Sigo para o Alvo
Mapas
Rasguei o mapa.
Agora qualquer caminho me serve.
Não tenho ponto de chegada.
Apenas sigo mais um dia por esta estrada.
Não quero o futuro desvendar.
Não quero placas pra me guiar.
Na dança da vida rodopio.
Não importa que esteja presa por um fino fio.
Se encontro um desvio, me desvio.
Sigo o leito do rio… ou não.
Sigo na mão.
Me perco na contramão.
Se precisar dou voltas.
Faço o caminho de volta.
Perco-me.
Encontro-me.
Nas esquinas da vida.
Sigo.
Entro em becos sem saída.
Deixo a vida me levar.
Deixo a chuva me lavar.
Deixo a vida me parir…
sem medos, sem dores
abismo profundo: eu sempre a cair… a cair…
no fundo, no fundo só vejo flores.
Tua mão
Sigo caminhando.
Passos leves.
Não tenho mais a arrogância de quem tem muito…
Nem a ansiedade de que quem pouco tem.
Sigo leve.
Miro um ponto à minha frente.
Nascente ou poente…
Não sei…
Só sei que há luz.
Em paz.
Aperto tua mão.
Tão suave ela me conduz .
Sigo
Sigo.
Meus sonhos persigo.
Sigo serena.
Na bagagem só o que vale a pena.
Meu corpo é frágil.
Tenho de tomar cuidado.
Massageio meus pés de quando em quando.
O que me incomoda pelo caminho vou largando.
Quero chegar ao fim da jornada
só com o que vale a pena.
Quero no fim só o peso de uma pena.
O meu passo
é igual ao
ponteiro do
relógio, sempre
em frente, então
sigo em frente,
passo a passo
e me faço no
tempo!
E se me perguntarem qual é minha religião, eu direi: É o Amor;
Pois sigo o universo em respeito e saudação à todas as representações de Deus, Olodumare, Zambi, Tupã, Mawu-Lissá, Atum-Rá, Jah, El, Allah, Adon, Yahweh, Kami-sama, Pan Ku, etc...
Sigo, em passos largos, em regência continuamente para frente e, a cada tempo, registro as marcas do passado que me fizerem evoluir significadamente
Seria o maior dos miseráveis se na estrada que sigo não fosse o livro uma estrela de fantasias para distrair minha cabeça.
Vida meia boca
Sigo uma vida no meio-termo
Toco piano bem meia boca
Sei tricotar mais ou menos
Escrevo de forma mediana
Nunca me arrisco a alcançar
o extremo mais alto
Seria por incapacidade ou por medo
de não ter mais o que aprender?
Eu lhe sigo
O inspirar em cheio do ar, o oxigênio.
A todos pulmões, pois
enquanto há respiração
eu lhe sigo.
No peito, no pulso a pulsação
a todo cardíaco, pois
Enquanto bate
Eu lhe sigo.
Na dor que me dilacera
No âmago do meu tormento
A todo sofrimento, pois
Enquanto dói
Eu lhe sigo.
A alegria que posso sentir felicidade
No aplauso de um povo, pois
Enquanto houver energia
Eu lhe sigo.
No seu sorriso, seu rosto cabisbaixo
O olhar frio, pois
Enquanto lhe vejo meiga
Eu lhe sigo
Eu lhe sigo enquanto vida houver,
Lhe sigo na velocidade que desenvolves,
No pensar, no amor que lhe amo,
no derradeiro momento eterno, pois
mesmo após a vida, na outra vida.
Eu lhe sigo.
By 2018
Por =Carlos Roberto Rocha Rodrigues
DUALIDADE
Mergulhado no universo
Sigo o caminho inverso
Ao que iria por instinto
Ao ver seu olhar perverso
As rosas com seus espinhos
Nos mostram que há caminhos
Em que as vezes grande beleza
Também pode nos ferir
A erva que cura, mata
A água que lava, suja
A vida pode ser grata
Ou se fazer muito injusta
Depende de como vê
Qual é o ponto de vista
Experimentar o viver
Ou passar como uma faísca
SIGO
Sigo a areia que corre
Com pressa na ampulheta
Dos passos dados ao vento
Entre a brisa que bate na face
De suspirados silêncios
No tempo em que vive esquecido
E que me olha com a verocidade
É na espuma da areia que a alma
Chora em silêncio na água
Do calor sentido no teu corpo
Sigo as rochas entre a praia
Deste meu desejado silêncio
Feito pela espuma do meu mar
Memórias de ti, simplesmente em mim.
Transito por está noite
Com a solidão e minha sombra que me assombra
Sigo adiante preso a mim mesmo
Com resto de liberdade que sobrou
Procurando encontrar uma saída
Que me deixe enxergar o mundo de outra forma
Sem precisar de ninguém para sorrir
Buscando minha felicidade interna
"Decidi ser só, para evitar conflitos, mal sabia que meu maior inimigo, era eu mesmo, sigo em guerra."
Não me importo mais com o julgamento alheio.
Apenas me afasto e sigo em frente, pois aquele que julga o próximo já se afastou de Jesus e eu escolhi segui-lo.
Sigo num barco remando contra a maré,
Vivo pela fé que dia a dia me põe de pé.
Sinto, mas não vivo por isso,
Penso, portanto, do Espírito me alimento.
Não me contento, sempre tento,
Da esperança que vem de dentro aliviar as lutas e sofrimentos,
Os desatentos que lentos vivem o momento,
Sacodem com o vento,
Vento que brota do tempo de escolhas erradas feitas com sentimento, que geram lamento
Mas ainda há remédio!
Sem tédio,
Viva da vida remida,
Nunca mais aflita,
Se entregue para o Deus que criou a vida.
Penso,
Logo,
Não gostaria de existir,
A vida é um fardo,
Um enfado,
Sigo o enredo,
Luz apagada,
Enxergar machuca,
Macera,
Caipirinha de mim,
Logo eu,
Tanto tempo lúcida,
Agora com essa clareza esdrúxula,
Tiro no pé,
Ah!
Mas, qual é,
Neste mundo que te encorajam a ser você mesmo,
Quando realmente se é ninguém acredita,
Tudo máscara,
Enquanto o tempo passa,
Derrubo a ampulheta,
Quebro a taça,
Me esparramo,
Viro arruaça,
Em meio a fumaça,
Apareço,
Adormeço,
Me reconheço.