Sertão
Nordeste minha morada
da cultura e da beleza
tem água doce e salgada
e no sertão tanta riqueza
quem fala da terra amada
ou não entende de nada
ou é burro por natureza.
O poeta das poesias.
No mar ondulado em que vivi,
Foi um sertão pantaneiro de coração fértil e bem regado,
Ali nasceu uma família,
Que viviam do seu suor derramado,
Naquele tempo,
Veio em minha imaginação,
E tentei fazer uma canção dedicada,
Buscando em meu mundo de sonhos,
Em uma época cheia de realidades,
As estradas eram turvas,
Mas meu olhar sempre estava aguçado,
No Teatro da vida,
Ainda me lembro,
Nada era e nunca foi premeditado,
Tudo foi ao vivo,
Naquele cenário lindo , alegre e inusitado,
As estrelas guias iam sorrindo,
Pareciam que iam dizendo,
Do seu jeito sereno como garoa fina caindo,
E ao mesmo tempo,
Como um nevoeiro fechado,
Aqueles sorrisos lindos de outrora,
Era de mamãe e papai,
Irmãs ,titias(os) e primos(as) e outras senhoras
Chamado por um destino,
Deixei tudo e fui embora,
Inspirado em minha própria criação,
Fui vivendo e atropelando,
Balançando e caindo,
E levantando quase toda hora,
Sem álcool e sem tequilas,
Em pouco tempo fui aprendendo,
Ser inspirador por dedicação,
Um mero rimador indexado,
Avante em minhas escritas,
Um tropeiro nessa longa estrada,
Varei campos e fazendas,
E vicinais nessa jornada,
Deus sempre em primeiro lugar,
A chinela chiava que até quebrava,
Escolhendo palavras em um alfabeto desconhecido,
Fazia levantar poeiras debaixo de chuvaradas,
Inspirações faceiras,
Heranças de uma infância,
Que trago comigo desde o ventre que nasci,
A luta é batuta,
E o meu coracao é aquebratado,
Sou da terra e sou do ar,
Sou do Mar e desse imenso Sol sagrado,
Não sou indigente,
Sou humano e sou gente,
Que também erra e comete pecados,
Sou do poema,
Sou dessa confraria,
Sou de Deus e sou da lua,
Sou uma vida que está a deriva,
Sou eu mesmo em minha imaginação,
Que inspira no lindo Azul do céu,
Porque foi esse que me deu,
Esse dom de ser,
O poeta das poesias....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
RUMO!
Sou nordestino, sou forte
lá do sertão sou nascido
na carne a dor e o corte
da seca que tem punido
quem não espera a sorte
encara a vida e a morte
sem nunca ter desistido.
O sertão da caatinga
Os caminhos são tortuosos
Nas estradas do meu sertão
Cercado de estacas e farpados
A caatinga reina nessa região
Uma floresta branca atípica
Cheia de diversidade e beleza
Como o mandacaru com sua flor típica
E o tronco do Juazeiro com sua dureza
Os cactos estão aqui para reinar
Suas folhas dão lugar a seus espinhos
Para registirem a seca e sua água conservar
E suas flores embelezar a terra com carinho
Sem pasto para o gado sobreviver
A macambira e as palmas são a solução
Para boi poder ter o que comer
Homem e natureza estão em comunhão
E assim são os caminhos pela caatinga
Cheio mato e uma beleza bem peculiar
De tanta utilidade que niguém imagina
Só andando pela magia desse lugar.
Quem vem aqui pro nordeste
com a intenção de passear
no sertão ou no agreste
seja na beira do mar
vai encontrar tanta beleza
que eu já digo com certeza
esse é mais um que vai ficar.
Ara chão!
Surgi o sol na alvorada
com seus raios de quentura
quem no sertão faz morada
investe na agricultura
deixa o chão da terra arada
que na primeira chuvada
no plantio vai ter fartura.
Um vaqueiro nordestino, morre sem deixar tostão
O seu nome é esquecido nas quebradas do sertão
Nunca mais ouvirão seu cantar
Meu irmão
Sacudido numa cova
Desprezado do senhor
Só lembrado com o cachorro
Que ainda chora sua dor
SEGUE!
