Somos Passaros de uma Asamario Quintana

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Dia 02 de Novembro. Dia de amados.

Hoje eu não vou a cemitérios.

Hoje é o dia que escolhemos para homenagear nossos mortos.

Dia em que muitos se dirigem aos cemitérios, visitam túmulos, os enfeitam, relêem as inscrições nas lápides...
Muitos reservam alguns momentos nesse único dia, para lembrar, aqueles que morreram e já foram esquecidos, acho isso um tanto hipócrita e totalmente desnecessário.

Não que eu também não tenha meus próprios mortos, para lembrar ou revisitar, mas faço isso, no cotidiano, mantendo-os vivos em mim e buscando as referências, de suas vidas, em suas obras...

Hoje eu não vou a nenhum cemitério.
Aos esquecidos, seria desonesto, tal fingimento e aos que mantêm-se vivos em mim ou em suas obras, seria completamente desnecessário.

Não vou a cemitérios.

Tenho pra mim que, assim como, Mario Quintana, aqueles que um dia viveram, não estão lá.

AMOR PELO AMOR

Eu gosto de pessoas... E isso independe do que a pessoa TEM.
O que me atrai nas pessoas é o que elas SÃO, essencialmente, naturalmente...
Me identifico com pessoas que essencialmente, naturalmente, amam.
Sim, porque o amor não se compra, logo, não está a venda.
Amor é uma troca natural, porém uma troca de sentimentos e atitudes e não de "coisas".
No amor não há chantagem, nem mesmo a emocional.
Se o amor é incondicional, logo, não há justificativas, não requer explicação...
Amor é aceitação, perdão, SIM e NÃO.
No amor não há espaço para cobranças... Se fosse assim, nós amaríamos os profissionais de telemarketing que nos ligam repetidas vezes por dia para cobrar a conta que não pagamos. (brincadeira! rsrsrs)
Mas, separemos as coisas... Nem todos que dizem que amam, amam. A necessidade de afirmarmos o amor geralmente está ligada a ausência de demonstrações reais.
Todo sentimento existente está mais ligado ao que fazemos do que ao que falamos.
E "o não fazer nada", muitas vezes, é melhor do que "fazer alguma coisa", pois na maioria das vezes o "fazer alguma coisa" está intimamente comprometido ao que é condicional, logo, é um amor-investimento. Cedo ou tarde as cobranças aparecerão.
Portanto, amor que se tem, se dá, e se recebe não por mérito e sim pela dádiva do ter e dar...
E assim Deus ama a humanidade, assim Jesus nos ensinou a amar.
Amar pessoas, independente de nossas diferenças... E nos relacionar sadiamente com pessoas, independente das igualdades.
O que nos une é o AMOR. Se não fosse assim, jamais teríamos o privilégio de termos o amor de Deus e o relacionamento com Jesus. Afinal, somos bem diferentes Deles e bem piores do melhor que Eles prepararam para nós.
Se ainda não somos o que podemos ser, nos contentemos em amar o outro como ele é. Isso já nos torna melhor.
Falar de amor é fácil... Bial falou, Quintana também; até Martinho da Vila cantou o amor. E eu que não sou ninguém, falei... Mas só Jesus ensinou o amor amando, dando sem olhar a quem.



E ENTÃO…

Então me vi sem norte
Sem porte
Sem porto
Ambíguo e quase menos vivo

Então ouvi seus olhos
Cheirei tua boca
Afaguei teu sorriso
Beijei sua nuvem

Então sorri teu pranto
Uma vida chegando
Duas estrelas, um ventre
Fecundo e tenaz

Então cataclismas - breve torpor de nossas almas.
Então movimentos
Circulares
Círculos de Plotino
Círculos de Hipátia
Círculos de Dante
Universo ensimesmado
Infindáveis questionamentos...

Não caíste em desmantelo
Naquele ano do nosso senhor - tempo
Que o vento não levou e brisa sorridente
Nos gracious com choros enfantes sem dentes

Então chorei teu sorriso
Reguei seu jardim
Então a luz chegou
Poderosa e ofuscante

Então sorrimos o choro...




Inserida por Maestroazul

E aquela pessoa que insiste em surgir nos pensamentos. Assim, do nada! Sem perdi permissão! E passa um filme na cabeça, mas logo ela volta para a caixinha da saudades. e parafraseando o saudoso Mestre Mário Quintana: "Se me esqueceres, só uma coisa, esquece-me bem devagarinho."

Inserida por JeanMarquesBezerra

Enquanto

Enquanto as horas passam
E os segundos correm
Muitas vidas nascem
E outras tantas morrem.

