Sobre Debate
Nas ocasiões em que surge entre os cônjuges uma disputa de poder, não há outra solução: um dos dois terá de ceder. Essa é a hora de parar e avaliar: o que está no fundo da disputa? É vaidade, é medo de ser humilhado, é um capricho? Aquele que cede, não perde autoridade - muito pelo contrário. Quem cede está criando uma possibilidade de ação para o outro. A autoridade surge quando a caridade entra em ação. Não se trata de ceder por medo. Cede-se por amor.
É tolice pensar que se pode vencer o tolo em uma conversa, é mais sábio correr da sua falácia em quanto se pode.
Ao ouvir anúncios sobre debates entre candidatos, fico com a sensação de que nos próximos serão anunciados o resultado da pesagem, o juiz, a quantidade de rounds e que cinturão estão disputando. Afinal, anunciam como "enfrentamento", não como realização.
Não desperdice o seu tempo, em debates que emergem do nada, e chegam a lugar nenhum. Parafraseando um dito popular, estrume, é a água que o faz escoar. O espaço mais indicado para esses corpos estranhos, é fétido, estreito, opaco e escuro.
290723
As esplanadas enchem-se de gente, os invejosos parecem doutores de filosofia e a maledicência tem ares de debate profundo.
Ideologia é o que a definição da palavra já informa, apenas estudo, teoria de alguma coisa, que forma indivíduos de fé em algo não provado. Tem muito valor para um grupo que a tem por regra, mas não para todos, pois pessoas acreditam no que lhes dá o suporte e não no oposto, isto tem nome, conveniência diante do que não consigo mudar, alterar, vencer;
Cuidado!
Crítica não é negação.
Estigmatizar o crítico como " negacionista " é fugir do debate matando o oponente... sem enfrentar o tema questionado.
Há um discurso reinante com características de ofensa e descrédito de contra quem pensou contrário do senso comum referente ao que ele acha completamente certo nas suas convicções, essas pessoas, normalmente, defendem a africanidade, cabralismo, teorias mirabolantes de pretos e brancos. Os que realmente conhecem sobre esses assuntos debatem e ensinam sobre, não mostram ser dono de África e Cabral. Até porque, há tanto por onde argumentar que não há espaço para deselegância.
Se todos já tivéssemos entendido a verdade de que o político é o nosso funcionário Colaborador e nós o seu Empregador, debates não passariam de uma Entrevista Pública, eleições não passariam de Processos Seletivos e mandatos não seriam mais que contratos de Prestação de Serviços.
Ontem éramos, em maioria, meras plateias sob as lonas invisíveis do Circo de Horrores brasileiro, hoje, quase todos divididos — os riscos são outros, habitar o manicômio que a polarização insiste em construir para o amanhã.
