Soneto da Saudade

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Soneto da descrição

Objetos sobrevoaram teu espaço desfrequentado
E encontraram dificuldade de se localizar.
Um lugar inóspito e de todo calado
Faz do ímpeto da volta um nunca desejar.

És a pedra que impede a viagem pro além-mar
E o abismo que desponta a queda do alambrado,
Como a gravidade da nota mais baixa a ecoar
Que não é suficiente para deixar o seu recado.

Uma vez entendido, tua cor é o vermelho
Invasor das moléculas de puro louvor
Das fontes que emanam do fundo do espelho,

Dos sentidos que agregam o mais forte ardor
Que acalenta as almas com o nobre conselho
E vislumbra os corações com teu sangue esplendor.

Inserida por tiagotextos

Soneto da Irônica Vida

Acreditei que nada no mundo me abalaria
Nada comprometeria minha estrutura
Achei que sendo forte, a tudo eu enfrentaria
E garantiria assim a minha paz futura

Porém a vida sabe ser irônica ao extremo
Onde julguei morar minha maior resistência
Ali mostrou o quanto seu poder é supremo
E você alterou do meu coração a cadência

E perdi a força para lutar, fui vencida
Tombou alvejada a guerreira destemida
Perdi a guerra, aceno a bandeira branca.

Mesmo relutante e pressentindo mais dor
Não tenho como negar, serei franca
Ironia da vida, descobri em ti o amor

Inserida por Adriapborges

Soneto: Um ser amor

Meu verso hoje é de amor
Sentimento mais leve não há
Como girassóis na alvorada
Olham para o sol sem parar

O amor tem a voz do vento
Nessa infinita vastidão
Duas almas que se precisam
Se tornam um só coração

Amor não é um mar de rosas
Mas é flor de todas estações
É sentimento que por ora vaza

Amor não é se perder no tempo
No amor o verão é eterno
Sua beleza reside no coração
Autoria #Andrea_Domingues ©

Todos os direitos autorais reservados 15/05/2020 às 11:40 horas

Soneto inspirado na música
Um ser amor de #PaulaFernandes

Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues

Inserida por AndreaDomingues

VISITA (soneto)

Nos paralelepípedos das calçadas
Leio os versos do viver de outrora
Meu, rimas sinuosas e poeiradas
Numa memória tão fugaz e sonora

Vou sozinho, outras as madrugadas
A trama diferente, e outra a hora
Outros destinos, e outras estradas
Desassossegado, o que sinto agora...

Choco na linha da vida, nas esquinas
Fico calado. Desfaço o laço de fita
Do fado. Tem cheiro de naftalinas

Corri ao encontro da velha escrita
Sorri, falamos, ofegantes narinas
Segui andando, na revinda visita...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19/05/2020, Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

O BEM (soneto)

Sim, no vaivém
de querer ser alguém
Sei de sobra
que a vida cobra...

Sei, que ir além
requer ser, também!
Ser, o que o jeito dobra
e ter mão a obra...

Sei, enfim, que
todo tem porque
e tem porém...

Contudo, a vida
se tem amor de partida
o propósito terá o bem.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20/05/2020, Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO VAZIO

O quê ter sem pertencer
o teu sentir de explosão
em mim p'ra poder ter
ao meu ser seu coração?

O quê ter sem pertencer
a tu'alma sem que vão
de intenso o seu prazer
viver d'amor à imensidão?

O quê ter sem o sentir
em mim o explodir
tua paixão ao peito meu?

O dia se vai e a noite vem
No teu sonhar meu bem
sem o pulsar do cerne seu.

Inserida por acessorialpoeta

⁠SONETO D’ALVA


Ao luzir d’Alva, vejo o céu do Triângulo Mineiro
Num raiar tingido, diverso, e cheio de feitiços
No entreabrir do cerrado em encantos noviços
Ai! que rico cenário! ai! que cenário faceiro!


Ao lusco fusco os pintalgados em reboliços
Na mangabeira, no ipê, no jatobá e coqueiro
Mesclando o espírito do sertão por inteiro
Ai que afáveis viços! ai! que afáveis viços!


