Seiscentos e Sessenta e seis
Da série quase sessenta
Vou desvestindo tudo que pesa, aperta ou incomoda
pressa, ansiedade, falsas esperanças, jeans colados,
sapatos muito altos e meias( principalmente meias verdades)...
Com a teimosia continuo, ainda!
Quero teimar em acreditar que fico poderosa vestida com um batom vermelho.
Da série quase sessenta
Sinto reacender algumas vontades
um pouco de mim criando vida de novo
vejo beleza nos detalhes
nas pessoas de caráter
no sorriso sincero
nos olhos que só de olhar
já me dizem tudo.
Da série quase sessenta
Escaneando fotos antigas...
Percebo que à medida que vivemos também morremos aos poucos a cada dia. Primeiro morre em nós a infância, depois a juventude. Na idade adulta as preocupações diárias nos envolvem. Falta tempo. Ou não nos damos o tempo que precisamos, para viver plenamente. O tempo vai passando, se desfazendo dia após dia e não percebemos o que deixamos de fazer, ou de dizer.
E nosso livro da vida vai sendo apenas folheado.E não lido...
Em que idade da vida se pode ser mais feliz?
Vinte anos?
Trinta anos?
Sessenta anos?
A melhor idade é a... sua
Do livro
Equilíbrio nosso de cada dia.
Fim do ano 2020…
E assim trezentos e sessenta e cinco;
Dias, mais na nossa Terra vivemos;
Que sorte em tal viver nos tais tivemos;
Graças a tão no em nosso corpo afinco!
Pois para a um dia a mais sobrevivermos;
Muito milagre da vida se dá;
Pra vivos podermos andar por cá;
Por nele em nós tanto morrer vencermos.
Por isso importa a todos valor darmos;
a este tão curto viver pra morrer;
Em que por termos nascido tão estamos!...
Pesando bem o que a fazer andamos;
Não vá perdermos quem sabe um Viver;
Por neste em que andamos, mortos ficarmos.
Com prudência;
60 anos…
Que sorte eu estou a cá ter, neste morrer;
Por a sessenta, vivo, ter chegado;
Devido a haver por cá tanto viver;
A pela má morte, ser apanhado!
Que felizardo sou por tal viver;
Em mim cá se encontrar, por ter fintado;
A sacana da morte e seu querer;
Ao tanto a ela, já ter escapado!
Obrigado meu DEUS, pois sei que EXISTES;
Pois vi-O nas vezes que, já me SALVASTE;
Dessa peste que me vinha apanhar!...
Mas que a levar-me, TU não PERMITISTE;
Talvez pra que eu, por cá mais tempo gaste;
A TI, em meus poemas; cá tão espalhar.
Com alegria, por tal;
02-11-2019
Rosani...
Se ligar para mim
De sessenta dias de antecedência
para quê eu possa em pensamentos
concluir minhas atitudes .
com amor V.
mês de julho
dia vinte e dois
farias sessenta anos
mais os quatro decorridos
sobre o ano que adormeceste
a palavra pai é como um balão aceso
sobre a imprecisão contígua da boca cerrada
só a prejuízo a poderei pronunciar com a leveza certa
porque arde e não sei quando se fará noite dentro de mim.
(Pedro Rodrigues de Menezes, "vinte e dois de julho")
POEMA: SESSENTA E SEIS
Essa é uma poesia
Intitulada sessenta e seis
Nela eu cito a Bíblia
Um livro de cada vez,
De gêneses a Apocalipse
Nessa ordem eu seguirei.
Gêneses é o primeiro livro
Revelou toda a criação
Êxodo é o segundo
Fala sobre escravidão
Levítico é o terceiro
O começo da ministração.
Números é o quarto
O fim do cativeiro
Deuteronômio é o Quinto
O último do pentateuco
E Josué é o sexto
A conquista do povo guerreiro.
Juízes é o sétimo
O começo da política
Rute é o oitavo
A famosa moabita
Samuel um, é nono
Os profetas dos israelitas.
