Sons do Silêncio
E no profundo silêncio, lágrimas mesclavam-se com a escuridão... apenas um som: o seu coração. Esboçou um leve sorriso. Ainda viva, apesar do imenso amor... apesar de imensa dor... Ainda viva, bem viva.
Em um quarto de sombras ao som da flauta tento ficar em silencio, mais efundir em lagrimas, anelante a sua presença, leio versos em voz alta, e imagino que vos estas a me escutar, como é grande o amor que tenho por ti.
Longe de te é um martírio, uma grande ponte partida ao meio impedindo o nosso encontro. Em um brado comprido chamo por ti, pois você és meu fado, e nada mudará.
Só por hoje vou calar o meu silêncio e deixar que apenas o som do ar e do meu coração ecoe nessa solidão que me devora nessa linda e calma madrugada!
Não existe companhia melhor do que o som da minha guitarra distorcendo o silêncio do espaço que me envolve.
O silêncio que sai do som da chuva espalha-se, num crescendo de monotonia cinzenta, pela rua estreita que fito. Estou dormindo desperto, de pé contra a vidraça, a que me encosto como a tudo. Procuro em mim que sensações são as que tenho perante este cair esfiado de água sombriamente luminosa que [se] destaca das fachadas sujas e, ainda mais, das janelas abertas. E não sei o que sinto, não sei o que quero sentir, não sei o que penso nem o que sou.
Toda a amargura retardada da minha vida despe, aos meus olhos sem sensação, o traje de alegria natural de que usa nos acasos prolongados de todos os dias. Verifico que, tantas vezes alegre tantas vezes contente, estou sempre triste. E o que em mim verifica isto está por detrás de mim, como que se debruça sobre o meu encostado à janela, e, por sobre os meus ombros, ou até a minha cabeça, fita, com olhos mais íntimos que os meus, a chuva lenta, um pouco ondulada já, que filigrana de movimento o ar pardo e mau.
Abandonar todos os deveres, ainda os que nos não exigem, repudiar todos os lares, ainda os que não foram nossos, viver do impreciso e do vestígio, entre grandes púrpuras de loucura, e rendas falsas de majestades sonhadas... Ser qualquer coisa que não sinta o pesar de chuva externa, nem a mágoa da vacuidade íntima... Errar sem alma nem pensamento, sensação sem si-mesma, por estrada contornando montanhas, por vales sumidos entre encostas íngremes, longínquo, imerso e fatal... Perder-se entre paisagens como quadros. Não-ser a longe e cores...
Um sopro leve de vento, que por detrás da janela não sinto, rasga em desnivelamentos aéreos a queda rectilínea da chuva. Clareia qualquer parte do céu que não vejo. Noto-o porque, por detrás dos vidros meio-limpos da janela fronteira, já vejo vagamente o calendário na parede, lá dentro, que até agora não via.
Esqueço. Não vejo, sem pensar.
Cessa a chuva, e dela fica, um momento, uma poalha de diamantes mínimos, como se, no alto, qualquer coisa como uma grande toalha se sacudisse azulmente aberta dessas migalhinhas. Sente-se que parte do céu está já azul. Vê-se, através da janela fronteira, o calendário mais nitidamente. Tem uma cara de mulher, e o resto é fácil porque o reconheço, e a pasta dentífrica é a mais conhecida de todas.
Mas em que pensava eu antes de me perder a ver? Não sei. Vontade? Esforço? Vida? Com um grande avanço de luz sente-se que o céu é já quase todo azul. Mas não há sossego — ah, nem o haverá nunca! — no fundo do meu coração, poço velho ao fim da quinta vendida, memória de infância fechada a pó no sótão da casa alheia. Não há sossego — e, ai de mim!, nem sequer há desejo de o ter...
A escuridão ofuscava os nossos olhos. Nada de via, e o próprio som de um silêncio da escuridão parecia adivinhar o triste desespero.
Na luz as grades predominavam como se de uma prisão de tratasse, sem deixar sequer sair um sentimento por pequeno e ínfimo que este fosse.
As grades rodeavam sem sequer deixar respirar como quem corta todas as liberdades. Com isto uma sensação de limites que cerca o próprio Homem e que come a sua própria essência, e o reduz a um nível que nem os próprios vermes e tristes animais que olham mas não vêem conseguem atingir. Um nível tão baixo e tão pequeno que o torna grande e o torna diferente mas ao mesmo tempo um ser impotente.