Abarroto de encanto, olhos cheios d’água
Ai que diversa aurora! ai! diversa aurora!
Em suspiros, no fascínio dissipo a mágoa


O dia raiando, numa mais que perfeita hora
Raios de sol doirando e invadindo a purágua
Fulgindo a imaginação na madrugada sonora


© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Sertão da Farinha Podre
Triângulo Mineiro, 09 de junho, 2020
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Soneto: Amando

Coração que bate-bate
Como asas de borboleta
Senta na flor como não quer nada
E depois voa levando sua calma

É nas asas desse silêncio
Que o amor se faz presente
Respira cheiro de flor
E contradiz deixando poeira

Mas quando o amor é de verdade
A saudade visita sempre
Acalma o coração daquele que é valente

O coração põe-se a vibrar
Faz verão o ano inteiro
E primavera nos dois olhar
Autora #Andrea_Domingues ©

Todos os direitos autorais reservados 09/06/2020 às 14:30 horas



Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues
#love

Inserida por AndreaDomingues


MINHA CANÇÃO
Soneto do meu poema
Inspiração dos meus dias de sol
Basta esse olhar tão singular
Para o meu dia transformar,
Sorriso adequado de por brilho em minha alma e dissipar as névoas de qualquer preocupação.
Que segredo que trás com tua presença, que por instantes possibilita essa revolução.

Inserida por ceicapearce

⁠CONCERTO… (soneto)


Concerto... de performance revestido
Em admiração e espanto, na cor canela
Onde o céu em rubor dispa da aquarela
Musicando e luzindo o horizonte pálido


Divinal, tal sinfonia com poético sentido
Desce a túnica da noite com lua e estrela
Deixando o sol com a alumiação de vela
Num cenário de um sentimento prazido


Orquestra, ó cerrado do Triângulo Mineiro
No sossego e silêncio doidejante e faceiro
Matizando o sertão com música e poesia


São acordes de cores de um cancioneiro
Cheio de harmonia e de mágico cheiro
Compondo-se de atração nesta noite fria


© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17 de junho, 2020 – Triângulo Mineiro
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

Soneto mudo

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Inserida por marialu_t_snishimura

Soneto da gratidão

Muito obrigado, muito obrigada,
Muito obrigado, muito obrigada!
Muito obrigado, muito obrigada,
Muito obrigado, muito obrigada!

Muito obrigado, muito obrigada,
Muito obrigado, muito obrigada!
Muito obrigado, muito obrigada,
Muito obrigado, muito obrigada!

Muito obrigado, muito obrigada,
Muito obrigado, muito obrigada,
Muito obrigado, muito obrigada!

Muito obrigado, muito obrigada,
Muito obrigado, muito obrigada,
Muito obrigado, muito obrigada!

Inserida por marialu_t_snishimura

SONETO DA AUSÊNCIA

O cerrado já não mais é meu confidente
o pôr do sol não mais ouve o meu plangor
os cascalhos do segredo fazem amargor
e a saudade já não mais está condizente

Não mais estou melancólico no rancor
nem tão pouco sou aquele imprudente
e ao vento nada mais contei contente
deixo o tempo no tempo ao seu dispor

Até da recordação eu tenho medo, dor
o entardecer tornou-se inconcludente
e o olhar se perdeu nas ondas de calor

O poetar fez da madrugada noite ingente
carente nas buscas do tão sonhado amor

e hoje o meu eu no cerrado está ausente

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
06/06/2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO DO VERBO POETAR

Da oração inspiração o verbo poetar
conjuga-se com amor, dor, ínclito
uma flexão enunciada do espírito
um evocar eclodindo de um versar

Vem primeiro o dito pelo não dito
pra no manuscrito ter ato de criar
o invisível em tangível no lapidar
e o sendo se ordenando em rito

Nesta norma gramatical vem amar
numa proposição avessa, um delito
também enumerado, sofrer, chorar

E assim, na conjugação do inédito
une-se sentimento e muito idear...
O verbo poetar vai além do infinito

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Junho de 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO SOLITÁRIO

Ó tu, que pelo fado, onde te encontrar?
pode se achegar, estou aqui sozinho
por aqui vais deparar com meu carinho
e no não ter amado, serás tu o meu amar?

