Soneto da Saudade

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⁠Mulher, você é poesia
Um soneto raro
O sonho de todo romancista

Inserida por brunafurtado

⁠SONETO 01 - QUEDA LIVRE
Além de Si

Quando dei por mim
Já não era mais eu...
Tudo onde via ser meu
Faziam partes do fim.

O amor que outrora fora tudo,
Agora não mais restava um pouco.
Momentos marcados como loucos
E eufóricos foram apenas absurdos.

Um todo por metades desiguais,
Ou fragmentos de uma parte.
Pois o meu desejo foi a arte
Que preencheu esse vazio demais.

Agora estou eu cá sem ver o que há aqui...
Por doar-se demais além de si.

Inserida por LucasCandido

/⁠SONETO 02 - QUEDA LIVRE
Acima do Véu

Prometi a ti a vida que falei.
Rasguei os músculos dormentes,
Queimei a pele no sol quente
E até as lágrimas, enxuguei.

Mergulhei fundo na vida para ter o mundo.
Segundos duraram anos longe de você.
Profundos tormentos senti para vencer
E no fim vejo somente sorrisos imundos.

Quisera eu poder alcançar o céu
Sem precisar ver acima do véu.
Estaria você a me iludir com vagas esperanças.

Agora frágil e jogado ao léu,
Vivendo amargo feito fel,
Como poderia eu ainda ter confiança?

Inserida por LucasCandido

⁠COVARDIA (soneto)

Se, assim, de novo à minha emoção
Tocar, entediante, para o meu amor
Hei de revelar-lhe toda a sensação
Do coração, sussurrante e com dor
Pouco importa se for apenas ilusão
Não se faz surdo e cego este rancor
Pois bem, dói, não apenas na paixão
Nos suspiros, e tão cheios de temor

O soneto chora, ai! Sangra, se arruína
E, dentro do peito um vazio que arde
Fazendo de o amargo poetizar, rotina
Sôfrego... Suplicante... e tão aturdido
Me vem aquela fragilidade covarde
Fazendo o sentimento tão bandido.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
13 maio, 2025, 05’06” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

Filho da casualidade,

Nasceu soneto,

Sobre os mares,

Sonhando, desbravando,

- e cantando

E a sua rota traçando,

Flutua a caravela,

Procurando aportar

Em terra firme;

O amor não tem limite.



Prosseguindo a embarcação,

Desenhando espumas,

E tatuando o coração,

- a saudade

Nem o vento a tomba,

As brumas não a amedronta.



Herdeiro da verdade,

Eu te escuto,

No tilintar das estrelas,

No beijar dos cometas,

No dobrar das forças,

Eu te pertenço,

E para sempre irei ser tua

Por toda a eternidade...

Inserida por anna_flavia_schmitt

Soneto da Mulher Fácil

Quando estive disponível
era sobre não permanecer,
somente você não entendeu
que mulher fácil não existe.

Aquilo que nem começou
e nem nunca existiu era mais
sobre você do que sobre mim,
continuar não era o plano.

O teu ego te jogou no poço
do engano e quando você
se deu conta não estava mais ali.

Com quem só queria brincar
apenas permaneci orgulhosamente
no tempo da brincadeira terminar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

SONETO SOCRÁTICO

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Se morri toda morte que se morre,
já vivi cada vida que se tem,
ou de cada bebida o justo porre;
todo mal, se por mal ou se por bem...

Fui além do infinito, após além,
por amor fui mocinho em Love Story,
odiei, fiz a guerra, paz também,
mas ninguém me condene ou condecore...

Sou quem sou desde o dia em que cheguei,
sei de tudo, no entanto nada sei,
quanto mais me procuro e me aprofundo...

Ser poeta me abona pra voar
ou pra ir pelos ares lá no ar,
onde o céu justifica estar no mundo...

Inserida por demetriosena

SONETO ANTIRROMÂNTICO

Demétrio Sena, Magé – RJ.

Quando quero esquecer nem lembro isto;
sendo assim, não preciso mais fazê-lo;
se me cabe gelar me torno gelo;
caso queiras, partir já tens meu visto...

Dar adeus não requer tamanho apelo;
é um corte que faz sangrar meu cisto;
depois passa, não vou posar de Cristo
nem querer estampar moeda e selo...

Desde agora só és quem aqui jaz;
nada parte minh´alma na partida;
teu aceno me ajusta e deixa em paz...

Tua ida bem-vinda estorna o quanto
esqueci ou deixei ficar pra trás,
e não quebra; rejunta o meu encanto...

Inserida por demetriosena

SONETO SURTO

Demétrio Sena, Magé - RJ.

És meu lado perverso, escuridão,
minha parte sinistra e venenosa,
distorcida, manchada e sem perdão;
lado espinho mortal de minha rosa...

Quem azeda o poema, faz a prosa
se perder nos umbrais do coração,
quando sou natureza perigosa
numa fuga da própria perdição...

Mas meu lado melhor tem mais espaço;
não estás na magia do compasso
que me rege no tempo habitual...

Minha vida prossegue, traço planos,
em meu lado melhor morreste há anos;
és apenas um surto pontual...

Inserida por demetriosena

QUEIXA POÉTICA

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Respeitarão meu poema down; meu soneto de pé quebrado; minha trova fora de compasso. Tratarão com respeito meus versos mal vestidos; carentes de medida; com uma sílaba menos ou algumas sílabas mais do que as milícias literárias ordenam. calarão diante da simplicidade sincera do meu poetar sem lei, lenço e documento..
Farão isso, ou me queixarei aos direitos humanos literários, por ser vítima de preconceito poético. Por não respeitarem a natureza humana, divina e social de minhas letras. Não aceitarei, de modo algum, que discriminem minha poesia especial; portadora de necessidades afetivas e de razões menos conservadoras.

Inserida por demetriosena

SONETO FORÇADO

Demétrio Sena, Magé – RJ.

Hoje sinto a poesia engarrafada
entre as vias ou veias em conflito;
quanto mais a procuro, chamo e grito
mais a perco no abismo do meu nada...

Choro a seco, meu brado soa mudo;
sai dos olhos e some pela estrada;
gasto verbos na folha rabiscada,
mas não digo a que vim depois de tudo...

De repente a poesia vem à marra
feito bicho acuado que se solta;
filho dócil que um dia se desgarra...

Foi um feto inspirado, porém torto,
que rompeu as amarras da revolta
e nasceu apesar de quase morto...

Inserida por demetriosena

SONETO SOBRE SER

Demétrio Sena, Magé – RJ.

É perfeito que haja imperfeição,
quando nada interfere lá no fundo;
no caráter, no próprio coração
que parece faltar dentro do mundo...

Será pleno quem saiba ser metade,
pra que venha caber outra versão,
se tiver de aceitar uma verdade
onde o pé sentirá faltar o chão...

Ilusão é ser cheio de certezas;
é tanger e dar nó nas correntezas
por sobrar egoísmo tempo afora...

Solidão é ter todos em poder
da soberba; do medo de perder;
de querer ser eterno aqui/agora...

Inserida por demetriosena

⁠As minhas
letras viraram
pó de estrelas
Para quem
desejar
Capturar
cada soneto,
Para que
se cumpra
a liberdade,
E eles escorram
entre os dedos,
E assim
bem desse
Jeito gere
outros poemas
Que varram
o medo,
Novas canções
e galáxias,
Porque estando
na cabeça
da minha Nação,
É sinal que faz
parte do coração;
E no sul-americano
pulsar por cada
Filho militar
eu consigno
Que pedirei
Sem receio
dia e noite,
E não abrirei mão.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Soneto Shakespeariano

Um Algodão Doce e um
Soneto Shakespeariano,
Para adoçar o paladar
e te amar sem engano.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Soneto Petrarchan

⁠Um Soneto Petrarchan
diante da mística Romã
do teu coração infinito,
Quem sabe amanhã
para os dois está previsto:
Eu creio no senhor do destino.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Um Soneto para Rodeio

Todos os dias dedico
um soneto para Rodeio
que tem uma Natureza
que com amor cortês
torna os nossos dias
inspiradores e serenos,
Fazendo com que da vida
não queiramos menos,
e por tudo agradecemos.⁠

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Soneto Petrarchan para Rodeio

Um Soneto Petrarchan
para fugir da vida vã,
Se sentir satisfeita
com o canteiro de Hortelã,
Agradecer ao tempo
pelo seu amor eterno
a todo momento
e pelas flores azuis
celestiais sobre Rodeio.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Soneto para Rodeio

A linda cidade de Rodeio
no Médio Vale do Itajaí
mora sublime no peito
como o meu amor perfeito.

É na linda cidade de Rodeio
que é beijada pelo magnífico
Rio Itajaí-açu que louvo o ano todo
porque orgulhosamente a elegi.

Existe gente que mora sem ter
a sua cidade no peito e vive
com a cabeça em noutro lugar.

Sou feliz aqui e elegi em Rodeio
para amar, morar e exaltar,
é o lugar nascido feito para inspirar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Soneto "Et Incarnatus Est"

Quando entrei na Igreja Matriz
São Francisco de Assis
daqui de Rodeio pela primeira
vez só eu sei o quê senti.

Deparei-me com as cores
de "Et Incarnatus Est",
orei devotadamente
e agradeci imensamente.

A paz que fui tomada me dizia
que aqui no Médio Vale do Itajaí
em Rodeio havia chegado em casa.

E foi assim que desfiz as malas
com toda a poesia e estabeleci
de alvorada em alvorada a morada.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠SONETO ELA

Eu pensei que nunca ia acontecer
Mas nos encontramos
Eu andava perdido
Mas te achei

O seu rosto debaixo do véu
Que você me mostrou
Me fez perder o sono
Eu enlouqueci

Eu agora estou com você
Debaixo das cobertas
E acordo ao seu lado depois da noite

Você não reclama da minha solitude
Do meu silêncio
Apenas nos perdemos no tempo

12.6.21

Inserida por linjetico