Seiscentos e Sessenta e seis
PENSAMENTO OBSCURO
Sessenta e cinco anos de uma vida...
Não tenho certeza de nada
Por vezes olho para trás, não sei
Se no passado apenas passei
Ou até mesmo a vida plagiei.
Não sei se aproveito a claridade do dia
Com o Sol que me estonteia
Ou da lua quando está cheia
Dando formas ao corpo no chão
Pela sombra do dia iluminado
Ou pela claridade da lua que clareia.
Das brincadeiras de criança
Para a vida não aproveitei
De adulto a vida me decepcionou
Tenho a impressão que metade ofuscou
E a outra metade morreu.
Não tenho certeza de nada
Se um dia me modernizei
Ou o prático que imaginei,
Pelo orgulho não consigo tolerar
Ou carrasco me tornei.
O pensamento voa alto
Como um pássaro de rapina
Se o pensamento fosse concreto
Da vida nada poderia levar
Esse poema para a vida repensar.
A nossa idade é a formadora de nossas capacidades mentais, se uma pessoa chega à sessenta anos e não passa de uma mente de quinze, não merece ser aclamada.
" No começo da vida espera-se viver mais de sessenta anos, depois dos sessenta, espera-se apenas viver mais um tempo,depois desse tempo, cada dia é uma vitória...
Quando se passa dos sessenta, 50 anos passados já é passado de algum passado...putz, fiquei passado!
Ela da pele clara,
Com menos de um metro e sessenta e quatro,
Dona de um abraço cheiroso e apertado.
Perto dela fico desconcertado,
Mais tímido e calado.
Tão linda e simpática,
Como agrada-lá, eu não sei,
Lembro que admirando a beleza dela,
Gaguejei.
Da série quase sessenta
Vou desvestindo tudo que pesa, aperta ou incomoda
pressa, ansiedade, falsas esperanças, jeans colados,
sapatos muito altos e meias( principalmente meias verdades)...
Com a teimosia continuo, ainda!
Quero teimar em acreditar que fico poderosa vestida com um batom vermelho.
Da série quase sessenta
Sinto reacender algumas vontades
um pouco de mim criando vida de novo
vejo beleza nos detalhes
nas pessoas de caráter
no sorriso sincero
nos olhos que só de olhar
já me dizem tudo.
Da série quase sessenta
Escaneando fotos antigas...
Percebo que à medida que vivemos também morremos aos poucos a cada dia. Primeiro morre em nós a infância, depois a juventude. Na idade adulta as preocupações diárias nos envolvem. Falta tempo. Ou não nos damos o tempo que precisamos, para viver plenamente. O tempo vai passando, se desfazendo dia após dia e não percebemos o que deixamos de fazer, ou de dizer.
E nosso livro da vida vai sendo apenas folheado.E não lido...
Em que idade da vida se pode ser mais feliz?
Vinte anos?
Trinta anos?
Sessenta anos?
A melhor idade é a... sua
Do livro
Equilíbrio nosso de cada dia.
Abrimos mão do consenso
Sobre a resposta correta,
Trezentos e sessenta e tantos dias
Ou uma volta completa.
Fim do ano 2020…
E assim trezentos e sessenta e cinco;
Dias, mais na nossa Terra vivemos;
Que sorte em tal viver nos tais tivemos;
Graças a tão no em nosso corpo afinco!
Pois para a um dia a mais sobrevivermos;
Muito milagre da vida se dá;
Pra vivos podermos andar por cá;
Por nele em nós tanto morrer vencermos.
Por isso importa a todos valor darmos;
a este tão curto viver pra morrer;
Em que por termos nascido tão estamos!...
Pesando bem o que a fazer andamos;
Não vá perdermos quem sabe um Viver;
Por neste em que andamos, mortos ficarmos.
Com prudência;
60 anos…
Que sorte eu estou a cá ter, neste morrer;
Por a sessenta, vivo, ter chegado;
Devido a haver por cá tanto viver;
A pela má morte, ser apanhado!
Que felizardo sou por tal viver;
Em mim cá se encontrar, por ter fintado;
A sacana da morte e seu querer;
Ao tanto a ela, já ter escapado!
Obrigado meu DEUS, pois sei que EXISTES;
Pois vi-O nas vezes que, já me SALVASTE;
Dessa peste que me vinha apanhar!...
Mas que a levar-me, TU não PERMITISTE;
Talvez pra que eu, por cá mais tempo gaste;
A TI, em meus poemas; cá tão espalhar.
Com alegria, por tal;
02-11-2019
" Aos quinze
tive medo dos quarenta
aos quarenta
o receio foi dos sessenta
quase aos sessenta
não tenho medo de mais nada...
Rosani...
Se ligar para mim
De sessenta dias de antecedência
para quê eu possa em pensamentos
concluir minhas atitudes .
com amor V.
mês de julho
dia vinte e dois
farias sessenta anos
mais os quatro decorridos
sobre o ano que adormeceste
a palavra pai é como um balão aceso
sobre a imprecisão contígua da boca cerrada
só a prejuízo a poderei pronunciar com a leveza certa
porque arde e não sei quando se fará noite dentro de mim.
(Pedro Rodrigues de Menezes, "vinte e dois de julho")
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