Solidão
Mensagem da manhã:
Bom dia!
Que hoje o amor bata à sua porta — não aquele amor que fere ou ilude, mas o amor que cura…
Que o amor venha fechar as feridas que o próprio amor, em alguma fase da vida, causou.
Que ele venha manso, como o sopro de uma brisa suave, e forte, como o abraço que você mais precisa.
Que o amor acalente os seus medos, transforme saudade em aprendizado e solidão em reencontro.
Que ele te devolva o brilho nos olhos, a paz no coração e a esperança nos passos.
Que o amor desperte o seu melhor sorriso, mesmo depois de noites de lágrimas silenciosas.
Que hoje o amor te encontre — em um gesto, em uma palavra, em um silêncio que acolhe.
E que ele permaneça, não apenas nos grandes momentos, mas nos detalhes pequenos que fazem tudo valer a pena.
Porque o amor verdadeiro não machuca. Ele sara, reconstrói, fortalece, ensina e eterniza.
Desejo que o seu dia seja envolvido por esse amor que vem de Deus — puro, leve, eterno.
E que, no final do dia, você possa dizer: "Valeu a pena ter acreditado de novo."
Com amor, para o seu coração.
Bom dia!
Dia do amigo
Amigo é guardião das histórias,
farol que brilha em noite nublada.
escudo fiel contra a solidão,
sorriso ecoa trombetas de vitória.
é o guerreiro que marcha ao meu lado,
divide o peso das lutas e dores,
celebra cada conquista alheia
com o fervor de própria glória.
templo de lealdade em rocha firme,
portas abertas a quem pede abrigo;
canto que embala sonhos audazes,
revela a força viva das estrelas.
Você nasce sozinho e morre sozinho, o importante é você não se perder de você mesmo. Porque existe outras pessoas na sua vida mas no final é só você!
Nas adversidades, nos lembramos da existência de Deus e recebemos, prontamente, aquilo que necessitamos. Especialmente nos momentos de solidão, é quando nos comunicamos com Ele e é justamente quando estamos mais sensíveis emocionalmente que sentimos as mãos Dele, trabalhando em nossas vidas.
Hoje acordei em lágrimas!
Antes que os pássaros não despertem
Que as flores não desabroche
Nem o sol brilhe !
Hoje despertei de um sonho!
Dos prazeres da sua presença
Da alegria em seu sorriso
Do brilho em seus olhos !
Hoje acordei cedo !
Para viver o que não quero
Degustar a comida sem gosto
E ser quem não sou !
Hoje acordei solteiro !
Sozinho sem amor
Sem carinho
Sem sonhos !
Hoje acordei....
E quem me dera estar dormindo
Me alimentando de seus beijos
Sentindo o afago do seu abraço!
Dizem que, antes de sermos 2, precisamos ser 1. Eu discordo em parte. Acredito que é importante sermos 1, para caminharmos lado a lado de forma tão verdadeira e complementar que juntos valhamos 11, e não apenas 2.
ECOS DO SILÊNCIO
amanhecerá
entre a penumbra de um dia e outro
o ruído do silêncio fazendo eco na madeira dos móveis
o criado-mudo tão mudo quanto antes
estático na sua velha roupagem de verniz vencido
— o tempo deixa marcas me disse, mudamente
— e eu que achava que não... sorri sardônicamente
silêncio lá fora. barulho lá dentro
o vento soprando as horas como se o tempo fosse vela
entre um silêncio e outro [o ruído do tempo]
esse barulho que não passa... virá de fora ou virá de dentro?
AURORA
Querida Aurora ,
Não chores por que já é domingo
E nos domingos meu bem,
As dores não passam
e as lágrimas não cessam
Não chores agora querida,
Por que agora é domingo à tarde
E nos domingos Aurora
Teu pranto é mudo
abafado,
inaudível
taciturno.
Afásico como as paredes duras
que esconde os monges
Não chores pois teus olhos ardem com o sal das lágrimas
E as lágrimas ardem minha querida Aurora
Ardem como o sal dos mares que corrói as rochas
e é domingo Aurora
Domingo não tem carteiro,
Nem cobrador,
Nem bufarinheiro.
Nem entregador de flores.
Ninguém pra bater no bater na tua porta,
chamar por teu nome,
olhar no teus olhos ,
e perguntar por que choras
Não chora hoje
Chora amanhã Aurora
Amanhã tem carteiro
Cobrador
Bufarinheiro
e entregador de flores.
Hoje não. Hoje é domingo à tarde.
E domingo é duro Aurora.
As lágrimas da melodia
O choro da meia-noite,
um ar de melancolia;
A melodia é aguda,
mais escura que a própria noite.
Meu fone é alto,
tentando me fazer sair desse mundo;
alimentar meu pensamento;
me fazer esquecer tudo.
Nada pode substituir,
minha música melancólica,
que me faz me esvair,
e apenas o som fica.
O Encontro no Ônibus
Estava eu, mais uma vez, indo para a casa de minha avó. Para tanto, preciso pegar dois ônibus ou ir a pé até o ponto do segundo. Com muita cautela, vou. Passo atenciosamente de rua em rua, esquivando-me das esquinas como quem evita lembranças indesejadas.