O cerrado da solidão me fez um ninho
seus tortos galhos, cenário pra eu chorar
tuas folhas secas papel para eu poetar:
o silêncio, as agruras, a dor e o desalinho

Segredados a lua em tristes noites de luar
largando o meu árido peito num pelourinho
ali só, nu, macambúzio até o último sangrar

E se você chegar, já tenho a taça de vinho
pra brindarmos, e a ti vou então declamar
meus versos que pra te fiz no meu caminho

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
11/06/2016, 06'22"
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

LAMENTOS NO CERRADO (soneto)

Só, me encontro no cerrado cinzento
e acumulo agruras bem guardadas
das utopias na aridez desmaiadas
dos sonhos perdidos além do tempo

Tal qual pequizeiro de flores delicadas
que brotam no sequioso pasto sedento
meu temor e saudade faz de rebento
como as floradas nas secas galhadas

Quanto vil doloroso gemido em mim
assim como folhas secas num jardim
no seu fado, voam ao vento turbulento

Eu aqui, descrente no cerrado, vivo assim,
poetando lamentos tão irreverentes, enfim,
o fato é que a vida é feita de revoadas...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
12/06/2016, 06'06"
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO SINGULAR

Não te amo desalinhado como se é o cerrado
tal folhas emurchecidas libertas na sequidão
te amo como o árido clama água, na exaustão
sequiosamente, entre o limite e o estar saciado

O meu amor por ti, está além de ser paixão
dentro de si, é a força do entardecer rubrado
do sertão, se pondo no horizonte enamorado
dando aroma a memória, e fogo na imaginação

Te amo como o vento pelo torto galhado
livre assovia nas forquilhas uma canção
te amo por te amar, pois é de meu agrado

Se não fosse assim, não teria outra forma não
pois, pra te faço este sulcado soneto versado
tão para ti, se tocá-lo, sentirás a vazão da emoção

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Junho de 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO AO PIOR DO HOMEM

Seres abomináveis e sem alma
No cintilar do sangue como espelho
Em mortífera ira que não se acalma
Diante das lágrimas, do sol vermelho,

De aflição e vergonha por esse trauma
Que se pudesse rogaria de joelho
Pelo bem de Gaia, que em dor se faz calma
E num apelo sem voz, o aconselho

A lutar pra que a raiva não o tome
Em espírito de arrasar a Terra
Frente a tanta ganância que o consome

Afinal você é homem que sempre erra
À sombra do mal sem rosto e sem nome
E que se fez só pra viver de guerra

Inserida por PalavrasAtrativas

SONETO NA PRIMEIRA PESSOA

O nosso eu, está em constante luta
Que eu em mim, agora vai portento?
Se sou quem sou, não sou momento
Pra ser quem sou, no eu tive conduta

Em nada fiz pro eu estar desatento
De fora ou de dentro, da vida recruta
Se não vago, eu, sempre na labuta
Pois, o tempo é eterno ensinamento

Quem é este em mim que o ser imputa
Pois, o diverso é mais que juntamento
É sentimento, num tal zelo sem disputa

Não hei sabê-lo se houver "divisamento"
Afinal, se há partilha há também permuta
E meu eu: é fé e amor num só complemento

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
10 de agosto, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO TÚBIDO

O que fazer desta melancolia primitiva
que adentrou minh'alma vorazmente
haurindo o prazer num ato contundente
como se fosse uma serpente viva?

Como sustar deste "ser" frente a frente
que me alicia e do meu eu não esquiva
me oprimindo numa redoma passiva
invadindo meu sentimento de repente?

Busco por outras alternativas à deriva
me afastando pra além da má mente
e nada, só amargo me vem na saliva...

E como se fosse parte de mim, ciente
ousa induzir que esta minha negativa
é túrbida, e que na fé sou pendente!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
agosto, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol