Sociedade Consumo
Repense o consumo. Repense as relações. Ame as pessoas, não as tente possuir. Tenha as coisas, mas não deixe que as coisas de possuam.
Amor
Arde,queima,corrói
Aquece,consome,consumo
Belo,quente,sexo
Destrói,desgraça,possui
Fogo,foge,fornalha
Limpa,purifica e transformar
Vivemos atualmente numa cultura de vitrine, mais conhecida como consumo, na qual o olhar para fora impera. Olhamos para as redes sociais, sabemos o que se passa na política, na economia e mundo afora, onde há oportunidades e também crises. O bom e o mau, dicotomias sem fim nessa avalanche de informações, produtos e serviços que escolhemos o que parece que mais vai nos satisfazer – ou aos outros ao nosso redor.
Tudo desconexo. Dali há um mês não se sabe porque comprou a tal coisa, em 1 ano não se entende porque está com aquela pessoa, em 8 anos o trabalho simplesmente não faz mais sentido. Vazio. Onde fomos parar? Para onde a pessoa que você conhecia foi? O que aconteceu? O que mudou? Quem sabe virou uma história que você talvez contará aos amigos, a uma pessoa especial ou aos seus filhos; ou ainda você a colocará em um baú de memórias lacrado cuja chave daqui há algum tempo você nem se lembrará mais aonde colocou.
O que realmente importa nessa vida? “Difícil, não sei” – você pode me responder. Ou vai falar aquelas palavras bonitas que desejamos no aniversário e no réveillon. Sim, praxe total: paz, amor, sorte, dinheiro, alegria, saúde, sucesso, prosperidade… O que cada uma dessas coisas quer dizer para você?
Aí, sim, estamos indo para dentro. O amor que você quer hoje, talvez não seja o amor que você queria há 5 anos. O sucesso que você deseja, talvez não seja o mesmo que você quis 3 anos atrás. E por aí vai. Pode até ser o mesmo, mas um pouco diferente, mais maduro, talvez, ou pode ser simplesmente outra coisa, porque você tem o direito de mudar de opinião.
Só você sabe o que é melhor para você agora. Apenas você pode descobrir o seu objetivo e cada detalhe, cada particularidade do quadro do seu futuro que você compõe com a sua própria autenticidade em cada passo na direção das suas realizações. Mas os passos estão no presente, no aqui e agora, com você sendo o seu melhor a cada momento e buscando aquilo que você acredita que é o melhor para você, aprendendo em contato com os outros e vivendo as suas próprias experiências.
O propósito do homem não está em ter um padrão de consumo e tampouco em juntar patrimônio. A sociedade global está menos humanizada do que a tempos atrás. vive-se hoje feito robôs do sistema.
Ontem, hoje e talvez amanhã.
Ontem o consumo nos carregava sei lá onde. Como marionetes do capital, comprávamos o dobro do que consumíamos. Sem tempo, afogávamos mágoas e ansiedade em remédios e smartphones, procurando refúgio em um consumismo desesperador.
Um vírus veio esfregar nas nossas caras como quem esfrega uma roupa manchada de vinho que afinal, não precisamos de tantas coisas. Que não devemos relativizar a vida ao capital e que precisamos cuidar uns dos outros e guardar quem é mais vulnerável. Que um vírus contamina muitas pessoas, mas os que morrem são os mais pobres e que quem menos tem, é quem mais doa.
Hoje temos tempo. Mas não podemos ir à praia, ao cinema... não podemos ver ou abraçar quem amamos. Mas também podemos pensar no quão as pessoas e a natureza são as únicas coisas que importam. E olha que louco, podemos ser heróis... basta apenas ficar em casa. Podemos olhar ao redor e pensar para onde estamos indo e que o Amanhã pode ser visto como um “renascer” onde as atitudes podem ser diferentes.
...Salve. Enquete: Na sua família quem deve e pode morrer para a Produção, Consumo e Economia não parar?...
Camuflamos nossas faltas interiores com elementos de consumo cada vez mais nocivos à nossa própria alma, a felicidade está dentro de cada momento que não julgamos como relevantes a busca pelo status social cobrado a nós...
Só consuma o que você precisa, a sustentabilidade de nosso planeta depende de um consumo consciente e responsável.
Se o desejo de sermos alguém
Suprir nossa necessidade de consumo
Seremos um pouco do nada
No meio do mundo.
Rollf Fiore
O problema não está em consumir, consumir é sobreviver, mas em colocar o consumo em primeiro lugar. Isso sim é ser fútil
Eu tinha um tênis Chinesinho, sonho de consumo de nove entre 10 crianças Cambojanas, alta tecnologia braçal-escrava mandarim, acabamento impecável... O único que não dá chulé, pois já vinha fedendo.
Pense: se o consumo de álcool fosse proibido mas 90% da população bebe e 10% não. Esses 10% precisam beber e vão atrás de meios para arrumar bebida, compram de lugares onde a higiene é um caos e nem sabem como foi feita a bebida. Eles vão continuar bebendo mesmo sendo proibido e mesmo correndo risco de vida. E quem não bebe, vai continuar não bebendo. Nesse caso, legalizar o consumo de álcool da condições melhores para quem quer beber, isso não obriga os 90% que não querer a beber.
A discriminalização do aborto não te obriga a abortar, ela da condições seguras a mulher que quer fazer isso, queira você ou não que ela faça.