No sertão nordestino
pela seca causticante
nesse clima em desatino
num interior distante
segue firme seu destino
o sertanejo desbravante.
SUGUE!
No sertão nordestino
pela seca causticante
nesse clima em desatino
num interior distante
segue firme seu destino
o sertanejo desbravante.
TOCAIA (soneto)
Ao sopro do vendaval no cerrado
No céu azul da vastidão do sertão
Segue veloz os sonhos do coração
Entre os uivos do já e do passado
A quimera, se acautela na ilusão
Prudente, contra o sentir errado
Tenta equilibrar estar apaixonado
Pra não sufocar a sofrida emoção
Na procela no peito esganiçada
Brami uma dor abafante e escura
Que perambula pela madrugada
E, em aflitivos véus da sofrência
Dando-lhe, assim, ar de loucura
No amor valência é ter paciência
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24/07/2020, 15’15” – Triângulo Mineiro
OUTONO EM POESIA (soneto)
Bailando no ar, gemia inquieta a folha caída
No azul do céu, do sertão, ao vento rodopia
Agitando, em uma certa alvoroçada melodia
Amarelada, vai-se ela, e pelo tempo abatida
Pudesse eu acalmar o seu fado, de partida
Que, dos galhos torcidos, assim desprendia
Num balé de fascínio, e de maga infantaria
Suspirosas, cumprindo a sua sina prometida
A vida em uso! Na rútila estação, obedecia
Um desbotado no horizonte, desenhado
E em romaria as folhas, em ritmo e magia
No chão embebido, o esgalho adormecido
Gótica sensação, de pesar e de melancolia
No cerrado, ocaso, do outono em poesia...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/07/2020, 10’22” – Triangulo Mineiro
Terra natal (Araguari, MG)
Nasci em Minas, o meu chão
Araguari, orgulho das Gerais
Sertão de serra na imensidão
Das flores perfumadas e mais
Da mocidade, aparatos especiais
Que me viu nascer, doce paixão
Que faz aos sentidos, divinais
Do meu bem querer, és coração
Cá para as bandas do cerrado
Em explosão de cor, estrelado
O céu, terra natal, tom maior
Pois, longe de ti, és só saudade
Que na lembrança a dor invade
Araguari, não se esquece, amor!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28 agosto, 2023, 06’28” – Araguari, MG
*135 anos de Araguari, MG
SONETO CAATINGUEIRO
Nas trilhas do sertão, fui moldurado
pelo vento, pelo sol da esperança.
Cresci de coração, sempre ancorado
nos remansos de amor e confiança.
Com a seca, vi a fome, sem bonança,
mas nunca me entreguei ao desespero,
pois minha fé nutre a perseverança
no alimento do sonho, o meu tempero.
Tenho a fé que norteia meu destino,
sangue bom sertanejo e caatingueiro,
na luta desde os tempos de menino.
No meu rosto há o brio de um guerreiro,
pela graça de Deus sou nordestino,
Piauiense, valente e brasileiro.
Flor do Sertão
Nasceste do avistamento
das tuas flores amarelas
no meio das matas,
Assim em florescimento
escolheste as tuas
próprias flores
como signo perenal
e de coincidente
identificação nacional.
Ergueste com fé, virtudes,
trabalho e plena entrega
como o teu Santuário
Nossa Senhora do Caravaggio
com as portas abertas,
em resgate estás
das tuas origens polonesas.
Caminhas em Maio
com a Romaria da Padroeira
seguindo em frente,
Abençoa o barcos
com o olhar adiante
sem temer o destino
e sem esquecer das origens
portuguesas, alemãs
e italianas continua
escrevendo a trajetória.
Deste Extremo Oeste
teu rebanho continua
sendo um carinho
e tuas lavouras de amor
um beijo de candor,
Flor do Sertão, amada,
tu és parte desta
Pátria Brasileira adorada.
Por este setembro
que tanto espero celebrar
contigo que tanto quero,
Flor do Sertão, amor sincero,
com os sabores que adoro
para a Festa da Galinha no Tacho:
cedo ando me preparando.