Samuel dois, é o decimo livro
Sobre o homem de bom coração
Reis um, é o decimo primeiro
A acensão de Salomão
Reis dois, é o decimo segundo
Fala de Israel e sua destruição.
Cronicas um, é o decimo terceiro
A genealogia do reino
Cronicas dois, é o decimo quarto
O começo do cativeiro
E Esdras é o decimo quinto
A reconstrução do templo.
Neemias é o décimo sexto
Quando o judaísmo renasceu
Éster é o décimo sétimo
Aonde não tem o nome de Deus
E Jó é o décimo oitavo
O livro aonde o diabo perdeu.
Salmos é o decimo nono
O livro das sabedorias
Provérbios é o vigésimo livro
A mais bela antologia
Eclesiastes é o vigésimo primeiro
Que da conselhos para a vida.
Cânticos é o vigésimo segundo
O livro de poesia
Isaías é o vigésimo terceiro
As profecias de Isaías
Jeremias é o vigésimo quarto
O livro da agonia.
Lamentações é o vigésimo quinto
Fala sobre o povo rebelde
Ezequiel é o vigésimo sexto
Mostra que Deus não se esquece
E Daniel é o vigésimo sétimo
Mostra que o crente não padece.
Oséias é o vigésimo oitavo
A profecia da graça
Joel é o vigésimo nono
Conta o tempo da praga
Amós é o trigésimo livro
Denúncia toda a farsa.
Obadias é o trigésimo primeiro
A previsão da ruína
Jonas é o trigésimo segundo
O homem e sua teimosia.
Miquéias é o trigésimo terceiro
Condena a idolatria.
Naum é o trigésimo quarto
A grande profecia do inferno
Habacuque é o trigésimo quinto
O grande profeta sincero
Sofonias é o trigésimo sexto
A denúncia do magistério.
Ageu é o Trigésimo sétimo
A grande reconstrução
Zacarias é o trigésimo oitavo
Israel e sua coligação
Malaquias é o trigésimo nono
A advertência, e a condenação.
Mateus é o quadragésimo livro
O primeiro dos evangelhos
Marcos é o quadragésimo primeiro
Narrativa do ministério
E Lucas é o quadragésimo segundo
O livro do grande médico.
João é o quadragésimo terceiro
O evangelho do discípulo amado
Atos é o quadragésimo quarto
Os apóstolos, e os seus atos
Romanos é o quadragésimo quinto
A carta aos amados.
Coríntios um, é o quadragésimo sexto
A carta da repreensão
Coríntios dois, é o quadragésimo sétimo
A carta da correção
Gálatas é o quadragésimo oitavo
A carta da oposição.
Efésios é o quadragésimo nono
A carta para família
Filipenses é o quinquagésimo livro
A carta da alegria
Colossenses é o quinquagésimo primeiro
Fala de Jesus e sua soberania.
Tessalonicenses um, é o quinquagésimo segundo
Incentiva o grande amor
Tessalonicenses dois, é o quinquagésimo terceiro
Revela a volta do Senhor
Timóteo um, é o quinquagésimo quarto
Diz que só Jesus é mediador.
Timóteo dois, é o quinquagésimo quinto
A carta das metáforas
Tito é o quinquagésimo sexto
Conselhos contra as trapaças
Filemon é o quinquagésimo sétimo
Revela a irmandade, e a graça.
Hebreus é o quinquagésimo oitavo
O longo sermão
Tiago é o quinquagésimo nono
Ensina suportar provocação
Pedro um, é o sexagésimo livro
Sacrifício, a única salvação.
Pedro dois, é o sexagésimo primeiro
Relata a purificação da terra
João um, é o sexagésimo segundo
Aonde o amor se manifesta
João dois, é o sexagésimo terceiro
Condena os falsos profetas.
João três é o sexagésimo quarto
A carta para nos encorajar
Judas é o sexagésimo quinto
Que nos encoraja a pregar
E Apocalipse é o sexagésimo sexto
Aonde diz que tudo vai acabar.
Irônia da vida
É um bimestre muito irônico...
Já se passou quase sessenta dias...
Damos inicio á mais um mês
E eu estou aqui...