A luz já não se via e predominava a escuridão que os nossos olhos não vêem nem sequer querem ver. Ando, ando mas sem saber para onde fica a saída de algo que nos prende e que nós não vemos. Caminhamos à procura de um novo horizonte que brilhe nos nossos olhos mas a bendita escuridão que nos afoga e nos restringe todos os sentimentos é mais forte e não nos deixa ter outra sensação que não seja a do modo de que lá nunca mais pudéssemos sair. Assim andamos devagar com as mãos à procura e não sei do quê, à procura de não sei sequer de quem em que o sentimento é forte.
O sentimento esmagamos em toda a sua grandiosidade e é aí que se vê que não somos nada, apenas somos um ser muito pequeno no negro do Universo em que as estrelas parecem querer iluminá-lo, mas que são tão pequenas que parecem desaparecer com toda a sua impotência contra essa força negra. Andamos devagar, cerca de duas horas e nada se avista, apenas alguns obstáculos que não sabemos o que são mas que nos fazem cair. No entanto, o desejo de liberdade é Maios do que tudo e faz-nos parecer um gigante que nos encobre como se de uma tempestade em norte de nevoeiro se tratasse.
De repente, e depois de muito andar acabamos por cair, mas desta vez de uma forma que nunca tivemos. Assim, além do medo causado pela escuridão que ofuscava os nossos olhos juntasse o medo provocado pelo facto de estarmos a cair indefinidamente e sem nunca parar no mudo do próprio Universo. Assim tentamo-nos agarrar a qualquer coisa mas este elevador do Universo não pára, acabando por descer com uma maior velocidade quanto mais resistimos. Tentamos estender os braços e as pernas para ver se esta bola de neve negra pára ou abranda mas sem nenhum resultado.
A escuridão deste poço sem fundo não pára de aumentar e nós caímos, caímos, caímos…
Os minutos passam a uma velocidade redutora e à medida que o tempo vai avançando o relógio vai entrando em contagem decrescente. Este relógio de uma vida que naquele momento parece toda perdida não pára e inicia uma contagem que avança rapidamente para um fim que parece anunciado. Os metros são contados um a um e os centímetros são vindos como se fossem os últimos perdidos sem nada fazer numa triste mas emocional escuridão. De repente caímos com estrondo no chão e o nosso corpo parece que se separa da nossa alma em que nos tornamos dois. Estes dois que eram apenas um antes daquele ciclo de escuridão tornar um separadamente.
O nome coração parece saltar como que se estivesse tudo acabado e bate com toda a sua força como antes nunca tinha acontecido. Este bate com toda a sua força como se fosse as últimas batidas que daria.
Então é que se acorda perto de um rio onde nós mal o conseguimos ver devido à diferença de luz existente então. À nossa volta tudo parece calmo mas predominava uma areia negra parca em vegetação, que ninguém vê. Tristes solos estes que não dão o fruto que um dia deram e que agora permanecem esquecidos.
Assim aproximamo-nos do rio de sua textura negra para pelo menos perceber porque é que naquelas águas turvas de um rio que não existe não fertilizam aquela maldita e contaminada terra. Todos sofrem mas que parecemos aguentar, e é nessa altura que quem mais sofre são os animais. Estes que dizem que não têm sentimentos mas que sentem, e parecem sentir mais do que nós.
É assim que quando nos aproximamos daquele rio em que a margem era turva e o seu leito era ou pelo menos parecia de terra, que caímos sem que ninguém estivesse para nos segurar. É nesse momento em que aquele rio que tudo parece dar-nos parecia tirar nada, um nada que é tudo pois apesar do nada ter ainda acontecido existiria muito ainda para acontecer.
É nessa altura que parece que estamos na bendita recta final de um rio de águas turvas que nos parece querer engolir nas suas tristes, lamecenses e asfixiantes tentáculos.
Tentamos agarrar-nos à pouca vegetação que sobrevive nessa luta, enquanto descemos para quem sabe de um fundo em que nos parecem querer tapar. As plantas parecem sorrir nesse curto momento e dizendo que não se vão desprender daquele solo, que um dia nos conseguiu enganar e levar ao triste desespero de uma morte lenta e dolorosa.
Estranhamente algo luta contra essa força que nos quer submergir e engolir naquela maldita escuridão e traz-nos em fim à terra. Quem será que terá tais poderes que conseguiram vencer a escuridão e trazer-nos em segurança para o leito daquele falso rio e permite-nos salvar do que um dia parecia inevitável. Quando saímos tudo parece mais belo e mais efémero e como nos ajudaram nessa situação de aflição, também nós temos o dever de ajudar quem está em aflição.
