Soneto da Falsidade de Vinicius de Moraes

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Ninguém nos aconselha tão mal como o nosso amor-próprio, nem tão bem como a nossa consciência.

Os que reclamam para si maior liberdade são os que ordinariamente menos a toleram e permitem nos outros.

O avarento é o mais leal e fiel depositário dos bens dos seus herdeiros.

Todas as virtudes são restrições; todos os vícios, ampliações da liberdade.

A virtude encerra todas as coisas, e todas as coisas faltam a quem não a tem.

Os maldizentes, como os mentirosos, acabam por não merecer crédito ainda que digam verdades.

Podemos reunir todas as virtudes, mas não acumular todos os vícios.

Os homens impulsionam os negócios e os negócios arrastam os homens.

Os bens que a virtude não dá ou não preserva são de pouca duração.

Os homens não são importantes. O que conta é quem os comanda.

A atividade enriquece mais do que a prudência.

Ninguém quer passar por tolo, antes prefere parecer velhaco.

O mal que podem fazer os maus livros só é corrigido pelos bons; os inconvenientes das luzes são evitados por luzes de um grau mais elevado.

A morte anula sempre mais planos e projetos do que a vida executa.

A preguiça enfada e quebranta mais que o trabalho regular.

Hábito e rotina têm um inacreditável poder para desperdiçar e destruir.

O avarento, por um mau cálculo, sofre de presente os males que receia no futuro.

Suportamos tudo isso, por amor dos eleitos.

Gosto das coisas claras...
Não gosto de pequenas gentilezas disfarçadas de falsidade...
Me incomoda gestos bondosos que alimentam mentes egocêntricas...
Não convivo com meu inimigo de forma amistosa porque goste de sofrer, e sim porque me agrada a idéia de esperar com paciência, o dia em que sua máscara há de cair.
Sem ódio, sem ressentimento, sem rancor, sem dor...
Somente amor, compaixão e OLHO no OLHO.

Último Soneto

Já da noite o palor me cobre o rosto,
Nos lábios meus o alento desfalece,
Surda agonia o coração fenece,
E devora meu ser mortal desgosto!

Do leito, embalde num macio encosto,
Tento o sono reter!… Já esmorece
O corpo exausto que o repouso esquece…
Eis o estado em que a mágoa me tem posto!

O adeus, o teu adeus, minha saudade,
Fazem que insano do viver me prive
E tenha os olhos meus na escuridade.

Dá-me a esperança com que o ser mantive!
Volve ao amante os olhos, por piedade,
Olhos por quem viveu quem já não vive!

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