Sons do Silêncio
Psiu! Silêncio! Silenciar é preciso. Escute apenas o som do vento. É Deus que fala e se revela neste momento. Abra teu coração, deixe-se acolher por Ele. Psiu! Silêncio!
Quando está escuro, estou no meio do silêncio e apenas escuto o som dos meus pensamentos, eu escuto a sua voz.
De vez em quando eu escuto
O som dos silêncios falando entre si
Talvez, se fosse assim
Desde o começo
Hoje, não seria esse o preço
Se a gente soubesse viver
Sorriria o sorriso que nos cabe
Hoje eu ouvi do silêncio
Que nem sorrir a gente sabe.
Edson Ricardo Paiva.
E nas madrugadas
Mais solitárias e sozinhas
Que eu escuto o som que
Mais poderia me assustar
E deprimir
O som do silencio.
Em um quarto de sombras ao som da flauta tento ficar em silencio, mais efundir em lagrimas, anelante a sua presença, leio versos em voz alta, e imagino que vos estas a me escutar, como é grande o amor que tenho por ti.
Longe de te é um martírio, uma grande ponte partida ao meio impedindo o nosso encontro. Em um brado comprido chamo por ti, pois você és meu fado, e nada mudará.
Poeticamente falando.
Minhas tristezas são notas desafinados ao vento, são como o som silencioso da chuva noturna,
são flores imóveis num temporal.
Sou uma nuvem cinza em céu alzul de um mundo desconhecido,
me sinto um barco preste a afundar depois de bater no iceberg do tempo, não sou velho nem jovem.
Sou mais um na multidão,
perdido.
Com as mesma pergunta,
oque fazer comigo? oque fazer da vida?
Soluções temporárias não respondem mais,
Enlouqueço enquanto mundo fica cada dia mais difícil de suportar.
Vejo meus olhos no espelho e me pergunto,
mais de quem é esse rosto,
Não me reconheço nem imagem nem na fala.
Sinto uma vaga lembrança do menino que fui quando canto, assim seguro minhas lágrimas transformando elas em poesia, verso e música
e assim quem sabe
a vida fica mais leve
quem sabem os dias passam
quem sabe eu levo a vida
antes que ela me leve.
PAULOROCKCESAR
Alma de mãe
Do silêncio, surgiu o som.
As notas foram tocadas para pacificar a minha alma,
Triste, chorona e dolorida,
Porque não consegue parar o tempo,
Vendo você partir, anjo amado.
Como é intenso este instante,
Em que vejo seus passos indo em direção ao distante.
Meu pequeno ser,
Que cresceu em corpo físico,
Mas vive em alma de menino.
Ouço as suas frases inocentes,
Fruto da fragilidade jovial.
Mas sempre questiono:
O que é a juventude sem a inocência sonhadora?
Senhor gaiteiro,
Toque mais notas musicais,
Pra curar minha loucura,
Pra adoçar os momentos
Que penso estar sonhando
Com a minha linda semente,
Longe dos bravos ventos e
Sempre ao meu redor.
Não existe companhia melhor do que o som da minha guitarra distorcendo o silêncio do espaço que me envolve.
O som do relógio quebrando o silêncio
Não consigo mais dormir
Sonhei com você
Ou tive um pesadelo?
Estavamos juntos
Rindo e se beijando
Aquilo parecia tão real pra mim
Mas você está tão longe
Não consigo te alcançar
Preciso de você
Um sonho tão real
Virando pesadelo
Sonhei com você essa noite
Você não está aqui
O som do relógio me conforta um pouco
Pois sei que esta chegando a hora de te ver
Sonhei com você está noite
Nós estavamos tão felizes
Não quero disser adeus
Quero estar com você
Quero ficar com você
Você disse que estaria aqui a todo momento
Mas nesta noite fria não encontro o seu calor
Um sonho tão real
Virando pesadelo
Pois não posso te alcançar esta noite
A água cai, o céu brilha. O som não é apenas de silêncio, é um ótimo dia para descrever a sensação de ter você.
