Sobre a Velhice
Maomé
Sabia natureza
De corpo e alma
A velhice nos outros olhos
Codinomes em grande escala
Perseverança nos números
O dom para a música
Ajuda nos atos
Amizade há todo momento
Uns dos 14 sendo o mais sábio
Confiável nos trabalhos
Se me perguntam do que tenho medo, respondo: Do tempo.
Porque ter medo da velhice, se ela é conseqüência do tempo? Porque temer a morte, se ela nasce no tempo? A concretização dessa constatação tão inconcreta é o que mais me amedronta. As marcas deixadas por esse cruel e impiedoso ser são de longe a pior dor que um ser pode sentir. No momento o qual, um individuo pode se deleitar diante da sua imagem que é refletida pelo espelho, é muito cruel observar a magnitude e força do tempo, sentir a fraqueza nos ossos, e não poder fazer absolutamente nada, somente viver e esperar que a dama de preto, venha buscá-lo. Ao nos preocuparmos com esse deus silencioso, parece que ele nos dilacera com uma impiedade bestial. É de fato controverso, que mesmo sendo tão agressor do nosso corpo, é ele o protetor da nossa alma, da nossa mente. O tempo deixa marcas físicas, mas apaga as marcas mentais, as piores marcas possíveis. Se esse rei nos ilumina com a vossa gloria, ao mesmo tempo em que nos queima com sua magnitude, não cabe a nós nos revoltarmos. A inteligência que a nos foi concedida, não é tão onipotente para paralisar o tempo. Podemos retardar sua crueldade mais nem de longe, podemos vencê-lo.
Nós humanos, as vezes somos tão fúteis... Fazemos de tudo pra evitar a velhice e ficamos tão cegos que não vemos que isso é impossível.. Acabamos vivendo uma vida sem graça nenhuma e não percebemos o quanto deve ser bom envelhecer ao lado de alguém, alguém que nos ame, nos faça sorrir, chorar de alegria e que não nos humilhe de tal maneira que nos faça sentir um átomo por alguns instantes..
Um grande equivoco se observa quando, pesarosos, percebemos o inicio da velhice. Esquecemos que o pior seria não chegarmos a ela.
Na velhice o que mais fortalece não é o excesso de saúde, mas sim a falta de lucidez, existem aqueles que já nascem velhos, enquanto que outros poucos, nunca irão envelhecer.
Imortal se fará quem conseguir reunir em si os sonhos da juventude, mesclados com a experiência da velhice.
É velhice? Crendice de terceira idade mental?
Não sei rapaz.
Apenas sinto que já não penso mais em partir
O fim (da vida)
Não obstante curvo-me à velhice.
Como uma correspondência
a Morte cobra seu preço por ter-me deixado viver.
Minha vida, a Ela, a de pertencer.
Esta carcaça velha e cansada,
estupidamente fraca estas a ficar...
Lentamente sinto a força se afastar
e o fim a se aproximar.
Já vejo a luz do segundo andar.
A visão começa a falhar.
Sem lhe chamar, a morte, a me cisalhar
vem para me levar.
Há se pudesse dizer a Ela:
Hoje não, volta outro dia!
A velhice é apenas uma passagem para um lugar do qual, o não temos a mínima idéia. Na juventude, não temos idéia nem do que é passagem.
Verás que ser forte é a si mesmo conter;
que só a velhice não traz a evolução;
que paciência requer tempo para aprender;
e amor, não necessita de nossa razão.
O erro, na juventude, é um aprendizado; na maturidade, uma preocupação e na velhice, uma catástrofe.
O Que Adiante , voce Se Dedicar A Sua Vida Toda à Igreja , Chegando á Velhice Não Sabe o que é REINO . Enquanto Jesus em sua Juventude Fez ao Contrário e disse "JÁ ESTÁ TUDO CONSUMADO" !
PEDIDO
Uma coisa peço a Deus, e peço incessantemente,
Ser na minha velhice o mesmo moço que sou
Não com o mesmo viço, os olhos no mesmo brilho,
Não com a desenvoltura física,
Com as mãos pesadas de agora,
Com os mesmos cabelos na mesma cor,
Não com a mesma voz altiva,
O andar desenvolto, com os mesmos anos que conto,
Tampouco que o tempo pare para que eu permaneça só,
Com o mesmo olhar malicioso,
Com as ambições que alimento,
Não quero ser o velho renitente contra os feitos da vida,
Não ser jovem ardente, de sonhos imediatos, meus,
Nem desejar que o mundo me veja como um prodígio,
Alguém que rompeu as leis e permanece,
Incólume às intempéries do tempo.
O que peço a Deus e já faço inconscientemente,
É ser capaz das mesmas boas ações,
Dos sonhos, do bem querer, da alegria
Que sinto com a alegria dos outros,
É ser este mesmo moço formoso,
Preparado pra declinar.
A doença, a velhice, a morte, as agruras da vida - esses sentimentos da vida não são impostos a nós de fora. Só somos vítimas deles porque consentimos com eles e tomamos atitudes condizentes a eles.