A maior lição do sertão é a superação
Essa superação certeira como a ribeira,
Que como a veia do coração renova
Com bondade e nos enche de paixão,
E invade com a sua pujante pulsação
Colocando o amor em plena flutuação.
O doce amor da minha vida
Dança ao som da viola menina,
Nunca vi nada igual nessa vida
O amor que ele sente por [Jacobina,
Cidade com nome de mulher bonita
Com saia esvoaçante rendada,
Doce rebolado de baiana apaixonada
E com a cabeça com laço de fita.
Quem dera se nessa vida toda cidade,
Ao menos tivesse 31 cachoeiras
Não passariam pelejas d’alma,
O mundo seria invadido de amor
E todo mundo viveria com paz n’alma,
Um dia vou até [Jacobina só para
colocar o meu amor na garupa
Eu irei amá-lo com toda a calma.
Quem dera se as guerras fossem de outro [jeito,
Se elas tomassem a forma de cantoria nordestina,
O mundo inteiro seria perfeito - e tomaria [jeito,
Todos viveriam com a boa fé do povo [sertanejo,
Fé que enfrenta a seca com vibração e beleza,
Porque ele vive o amor com doçura e grandeza,
Essas cachoeiras de [Jacobina parecem rendas,
Que provocam uma cobiça que não se explica,
Ouço cada barulho como uma sinfonia [cristalina.
Os ares da poesia do sertão, Fazem brilhar os meus olhos, Para alguém que carrega um sutil poder de sedução.
Ter um livro nas mãos,
- é sempre andar muito bem acompanhado
Seja no Sertão ou dentro de um palácio,
- só ele que é capaz de fazer de você um ser
completamente libertado,
O livro abre as portas e as janelas daquilo que
muitas das vezes foi ocultado,
- ele é o mundo maldito, científico e encantado
Por isso trate muito bem dele, o mantenha sempre
limpo e muito bem guardado.
Ter um livro nas mãos,
- é sempre ter a oportunidade de visitar lugares
nunca antes visitados
É poder viajar para conhecer o planeta e todos
os seus lados,
- é ter tudo de uma vez só: um parente, um amigo
o professor e também o seu ser amado
Além de mantê-lo limpo e bem guardado, para
fazê-lo jamais esquecido: é preciso compartilhá-lo.
Ter um livro nas mãos,
- é a oportunidade de capacitar os que não foram
escolhidos e aprimorar os que foram capacitados
O livro é capaz de te dar asas mesmo enquanto
você continua sentado,
- ele faz o seu coração bater mesmo sem você
estar apaixonado
Ele é a sua companhia, e traz quase sempre a
resposta para o que não foi solucionado.
Portanto, doe um livro e recomende sempre
para que o outro tenha também com ele
muito carinho e um santo cuidado.
Terá onde nasci e fui criado,
No sertão nordestino lugar de cabra arretado.
És linda e magestosa em beleza,
Uma cidade do interior,
Tão bela quanto a natureza,
Que o proprio nome expressou.
Olho d'água das flores,
Nome não muito comum.
Se fosse não seria tão importante,
Seria apenas mais um.
Carregada de personagens,
Que não se vê em televisão.
Nos dias de campeonato,
Muitos pegam os seus radios,
Outros lotam o estadio,
Torcendo para o "CEO" ser campeão.
CEO é o time local cidade,
Que costuma enfrentar os gigantes times alagoanos.
E sempre que esta pra decidir,
Os torcedores todos querem ir,
Para o elenco jogando.
Olhando bem direitinho,
Todos lá se conhecem.
Quando chega um novo vizinho,
Alguns ali adoencem.
Buscando saber quem chegou,
Por que ninguem avisou
Que o vizinho novo chegou.
Essa é bela terra,
Que o povo olhod'águênsse
Cuida com muito amor.
- Relacionados
- Frases nordestinas carregadas de cultura e sabedoria popular
- Frases de natureza que nos conectam com a sua beleza
- Frases da roça que exaltam a simplicidade do interior
- 54 frases de bom dia especial para acordar com o pé direito ☀️
- Guimarães Rosa Sertão Veredas
- O grande Sertão Veredas
- Frases de Guimarães Rosa sobre Sertão