Decido ir a pé. Chego ao segundo ponto um pouco cansado, o corpo denunciando a caminhada, e logo vejo meu ônibus se aproximar. Entro, pago e me assento. Como em qualquer outro dia, encaro a janela como uma tela em branco, onde os cenários passam rápido demais para serem compreendidos. Imagino tudo, porém nada de importância.
Um bairro se passou quando sinto um toque no braço, leve como o roçar de um galho ao vento. Vinha de alguém que se assentava do meu lado direito. Penso que foi apenas um esbarro casual e volto ao meu devaneio, mas novamente sinto. Dessa vez, decido me virar e entender o que estava acontecendo.
Era uma senhora, pequena e franzina, de mãos trêmulas e olhar perdido. Tentava, com delicadeza, chamar minha atenção. Algo havia de diferente em seu olhar — um brilho úmido que parecia conter todo o peso do mundo. O marejar de seus olhos já me inundava, e antes que pudesse dizer qualquer coisa, ela segurou minha mão com firmeza, como quem busca âncora na tempestade.
Sem dizer uma palavra, ela apenas suspirou fundo, como se aquele gesto contivesse anos de histórias acumuladas. Seus dedos enrugados e frágeis envolviam minha mão como se segurassem um último pedaço de esperança. Por um instante, o mundo se reduziu àquele toque, e o barulho do ônibus se tornou um murmúrio distante.
Aos poucos, seus lábios se abriram, e num sussurro quase inaudível, ela disse:
— Você se parece com meu filho...
Houve um silêncio denso, como se o universo contivesse o fôlego. Não sabia o que responder, e talvez ela nem esperasse uma resposta. Apenas segurava minha mão, fixando o olhar num ponto indefinido do corredor.
— Ele partiu faz tanto tempo... — murmurou, com a voz quebrada pela saudade.
Um nó se formou na minha garganta. Respirei fundo, sentindo o peso daquele instante. Então, num gesto instintivo, apertei a mão dela com carinho e disse:
— Eu estou aqui... Pode me contar sobre ele, se quiser.
Ela pareceu surpresa, como se aquela simples oferta fosse um presente inesperado. Seus olhos marejados se voltaram para mim, e um sorriso tímido despontou, como um raio de sol por entre nuvens carregadas.
— Ele tinha esse jeito quieto... sempre olhava pela janela, pensativo. Gostava de imaginar histórias. E quando eu estava triste, ele só segurava minha mão, como você está fazendo agora.
Senti meu coração pulsar mais forte. Eu não era apenas eu — naquele instante, eu era um fragmento de memória viva. Ela continuou falando, e a cada palavra seu rosto se iluminava, como se a lembrança trouxesse o calor de um reencontro.
— Ele dizia que as nuvens eram mapas de terras mágicas — disse ela, sorrindo leve.
— Sempre acreditava que, se prestássemos atenção, descobriríamos um caminho que só os sonhadores enxergam.
Sorri também, e sem perceber, comecei a compartilhar minhas próprias memórias de viagens e pensamentos perdidos olhando pela janela. Ela escutava atenta, como quem encontra companhia na dor e na saudade.
Quando o ônibus freou bruscamente, ela soltou minha mão com delicadeza, como se devolvesse à realidade o que fora apenas um breve consolo. Antes de descer, olhou para mim com um sorriso pequeno, mas sincero, carregado de um agradecimento mudo.
— Obrigada... Você me fez lembrar que o amor não morre... Só se transforma em saudade.
Olhei para ela e, com um sorriso sincero, respondi:
— Talvez ele ainda segure sua mão... de algum jeito, através de quem traz um pouco dele no olhar.
Ela desviou o olhar por um momento, tentando conter as lágrimas. Mas quando voltou a me encarar, havia uma serenidade nova ali, como se minhas palavras tivessem encontrado um canto acolhedor dentro dela.
Fiquei observando-a partir, pequena e delicada, desaparecendo na multidão. O ônibus seguiu viagem, mas aquela sensação permaneceu em mim — uma mistura de melancolia e gratidão por ter sido, ainda que por poucos minutos, um porto seguro para alguém que precisava ancorar suas lembranças.
No caminho até a casa de minha avó, pensei sobre a força que existe em simplesmente estar ali para alguém. Às vezes, somos chamados a ser companhia em meio ao tumulto da cidade, como se a vida nos empurrasse para encontros que não esperávamos, mas que, de alguma forma, precisávamos viver.
E ali, entre a dor e o alívio, aprendi que às vezes somos porto, outras vezes somos naufrágio — e, no intervalo entre os dois, a vida nos permite tocar o coração de um desconhecido, deixando nele um pouco de calma, e levando conosco a certeza de que a humanidade sobrevive nos detalhes.
Do Vazio, Transbordo
Do vazio, preencho-me,
como tela que se pinta sozinha,
colorido com as mais belas cores
de uma paleta que nem escolhi.
