Soneto da Saudade

Cerca de 25488 frases e pensamentos: Soneto da Saudade

⁠CÂNTICO ÁRIDO NO CERRADO (soneto)

Já não mais os agridoces cheiros
Vindos dos ventos dos silvados
Não ressoam cânticos brejeiros
Que concebiam versos alados
Onde estão os frescores cordeiros
Cheios de sessamentos afiados
Pelos dias amenos e tão inteiros
Cá no cerrado, tão pavonados?

Secura, aridez, rolando ao léu
Onde foste azul, cinza é o céu
E, que hoje vimos mais e mais
Tem poeira no horizonte, urge
No fim da vereda a sede surge
- Estia o chão e os mananciais!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17/06/2025, 10’39” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠ENCARCERAR (soneto)

Encarcere no verso, a prosar, tudo quanto
Há encanto, riso, tanto, toda ímpar poética
Que pulsa e soleniza em um eterno canto
Ritmo e sentimento. E a emotiva dialética
Que vibre sensação, imagine doce recanto
Em um movimento de ação e arte cinética
Traçando a poesia com versar sacrossanto
Em um heroico acalanto e fala energética

Guarda do amor, a suavidade. Dedicatória,
Tenha. Não tenha qualquer rima escassa
Junte no estilo toda aquela boa memória
E poete, faça simbiose na paixão, seja terso
Na expressão. Com toda sua leveza e graça
Assim, então, encarcere o notável no verso.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17 junho, 2025, 19’33” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

MEUS VERSOS (soneto)

Meus versos, assobio do vento no cerrado
A alma melancólica devaneando na rima
O sentimento escorrendo de sua enzima
Do grito do peito do sonho estrangulado
Mimo das mãos no verbo que a alma lima
Ternura na agonia, voz, o lábio denodado
Galrando sensações num papel deslavado
Que há no silêncio do fado em sua estima

Os versos meus, são o olhar em um brado
O gesto grifado no vazio sem pantomima
Vagido da solidão parindo revés entalado
Meus versos, da alacridade me aproxima
Me anima, da coragem de haver poetado
Ter e ser amado, o telhado, riso e lágrima.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Abril de 2017 - cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SONETO À LUMINOSIDADE

Há em tanta luminosidade...
A paz que enche um lugar
Feita à mão por divindade
Perfeita a quem a encontrar...

E longe viver da maldade...
Que o humano teima em criar
Em claro mar da serenidade
De sal branco se purificar...

E sob a benção do sagrado...
A cada minuto contado
Nas águas vir se banhar...

Enquanto há vento soprado...
O pecado é decantado
Mas sem a alma turvar...
(SONETO À LUMINOSIDADE - Edilon Moreira, Agosto/2018)

Inserida por moreiraedilon_1100186

⁠SONETO PARA FLORBELA

A Florbela Espanca (In Memoriam...)

Quisera fosse este presente a uma flor...
Das criaturas, é a mais delicada e bela!
Na vida, na alegria, na tristeza, na dor
A sua presença é marcante e singela...

Nascida como Florbela de uma outra Flor...
Vertente em sonetos duma curta primavera
Que não se espanca, nem com pena de cor
E louva-se nos versos, por onde se reverbera...

Quisera merecer um soneto e não o compor...
E gritá-lo ao ardor por fora da estratosfera
Para ser percebido e causar-te, um fervor...

E repousar, se achegar, aonde o amor espera...
E achar teu doce odor, onde jaz, a miúda flor
Aterrada em luso solo... Tranquila... Mais etérea!
(SONETO PARA FLORBELA - Edilon Moreira, Julho/2016)

Inserida por moreiraedilon_1100186

ESTADO DE SATISFAÇÃO (soneto)

Deixo a inquietude do versar na medida
Em cata duma beleza e de um esplendor
E, assim, de inspiração liberta, pela vida
Vou. Cheio de matiz em uma variada cor
É tom de ventura, o sentimento na lida
Desabrochado tal qual uma poética flor
Daquele especioso verso que dá guarida:
O doce beijo, olhar trocado, terno amor

A poesia nunca deixa a gente esquecer
Faz querer mais, faz o coração sorrindo
É o cântico em que a alma se põe a dizer
E, trovando, escorre pelas mãos, que diz
Um contentamento sempre bem-vindo...
Animando, o poeta, ser o menos infeliz.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18 junho, 2025, 18’23” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠NOVO ALENTO (soneto)

Encontrei-te nas nuances do meu verso
Por suave direção, assim, me levaram
Pelos caminhos da paixão, e tão imerso
Que os meus devaneios estranharam
Em cada estrofe um sentimento diverso
Ritmos afáveis de cada tom brotaram
Sou, de novo, feliz, ó destino controverso
Pois, ímpar amor, aos versos inspiraram

Antes, na poesia, conduzida a esmo
Quinhoando solidão de mim mesmo
Era pesar, inquietude, tudo dava dó
Agora, alojado pelo teu terno carinho
Os versos descrevem o nosso cantinho
Em uma poética onde não me sinto só.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
23 junho, 2025, 19’17” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠ESTE...

Este, o soneto dum amador obstinado
Em que, viveu cada situação da paixão
Tal diz a prosa do coração aprazerado:
Se havia afeto, ele fiel a sua adoração
Este, o verso com sentimento ritmado
Dentre tantos sonhos, rimas de ilusão
Onde d’alma escoa o tom apaixonado
Enchendo o canto de fluida sensação

Este, o tinido sentimentalista profundo
Em que a nota poética, é um fecundo
Apreço, de encontros e de puro ardor
Este, o sentido dum cântico contente
Deste que no amor existe realmente
O qual sabes que és o singular Amor!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
29/09/2024, 12’55” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠TUDO TEM JEITO

Soneto, tens nos versos desventuras
Que dói n’alma, ao sentido imploras
Que tudo sente e que tudo ignoras
Deixando a prosa com duras agruras
Assim, obscura e extraviada as horas
Vão as rimas com infinitas amarguras
Num poetizar com tristonhas leituras
Ditas com lágrimas que dá dor choras

Das coisas mais avarentas, as preces
Falsificando o sentimento desafinado
Que escava, trava, intriga, aborreces
Ó inquietude de impiedoso inverno
Não faça de meu versejar saturado
Não há bem que dure e mal eterno.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
30/09/2024, 15’05” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SONETO DE LEMBRANÇAS

Poetando depois daquela hora sofrida
meu versar resignado e quase sem dor
recorda a paixão daquele grande amor
aquele, profundo amor da minha vida
Nos versetos, quanta sensação querida
escoam da saudade, agora, sem rancor
se há lágrima perdida, é em tom menor
pois, o furor já sem aquela sanha doída

O sentido, o que resta agora, guardado
na memória, com cheiro e significado
remindo as juras desleais, sem fianças
E, que foi eu, afinal, neste sentimento?
Sei, que fui mais que apenas momento
a suspirar neste soneto de lembranças.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09/10/2024, 15’20” – cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Soneto da Imaginação



A imaginação
Origina a força para o voo

O cansaço faz dela
Seu repouso

Na estreita calada da noite
A espreitar o passar
De um tempo

Ali se passa o vento
Aqui se passa o tempo

Minha mente vai a lugares
Que você não iria
Nem com segurança
Armado


Meu desespero
É covarde
É que apesar de sombria
Caminha na escuridão

Escuta como dispara
De medo o meu coração.

Inserida por samuelfortes

⁠CERRADO GOIANO (soneto)

Como acho encantado o cerrado goiano
tricotado de fascínio, fico espantado!
Dum chão e dum horizonte arregalado
Em um plural enredo - anelado e plano
De diversidade, se veste, aparato insano
tem tempero, cheiro, tom, um arestado
sentimento no considerar, tão elevado
também, um estio impiedoso e tirano

Alegórico! Magnetiza tudo e tudo entoa
seus arbustos tortos cheios de sedução
e teus cantos, tantos, na vastidão ecoa
Os elogios são vãos, a tanta relevância
sua atração alicia, ó poesia e canção...
Tu cerrado goiano é fecunda estância!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21/10/2024, 16’20” – cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠AS LENTES DO OLHAR.
(Soneto)

Duas vezes que aprende-se a olhar:
A primeira é quando se fala e o mundo
Vai criando forma bem devagar
E Deus diz "haja luz" e vemos tudo.

Na segunda vez é que se define:
Vê-se o contraste entre o real e o mito.
Esperamos que o caos se desatine...
Não ficamos só a espreitar o Espírito

Que sobre a face do mistério adeja
- A abismada face da inocência -
Num assalto mergulhamos mais fundo.