Obrigada meu Deus.
É necessário o silêncio pra que exista o som,
é necessário paginas em branco para as palavras assim como é necessário ter um pouco mais de paciência para tudo acontecer.
É necessário saber a hora certa de ser paciente, e ser.
É necessário um caminho para os passos, uma vida para amar, um amor para uma vida, é necessário o vazio para o completo o simples para o complexo.
É necessário diser tudo que senti e mais ainda sentir tudo que diz.
É necessário saber ser, saber dizer, saber sentir o coração de alguem, é necessário perder o medo e encarar a verdade.
È necessário apenas tua existência, teu sorriso, tuas palavras... somente tuas palavras e se for possível, é
ainda mais necessário tocar, sentir, ter... voçê.
"em meio a tanto som, sou teu silêncio...
sinta este silêncio neste mar de som,
em algum lugar você imaginou encontrar
"eu", nesta ilha, dentro de teu silencio?"
by Mel
Poeticamente falando.
Minhas tristezas são notas desafinados ao vento, são como o som silencioso da chuva noturna,
são flores imóveis num temporal.
Sou uma nuvem cinza em céu alzul de um mundo desconhecido,
me sinto um barco preste a afundar depois de bater no iceberg do tempo, não sou velho nem jovem.
Sou mais um na multidão,
perdido.
Com as mesma pergunta,
oque fazer comigo? oque fazer da vida?
Soluções temporárias não respondem mais,
Enlouqueço enquanto mundo fica cada dia mais difícil de suportar.
Vejo meus olhos no espelho e me pergunto,
mais de quem é esse rosto,
Não me reconheço nem imagem nem na fala.
Sinto uma vaga lembrança do menino que fui quando canto, assim seguro minhas lágrimas transformando elas em poesia, verso e música
e assim quem sabe
a vida fica mais leve
quem sabem os dias passam
quem sabe eu levo a vida
antes que ela me leve.
PAULOROCKCESAR
O som do seu silêncio - Trecho
Oh que profunda agonia
Tristeza que outrora fugia
Agora mora aqui dentro
Contemplando o som do seu silêncio.
Tão profundo e vazio silêncio...
Silêncio!
As palavras estão dormindo...
Ouço o som dos poemas
Quando a noite apaga a luz do dia...
Acende milhões de estrelas
Ilumina os pensamentos
Que voam feito vaga-lumes
Ofertando lumes de poesias para a lua...
A água cai, o céu brilha. O som não é apenas de silêncio, é um ótimo dia para descrever a sensação de ter você.
De vez em quando eu ainda ouço
No silêncio da madrugada
Um misto de passos na calçada
e um som de sinos distantes
Que soavam nas torres das Igrejas
que existiram na minha infância
Chego a sentir o perfume
daquelas madrugadas
Iluminadas pelos vagalumes
Isso sempre me traz
um sentimento confuso:
Tristeza e alegria entrelaçadas
Eu corro abrir minha janela
Não vejo e não ouço mais nada
Somente as Estrelas no firmamento
dão atestado
de que eu um dia
Realmente tenha estado lá
Naquele tempo e lugar
Que o próprio tempo arrastou
Pra um lugar
Chamado nunca mais
Fecho a janela ciente
de que a minha vida
assim como as madrugadas
Nunca mais serão aquelas
Novamente.
Nota 6:00 Horas
No silêncio da madrugada
Lembro do som da sua risada,
Lembro das nossas piadas e as gargalhadas.
Lembro das caminhadas,
Do seus toques e as olhadas.
No silêncio que me consome,
Me viro e reviro na cama ,
Mas os pensamentos não somem.
O sono não vem,
E as lembranças me consomem.
Às 3:00 horas já se foi faz um tempo,
E já clareou la fora.
Se multiplicar por 2 são exatamente agora,
São 06:00 horas.
Em seu silencioso coração ela clama por ti, como uma ninfa dançando ao som da primavera, clama sua voz.
Quer sair, ser tocada pelos raios fulgentes de um sol de abril, se despe daquilo que a emudece e se veste dos desejos de ser som.
Sua voz é o verbo que chama, que posto no mundo faz emergir o que clama.
Ouça a voz que vem do coração de um deus...deixe cantar sem palavras, deixe bailar ao luar com encanto e graça.
Encontre-a nos sons delicados e nas fúrias da natureza, descubra com que ternura ou ímpeto ela vibra em ti e por ti...
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