Olhando pela minha janela...
Observando a chuva que cai lá fora...
Serenamente o vento sopra...
Fazendo as gotas baterem em minha face...
Lavando as córneas dos meus olhos...
Conforme limpas vão ficando...
Reflito junto aos dias que virão...
Prossigo...
E de grafite em mãos...
Outorguei o artigo...
Da visão do meu céu aberto...
Veredas e verdades...
Atinge-me com um sentimento de raridade...
Paixão...
Conforme está outorgado...
Carimbado e reconhecido...
Testemunhas ainda falarão...
Desse impresso em alta definição...
Glamour...
Não...
Apenas um frasco vazio que fica...
Do covid que mata e faz seres humanos chorarem...
A imprensa alimenta o medo...
Fortalecendo esee vírus vilão...
Já se foram tantas vidas...
E ainda irão outras...
O que posso fazer...?
Virar a página...?
Escrever na parede...?
Ou ajoelhar aos céus....
E clamar para esse mundo não entrar em uma erupção...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
MULHERES
Mulher, hoje é mais um de seus dias. Daqueles dias que se comemora trezentos e sessenta e cinco vezes por ano. Mulher e mãe então, mereceria dupla comemoração, se isto fosse possível, pois quem fez o calendário certamente pecou em não levar em consideração a importância deste fato. Mulher, única razão a inspirar os homens em sua jornada por este mundo, pois que motivações teriam estes, se não tudo fazerem para tê-las a seu lado? Mulher, símbolo de fecundidade a povoar este planeta. Mulher, seu filho pode até não ter um pai, devido a tantos desencontros, porém tua presença sempre fora marcante e sagrada junto a sua cria quer seja ela fruto de laços alicerçados e até abastados ou fragilizados pela ausência de qualquer amparo negado a ti, pelas inconstâncias desta vida. Mulher deixo aqui minhas mais sinceras reverências à tua imagem, pois como não ser assim, se até o Rei dos reis a incluiu em sua vida eterna chamando-a de mãe?
(teorilang¬)
Eles já tinha feito de tudo ...
Eram um do outro inteiramente
Viveram em sessenta dias uma vida inteira ou mais
Afastaram-se e sofreram mil mortes e velórios
Então,
Ela o chamou
Com palavras repetidas e
usadas e um sentimento único
Ele resistiu ...
Lutava
Mas ela convicta falou a verdade
E acendeu seu coração
Se encontraram como se nunca tivessem se afastados
Ele amava tudo nela ...
Tudo ...
Ela cautelosa,
Por não saber como batia o coração dele por ela, sorria ...
E, então, se tocaram ...
Veio o clique ...
Toda luz do mundo foi roubada e devolvida sem dar lugar a escuridão
Ela o beijou
Não como sempre ...
O beijou com vida ...
Com alma ..
Com paz
Fez todo corpo dele entender que era só dela
Como o dela era dele
Eles não se casaram ...
Já eram unidos antes do mundo
Antes do tempo
Seu amor estava escrito em estrelas que nem existiam mais
Escrito em luzes
Atravessando o tempo
Um amor como esse só surge uma vez
ENVELHECER
Hoje tenho cinquenta...
Mais nove... quase sessenta!
Não pretendo me por de heroína
Nem de vítima, tampouco.
Somos humanos simplesmente.
Não sejamos como um louco.
O louco fica na ilusão
E não olha pra realidade.
Então coloco os pés no chão
E penso na minha idade.
Já sofri
Mas já sorri!
E no fim, agradeci!
Quando penso em culpar alguém
Por algum sofrimento
Lembro que tive minhas escolhas
Então não me lamento.
E sigo bem humorada
E pros meus filhos, só porto-seguro.
Afinal estou no fim da estrada
E eles já são maduros.
Pra outra cidade me mudei
E vivo o máximo no "agora".
Experiências sempre buscarei
Pois em mim a Vida ainda aflora.
Por vezes me tornam professora
Por causa das minhas vivências
Mas pra mim é mais tentadora
A vontade de aprender com outras essências.
E sigo sozinha, mas com todos.