Sou arte que se faz sem intenção,
um quadro que respira
e dança com os tons
que o acaso me deu.
Do vazio, transbordo,
como rio que se perde
entre margens inconstantes,
a fluidez de um só
corpo que se desenha
com as tintas do improvável,
na liberdade de ser
mais que apenas vazio.
Quando a vida me cobre
com véus de incerteza,
esboço-me em traços largos
e deixo que o tempo
pincele meus contornos.
Não sei se sou obra completa
ou fragmento em constante mudança,
mas aceito o caos
como parte da criação.
Sou o intervalo entre
a matéria e o conceito,
o pulsar do imprevisto
na estrutura que se rompe.
Quando me olho de fora,
percebo que sou mais
do que a soma de escolhas,
sou o reflexo que escapa
entre as fendas da razão.
Há beleza no que escorre
sem forma definida,
no gesto que se faz
pela inquietação do existir.
Sou composição inacabada,
mas inteira naquilo
que jamais cessa de se criar.
E assim,
de um espaço que era nada,
sou cor, sou movimento,
um corpo que não cabe
em linhas retas
nem em molduras fixas.
Sou a contradança
entre o vazio e o transbordar,
a essência que se molda
na ausência de certezas,
como verso que se escreve
no tempo que passa
sem pedir licença.
E se ao final
me perguntarem o que sou,
direi que sou fluido,
transição que se esparrama
entre o ser e o deixar de ser.
Um conceito escorrendo da mente
que, ao tocar o chão,
se torna rio que não desiste
de encontrar o mar.
Porque ser é também desaguar
em possibilidades infinitas,
é não temer a dissolução
e encontrar na própria mudança
a raiz que jamais se fixa.
Sou processo que se faz
enquanto a vida se move,
uma arte sem moldura,
uma verdade sem contorno,
transbordando de mim
no vazio que me acolhe.
E se por acaso
me perguntarem novamente,
não direi mais que sou completo,
nem que estou pronto.
Direi que sou como a água,
que ao abraçar a terra,
transfigura-se em rio,
em mar, em chuva,
mas nunca deixa de ser
essencialmente líquida,
livre para se moldar
e expandir,
pois mesmo quando se evapora,
não deixa de ser presença,
não deixa de ser vida.
"O ignorante não reconhece sua ignorância, vive de sonhos improváveis, fala em autonomia, mas não faz quase nada sozinho."
A simples lua que brilha lá no céu,
com seu sorriso me rejuvenesceu.
Com palavras frias,
que me adoeceu.
As estrelas complementam o ego seu.
Após muitas e muitas noites,
seu coração, por mim amoleceu.
A maior dor do mundo não é a dor da traição, da rejeição, do abandono. É saber que vc não é suficiente pra quem vc mais ama, e por mais que vc se esforce, parece nunca estar à altura do que espera, é viver o incômodo de querer o melhor pra sua vida, e ver em quem ama sua única fonte de felicidade. Ah, se todos entendessem com clareza que nem tudo é como queremos, que existe hora de abrir mão de coisas fúteis, de coisas sem importância e que, por maior que seja seu desejo por elas, existe sempre algo maior, alguém maior, aquela pessoa que, apesar dos defeitos, do seu jeitinho de ser, transmite amor, carinho, cumplicidade, lealdade, verdade em tudo que sente, mas às vezes nosso egoísmo não nos deixa ver que o que mais precisamos está do nosso lado, nos incentivando, nos protegendo, torcendo por nós em todos os momentos da vida, uma pessoa maravilhosa que dá sua vida pela nossa.
"" Ontem conversei com um amigo que se diz ateu
tivemos uma pequena divergência
ele me disse
tudo é ciência
pela ciência tudo se originou de uma única célula
houve uma explosão e tudo ainda está em evolução, se expandindo
então lhe falei:
agora que admiro Deus ainda mais
pois o cara conseguiu colocar tudo numa simples célula
e imagine, foi uma explosão organizada
nada de bagunça
já pensou se fossem duas células
imagine que sorte teve a galinha, pois ela tchum, apareceu bem pertinho do galo e não foi só a galinha, mas todos os seres vivos, vieram meio que "junto"
agora me diga quem criou aquela célula?
e se não foi Deus, quem criou?
e mais quem puxou o detonador para que houvesse a explosão
sabendo que qualquer corpo, ocupa espaço
onde estava aquela célula?
fora essa célula, cite outra coisa que se criou do nada
ou foi apenas ela...
Deus tem a minha admiração
vá ser inteligente assim lá no céu...
" Um dia você verá que muito do que fez foi retribuído apenas com ingratidão, mas que isso não seja motivo para mudança. Continue fazendo e sendo cada vez melhor, se ao final não tiver recompensa, pelo menos você estará bem distante do mal...
" Não sei,
que de distâncias, tento não entender
prefiro encurtar, chegar aos laços
aos abraços
não sei,
mas sinto o recado no teu perfume.
cheiro que conheço tão bem
e mesmo diante de pouca distância
me contenho
e tudo que sei,
é esperar...
