a gente no velho arvoredo
A lua vinha cedo
Clarear o nosso amor
Pode me chamar de cafona
Eu gosto é de forró
Minha sandália é currupele
Ainda chamo cachete
Califon e caritó
Eu gosto de uma aguardente
Uma mulher decente
Pra ser meu xodó
E um cavalo bom de cela
Pra eu montar com ela
E derrubar a dor
Numa boa vaquejada
Namorar com minha amada
Na sombra de uma flor.
Dentre mortos e feridos, fica o grito da emoção,que pune velho castigo,traduz toda razão.
Apronta pra dança, pra vida, ela sim é coisa bonita, como correr na contra mão?
Mas sabe velho mundo, de ti quero tudo, até o segundo, e que não me falte o prazer mais ínfimo de voar.
Na simplicidade do vôo quem sabe um dia alcançar.
Quero as gotas que temperam minha tão profunda alegria.
Gotas de orvalho, capim-mato do dia.
Quero a simplicidade de apenas acordar.
O Velho Sentimento de Orgulho
A velha frase sendo posta em ação “ o orgulho te prega peças, que machuca o coração”
Nunca mais foi a mesma, nunca mais pude ver o sorriso ou a ouvir gritando o meu nome pelo corredor, eu amava sua amizade, como isso pode ter tido fim?
Mesmo hoje nos falando, sei que nossa amizade não era assim, éramos tipo irmãos, o erro abriu a porta pra magoa, a magoa deu inicio ao orgulho, o orgulho foi devastador, a amizade resistiu com o tempo, mas acabou o amor. . .
Se quiseres um mundo melhor, alcançar o firmamento ou mesmo voar como uma águia. Retire aquele velho objeto de estudo da gaveta e estude sem cansaço. Esta é a melhor maneira pra construirmos um mundo melhor!
Sou meus heterônimos, um amontoado de seres desprezíveis e belos. Sou a criança que sorri e o velho que rabuja. Algumas partes de mim são alcoolizadas, outras são bem sensatas. Algumas partes de mim não sou eu, são partes. Se tiver que falar de mim, então cite todas elas.
Já dizia o velho sábio: amigo é igual a seios, uns tem grandes, outros tem projetos e alguns tem somente imitações.
Sou velho e reconheço o que sou, mas me sinto tão jovem quanto quando havia apenas com dezoito anos.
Gosto de observar a cidade pós chuva, é como se tudo fosse velho, como se não mais existisse amor, felicidade e alegria. O frio me confirma isso, mas as andorinhas discordam de tudo.
Amor é um cão do inferno, como diz o velho Bukowski. Que te morde, persegue, mija em seu sofá, estraga seu tênis favorito, deixa fedendo sua casa. Mas ele é só um cãozinho imperativo, não é de todo mal. Ele pode ser doce, deitar junto de você no chão, numa tarde quente demais para seu corpo, e te fazer companhia. Uma companhia sincera, que só cães sabem. Pode lamber seu rosto quando você acabara de chegar frustrado do trabalho. Amor, dentre todo o mal, faz um bem danado. Um bem que só o amor pode fazer.
Quando você lança o anzol num rio, para pegar um peixe, e fisga um pneu velho, é sinal de que, além do meio ambiente, seu almoço está perdido.
Acordei com uma dor de cabeça incessante. Tomei aquele velho café, olhei pela janela e vi o dia lindo lá fora. Sábado, sol, praia, as pessoas estavam felizes. Mas não eu. Eu sabia que era uma fase, que era o dia. Que diz seguinte eu estaria bem. Todo dia quatro era a mesma coisa. Tinha até vergonha de dizer que ainda chorava pela morte do meu gato. Mas não me culpe. Ele era minha única companhia desde criança. Não conhecia nenhum ser humano tão bom quanto era o meu gato. Botas era alegre, divertido, brincalhão. Ele era preguiçoso como eu, um amor de gato que ninguém no mundo iria imaginar em fazer mal. Mas um ser fez, um ser que eu não sei quem é. Ele matou meu Botas. E eu estou aqui, triste. Era meu gato. Meu único amigo, e não me venha me criticar.
aquele velho álbum. Várias vidas em uma vida. Eu, Angélica, oitenta e nove anos com uma vida inteira e com uma vontade de viver mais oitenta anos. Ou voltar todos eles para vivê-los novamente. A vida é assim, não é? A gente nasce morrendo já. Eu não sei exatamente o que fiz, só sei que meu tempo é chegado. Não sei, apenas sei que está chegando. Não sei se existe vida depois da morte, mas eu sei que minha valeu a pena. Amo viver, e lamento por ter que morrer. Lamento mais ainda não poder deixar um legado tão grande. Eu lamento. Mas eu vivi minha vida. E você? Vive a sua?"
Angélica sobre sua morte três dias antes dela chegar.
Queria eu ser velho
mais ou menos velho
uns dois ou três anos.
Tempo suficiente de
aprontar alguns fios
de barba seca e desbotada
Alguns centímetros de barbas ruivas,
agora,
grisalhas.
Queria eu um dia,
urgir dessa batalha,
apenas um botão.
apenas um botão,
que se corta fácil a linha,
sem pra isso
precisar
de afiada navalha.
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