Enquanto a melodia toca
E as ondas oscilam no mar
Tenho a cada vez menos certezas
E uma enorme vontade de amar.

Enquanto o pôr do sol encanta
E o beija-flor beija a flor
Eu cuido do meu jardim
Seguindo o que o poeta aconselhou.

Edson Luiz – Primavera de 2015

Inserida por ProfessorEdson

Folhando
Na Canção do amor imprevisto
Um Poeminha do contra a encantar
A poesia descobri com Quintana
E outros gênios passei a admirar.

Letras de poetas expoentes
Motivo de Cecília em instantes
Traduzindo-se Ferreira Gullar
E o Quixote Miguel de Cervantes.

Vinícius compondo sonetos
Olavo ouvindo uma estrela
Carlos e seus anjos tortos
Em Pasárgada, eternizado, Bandeira.

A Violeta de Alves a brotar
O Prefácio de Barros sorridente
Cora admirando a Lua-Luar
O Inverno de Lima presente.

Dias escutando o sabiá
Drummond consolando José
Nos versos íntimos Augusto
Em Linha reta Pessoa é o que é.

Inserida por MoacirLuisAraldi

Quero apenas voar!
Por Karine Bighelini, 22/11/13

Hoje quero ser do contra, do outro lado, do oposto, daquilo que ninguém quer falar. Resolvi fazer do meu jeito... Simples assim! Alguém já não disse que a unanimidade é burra?

Ah, se todos seguissem seus “próprios eus”...
Ah, se a direção de nossos instintos se dispusesse de qualquer norma ou medo de viver!
Quanta originalidade não seria dispensada,
Quanta tristeza poderia ser evitada!

Quisera que todos nós pudéssemos “seguir” somente a genialidade humana.
E ao menos, uma vez ao dia, termos a intensidade de Mário Quintana!

Com seu inesquecível Poeminha do Contra, autores tradicionalistas ousaram criticá-lo pela sua simplicidade linguística.
“Somente” inesquecível foi o que ele conseguiu ser!
Tantas interpretações desde 1978 e ainda, hoje, sua famosa estrofe leva o público a devaneios e entendimentos semânticos:
“Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!”

Há liberdade maior do que o voo de um pássaro?
Ser livre, ser solto, ser seu dono...
Ter asas: que combustível invejável!

Não quero atravancar, quero libertar-me...
Não quero ficar, quero simplesmente passar...
Não quero ser “imortal”, quero apenas voar, voar e voar!

Inserida por kbighelini

Árvores oferecem asilo a toda espécie de poesia.

Inserida por frasesdetirinhas

O tempo é muito mais saboroso quando degustado entre olhares.

Inserida por frasesdetirinhas

SEM NINHOS

Sei que ele passa,
Como passa o tempo.
Por isto quando chegar
A minha hora
De subir no telhado,
Vou gritar bem forte,
Nem vou olhar ao lado.
Quero que o meu eco
Voe pelo espaço,
Siga sempre em frente,
Mesmo que não tenha
A certeza de algum lugar.
Não posso falar “baixinho"
Quando estiver no telhado.
Quero gritar mais alto,
Este amor que agora sinto
Não cabe só em mim.
Gritarei sem medo,
Que voe os passarinhos
Em busca de outros ninhos.
Que o meu grito eternize
O nosso momento,
Mesmo que ele passe,
Como passa o tempo.

(Homenagem-diálogo com Mário Quintana: "Bilhete")

Inserida por RosalvoAbreu

⁠Poema bom

Hoje eu tropecei por ai nesse poema que eu já conheço há tanto tempo, mas hoje olhei para ele de uma forma diferente ou foi ele que olhou para mim, não sei. Segundo Quintana bom é o poema com o qual nos identificamos. E isso que ele disse, eu acredito que não sirva só para a poesia, mas para a música, o teatro, cinema, a literatura, as artes em geral. Mas nos identificarmos com algo será que é suficiente para classificá-lo como bom ou ruim? Nós só conseguimos enxergar o que já têm dentro nós e muitos de nós têm o mundo interno bastante reduzido. Não porque sejamos piores, mas porque a vida não nos deu as mesmas oportunidades que deu a outros. Logo, dizer que algo é bom ou ruim só porque nos identificamos é no mínimo superficial e simplista. Claro que nos identificarmos com algo nos dá aquela sensação gostosa de acolhimento, de conforto e prazer e, essa sensação que nos leva a adjetivar o que nos proporcionou esse sentimento é a mesma que usamos para classificar algo como bom ou ruim e, ao meu ver insuficiente.

Inserida por ednafrigato

⁠O gato pulou o muro e caiu no meu quintal
Ele mia e diz que me ama e não compreende que nasceu de um poema de Quintana!

