Sertão
BANDEIRA NORDESTINA!
Na caatinga ou no cerrado
no sertão ou no agreste
por esse Brasil amado
cortei Sul... tracei Sudeste
levando o manto sagrado
da bandeira do nordeste.
A chuva e o verde.
Quando chove no sertão
o verde é quem predomina
cada semente no chão
uma por uma germina
pra colher na plantação
o melhor de cada grão
da culinária nordestina.
Em oração.
O nordestino em oração
pede a chuva abençoada
pra que molhe o sertão
e deixe a terra esverdeada
pra que o sol seja irmão
e só aqueça o coração
onde vive a sua amada.
Oração de fé
.Fiz aqui minha oração
pra Jesus Nosso Senhor
pra que a seca no sertão
não tire o verde da cor
e que a planta deste chão
brote a flor em cada grão
para o bem do produtor.
Fonte.
Que a seca não amedronte
os viventes do sertão
que a chuva não aponte
para outra direção
a esperança é a ponte
que abastece toda fonte
que alimenta o coração.
Destino sertão!
A seca quando arrocha
não nasce nada no chão
o vento parece tocha
devastando a plantação
a terra vira uma rocha
e a tristeza desabrocha
nas entranhas do sertão!
Ô Glória
Que coisa mais linda,
Aquela estrada sem certeza,
Aquele morro sem sertão,
Aquele avião sem nuvem.
Rumo!
Sinto o clima sem mudança
o chão rachado no sertão
o sertanejo faz andança
sem rumo e sem direção
e pela seca que avança
só as águas da esperança
ainda irrigam o coração.
SOMOS!
Não tem ninguém perfeito
aqui todo mundo é igual
cada qual com seu direito
no sertão ou na capital
embrulhe seu preconceito
que ser pobre não é defeito
defeito é fazer o mal.
MEU SERTÃO!
Aqui mora meu coração
feliz a cada segundo
de manhã tem plantação
a noite o sono é profundo
todo vizinho é irmão
e eu não deixo meu sertão
por lugar nenhum no mundo.
Então lá no sertão é assim
Eu nasci lá no sertão.
Onde a lua faz clarão.
La não existe a maldade.
Somente a felicidade.
Do meu sertão querido.
Me lembro com saudade.
Do violeiro que toca.
Com muita simplicidade.
Das noites de cantorias.
Da minha viola caipira..
Lá no meu sertão..
A lua o céu ilumina.
E as pequenas estrelas.
São lindas bailarinas.
Hoje aqui na cidade
A poluição que domina
O céu todo escurece
A saudade me domina
O que posso dizer
Sou um sujeito caipira
No sertão eu nasci
No sertão vou morrer..
José Menino Domingues
J. M. D
MAIRINQUE, 22 DE MARÇO DE 2018
EU SOU LÁ DO SERTÃO
Eu sou de uma terra
Que o povo padece
E por meio de prece
Consegue alcançar.
Filho do vaqueiro
Sem chão, sem dinheiro
Esse povo é guerreiro
Não para de lutar.
Não venha dizer
Que de onde eu sou
Só tem terra seca
Fome e solidão.
Pois na minha terra
Tem praia, tem serra
Tem verde, tem mato
Tem mar e sertão.
Não nego meu nome
Não nego meu sangue
E nem com a fome
Calo minha voz.
Da terra de Bráulio,
José de Alencar,
Iracema, beira mar
Rachel de Queiroz.
Terra estremecida
Terra sofrida
Mas terra querida
De se viver.
Sou a voz da Maria,
José, Antônio, Luzia
A voz dos grandes sábios
Que não sabem ler.
Minha terra sofrida
Terra de Patativa
De gente sabida
Como uma nação.
Se me perguntar
De onde eu sou,
Digo sim "sinhô"
Sou lá do sertão.
Nordeste de tudo tem
do sertão a beira mar
de fora o turista vem
se apaixona e quer ficar
se um não te quer bem
um milhão quer te amar.
Quem ama este nordeste? É eu e tú.
Quem sabe um dia floresça a seca do meu sertão,
Onde apenas quem tem dinheiro, tem água pra plantação.
A beleza é feita por Eu e Tú, Que mesmo só tendo o verde que vem do mandacaru, transborda um a beleza Que ganha do Norte e Sul.
Sou caboclo esquecido, por governantes abandono, mas feliz eu sempre fui, coisa quem ninguém tem me tirado.
A felicidade vem do simples jeito de ser, de ser um nordestino arretado, jeito bom de viver.
Ainda tem quem crítica, tudo que á em mim, e ainda sinto saudades da minha princesa Mimi.
Não é a minha sobrinha, nem mesmo parente de Sangue, mas tenho saudades dela, isso em mim é constante.
O SANFONEIRO
A sanfona e o sanfoneiro,
no Nordeste a cantar.
O sertão vai festejar
com forró o ano inteiro,
de janeiro a janeiro.
Solta a voz, meu cantador!
Alivia tua dor!
Com tamanha emoção,
faz lembrar o Gonzagão,
o maior dos forrozeiros!
Esse orgulho eu carrego
porque me faz muito bem
pelo sertão que trafego
um pouco de tudo tem
sou nordestino e não nego
a minha origem a ninguém
Solidão/PE
A Solidão que descrevo em verso
É o horizonte promissor do sertão
Um espaço bucólico no universo
Que encanta e comove em oração
Terra de gente singela
Que sonha à espera da sorte
Enquanto constrói com cautela
O caminho para manter-se forte
Do menino ao velho sábio
Histórias de fé não faltam por lá
Romeiros em visita incansável
Buscam conforto, entoam cantos como sabiá
Sob as bênçãos da Senhora de Lourdes
Toda Glória para a cidade e seus filhos
Uma grande família e união, suas virtudes
Querem, ó Pai, que lhes indique os trilhos
Na praça sob a sombra e frescor
A boa prosa dura o tempo esquecido
O ir e vir de um povo acolhedor
E o ficar sob o azul mais unido
Com o xaxado é festa, é magia
Com a sanfona é cantoria, é prazer
As carências não sufocam a alegria
Pudera todo filho neste berço permanecer
Não conheço a terra Solidão
Mas de longe cultivo carinho
Imaginando o viver na região
De certo ninguém lá é sozinho
Encerro estes versos com esperança
De um dia todo o povo abraçar
Até lá o meu desejo é bonança
E conquistas possam todos celebrar
No sertão da minha terra, a roça é meu abrigo
O sol escaldante queima, mas não me abala o amigo
Na plantação de mandioca e milho, trabalho com devoção
Nessa vida de lida, encontro minha inspiração
A morena que se foi, não é razão pra sofrer
No sertão tem mulheres de sobra, basta escolher
Perder uma morena, não é tão ruim assim
Ruim mesmo é se entalar com cuscuz até o fim
No terreiro de barro, onde o fogo crepita
O cheiro da comida caseira enche a alma de alegria
O canto do galo anuncia o novo dia
E no sertão, o amor brota com toda a magia
O cuscuz é nosso sustento, um alimento de tradição
Mas se exagerar, causa entalo no coração
Por isso, valorizo o que é essencial
O amor, a simplicidade e a vida no quintal
No sertão e na roça, eu encontro minha paz
E se a morena partir, não vou me desfazer em ais
Pois sei que no horizonte, um novo amor vai surgir
E o cuscuz, vou saborear com moderação e sorrir.
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