Aprimorando as lentes do olhar, veja
O Espírito que agora adorna o mundo
Amalgama o novo na consciência

Inserida por WillianBatistaNeves

⁠SONETO COM DOÇURA

Doce poética, doce verso, doce doçura
doce tom, doce soneto que hei escrito
doce rima tão docemente do amor dito
e que tem paixão, duma doce candura
Sentimento, a doce palavra que figura
no profundo d’alma, em um doce grito
ecoado inteiro e docemente do espírito
criando versetos tão cheios de ventura

A métrica terá que com doçura se diga
sussurros ao ouvido onde afeto impera
dando ao versar doce sentido a trama
Ó sorte com doçura em uma doce liga
tão docemente com a emoção sincera
que torna doce o verso quando se ama.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30/10/2024, 20’34” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠MAIS (soneto)

Estes versos que eu trovo ardentemente
No ritmo e poética que no afeto preciso
Da paixão arranquei-os, num improviso
Para os ter no soneto, aqui contundente
É estimar com sentimento, unicamente
Num contentar, que faz poetizar sorriso
Assim, concernente, e que não o diviso
Nem veto, poeto-os, então, plenamente

Os trago sentimentalmente. Os apanho
Do coração, num pulsar frenético, tanto
tanto... tanto... em um prazer tamanho
E, portanto, cada vez mais, cá no canto
Mais sensação. Onde mais desejo ganho
Mais ardor. Concertando mais encanto.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10/11/2024, 14’52” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Soneto do Mar

Profundo e vasto, o mar guarda em segredo,
Mistérios calmos sob as ondas frias,
Resplandecentes sob o azul, sem medo,
Murmúrios que ao vento o céu confia.

As ondas dançam com gentil cuidado,
Se curvam, se erguem, vão ao infinito,
Como um amante ao toque encantado,
Num doce e eterno abraço restrito.

Oh, mar bravio, fiel e sereno,
Guardião do céu e do vento errante,
Tu és o palco e a cena do eterno.

Nas noites calmas ou na fúria distante,
Ecoa em mim, sem voz e sem retorno,
O teu chamado profundo e terno.

Inserida por UbiataMeireles

Soneto ÁGUA NO SERTÃO
Quem foi que disse que não existe
Abundância d'água aqui no sertão
A seca braba aqui até que persiste
Com este sol arretado de quentão
Mas a água com toda força resiste
E se espalhando nesta imensidão
De céu azul e de gente que insiste
Luta, labuta e ama ver esse verdão
Que é verdade dura só alguns dias
Mas é sinal que há água no Sertão
De chuvas que ainda que erradias
Caíram no sertão formando bacias
Aguando a terra que alivia apertão
Trazendo esperança e vidas sadias

Inserida por drjanildo

⁠CONTENTAMENTO (soneto)

Enfim, posso aquietar! Já te poetei
o teu olhar sagaz, sedutor e quente
regeu uma poesia divinal, fremente
onde nos seus versos me entreguei
Em cada poema, sentir-te, bem sei
se foi bem, foi mal, a alma ardente
furou o meu peito, profundamente
tatuando teu nome, marcado serei

É assim, o meu amor: demasiado
poemas tão maciços de confissão
em cada rima o rimar apaixonado
Por este sentir, vivo em comunhão
na crença deste amor encantado
inspirado do enamorado coração!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04 março, 2025, 16’30” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

Sóneto.

⁠És meu primeiro amor, e único
Em cada gesto, um abraço sincero
Teus olhos guardam um universo
De sonhos que guardo,em verso doce e terno.

Te encontro nas tardes de sol radiante,
No perfume das flores, no canto dos pássaros,
Teus gestos, um abraço e abrigo constante,
Meu coração canta, em nossos doces momentos.

Lembro das tardes de domingo, na igrejinha,
A simplicidade de um olhar que diz tudo,
Numa história que vive em cada sentimento,
Um amor que floresce, no mútuo respeito.

E mesmo que as estações passem vorazes,
Que o mundo lá fora insista em mudar,
Nosso laço é forte, não é feito de fases,
És meu primeiro amor, vou sempre te amar.

Agora e sempre, no caminho que traçamos
Teu nome gravado em cada batida
Este amor é eterno, em versos e planos
Meu único amor, és minha poesia querida.

Inserida por Terezalima12

⁠Soneto da Gratidão Cósmica

Se ao alvorecer me rendo em reverência,
O dia abre-se em véus de ardente brisa.
No vasto etéreo, em mística cadência,
O tempo canta em cor que se improvisa.

Se à tarde, a vida em júbilo saúda,
Os ventos bordam versos no horizonte.
O instante flui, despido de amargura,
E ecoa um cântico em secreto monte.

Se à noite a gratidão me adormece,
O céu se estende em sombras ondulantes.
O medo jaz, disperso na quimera,

E o firmamento, em tons ressoantes,
Me sussurra um enigma que enaltece:
Sou parte viva da órbita eterna.

Inserida por robscheuer

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