Pois do Todo faço parte!
Não caindo mais em engodos
E sim fazendo muita arte!
Pois sou audiodescritora,
Cantora,
Musicista,
Pianista,
Poetisa,
Quase bisa!
Tenho hoje 8 netos
E com eles alguns projetos.
E acredito que o que me enleva
É pensar...
Que a gente leva da Vida
A Vida que a gente leva!
SESSENTA E OITO
Aquele barulho seco e obscuro dos tambores com os pratos. Aquele marcar da caixa, aquela dor dos meus pulsos.
Em um palco com suor,
entre as notas e os faróis acesos. Bate o rítmo dos verões
nas praças, nos vilarejos.
Entre cores irreais
na luz da lua,
liberdade de tantos amores, pouco dinheiro, uma fortuna...
Cem mulheres, cem noites, Cem viagens que fazia.
Com as mulheres mais erradas, você não sabia quem era....
não sabia o que amava, aquelas alegrias de mil caras ou as notas que você tocava...
Bate, bate, bate com força rock, canções do passado,
Sessanta e oito impiedosos anos, eu os vivi, respirei.
Com o rítmo do meu coração, com a raiva, com amor.
Com a força dos vinte anos, cresci naquela vida
dentro do Sonho Universal,
juventude... era infinita!
2024
Trezentos e sessenta e seis dias que me mostraram diversas percepções de tempo: alguns dias duravam horas, em outros couberam meses nas mesmas 24. Um ano incomum, que me tirou do centro por alguns longos meses e me obrigou a sentir como é estar fora do controle. Aquele controle que por tantos anos foi a minha base, o meu pilar: o controle das coisas, das situações, do corpo, de si. Aquele controle que, na nossa mais humilde ignorância, a gente acha impossível perder, porque é sempre cômodo pensar que “não temos tempo pra adoecer”.
E como é pesado e confuso receber a visita inesperada da realidade que entra arrombando a porta da alma com os dois pés, em um dia qualquer, sem perguntar se temos tempo pra isso.
Perder o controle é ter vários dias que parecem nunca terminar, é saber que você daria TUDO pra encontrar ele novamente. É sentir que, mesmo se tendo tudo, não se tem mais nada.
Perder o controle é um desastre, mas perder o controle de si é um abismo infinito indescritível. Foi a pior experiência que vivi em 2024 e retomar esse controle foi a maior constatação de vida e presença divina que eu poderia sentir nele.
Um ano que me mostrou mais uma vez como é virar pó e depois asas. Como é ser nada e depois tudo, e vice-versa.
E foi navegando nesse dois mil e vinte e quatro que não morri no mar, que tive oxigênio suficiente, abbastanzza (nem mais, nem menos) e finalmente cheguei na praia. E quando cheguei, apesar de imensamente cansada, pude sentir nos pés aquela areia branquinha, que estava quentinha pelo pôr do sol incrível que pude contemplar. Olhei para o lado e ali estavam as pessoas com quem sempre estive, mas que só no temporal vivi o privilégio de tê-las a fundo, como família.
2024, um ano que me fez entender da forma mais literal possível que, sim, tudo passa. Até a uva.
E por falar em uva, acredita que já passou também o Natal? Chegou o fim de um mês que nunca chegava, de um ano incomum, bissexto, com um dia a mais, que poderia caber uma vida inteira, ou muitas delas — como coube.
Um ano que, se eu pudesse escolher, eu nunca iria querer que ele tivesse existido. E por entender o quão valioso e importante na minha história foi este ano é que o termino muito grata por saber que escolher quais anos viver, sendo bons ou ruins, também não é uma escolha. E também não está no meu, nem no seu controle. E que bom que a gente não escolhe. Que bom que o controle se perde e se acha. Porque, da forma mais dolorosa e bonita possível, este ano valeu a pena. Obrigada por tanto!
*
🦅
"Depois dos sessenta anos,
larguei mão de tinturas,
e investi em um bom Shampoo e condicionador,
e os fios tão finos,
estão nas asas de um condor,
na ventania
de uma poesia."
***
😁😉💭
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