Seria Tão Diferente
Comecei a estudar o ser humano para entender a mim mesmo, pois, já que eu pensava diferente de todos, poderia eu sim ser o louco da história
Para começar este dia de uma maneira diferente,
vamos imaginar como será ver a vida "do outro lado"?
Sem dúvida uma idéia diferente...
Ósculos e amplexos,
Marcial
UMA VISÃO DIFERENTE
Marcial Salaverry
Abílio era uma dessas pessoas extremamente apegadas à vida. Recusava-se a sequer admitir que um dia teria que partir. Não negava a inevitabilidade da coisa, pois não desconhecia que jamais “ficaria para semente”, mas sempre ponderava que esse dia teria que demorar muito, pois ele queria fazer tudo aquilo que imaginava fazer. E que não era pouco...
Principalmente, dizia que “não queria deixar troco”, ou seja, pretendia retribuir a todos o que lhe fizessem, seja de bom, ou de mau.
Assim ia vivendo. Como procurava ser coerente com suas idéias, sempre agia com a maior sinceridade possível, seja elogiando, seja criticando a quem quer que fosse. As poucas vezes em que, por questões, seja hierárquicas, seja de daquilo que se diz “inconveniente”, era obrigado a mascarar suas opiniões, ficava possesso. Xingava-se intimamente, apenas para “acertar as contas” consigo mesmo.
Contudo, como sói acontecer, ele não foi atendido em seus desejos.
Sofreu um enfarte fulminante, e partiu desta para melhor de uma maneira súbita, sem que sequer tivesse tempo para raciocinar e entender o que lhe estava acontecendo.
Em seu entendimento, estava assistindo à final de campeonato, e seu time marcara o gol da vitória nos últimos segundos de jogo. A intensa alegria fê-lo sentir aquela dor esquisita no peito, mas da qual se recuperaria em pouco tempo, “como, aliás, aquela vez no ano passado”.
Só que desta vez, não houve a recuperação. Apenas Abílio não estava aceitando aquilo, pois ainda não tivera tempo da fazer tudo aquilo que queria. Faltava-lhe muitas coisas para fazer.
Faltava dizer umas certas verdades a algumas pessoas, que sempre foram extremamente falsas em seu ponto de vista. Faltava dizer mais constantemente seu amor por sua esposa e filhos. Faltava, principalmente, reconhecer que não era perfeito, e que cometera muitos erros na vida.
Agora, eis Abílio em seu último leito, pronto para a viagem sem volta. Ei-lo deitado em seu caixão, assistindo àquele infindável desfile de caras compungidas, algumas sinceras, outras nem tanto, e outras que mal conseguiam disfarçar sua satisfação com o ocorrido.
E justamente essas últimas, tiveram o condão de despertar naquele corpo sem vida, a vida em seu espírito rebelde.
A cada “era um bom homem”, ou “será uma perda sentida”, dito de maneira insincera, seu espírito se rebelava, e fazia-se entender, soando como uma voz aos ouvidos daquela pessoa, uma frase habitual, que ele dizia sempre: “Deixa disso, safado, você ta é alegre com isso... nunca foi com a minha cara...” Obviamente o “mentiroso” assustava-se com aquela “voz” que ouvia, e retirava-se contrafeito.
Algo que deixava Abílio satisfeito, sempre foi a sinceridade das pessoas a seu redor. Detestava o ’puxa-saquismo”. Quando viu seu velho inimigo Antenor se aproximando, preparou-se para mais uma falsa expressão de pesar. No entanto, este disse em alto e bom som, que apesar de achar que o mundo ficaria melhor sem essa figura antipática, sempre apreciara sua maneira franca de se expressar. Nunca gostara dele, mas sentiria sua falta, da mesma maneira que sentimos falta de uma unha encravada... é aquela dor que nos faz sentir vivos.
Incredulamente, Antenor sentiu-se abraçado, e “ouviu” o agradecimento de Abílio, pela sinceridade de suas palavras.
Quando Ernestina, sua esposa chegou-se toda chorosa, ninguém entendeu porque ela começou a sorrir. Ao olhar para o marido, “sentiu-se” abraçada e beijada com um carinho que sempre desejara, mas nunca tivera, e “ouviu” dele, a mais linda declaração de amor que jamais ouvira na vida. Sentiu-se feliz como nunca se sentira antes, por ter ainda sentido sua presença dizendo-lhe aquelas lindas palavras de amor que sempre achara que ele queria dizer-lhe, mas não conseguia, por sempre manter aquela aparência de uma sinceridade rude.
Assim Abílio, depois do inesperado de sua partida, conseguiu ter uma visão “do outro lado”, confirmando algumas coisas, e consertando outras.