Inserida por todasasmariasdomundo

CONTO DO MEIO

Quando pequeno, eu estava no aniversário de um amiguinho

e pus meu dedo no bolo.

Não coloquei e tirei. Não passei o dedo.

Apenas enfiei a ponta do indicador naquela parte branca.

O dedo permaneceu lá, parado, enfiado, intacto.

Todas as mamães me deram um sorriso falso.

Os papais estavam bêbados no quintal.

O único homem ali perto era o tio Carlos.

Tio Carlos se escondia atrás dos óculos e da câmera fotográfica.
Era bobo, agitado e gorducho.
Quase sempre sorrindo.
Tinha poucas, raras, nenhuma namorada.
Tio Carlos atrás dos óculos, da câmera e de namorada.

Meu braço esticado era a Golden Gate.
Uma conexão entre minha consciência
e aquele montante de açúcar.

A ponta do dedo imóvel, conectada, penetrada no creme branco.

Uma das mamães resolveu liderar a alcateia
e me pediu para tirar o dedo.

Pra que tanta coragem, perguntou meu coração.
Porém meu dedo,
afundou um pouco mais.

Olhei-a nos olhos sem docilidade.
Meu corpo imóvel.
O dela recuou.

Minha mamãe, sem graça,
falou que isso passa.
Eu atravancava, ria e dizia:

- Vocês passarão, eu... - estendia a aporia.

Eu era a Criação de Adão na Sistina.
Era mais que Michelângelo,
Era Adão no Bolo,
Era Bolo em Deus.

Mamães desconcertadas. Olhando umas para as outras.
O silêncio reinava,
o reino era meu.

Mamães desorientadas. Olhando para mim.
Tio Carlos com a câmera fotográfica
olhava para as mamães.

Acho que ele era apaixonado por umas três mamães,
ou mais,
ou todas.

Esperei um não.

Esperei um pare.

Ninguém era páreo

para um rei.

Tirei.

Inserida por kikoarquer

“Tô magoada, tô confusa, tô sozinha. Tô precisando de alguém que entenda, de alguém que abrace, de alguém que me diga “Vai ficar tudo bem”.”

A música é essencialmente doze notas entre uma oitava. Doze notas e uma oitava se repetem. É a mesma história contada uma e outra vez. Tudo o que o artista pode oferecer ao mundo é o seu jeito de ver essas doze notas.

A menos que você vá em frente e tente, você nunca saberá. Essa é a verdade. Se há uma razão pela qual estamos aqui é dizer alguma coisa que as pessoas querem ouvir. Então você tem que segurar a oportunidade e não se desculpar, não se preocupe com o motivo de eles estarem escutando ou quanto tempo passou. Você simplesmente fala o que quiser falar.

Eu busco desvendar todos os mistérios que em mim se ocultam. Sou alomorfia permanente, enigma excelso. Existo dessarte. Recolho-me do universo e a ele me transmito.

Procure a felicidade, não a opinião dos outros 🔮🌻

Era noite e eu recebi a notícia de que ela não estava bem, me perguntei se deveria conversar com a mesma, já que estava com um pouco de receio da nossa amizade.

Quer saber? Deixemos o orgulho, mais uma vez, ir embora. – Pensei.

Esqueci o mal que eu mesma estava me fazendo e a perguntei sobre seu estado, e ela me disse que era besteira, mas eu, como sempre, não acreditei em suas palavras.

— Besteira? Não é não. – Disse eu, já impaciente.
— É, estou bem. Na verdade, é o mesmo de sempre.. O sentimento ruim me consome sem mais e nem menos, e eu não sei o que fazer.

Respirei fundo. Era difícil explicá-la que eu sabia bem o que era isso.

— Eu não sei se posso te ajudar. – Disse baixo, sentindo meu coração apertar.

Eu não sei, realmente, se poderia ajudá-la, pois, talvez, seja tarde demais para isso.

— Você não pode. Ninguém pode. – Ela falou e foi embora, e eu só a observei partir dali.

Ela estava desistindo, e desta vez eu não iria a impedir... Porque como ela, eu também estava mal.

— Adeus, alma. – Foram as únicas palavras que consegui falar ao vê-la desaparecer pelo caminho, não sei se a mesma me ouviu, mas eu espero que sim.. Pois, ela precisa entender que eu também estava desistindo de mim.

O adolescente é esse ser de idade indefinida, que está numa constante busca.Eles não sabem o que realmente são, nem o que realmente podem fazer.Até hoje só se sabe que eles são muito velhos para metade das coisas e muito novos para o resto.Basicamente, são seres descompreendidos.