Coleção pessoal de WilliamDiniz

Encontrados 6 pensamentos na coleção de WilliamDiniz

Se me perguntam do que tenho medo, respondo: Do tempo.
Porque ter medo da velhice, se ela é conseqüência do tempo? Porque temer a morte, se ela nasce no tempo? A concretização dessa constatação tão inconcreta é o que mais me amedronta. As marcas deixadas por esse cruel e impiedoso ser são de longe a pior dor que um ser pode sentir. No momento o qual, um individuo pode se deleitar diante da sua imagem que é refletida pelo espelho, é muito cruel observar a magnitude e força do tempo, sentir a fraqueza nos ossos, e não poder fazer absolutamente nada, somente viver e esperar que a dama de preto, venha buscá-lo. Ao nos preocuparmos com esse deus silencioso, parece que ele nos dilacera com uma impiedade bestial. É de fato controverso, que mesmo sendo tão agressor do nosso corpo, é ele o protetor da nossa alma, da nossa mente. O tempo deixa marcas físicas, mas apaga as marcas mentais, as piores marcas possíveis. Se esse rei nos ilumina com a vossa gloria, ao mesmo tempo em que nos queima com sua magnitude, não cabe a nós nos revoltarmos. A inteligência que a nos foi concedida, não é tão onipotente para paralisar o tempo. Podemos retardar sua crueldade mais nem de longe, podemos vencê-lo.

A vida é um maremoto de descobertas. A cada minuto que se passa, enquanto estou aqui sentado, relatando as letras que da minha mente escorrem, existem milhões de pessoas descobrindo diversas emoções e capacidades, que jamais imaginariam possuir. Se o suspiro do conhecimento pode ser de um lado benéfico, de outro, pode ser catastrófico. O conhecimento nos eleva a outro nível, e nos imortaliza diante do viver. Aquele que conhece, tem uma capacidade perplexa e inimaginável de possuir o que quer da forma que quer. Inquestionavelmente, saber é poder, já que estamos diante de um mundo de controversas e alienações, aquele que se destaca na multidão é o mesmo que dita a verdade. Em um cenário de encontros e despedidas, muitas vezes as emoções são priorizadas, e a Razão perde o espaço, perde a importância. Enquanto grande parte da massa pensante mundial se deixa levar pelos prazeres emotivos, um pequeno pedaço de racionalistas e céticos cruéis planejam detalhadamente tudo que passa ao seu redor.

Relato neste poema, o nascimento da fera
A morte do corpo físico, em uma vontade de espera
Minha poetisa amada, já estava cansada daqui
Esperando só o momento, de Jesus mandá-la ir

Sua vida foi sofrida, vinda do sertão ameno
Chegou aqui nessa terra com seus seis filhos pequenos
Lutou, batalhou e cresceu
Sorriu, sofreu e morreu
Porque estava merecendo

Há quem diga que a morte é o fim de tudo que nasce
Há quem diga que a morte, é um buraco sem face
Mais a morte é o inicio do fim dessa historia
A morte é precipício, que leva para eterna gloria

Agora minha vó querida, está ao lado de deus
Sobre o manto de Maria, diante dos olhos teus
Agora está feliz, correndo na relva sagrada
Enquanto estamos aqui, sofrendo com a partida
De uma poetisa amada.

Porque se destruo a razão pra viver, é a morte a saída que resta, mais se a morte então é viver, então viver é uma eterna orquestra, acaba o inicio, quando começa o final, mais se a vida continua , é certo dizer que sou imortal? Se o fim da no inicio, o inicio é o final, se a morte é a vida, o que eu sou afinal? Onde é que termina? Onde que começa? Não sei se sou rei do xadrez, ou se dos reis sou a peça.

Se devorar o mistério do sorriso, é num simples passo, que faço no espaço
E se no espaço faço, o que faço num passo, é num passo que faço o espaço
E faço e refaço num simples compasso, o tempo, num laço
E se faço o que faço , num passo, no espaço, com um laço, é porque tudo que fiz faço, e sem medo algum, refaço.

Dói mergulhar em um retrato
E lembrar-se de um tempo
Que o vento levou
Dói assistir o passado
Com a lembrança do lado
Com a dor do que já passou

Porque que tem que ser assim
Porque o passado não volta pra mim
Porque eu não sou mais que achei ser
Porque o relógio parou de tocar
Porque as fotos não podem voltar
Porque o tempo que já passou
Jamais vai chegar

Sempre perguntei as verdades nas horas erradas
Mais sempre soube e sei
Qual a carta marcada, do jogo da vida
Mais, o que posso fazer se o passado jamais vai voltar
Algo que me machuca que me sacode que me faz chorar
Sei que as marcas do tempo
Levada pelos ventos
São momentos quaisquer
Mais também sei que a verdade
Só é felicidade, quando tem o que quer.