O som do seu silêncio - Trecho
Oh que profunda agonia
Tristeza que outrora fugia
Agora mora aqui dentro
Contemplando o som do seu silêncio.
Tão profundo e vazio silêncio...
Silêncio!
As palavras estão dormindo...
Ouço o som dos poemas
Quando a noite apaga a luz do dia...
Acende milhões de estrelas
Ilumina os pensamentos
Que voam feito vaga-lumes
Ofertando lumes de poesias para a lua...
O silêncio que sai do som da chuva espalha-se, num crescendo de monotonia cinzenta, pela rua estreita que fito. Estou dormindo desperto, de pé contra a vidraça, a que me encosto como a tudo. Procuro em mim que sensações são as que tenho perante este cair esfiado de água sombriamente luminosa que [se] destaca das fachadas sujas e, ainda mais, das janelas abertas. E não sei o que sinto, não sei o que quero sentir, não sei o que penso nem o que sou.
Toda a amargura retardada da minha vida despe, aos meus olhos sem sensação, o traje de alegria natural de que usa nos acasos prolongados de todos os dias. Verifico que, tantas vezes alegre tantas vezes contente, estou sempre triste. E o que em mim verifica isto está por detrás de mim, como que se debruça sobre o meu encostado à janela, e, por sobre os meus ombros, ou até a minha cabeça, fita, com olhos mais íntimos que os meus, a chuva lenta, um pouco ondulada já, que filigrana de movimento o ar pardo e mau.
Abandonar todos os deveres, ainda os que nos não exigem, repudiar todos os lares, ainda os que não foram nossos, viver do impreciso e do vestígio, entre grandes púrpuras de loucura, e rendas falsas de majestades sonhadas... Ser qualquer coisa que não sinta o pesar de chuva externa, nem a mágoa da vacuidade íntima... Errar sem alma nem pensamento, sensação sem si-mesma, por estrada contornando montanhas, por vales sumidos entre encostas íngremes, longínquo, imerso e fatal... Perder-se entre paisagens como quadros. Não-ser a longe e cores...
Um sopro leve de vento, que por detrás da janela não sinto, rasga em desnivelamentos aéreos a queda rectilínea da chuva. Clareia qualquer parte do céu que não vejo. Noto-o porque, por detrás dos vidros meio-limpos da janela fronteira, já vejo vagamente o calendário na parede, lá dentro, que até agora não via.
Esqueço. Não vejo, sem pensar.
Cessa a chuva, e dela fica, um momento, uma poalha de diamantes mínimos, como se, no alto, qualquer coisa como uma grande toalha se sacudisse azulmente aberta dessas migalhinhas. Sente-se que parte do céu está já azul. Vê-se, através da janela fronteira, o calendário mais nitidamente. Tem uma cara de mulher, e o resto é fácil porque o reconheço, e a pasta dentífrica é a mais conhecida de todas.
Mas em que pensava eu antes de me perder a ver? Não sei. Vontade? Esforço? Vida? Com um grande avanço de luz sente-se que o céu é já quase todo azul. Mas não há sossego — ah, nem o haverá nunca! — no fundo do meu coração, poço velho ao fim da quinta vendida, memória de infância fechada a pó no sótão da casa alheia. Não há sossego — e, ai de mim!, nem sequer há desejo de o ter...
Nota 6:00 Horas
No silêncio da madrugada
Lembro do som da sua risada,
Lembro das nossas piadas e as gargalhadas.
Lembro das caminhadas,
Do seus toques e as olhadas.
No silêncio que me consome,
Me viro e reviro na cama ,
Mas os pensamentos não somem.
O sono não vem,
E as lembranças me consomem.
Às 3:00 horas já se foi faz um tempo,
E já clareou la fora.
Se multiplicar por 2 são exatamente agora,
São 06:00 horas.