Mais ainda, quando seu grande amigo Ovídio, que sempre tivera muito amor por Ernestina, sem jamais deixar transparecer em atitudes ou qualquer outra coisa esse sentimento, mas que nunca se casara, aproximou-se para se despedir do amigo, “ouviu” dele um pedido para que tentasse se aproximar da viúva, e a amparasse com seu amor e seu carinho sempre sufocados.
Ovídio, sem saber o que fazer olhou para Ernestina... Ambos olharam para Abílio, e o viram nitidamente dar um sorriso de aprovação...
Mesmo do “outro lado...” Abílio continuou sendo a mesma pessoa coerente que sempre fora...
Sincero, e firme em suas idéias e propósitos, jamais agindo com falsidade, sempre desejando àqueles por quem tinha simpatia que tivessem sempre
UM LINDO DIA, e também para os demais, cada qual dentro de seu merecimento...
Sete
Sete pensamentos
Sete lugares diferentes
Sete ratos inconsequentes
Sete serpentes famintas
Sete vidas vividas
Sete mortes sofridas
Sete vontades distintas
Sete por sete vidas.
Quem tenta ser diferente apenas fica igual à todo mundo, mas quem é diferente não é igual à ninguém - Pense Nisso Pense! Seja você, o que for.
Pensar diferente e expor um posicionamento contrário já mais deveriam ser motivos de perseguição, rejeição e punição. Porque isso não é o mesmo que atitude. Mas a hostilidade impera porque perdemos a capacidade de dialogar.
"SER OU NÃO SER? EIS A QUESTÃO."
Eu odeio quando tentam me explicar. Poxa! Eu sou Eu. As pessoas parecem ter a necessidade de definir os outros, mas, na realidade, ninguém é assim, tão perfeito que possa ser generalizado. Nas escolas nos ensinam que devemos ser classificados, definidos, mensuráveis, só que na vida real é totalmente diferente. Não dá simplesmente pra dizer que fulano é assim ou assado, pois fulano foi assim ou assado por lhe convir agir daquela maneira. Numa briga, por exemplo: a pessoa pode optar por aceitar a provocação ou não. Vai depender do que ela achar melhor NAQUELE momento, do que estiver propício a ela naquela ocasião.
Nisso, eu acho que nesse tentar saber ao certo quem é quem acabamos nos cegando e desconhecendo as pessoas que estão ao nosso lado. Isso, porque se a pessoa agir de uma maneira que você não imaginava, acaba que você se decepciona com a mesma ou inacredita nela. Atoa. Por uma besteira sua mesmo. Por isso eu proponho aqui e agora tentarmos não definir as pessoas, pois a melhor definição de qualquer ser humano nós carregamos dentro de nós, não há palavras que expressem, por exemplo, o que você sente por sua mãe, não é mesmo? Pois então! Eu acho que é assim que devemos ser. Ser o que somos e não ficar barrados no que pensam da gente. Isso lhe fará crescer de certo modo que você mesmo não imaginaria que pudesse. Tanto você quanto a pessoa rotulada, vamos assim dizer.
Pense nisso!
O bem estar que pode impressionantemente nos completar nem sempre está visível para ser encontrado nos lugares previsíveis.Quase sempre a surpresa é a alma doce e a essência perfumada da boa novidade que tão bem nos recebe.
Andar na contra mão nunca vai ser fácil, a maré da similaridade é extremamente forte e ela vai tentar te dizer que você é o errado e que o caminho que pretende trilhar é insatisfatório. Mas qual o sentido de seguir a maré? viver o mais fácil e ter apenas o resultado esperado? Seguir contra a maré realmente é difícil, mas esses que seguem alcançam uma resistência absurda, uma fé inabalável e uma incrível força pra continuar. Afinal a vida é para os que continuam.
Ser comum é fácil, mas o valor é baixo.
Eu procuro ser diferente e raro, o valor é alto.
Se te incomoda meu sonho e sinceridade,
Só lamento, deita no asfalto.
Não mudarei a minha personalidade só porque os teus pensamentos são diferentes dos meus.
Ser genuíno não é sinónimo de ser-se má pessoa.
Convido-te a conhecer pessoas diferentes e genuínas.
Um arco-íris só é realmente belo pela existência das suas distintas cores.
Parei para pensar
Apenas por um instante
Estranho ou diferente?
Será que é relevante?
Com questões desse tipo, não vou mais me preocupar
Pois ao final de tudo, o que importa é o bem estar
Diferente
A estranheza que causo ao passar,
ao falar, enfim ser, simplesmente.
O visível torpor é latente.
Não se pode conter ao olhar.
Se tão cedo já vinha escutar
o espanto dos meus divergentes.
O quão pouco adequado me sentem?
Quanto aprovo do jugo ao calar?
Poque sempre me vi descontente
entre sábios a me conformar
em seu conhecimento aparente.
Que me tenta categorizar.
Isso fere, é muito diferente
da loucura que vem libertar.
